'Kit intubação': médicos alertam que escassezbetano bonusremédios essenciais contra covid-19 pode gerar número ‘assustador‘betano bonusóbitos:betano bonus

  • Paula Adamo Idoeta
  • Da BBC News Brasilbetano bonusSão Paulo
Médicos intubando pacientebetano bonuscovid-19 nos EUA

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Médicos intubando pacientebetano bonuscovid-19 nos EUA; procedimento exige medicamentos que relaxem e deixem sedada a musculatura

betano bonus Médicos e entidades da saúde estãobetano bonusalerta para uma potencial crisebetano bonusdesabastecimentobetano bonusremédios cruciais usados no combate contra a covid-19betano bonustodas as regiões do Brasil - algo que, segundo parte dos especialistas, tem o potencialbetano bonusser tão grave e mortal quanto a escassezbetano bonusoxigênio que afetou cidades como Manaus.

Alguns sinais preocupantes começaram a surgir ainda no início deste ano: farmacêuticos que trabalhambetano bonushospitais paulistas passaram a relatar ao Conselho Regionalbetano bonusFarmácia (CRF-SP) que estoquesbetano bonusalguns medicamentos cruciais no tratamentobetano bonuspacientes graves com covid-19 estavam ficandobetano bonusnível perigosamente baixo.

Segundo profissionais da área, a falta desses medicamentos pode levar a um enorme aumento do númerobetano bonusmortesbetano bonuspacientes com covid-19 no Brasil.

"Como esses relatos começaram a aumentar, resolvemos fazer um levantamento", explica à BBC News Brasil Marcelo Polacow, vice-presidente do CRF-SP. Em pesquisa feitabetano bonusfevereiro com 234 farmacêuticosbetano bonushospitais públicos e privadosbetano bonustodo o Estado paulista, 77% responderam que havia problemasbetano bonusdesabastecimentobetano bonusmedicamentos -betano bonusparticular alguns sedativos e neurobloqueadores musculares.

Ambos são parte do chamado "kit intubação" e essenciais para permitir que pacientes graves com covid-19 sejam intubados e, assim, possam respirar mecanicamente.

A escassez desses medicamentos existe atualmentebetano bonustodos os Estados, segundo o Conselho Nacionalbetano bonusSecretáriosbetano bonusSaúde (Conass).

No âmbito municipal, a avaliação ébetano bonusque os estoques atuais são suficientes para mais duas semanas.

"Não temos desabastecimento ainda, mas sim uma baixa no estoque, por conta do aumentobetano bonusleitos ebetano bonuspacientes intubados ter aumentado o consumobetano bonuskits intubação", diz à BBC News Brasil Wilames Freire, presidente do Conselho Nacionalbetano bonusSecretarias Municipais da Saúde (Conasems).

"No fimbetano bonussemana passado foi feita uma distribuição aos Estados, e a avaliação ébetano bonusque os estoques darão para 15 dias,betano bonustese - dependendo do andamento da pandemia e dos efeitos dos lockdowns", prossegue.

Remédios 'insubstituíveis'

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UTIbetano bonusSão Paulo; pesquisa com farmacêuticosbetano bonushospitais paulistas despertou preocupação com o desabastecimentobetano bonusmedicamentos cruciais

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Como explica Marcelo Polacow, embora haja maisbetano bonusum remédio sedativo e bloqueador muscular, o uso desses remédios é indispensável para intubar e manter intubados os pacientes - um procedimento crucial para a vidabetano bonusquem está com comprometimento respiratório grave por conta da covid-19.

"Não são remédios substituíveis. Para colocar o tubo e oxigenar o organismo, é preciso relaxar as vias aéreas. Sem isso, não dá para fazer a intubação, nem para manter a intubação, e os índicesbetano bonusmortalidade (se não houver esses medicamentos) pode ser assustador", diz.

Segundo Polacow, o gargalo é que, diante dos números estratosféricos da covid-19 no Brasil, a indústria não tem conseguido suprir a demanda por esses medicamentos.

"A matéria-prima é importada, depois embalada ou colocadabetano bonusampolas aqui. E as indústrias estão tendo dificuldadebetano bonusimportar, assim como está acontecendo com os IFAs (insumos farmacêuticos ativos)betano bonusvacinas. Houve um aumento gigante na demanda nos últimos três meses, e a indústria não está tendo para entregar."

Freire, do Conasems, diz que a entidade fez uma requisição ao Ministério da Saúde para que este pedisse o excedentebetano bonusmedicamentos das indústrias. Também pediu a suspensão nacional das cirurgias eletivas (ou seja, não urgentes), que poderiam consumir medicamentos sedativos.

