Como a China se tornou uma potência militar global:soccer bet365

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As mudanças nas forças armadas chinesas já estãosoccer bet365andamento há alguns anos. Mas agora o país asiático atingiu - ou está muito próximosoccer bet365atingir - o ponto no qual se torna um rival sério para os Estados Unidos. Os americanos continuam sendo a maior potência bélica do mundo.

Antes da publicação do Balanço Militar (na última terça-feira), eu me reuni com pesquisadores do IISS para entender melhor os detalhes desta tendência.
O progresso técnico acumulado pela China é impressionantesoccer bet365várias áreas - desde mísseis balísticossoccer bet365longo alcance até caças militaressoccer bet365quinta geração. No ano passado, por exemplo, a China colocou na água seu último naviosoccer bet365combate - o cruzador Type 55. O podersoccer bet365fogo da embarcação não fica aquémsoccer bet365nenhum equipamento da Otan, a aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos.
Neste momento, a China está trabalhandosoccer bet365um segundo navio porta-aviões (o primeiro, construído totalmente pelo país, foi lançadosoccer bet365abrilsoccer bet3652017). Também está reformando a estrutura hierárquica do comandosoccer bet365suas forças. E,soccer bet365termossoccer bet365artilharia e defesa anti-aérea, já possui alguns armamentos mais avançados que os controlados pelos Estados Unidos.
Desde o fim dos anos 1990, a Marinha chinesa passou a receber transferênciassoccer bet365tecnologia russa, e renovou a maior partesoccer bet365sua frotasoccer bet365navios e submarinos.

Os chineses também dizem que seu novo jatosoccer bet365combate para um tripulante, o J-20, já estásoccer bet365operação.
No jargão militar, o J-20 é o que se chama "jatosoccer bet365quinta geração". Significa que a aeronave traz a tecnologia "stealth" (parcialmente invisível a radares) e quebra a barreira do som quando estásoccer bet365velocidadesoccer bet365supercruzeiro (supersônica), entre outras coisas.
Os especialistas da IISS, porém, são céticos quanto às capacidades da Aeronáutica chinesa.
"A Força Aérea chinesa ainda precisa desenvolver táticas viáveis para operar com estes aviõessoccer bet365quinta-geração", dizem eles, "e criar doutrinas militares capazessoccer bet365mesclar os novos jatossoccer bet365combate com os modelossoccer bet365'quarta geração' já existentes".
"Apesar disso, o progresso chinês é muito claro", dizem os especialistas do IISS. "Além dos aviõessoccer bet365si, eles agora têm toda uma linhasoccer bet365mísseis disparados por aviões que não devem nada aos que existem nos arsenais do Ocidente", dizem.
Empurrar a guerra para o Pacífico
A edição deste ano do Balanço Militar dedica um capítulo inteiro aos desenvolvimentos no armamento aéreosoccer bet365Rússia e China - segundo a publicação, um dos principais desafios ao domínio ocidental.

Desde o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos e seus aliados usaram ataques aéreossoccer bet365várias ocasiões, com um número muito pequenosoccer bet365baixas. Mas esse domínio, segundo o IISS, será desafiado cada vez mais nos próximos anos.
A China está desenvolvendo uma linhasoccer bet365mísseissoccer bet365longo alcance disparados por jatos contra outros aviões (no jargão, esses projetos são chamadossoccer bet365"míssil ar-ar"). O alvo dessas armas são aeronavessoccer bet365comando esoccer bet365abastecimento que hoje estão forasoccer bet365alcance. Estas últimas são peças-chave - ainda que muito vulneráveis -soccer bet365qualquer ataque aéreo.
De acordo com os autores do Balanço Militar, é possível que estes novos mísseis chineses ar-ar "forcem os Estados Unidos e seus aliados regionais a rever não só suas táticas, técnicas e procedimentos, mas o próprio direcionamentosoccer bet365seus programassoccer bet365combate aeroespacial" nos próximos anos.
Jásoccer bet365terra, o Exército chinês está ficando para trás no esforçosoccer bet365modernização, segundo o relatório do IISS. Apenas metade dos equipamentos estaria atualizada e teria utilidade para o combate, diz o estudo.
Mas, mesmo nesta área, há progresso sendo feito.
A China tem um objetivo estratégico claro por trás do desenvolvimento dos novos armamentos. A ideia é que, na eventualidadesoccer bet365um conflito armado, o poder militar dos Estados Unidos seja empurrado o mais longe possível das fronteiras chinesas. De preferência, para o meio do Oceano Pacífico.

