Desemprego e freio no consumo ajudam a explicar números frustrantes na economia:promo 1xbet

Carteiraspromo 1xbettrabalho

Crédito, Valdecir Galor/SMCS

Legenda da foto, País tem dificuldade para gerar vagas formais

Esse freio no consumo se manifesta especialmente nos serviços, que, nos três primeiros meses do ano, tiveram desempenho muito aquém do que se previa, como mostram as divulgações mensais da Pesquisa Mensalpromo 1xbetServiços (PMS).

O cenário externo, porpromo 1xbetvez, que até o ano passado jogava a favor do Brasil, agora está mais adverso: o dólar e o petróleo mais caros e a possibilidadepromo 1xbetguerra comercial entre Estados Unidos e China podem ter impacto negativo sobre a atividade econômica.

O impacto da greve dos caminhoneiros, que causou prejuízospromo 1xbetvários setores da economia, deverá ser sentido nos dados do segundo trimestre.

Informalidade e desemprego

O país tem dificuldade para gerar novas vagas, especialmente com carteira assinada. A Pesquisa Nacional por Amostrapromo 1xbetDomicílios (Pnad) Contínua mostra alguma recuperação na ocupação desde junho do ano passado, quando, depoispromo 1xbet22 meses consecutivospromo 1xbetretração - ou seja,promo 1xbetredução no volumepromo 1xbetpessoas empregadas - ela voltou a cresceu.

Essa retomada, contudo, se dá através do trabalho informal e do por conta própria, categorias mais precárias. Desde fevereiropromo 1xbet2015, o trabalho com carteira na Pnad Contínua estápromo 1xbetterreno negativo.

"O aumento da informalidade, ainda que represente alguma geraçãopromo 1xbetemprego, também segura o consumo, já que o riscopromo 1xbetser demitido é maior", pondera o economista Marco Caruso, do banco Pine. Ele chegou a estimar altapromo 1xbet0,9% para o PIB no primeiro trimestre, mas reduziu o número para 0,3% recentemente diante do cenário mais fraco.

PIB menor, porpromo 1xbetvez, significa taxapromo 1xbetdesemprego maior. Em paralelo à revisão do crescimentopromo 1xbet0,5% para 0,3% para o primeiro trimestre epromo 1xbet3% para 2% para o ano, o banco Itaú elevou também a expectativa para o desemprego,promo 1xbet11,7% para 12,1% no fimpromo 1xbet2018 epromo 1xbet12% para 12,3% na média do ano.

"À medida que a demanda cresce menos, as empresas precisampromo 1xbetmenos contratações", explica o economista Arthur Passos.

Renda cresce menos

Quem está empregado, porpromo 1xbetvez, vê a renda crescendo menos. Em 2017, os reajustes salariais que levavampromo 1xbetconta a inflação mais altapromo 1xbet2016 ganharam incremento que não se repete neste ano.

"No ano passado os salários se beneficiaram pelo 'bônus desinflacionário' e o consumo foi incentivado pela liberação dos saldos das contas inativas do FGTS, dois fatores atípicos que a gente não vê neste ano", ressalta Silvia Matos, pesquisadora do Instituto Brasileiropromo 1xbetEconomia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

No ano passado, a massapromo 1xbetrenda real (descontada a inflação) calculada pelo Ibre-FGV avançou 5,5%. A projeção para este ano épromo 1xbetapenas 0,5%. "Só isso já faria 2018 crescer menos".

Apesar dos juros mais baixos, crédito não deslancha

Se a renda sobe menos, o canalpromo 1xbetcrédito também não alavanca o consumo - mesmo com as taxas mais baixas.

O ciclopromo 1xbetcorte da taxa básicapromo 1xbetjuros, a Selic, vinha se refletindopromo 1xbetredução do custopromo 1xbetcrédito para famílias e empresas desde outubropromo 1xbet2016, diz a professora da Coppead/UFRJ Margarida Gutierrez, ainda quepromo 1xbetuma velocidade menor.