"Muito está sendo feito, (mas) a gente fica preocupado porque não consegue prever o que vai acontecerbetano bonusum curto espaçobetano bonustempo", diz Freire. "O Ministério da Saúde terá que regular o uso e importar (medicamentos para intubação) o mais rápido possível, para eles não faltarembetano bonusum momento crítico."

O Ministério da Saúde foi consultado pela BBC News Brasil e, caso responda, este texto será atualizado.

Em São Paulo, a Secretaria Estadual da Saúde informoubetano bonusnota que "com o recrudescimento da pandemia, a pasta intensificou o monitoramento dos estoquesbetano bonusoxigênio, insumos e medicamentos, incluindo os utilizadosbetano bonuspacientes intubadosbetano bonusunidades hospitalares para atendimento aos casosbetano bonuscovid-19. Os hospitais estaduais estão abastecidos".

Outro exemplo do cenário preocupante vem o Paraná, onde hospitais públicos e privados estão lotados.

Em entrevista ao programa Meio Dia Paraná, a secretária municipalbetano bonusSaúdebetano bonusCuritiba, Márcia Huçulak, afirmou nesta semana que a pasta está "muito preocupada" com o abastecimentobetano bonusremédios para intubação.

"Temos ainda um estoque, mas o consumo aumentou absurdamente, principalmentebetano bonusneurobloqueadores. Os fornecedores estão dizendo que estão com dificuldadesbetano bonusatender nossos estoques", declarou.

Pacientebetano bonusUTIbetano bonusSão Paulo

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Escassezbetano bonusmedicamentos para intubação tem sido registradabetano bonustodo o país; "não vai adiantar ter leitos e médicos" se não houver remédios suficientes, diz especialista

Para a pesquisadora Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro, da Escola Nacionalbetano bonusSaúde Pública da Fiocruz, a atual escassez é "indesculpável", uma vez que,betano bonusagosto do ano passado, no pico da primeira onda da pandemia, o grande usobetano bonustais medicamentos já sinalizava a importânciabetano bonusadquiri-los com antecedência.

"Houve uma demora do poder públicobetano bonusagir e uma desmobilização depois da primeira onda, inclusive dos hospitaisbetano bonuscampanha, mesmo quando já se previa uma segunda onda. Existe uma inércia muito preocupante", diz ela.

'Não é mais só ter leito e médico'

Para Marcelo Polacow, o desabastecimento criaria o cenário para uma tragédia no "mesmo nívelbetano bonuspreocupação" da crise da faltabetano bonusoxigênio que acometeu Manaus.

Osorio-de-Castro, da Fiocruz, opina que é difícil comparar as duas crises, uma vez que a produçãobetano bonusoxigênio é mais concentrada na mãobetano bonuspoucas empresas, ao contrário da fabricaçãobetano bonusremédios, mais pulverizada.

Ao mesmo tempo, ela alerta para o perigobetano bonuso poder público acabar sendo levado a comprar esses medicamentos a um preço muito mais alto neste momentobetano bonuscrise, por conta da alta demanda.

"Tembetano bonushaver um esforço conjunto (entre indústrias, entes privados e públicos) para distribuir esses medicamentos com solidariedade, e para quembetano bonusfato o precisa. E a gente não está vendo esse esforço."

"É uma calamidade com vários culpados: a faltabetano bonusisolamento social, a lentidão na vacinação, a ausênciabetano bonuspolíticas públicas", opina, porbetano bonusvez, Marcelo Polacow.

Ele explica que a escassezbetano bonusremédios cruciais pode minar o esforçobetano bonusgarantir mais leitos hospitalares.

"Hoje não (basta) mais só ter leito e médico. Apesarbetano bonusnão termos levantadobetano bonusnossa pesquisa quantos dias duram os estoques dos hospitais (paulistas), alguns relatam que esses estoques vão durar cinco, dez dias."

O mais importante no momento, diz ele, é seguir à risca o isolamento social e intensificar a pressão pela vacinaçãobetano bonusmassa,betano bonusforma a tentar reduzir a sobrecarga sobre o sistemabetano bonussaúde.

O Conselho Federalbetano bonusFarmácia confirmoubetano bonusnota, nesta quinta-feira (18/3), que "informaçõesbetano bonusfarmacêuticos que atuambetano bonushospitais e outros serviçosbetano bonussaúdebetano bonusdiversos pontos do país, bem como manifestação púbica dos secretários estaduais e municipais da saúde e da própria indústria farmacêutica, evidenciam o desabastecimentobetano bonusbloqueadores neuromusculares, sedativos e outros medicamentos utilizadosbetano bonusterapia intensiva, como o midazolan, essenciais a uma intubação humanizada e segura".

O órgão afirmou que "apela pelo uso racional dos medicamentos, para que a pandemia não faça vítimas também entre pessoas que sequer contraíram o coronavírus, mas têm outras doenças tão graves quanto a covid-19".

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