'Tenso como um parto': brasileiros contam como foi a passagem do furacão Irma pela Flórida:hacker aposta ganha

Tempestadehacker aposta ganhaWeston
Legenda da foto, Da janelahacker aposta ganhacasa, Fernanda Cima registrou a chuva torrencial gerada pela passagem do Irma por Weston, nos arredoreshacker aposta ganhaMiami | Foto: Arquivo pessoal

O momento mais crítico foi no meio da tarde, quando, olhando pela brechahacker aposta ganhauma das placashacker aposta ganhaaço que cobriam as janelas e portas, pensava que a tempestade pioraria ainda mais. "Mas, graças a Deus, melhorou a partir dali. O pior é essa tensão por não saber o que vai acontecer e terhacker aposta ganhaficar acompanhando o progresso do furacão", diz.

"Isso deixou as pessoas nos gruposhacker aposta ganhaWhatsApp um pouco apavoradas. Teve momentoshacker aposta ganhaque precisei me desligar um pouco e racionalizar que ainda estava tudo sob controle."

Árvore caída
Legenda da foto, Furacão foi o mais forte a atingir a região na última década | Foto: Arquivo pessoal

O furacão Irma foi o mais forte registrado na Flórida na última década e atingiu o Estado no domingo como um furacãohacker aposta ganhacategoria 4, depoishacker aposta ganhacausar destruição como um ciclone tropicalhacker aposta ganhacategoria 5 no Caribe, onde deixou ao menos 37 mortos.

Ao chegar aos Estados Unidos, continuou a perder força ao subir pela costa oeste do Estado e foi rebaixado para tempestade tropical. Ainda assim, as regiões metropolitanashacker aposta ganhaMiami ehacker aposta ganhaoutras cidades da região tiveram inundações e pelo menos quatro mortos, alémhacker aposta ganhaoutros prejuízos.

Seis milhõeshacker aposta ganharesidências - 62% do Estado - ficaram sem energia, enquanto, nas ilhashacker aposta ganhaFlorida Keys, região mais ao sul, autoridades alertaram para uma "crise humanitária".

Fernanda diz que, a não ser por galhoshacker aposta ganhaárvores caídos e alguns momentos sem luz,hacker aposta ganhafamília não sofreu grandes danos. Mas conta que ladrões se aproveitaram do fatohacker aposta ganhaque os portõeshacker aposta ganhaseu condomínio foram mantidos abertos e várias casas estavam vazias para roubar algunshacker aposta ganhaseus vizinhos.

"O ser humano pode ser horrível e se aproveitarhacker aposta ganhauma oportunidade mesmohacker aposta ganhauma situação assim", diz.

Ansiedade

A jornalista Patrícia Maldonado,hacker aposta ganha42 anos, conta ter passado uma semana sob o dilemahacker aposta ganhaficar ou partir. O Irma poderia - ou não - passar por Windermere, cidade próxima a Orlando, onde a brasileira mora há dois anos e meio com o marido e as duas filhas.

Casa destruída na Flórida

Crédito, Getty

Legenda da foto, Na Florida, furacão deixou 62% das residências sem energia

"As coisas mudavam o tempo todo. Numa hora, diziam que ia passar aqui. Noutra, diziam que não", conta ela.

"Uns amigos decidiram fugir. Outros optaram permanecer. Não tinha nem como seguir o senso comum coletivo."

Quando os prognósticos pioraram, eles decidiram ficar na região, mas sairhacker aposta ganhacasa e se abrigarhacker aposta ganhaum local mais seguro. Foram para um hotel da rede Disney, que havia decidido aceitar animaishacker aposta ganhaestimação - a família tem duas cadelas.

"Só iríamos aonde elas pudessem ir com a gente. Você convive há anos com um animal e, nessa hora, vai deixá-lo para trás? Não tinha como. E viajarhacker aposta ganhaavião seria complicado, porque não é toda companhia que aceita um cachorrohacker aposta ganha50 kg."

Eles conseguiram uma reservahacker aposta ganhaum quarto, mas o estabelecimento também abrigou pessoas que não tinham para onde ir - elas dormiram na área da recepção.

Após a tempestade passar, Patrícia falava com a reportagem enquanto fazia o check-out do hotel nesta segunda-feira, ainda sem ter notíciashacker aposta ganhacasa.