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No jargão militar, a estratégia é conhecida como "defesasoccer bet365território por negativasoccer bet365acesso", ou A2AD, na siglasoccer bet365inglês. A estratégia está por trás da escolha chinesasoccer bet365armas aéreas e marítimassoccer bet365longo alcance, capazessoccer bet365colocarsoccer bet365risco destacamentos inteiros da Marinha dos Estados Unidos.
Então,soccer bet365uma analogia com o futebol, como adversária militar, pode-se dizer que a China chegou com êxito à Premier League (divisãosoccer bet365elite do Campeonato Inglês). Mas esse, porém, não é o fim do impacto militar globalsoccer bet365Pequim. O país também está perseguindo uma estratégia ambiciosasoccer bet365exportaçãosoccer bet365armamentos. Com frequência, a China tem tentado vender tecnologias avançadas para outros países.
Guerra comercial
O mercadosoccer bet365drones militares é um bom exemplo. Esta é uma tecnologia que está se expandindo rapidamente e que põesoccer bet365questão a fronteira entre os tempossoccer bet365paz esoccer bet365guerra.
Os Estados Unidos, que foram pioneiros na área, recusaram-se a vender certos drones armados mais sofisticados para outros países, com exceçãosoccer bet365aliados tradicionais, como o Reino Unido. A França, que já opera com drones Reaper,soccer bet365origem americana, anunciou planos para armar os equipamentos.
Já os chineses nunca tiveram limitações parecidas: exibiramsoccer bet365feiras militares do mundo todo seus veículos aéreos não-tripulados, junto com os armamentos que eles podem carregar. Segundo o relatório do IISS, a China já vendeu estes drones (chamadossoccer bet365UAVs, na siglasoccer bet365inglês) para vários países, incluindo Egito, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Miamar, entre outros.

Este é um ótimo exemplosoccer bet365como uma política para a área militar trouxe resultados imprevistos: a relutânciasoccer bet365Washingtonsoccer bet365vender tecnologia deixou o caminho aberto para Pequim.
É inegável também que a decisão política dos Estados Unidos acabou estimulando países que, até então, só usavam drones para finssoccer bet365inteligência, a irem atrás da variantesoccer bet365combate.
Exportadoressoccer bet365armas dos Estados Unidos e do resto do Ocidente veem a China como uma ameaça comercial crescente. Na comparação com o cenáriosoccer bet365dez anos atrás, houve um aumento importante da presença chinesa no mercado, oferecendo equipamentossoccer bet365boa qualidade.
O país do extremo Oriente, como mostra o exemplo dos drones, está tentando entrarsoccer bet365mercados que os fabricantes ocidentais e seus governos consideram "sensíveis demais".
E, como me disseram os especialistas do IISS, a China tende a levar vantagem nesta disputa. Geralmente, o armamento chinês oferece algo como 75% da capacidade do concorrente ocidental, mas por 50% do preço. Uma bela oferta.
Já as exportaçõessoccer bet365armamentossoccer bet365solo chinesas são menos impressionantes. Continuam restritas aos mercadossoccer bet365países como a Rússia e a Ucrânia.

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Massoccer bet3652014, quando o governo ucraniano perdeu o prazosoccer bet365entregasoccer bet365uma remessasoccer bet365tanques comprados pela Tailândia, os tailandeses recorreram a um armamento chinês - o tanque VT4. E parecem ter gostado: no ano passado, a Tailândia encomendou uma nova remessa.
Os especialistas do IISS também dizem que a China está trabalhandosoccer bet365armas voltadas para mercados específicos - mencionam, por exemplo, um tanquesoccer bet365guerra leve pensado para países africanos, cujas estradas e infraestrutura não aguentam os modelos mais pesados desenvolvidossoccer bet365outros países.
Armas da Chinasoccer bet365mãossoccer bet365terceiros
O papel crescente da China como fontesoccer bet365armamento sofisticado é algo que aterroriza vários países e não só os vizinhos do gigante asiático.
As forças aéreas ocidentais tiveram cercasoccer bet365três décadassoccer bet365superioridade. Mas a estratégiasoccer bet365"negativasoccer bet365acesso" dos chineses acabou dando origem a armas que podem ser usadas para a mesma finalidade por outros países também.
Um país da Europa Ocidental pode nunca enfrentar um conflito com a China, mas pode um dia tersoccer bet365lidar com armas chineses nas mãossoccer bet365outros países. Como diz um pesquisador do IISS, "a percepçãosoccer bet365que os riscos serão baixos ao intervir num território estrangeiro agora precisa ser revista", diz.








