Poluição ameaça 'tornar a Terra um 'Planetaber365 pokerplástico':ber365 poker
- Jonathan Amos
- Repórterber365 pokerCiência da BBC
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ber365 poker Cientistas americanos calcularam a quantidade totalber365 pokerplástico já produzida pela humanidade, e afirmam que ela chega a 8,3 bilhõesber365 pokertoneladas.
E essa massa impressionanteber365 pokermaterial foi criada apenas nos últimos 65 anos.
A quantidadeber365 pokerplástico pesa tanto quanto 25 mil edifícios Empire State Building,ber365 pokerNova York, ou um bilhãober365 pokerelefantes.
A questão, no entanto, é que itens plásticos, como embalagens, costumam ser usados por curtos períodosber365 pokertempo antesber365 pokerserem descartados.
Maisber365 poker70% da produção totalber365 pokerplástico estáber365 pokeresgotos, que vão principalmente para aterros sanitários - apesarber365 pokerque a maior parte dela é acumulada nos ambientes abertos, incluindo os oceanos.
"Estamos caminhando rapidamente para um 'Planetaber365 pokerplástico', e se não quisermos viver neste mundo, teremos que repensar a maneira como usamos alguns materiais", disse à BBC o especialistaber365 pokerecologia industrial Roland Geyer.
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O estudo sobre o plástico feito por Geyer e seus colegas da Universidadeber365 pokerCalifórnia, nos Estados Unidos foi divulgado pela publicação científica Science Advances.
Trata-se da primeira estimativa globalber365 pokerquanto plástico foi produzido, como o material é usadober365 pokertodas as suas formas e aonde ele parar. Estes são alguns dos principais dados.
- 8,3 milhõesber365 pokertoneladasber365 pokerplástico virgem foram produzidas nos últimos 65 anos
- Metade deste material foi produzido apenas nos últimos 13 anos
- Cercaber365 poker30% da produção histórica continua sendo usada até hoje;
- Do plástico descartado, apenas 9% foi reciclado;
- Cercaber365 poker12% foi incinerado, mas 79% terminouber365 pokeraterros sanitários;
- Os itensber365 pokermenos uso são embalagens, utilizadas por menosber365 pokerum ano;
- Os produtos plásticos com uso mais longo estão nas áreasber365 pokerconstrução civil e maquinaria;
- Tendências atuais apontam para a produçãober365 poker12 bilhõesber365 pokertoneladasber365 pokerlixo plástico até 2050;
- Em 2014, a Europa teve o maior índiceber365 pokerreciclagember365 pokerplástico: 30%. A China veiober365 pokerseguida com 25% e os EUA reciclaram apenas 9%.
Resíduo
Não há dúvidaber365 pokerque o plástico é um material impressionante. Sua adaptabilidade e durabilidade fizeram com que a produção e uso ultrapassasse a maior parte dos materiais feitos pelo homem, com a exceçãober365 pokeraço, cimento e tijolos.
Desde o começo da produçãober365 pokermassa do plástico nos anos 1950, os polímeros estãober365 pokertoda parte - incorporados a tudo, desde embalagens até roupas,ber365 pokerpartesber365 pokeraviões a retardadoresber365 pokerchamas. Mas são justamente essas qualidades maravilhosas do plástico que representam um problema crescente.
Nenhum dos plásticos normalmente usados são biodegradáveis. A única formaber365 pokerse desfazerber365 pokerseus resíduos é destrui-los atravésber365 pokerum processober365 pokerdecomposição conhecido como pirólise ou por simples incineração - apesarber365 pokerque este último é mais complicado, por causaber365 pokerpreocupações com as emissõesber365 pokergases poluentes.
Enquanto não se desenvolve uma maneira eficiente e sustentável, o resíduo se acumula. Atualmente, segundo Geyer e seus colegas, há restosber365 pokerplástico suficientes no mundo para cobrir um país inteiro do tamanho da Argentina.
A expectativa da equipe é que o novo levantamento dê impulso ao diálogo sobre como lidar com a questão.
"Nosso mantra é: não dá para administrar o que não dá pra medir. Então queremos divulgar esses números sem dizer ao mundo o que ele deveria estar fazendo, mas para começar uma discussão real", afirma o pesquisador.
Os índicesber365 pokerreciclagem no mundo estão aumentando e a química moderna trouxe alternativas biodegradáveis ao plástico, mas fabricá-lo continua sendo tão barato que é difícil deixarber365 pokerlado o produto.
A mesma equipeber365 pokerpesquisadores da Universidade da Califórnia, Santa Barbara já havia produzido,ber365 poker2015, um levantamento do totalber365 pokerresíduos plásticos que vai para os oceanos a cada ano: 8 milhõesber365 pokertoneladas.
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'Tsunami'
A ida dos resíduos plásticos para o mar,ber365 pokerparticular, é o principal alvo da preocupação dos cientistas nos últimos anos, por causa da comprovaçãober365 pokerque parte deste material vai para a cadeia alimentar dos peixes eber365 pokerque outras criaturas marinhas ingerem pequenos fragmentosber365 pokerpolímeros.
"Estamos enfrentando um tsunamiber365 pokerresíduos plásticos e precisamos lidar com isso", disse à BBC o oceanógrafo Erik van Sebille, da Universidadeber365 pokerUtrecht, na Holanda, que monitora a presença do plástico nos oceanos.
"Precisamosber365 pokeruma mudança radical na maneira como lidamos com os restos do plástico. Mantendo os padrões atuais, teremos que esperar até 2060 para que mais plástico seja reciclado do que jogadober365 pokeraterros e no meio ambiente. É devagar demais, não podemos esperar tanto", afirmou.
Outro motivo pelo qual a reciclagember365 pokerplástico ainda pode estar avançando lentamente é o design dos produtos, segundo Richard Thompson, professorber365 pokerbiologia marinha na Universidadeber365 pokerPlymouth, no Reino Unido.
"Se os produtosber365 pokerplástico fossem criados com a reciclagember365 pokermente, eles poderiam ser reutilizados muitas vezes. Uma garrafa, segundo alguns estudos, poderia ser reciclada até 20 vezes. Isso seria uma redução significativa dos resíduos", disse à BBC.
Para Rolando Geyer, o ideal da reciclagem "é manter o material circulando pelo maior tempo possível".
"No entanto, percebemos no nosso levantamento que 90% do material queber365 pokerfato foi reciclado - cercaber365 poker600 milhõesber365 pokertoneladas - só foi reciclado uma vez", explica.
