Quando uma estrela vira um buraco negro; pela primeira vez, cientistas podem ter flagrado o fenômeno:coritiba e sao paulo palpite

Imagem mostra The Cow - ou AT2018cow

Crédito, Sloan Digital Sky Survey

Legenda da foto, Imagem mostra The Cow - ou AT2018cow

O estudo foi apresentado nesta quinta-feiracoritiba e sao paulo palpiteevento da Sociedade Astronômica Americana,coritiba e sao paulo palpiteWashington, nos Estados Unidos. E será publicado no periódico especializado Astrophysical Journal.

Conceitos

Conforme explica a Nasa, a agência espacial americana, acredita-se que os buracos negros primordiais sejam aqueles que "se formaram no início do universo, logo após o Big Bang". Todos os demais seriam buracos negros estelares, ou seja, aqueles que se formam com a mortecoritiba e sao paulo palpiteuma estrela.

"A formação ocorre quando o centrocoritiba e sao paulo palpiteuma estrela muito massiva colapsa sobre si mesmo. Esse colapso também causa uma supernova, uma estrela explodindo", esclarece texto divulgado pela agência.

Foto da astrônoma Rafaella Margutti, autora da descoberta
Legenda da foto, 'Sabemos, por teoria, que buracos negros e estrelascoritiba e sao paulo palpitenêutrons se formam quando uma estrela morre. Mas nunca antes os havíamos visto logo depoiscoritiba e sao paulo palpitenascerem', diz Margutti

Supernova, no caso, é um evento astronômico que ocorre no estágio final da evoluçãocoritiba e sao paulo palpitealgumas estrelas. Trata-secoritiba e sao paulo palpiteuma explosão muito brilhante,coritiba e sao paulo palpiteduração curta na escala espacial. O efeito luminoso lembra o do nascimentocoritiba e sao paulo palpiteuma estrela - mas a consequência é seu apagamento definitivo. A palavra supernova para designar esse tipocoritiba e sao paulo palpiteastro foi cunhadacoritiba e sao paulo palpite1931 pelos astrônomos Walter Baad (1893-1960) e Fritz Zwicky (1898-1974).

Este fenômeno costuma ser o que antecede, portanto, a formaçãocoritiba e sao paulo palpiteum buraco negro estelar. Ou uma estrelacoritiba e sao paulo palpitenêutrons - que é o núcleo colapsadocoritiba e sao paulo palpiteuma estrela que pode ou não um dia se tornar um buraco negro.

Foi tal momentocoritiba e sao paulo palpitetransição que os cientistas acreditam terem presenciado. E esta é a importância fundamental da pesquisa divulgada nesta quinta-feira.

"Verificar este raro evento ajudará os astrônomos a entender melhor a físicacoritiba e sao paulo palpiteação nos primeiros momentos da criaçãocoritiba e sao paulo palpiteum buraco negro oucoritiba e sao paulo palpiteuma estrelacoritiba e sao paulo palpitenêutrons", afirma a Universidade Northwestern,coritiba e sao paulo palpitecomunicado divulgado à imprensa.

The Cow

A descobertacoritiba e sao paulo palpiteThe Cow deixou a comunidade astronômica curiosa desde o primeiro momento.

"O que observamos desafiou nossas noções atuaiscoritiba e sao paulo palpitemorte estelar", comenta Margutti.

O objeto visto tinha um brilho anormal para os padrões. Eracoritiba e sao paulo palpite10 a 100 vezes mais luminoso do que uma supernova típica, conforme mediram os cientistas. Além disso,coritiba e sao paulo palpiteexplosão e seu desaparecimento também ocorreramcoritiba e sao paulo palpitemaneira muito rápida.

Em apenas 16 dias, o objeto já havia emitido toda acoritiba e sao paulo palpiteforça. Para o universo,coritiba e sao paulo palpiteque os fenômenos costumam durarcoritiba e sao paulo palpitemilhões a bilhõescoritiba e sao paulo palpiteanos, este período curto foi muito menos do que um estalarcoritiba e sao paulo palpitededos.

"Vimos que a fonte passoucoritiba e sao paulo palpiteinativa para a luminosidade máximacoritiba e sao paulo palpiteapenas alguns dias", lembra a astrofísica. "Isso foi o suficiente para deixar toda a equipe animada. Estávamos diantecoritiba e sao paulo palpitealgo incomum para os padrões astronômicos."

