'A morte é melhor do que isso': a vida na cidade síriacassino no celularMadaya, sitiada pela guerra:cassino no celular

comboio com alimentos e produtos básicoscassino no celularMadaya

Crédito, WFP/Reuters

Legenda da foto, Ajuda humanitária chegou a Madaya na semana passada pela primeira vez desde abril.

Os voluntários lembraram o casocassino no celularuma menina que passou quatro dias sem comer porque seu organismo não estava mais tolerando o arroz e esse era o unício alimento disponível há meses.

pessoascassino no celularclínica improvisadacassino no celularMadaya

Crédito, ICRC

Legenda da foto, Moradores se amontoamcassino no celularuma clínica improsadacassino no celularMadaya.

Ingy Sedky, voluntária do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, estava no comboio e contou que as pessoas estão pálidas, fracas e muitas crianças reclamamcassino no celularfortes dorescassino no celularcabeça, provavelmente decorrentes da carênciacassino no celularalimentos. "Elas precisavamcassino no celularmais proteína, vegetais e frutas. Não tinha carne nem leite. Eles estão comendo somente arroz", declarou à BBC.

Homem andandocassino no celularMadaya

Crédito, ICRC

Legenda da foto, Alimentos e produtos básicos estãocassino no celularfaltacassino no celularMadaya.

No início deste ano, a ONU já tinha chamado atenção para relatoscassino no celularpessoas morrendocassino no celularfome na cidade. Segundo a ONU, crianças estavam usando grama para fazer sopa, e muitas tinham ferimentos provocados pela explosãocassino no celularminas terrestres.

Além disso, um grupocassino no celularDireitos Humanos Physicians for Human Rights divulgou uma reportagem denunciando 65 mortes por desnutrição e fome desde o início do cerco até julho deste ano.

Desta vez, a situação foi diferente. A representante do Unicef (fundo da ONU para a infância e educação) na Síria, Mirna Yacoub, que também integrou o comboio, disse que as pessoas não estavam no nível extremocassino no celulardesnutrição e fome que encontraramcassino no celularjaneiro, mas tinham deficiênciacassino no celularvitaminas.

Yacoub observou que não eram somente as crianças que estavam fracas. O númerocassino no celularabortos espontâneos aumentou muito porque as mulheres não conseguiam manter a gravidez. Além disso, as cesarianas eram mais comuns do que os partos normaiscassino no celularconsequência da fraqueza das mães. "Elas estão sofrendo mesmo. Não sei como estão fazendo as cesáreas. As cirurgias acontecemcassino no celularum quarto sem estrutura e sem medicamentos", disse.

Tampouco havia álcool para limpar os equipamentos e os materiais estavam sendo esterilizados com fogo. O gel específico para fazer ultrassonografias também estavacassino no celularfalta e, por isso, estavam usando gelcassino no celularcabelo.

Menino sendo examinado

Crédito, Unicef

Legenda da foto, Equipescassino no celularajuda humanitária dizem que as crianças estão fracas e pálidascassino no celularMadaya.

As doenças crônicas e contagiosas não estavam sendo controladas porque não havia equipamentos nem profissionais especializados. As equipes disseram que apenas dois dentistas ainda estudantes e um veterinário atendiam os pacientes. "Os moradores chegavam e perguntavam: vocês são os médicos? Pensavam que os médicos estavam chegando para ajudar. Estavam desesperados", concluiu a voluntária Sedky.

No início do ano, o Unicef informou que sete pessoas foram diagnosticadas com meningite e retiradascassino no celularlá para tratamento. Nessa nova visita, outros dois casos da doença foram confirmados e os grupos humanitários estão tentando retirá-los também. Alguns pais, preocupados com o contágio da doença, evitam mandar os filhos à escola, segundo as Nações Unidas.

Moradorescassino no celularMadaya e comboioscassino no celularajuda humanitária

Crédito, WFP/Reuters

Legenda da foto, Comboios chegam a Madaya com alimentos e produtos básicos.

A dorcassino no celularMadaya, no entanto, não é apenas física. As equipes encontraram pessoas com sinaiscassino no celulardoenças psicológicas, como a depressão, e sem o tratamento devido.

Uma reportagem da ONG internacional Save the children relatou 13 tentativascassino no celularsuicídio nos mesescassino no celularjulho e agosto, inclusive acassino no celularuma meninacassino no celular12 anoscassino no celularidade.

Yacoub também contou o casocassino no celularuma mãecassino no celularcinco filhos que teria tentado se matar porque não tinha como alimentar nem cuidar dos filhos. "Eles não conseguem mais lidar com isso e não sabem o que vem pela frente, nem quando isso vai acabar", disse. "Uma mulher me falou: A morte é melhor do que isso", completou.