4 momentosx1 x2 betanoque a violência contra políticos marcou os rumos do Brasil:x1 x2 betano

Posse do presidente Costa e Silva

Crédito, Arquivo/Agência Senado

Legenda da foto, Possex1 x2 betanoCosta e Silva, após eleições indiretas, pouco maisx1 x2 betanodois meses depois do atentado

Relembre alguns momentos marcantes da história da violência política no Brasil.

Atentado contra o terceiro presidente o Brasil

Prudentex1 x2 betanoMoraes assumiu a presidência quando a jovem República brasileira completava cinco anos,x1 x2 betano15x1 x2 betanonovembrox1 x2 betano1894. Governou o país durante um período turbulento, que incluiu a Guerrax1 x2 betanoCanudos - que contrapôs o Exército e os integrantes do movimento popularx1 x2 betanofundo religioso liderado por Antônio Conselheiro.

Após o massacre do arraial no sertão baiano e a proclamaçãox1 x2 betanovitória da União, Prudentex1 x2 betanoMoraes participavax1 x2 betanouma recepção a dois batalhões que retornavamx1 x2 betanoCanudos no Arsenalx1 x2 betanoGuerra, na atual Praça Mauá, quando sofreu um atentado.

Prudentex1 x2 betanoMoraes

Crédito, Planalto

Legenda da foto, Prudentex1 x2 betanoMoraes governou o país durante um período turbulento que incluiu a Guerrax1 x2 betanoCanudos

O soldado Marcelino Bispox1 x2 betanoMelo falhoux1 x2 betanoacertar o presidente e acabou atingindo o então ministro da Guerra, Marechal Bittencourt, que morreu esfaqueadox1 x2 betanoseu lugar.

O episódio levou o presidente a decretar estadox1 x2 betanosítio, adquirindo amplos poderes para governar, e contribuiu para a ascensão da oligarquia cafeicultora na política nacional.

Assassinatox1 x2 betanoJoão Pessoa

Candidato à vice-presidência da República ao ladox1 x2 betanoGetúlio Vargas, o então presidente do Estado da Paraíba - cargo que equivalia aox1 x2 betanogovernador - foi morto a tiros pelo advogado João Duarte Dantas.

O crime tinha motivações pessoais com panox1 x2 betanofundo político. Opositorx1 x2 betanoJoão Pessoa, Dantas tivera seu escritório revirado pela polícia e seus documentos enviados para divulgação na imprensa local, com a anuênciax1 x2 betanoJoão Pessoa. "O jornal A União, órgão oficial do governo estadual, publicou tudo na primeira página, inclusive cartasx1 x2 betanoamor, repletasx1 x2 betanodetalhes eróticos, trocadas entre Dantas e a jovem Anayde Beiriz, uma professorax1 x2 betano25 anos, bonita, solteira, poeta, fumante e feminista. O escândalo foi tremendo e Anayde, devastada, acabaria se suicidando", relatam Lilia Schwarcz e Heloisa Starlingx1 x2 betano"Brasil: Uma Biografia".

Para defenderx1 x2 betanohonra, Dantas invadiu a elegante confeitaria Glória, no centrox1 x2 betanoRecife, e interrompeu o cháx1 x2 betanoPessoa com três tiros à queima-roupa. Pessoa era uma figurax1 x2 betanoprestígio político, sobrinho do ex-presidente Epitácio Pessoa, e o assassinato chocou o país.

Getúlio Vargas

Crédito, Planalto

Legenda da foto, 'Getúlio ex1 x2 betanocampanha foram muito competentesx1 x2 betanoconverter o assassinatox1 x2 betanoum crime político', diz cientista política

"O assassinato tinha a ver com assuntos do coração. Mas o Getúlio ex1 x2 betanocampanha foram muito competentesx1 x2 betanoconverter o assassinatox1 x2 betanoum crime político", diz Maria Celina D'Araújo, cientista política e professora da PUC-Rio, não descartando que algo parecido possa acontecer com o ataque a Jair Bolsonaro. "Temos um crime que muito provavelmente foi motivado por razões psiquiátricas, um fato isolado cometido por um lobo solitário, mas que pode ser reconvertido no imaginário popular como uma conspiração política", considera.

O corpox1 x2 betanoPessoa foi levadox1 x2 betanonavio para o Rio, gerando ampla comoção nacional. A Aliança Liberalx1 x2 betanoVargas - que se apresentava como oposição a Júlio Prestes, candidato que tinha forte apoio do então-presidente Washington Luís e dos poderosos cafeicultoresx1 x2 betanoSão Paulo - definiu o crime como político, atribuindo a culpa a aliados do presidente. O crime foi combustível para a revolta civil e militar que depôs Washington Luís e colocou Getúlio Vargas no poder, na Revoluçãox1 x2 betano1930.

Atentado a Carlos Lacerda

Conhecido como o "atentado da rua Tonelero", referindo-se ao logradourox1 x2 betanoCopacabana onde o jornalista Carlos Lacerda quase foi morto, no Rio, no dia 5x1 x2 betanoagostox1 x2 betano1954, a tentativax1 x2 betanoassassinato desembocoux1 x2 betanouma grave crise política e militar que culminou com a exigência da renúnciax1 x2 betanoGetúlio Vargas - e com o seu suicídio no dia 24 do mesmo mês.

Lacerda era inimigo frontalx1 x2 betanoVargas. A tentativax1 x2 betanoassassinato lhe custou um tiro no pé e tirou a vida do Major Rubens Vaz, seu segurança, agente da Aeronáutica. As investigações do episódio revelaram o envolvimento pessoal do chefe da guarda pessoalx1 x2 betanoVargas, Gregório Fortunato, que acabou confessando ser mandante do crime.

"Se a morte do João Pessoa teve uma repercussão direta na Revoluçãox1 x2 betano1930, o atentado ao Lacerda foi fundamental para fortes mudanças na política brasileira, com Vargas se matando pouco depois", diz Maria Celina D'Araujo.

Atentado do aeroporto dos Guararapes

No dia 25x1 x2 betanojulhox1 x2 betano1966, ainda no período inicial da ditadura militar, o marechal Arthur da Costa e Silva chegou ao aeroporto do Recife,x1 x2 betanoPernambuco, como parte da campanha presidencial que realizava à época.

Um atentado a bomba no saguão do aeroporto matou duas pessoas, feriu outras 14 e por pouco não machucou o candidato. A bomba foi colocadax1 x2 betanouma mala abandonada no saguão, que explodiu ao ser removida por um guarda.

Posse do presidente Costa e Silva

Crédito, Arquivo/Agência Senado

Legenda da foto, Possex1 x2 betanoCosta e Silva, após eleições indiretas, pouco maisx1 x2 betanodois meses depois do atentado

O jornalista Edson Régis e o vice-almirante Nelson Gomes Fernandes morreram com a explosão.

Por meiox1 x2 betanoeleições indiretas, Costa e Silva foi escolhido presidente pouco maisx1 x2 betanodois meses após o atentado, presidindo o paísx1 x2 betano1967 a 1969.

À época o episódio foi considerado um ataquex1 x2 betanoterroristas, mas historiadores contestam a versão oficial e consideram a possibilidadex1 x2 betanoo ataque ter sido orquestrado pelos militares para fomentar o medo entre população.