Esse ciclo, contudo, pode arrefecer ainda mais nos próximos meses. Os indicadorespromo 1xbetconfiança financeiros têm dado sinalpromo 1xbetalerta, diz a economista, com alta nos juros futurospromo 1xbetlongo prazo.

Cartãopromo 1xbetcrédito

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Consumo teve ajuda do saque das contas inativas do FGTS e do 'bônus desinflacionário', fatores atípicos que não se repetempromo 1xbet2018

Isso significa que o mercado apostapromo 1xbetum aumento das taxas mais à frente - diante, por exemplo,promo 1xbetum cenário eleitoral ainda bastante incerto, que aumenta as dúvidaspromo 1xbetrelação às reformas que, para os investidores, garantiriam o reequilíbrio das contas públicas.

"O custo do crédito também toma esses indicadores como base", ressalta a economista.

Para Caruso, do banco Pine, porém, ainda há espaço para que os efeitos positivos da queda Selic - um ciclo que se encerrou possivelmente neste mês, quando o Banco Central decidiu mantê-lapromo 1xbet6,5% - se manifestem sobre a atividade econômica, já que seu impacto é defasado.

Mudança no cenário externo

O crescimentopromo 1xbet1% do PIBpromo 1xbet2017 - um resultado magro, diante da retraçãopromo 1xbet3,5% da atividade tantopromo 1xbet2015 quantopromo 1xbet2016 - teve ajuda do cenário internacional, que manteve a cotação do dólar e do petróleo mais comportados.

O Brasil não vai poder contar com esse auxíliopromo 1xbet2018. O dólar mais caro, diz Silvia Matos, do Ibre-FGV,promo 1xbetum primeiro momento tem impacto negativo sobre a indústria, já que aumenta o preço das importações e dificulta, por exemplo, a comprapromo 1xbetmáquinas e equipamentos lá fora.

As exportações poderiam ser beneficiadas no médio prazo, já que a desvalorização do real deixa os produtos brasileiros mais baratospromo 1xbetdólar - o problema é que as moedas da maioria dos emergentes também perdeu valor, reduzindo o ganhopromo 1xbetcompetitividade do Brasil.

"E exportação não é tanto câmbio, é cada vez mais acordos (entre países e blocos comerciais)", acrescenta a economista.

Indústria

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Legenda da foto, Dólar mais caro prejudica importaçõespromo 1xbetmáquinas e equipamentos pela indústria e tem efeito negativo sobre investimentos

Diante dessa conjuntura, o Ibre-FGV revisou para baixo a expectativa para o resultado da indústria no primeiro trimestre,promo 1xbetum número ligeiramente positivo para quedapromo 1xbet0,5%.

A crise na Argentina, mercado importante para os veículos fabricados no Brasil, não chegou a afetar negativamente as exportações nos primeiros três meses do ano, destaca Arthur Passos, do Itaú, mas é outra frente que deve ser monitorada.

Todo esse cenário desincentiva a retomada dos investimentos. Dentro do PIB, destaca Matos, 55% da Formação Brutapromo 1xbetCapital Fixo (os investimentos) vem do setorpromo 1xbetconstrução civil, "que já estava ruim e continuou assim", ela destaca.

Grevepromo 1xbetcaminhoneiros e risco eleitoral

Os economistas têm previsões melhores para os próximos trimestres, mas os riscos para o cenário até o fim do ano podem crescer.

O segundo trimestre pode serpromo 1xbetparte prejudicado da grevepromo 1xbetcaminhoneiros, pondera a economista do Ibre-FGV, quepromo 1xbetuma semana provocou prejuízos para o setor industrial e do agronegócio.

"A duração disso (das paralisações) é importante, e o impacto específico é algo difícilpromo 1xbetmensurar."

Para o segundo semestre, as eleições podem jogar contra a atividade. Caso a incerteza que se desenha neste iníciopromo 1xbetano se exacerbe - e não fique claro qual vai ser o caminho que a economia do país vai tomar nos próximos quatro anos -, ela pode elevar o risco-país e deteriorar as condições financeiras.