"A ansiedade é grande, porque todo mundo da minha rua saiuhacker aposta ganhacasa, então não temos como saber se vai ter luz, se o nosso telhado ainda vai estar lá..."

Condomínio próximo a Miami
Legenda da foto, Após a passagemhacker aposta ganhafuracão, moradores da Flórida passaram o dia limpando estragos causados pela tempestade | Foto: Arquivo pessoal

'Tarde demais'

Assim como Fernanda e Patrícia, a executiva Marília Maya,hacker aposta ganha52 anos, também demorou a tomar uma decisão. Ela ehacker aposta ganhafamília haviam se preparado no ano passado para a chegada do furacão Matthew, que acabou desviandohacker aposta ganhaúltima hora.

Desta vez, o casal chegou a acordar na madrugadahacker aposta ganhasexta-feira para preparar tudo para partir com o filho, além do gato e do cachorro da família. Estavam ainda com uma amiga e seus dois filhos, que haviam buscado abrigo emhacker aposta ganhacasahacker aposta ganhaSouth Miami. Mas, já com tudo pronto, mudaramhacker aposta ganhaideia no último minuto.

"Era tarde demais. Íamos ficar parados na estrada. Foi a melhor decisão."

A família garantiu que a casa estava bem protegida e decidiu manter todos reunidoshacker aposta ganhaum dos quartos durante a tempestade, por ser o mais protegido da chuva e do vento.

Antes e depois
Legenda da foto, Depois da calmaria, a tempestade: a casahacker aposta ganhaMarília Maya antes e durante a passagem do Irma | Foto: Arquivo pessoal

"Tivemos muita sorte, porque o Irma desviou e pegamos só o que eles chamamhacker aposta ganha'sujeira' do furacão", conta Marília.

"Mas,hacker aposta ganhaqualquer forma, você fica tenso, com medohacker aposta ganhaa água não pararhacker aposta ganhacair e inundarhacker aposta ganhacasa."

Ela diz que a experiência foi um "susto" e serviu como "aprendizado". "Pela primeira vez nos quatro anoshacker aposta ganhaque vivemos aqui estivemos pertohacker aposta ganhauma catástrofehacker aposta ganhapotencial", diz.

"Na próxima, não vou pensar muito. Fecho minha casa e pego o primeiro voo para bem longe."

'Fomos poupados'

Já a brasileira Daniela Seabra Oliveira começou a se preparar com diashacker aposta ganhaantecedência para o pior. Ela e o marido Márcio estocaram comida e abasteceram os carros caso precisassem sair às pressas com a filha Brooke,hacker aposta ganha8 anos, e o pastor alemão Wagner, o quarto integrante da família.

Daniela Seabra ehacker aposta ganhafamília
Legenda da foto, Famíliahacker aposta ganhaDaniela Seabra se preparou com antecedência | Foto: Arquivo pessoal

Também deixaram os equipamentos eletrônicos carregados e escolheram cômodos sem janela para dormir enquanto o Irma passasse por Gainesville, localidade do centro-norte da Flórida onde a família mora há quatro anos.

"Tinha receiohacker aposta ganhaos vidros quebrarem e machucarem a gente", conta Daniela, que é professora da Universidade da Flórida.

Ela e o marido chegaram à conclusão que fugir não era uma boa opção. "Se saíssemos, teríamoshacker aposta ganhaenfrentar uma estrada que mais se parecia com um estacionamento. Uma viagem a Atlanta, que demora cinco horas, estava levando 12 horas. Depois do furacão, todo mundo vai querer voltar na mesma hora. Além disso, a gasolina poderia acabar na estrada", diz.

"Estávamos calmos, mas monitorando, pois um furacão como Irma não se via havia vários anos."

Por sorte, a cidade acabou sendo pouco afetada pela tempestade, que atingiu a região na madrugadahacker aposta ganhasegunda-feira. A professora ehacker aposta ganhafamília ficaram sem acesso à internet, e a energiahacker aposta ganhaalgumas áreas da região foi cortada. A previsão é que a vida só volte ao normal no meio desta semana.

Agora, predomina o sentimento erahacker aposta ganhaalívio: "Quando acordamos, o pior já tinha passado. Gainesville foi poupada".