Ilustração retrata uma estrelacoritiba e sao paulo palpitenêutros altamente magnética ecoritiba e sao paulo palpiterotação

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Telescópios podem ter registrado também o nascimentocoritiba e sao paulo palpiteuma estrelacoritiba e sao paulo palpitenêutrons

Outra curiosidade foi que, no momento da explosão, suas partículas voaram a 30 mil quilômetros por segundo - ou seja, 10% da velocidade da luz.

Margutti analisou The Cow com registros obtidoscoritiba e sao paulo palpitediversos observatórios - e cruzou os dados. Emcoritiba e sao paulo palpitepesquisa, ela utilizou imagenscoritiba e sao paulo palpitetelescópios instalados no Havaí, no Arizona (Estados Unidos) e no Atacama (Chile). Diante do que foi visto, os cientistas concluíram que o objeto era formado basicamente dos gases hidrogênio e hélio.

Dados coletados posteriormentecoritiba e sao paulo palpiteum observatório das Ilhas Canárias fizeram com que astrônomos classificassem The Cow como sendo uma superluminosa supernova, ou hipernova, por conta do brilho intenso.

Várias hipóteses passaram a ser lançadas para explicar o fenômeno, tanto da luminescência quanto do desaparecimento rápido do objeto. Principalmente desde o iníciocoritiba e sao paulo palpitenovembro vinha ganhando corpo a ideiacoritiba e sao paulo palpiteque se tratava da mortecoritiba e sao paulo palpiteuma estrela - e, consequentemente, do nascimentocoritiba e sao paulo palpiteum buraco negro. O que agora Margutti e equipe apontam com evidências mais seguras.

Técnica abrangente

Telescópio do observatório chileno SOAR, também utilizado para confirmar as informações, sob entardecer

Crédito, SOAR

Legenda da foto, Telescópio do observatório chileno SOAR também foi utilizado para confirmar as informações

A chave para a pesquisa divulgada hoje está na técnica empregada. Enquanto tradicionalmente os astrônomos estudam mortes estelares por meio do comprimentocoritiba e sao paulo palpiteonda óptico - ou seja, com telescópios captando a luz visível -, a equipecoritiba e sao paulo palpiteMargutti contou também com detecçõescoritiba e sao paulo palpiteraios X, ondascoritiba e sao paulo palpiterádio e raios gama para "enxergar" o fenômeno.

Com isso, eles conseguiram estudar o fenômeno mesmo muito tempo depois do brilho visível desaparecer. Para obter tais informações, Margutti usou observações registradas pelo NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array), da Nasa. Trata-secoritiba e sao paulo palpiteum telescópio espacial especializadocoritiba e sao paulo palpitecaptar dados por raios X.

Segundo avaliaçãocoritiba e sao paulo palpiteMargutti, a localização privilegiadacoritiba e sao paulo palpiteThe Cow foi um fator que propiciou que este fenômeno fosse flagrado pela primeira vez. Afinal, no gigantismo do universo, devem haver estrelas se transformandocoritiba e sao paulo palpiteburacos negros o tempo todo. Entretanto, conforme ela apontou na pesquisa,coritiba e sao paulo palpitegeral há uma grande quantidadecoritiba e sao paulo palpitematerial ao redorcoritiba e sao paulo palpiteburacos negros recém-nascidos - e isto acaba bloqueando a visão dos astrônomos.

No caso observado, contudo, havia 10 vezes menos material ao redor do objeto do que o normal. E esta "limpeza" permitiu que os aparelhos captassem diretamente o núcleo luminoso, depois colapsado muito possivelmentecoritiba e sao paulo palpiteum buraco negro.

"Teria sido difícil verificar isso fosse um cenário normal", comenta Margutti. "The Cow tinha pouca massacoritiba e sao paulo palpitematerialcoritiba e sao paulo palpitevolta. Assim, pudemos observar o seu 'motor' diretamente".

Outro fator foicoritiba e sao paulo palpiterelativa proximidade com a Terra.

"Afinal, 200 milhõescoritiba e sao paulo palpiteanos-luz estão próximos para nós. Este é o objetocoritiba e sao paulo palpitetransição mais próximo da Terra que já encontramos", afirma.

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