Como árvore dos Andes levou ao gin tônica, ao tratamento contra a malária e à cloroquina :roleta custom

Foto aproximadaroleta customfolhas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A casca da 'árvore da febre' já salvou papas e reis da morte por quase quatro séculos

A árvore, que tem maisroleta custom40 espécies, também deu origem ao gin tônica, um dos drinques preferidos dos ingleses.

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História da Chegada roleta custom Cebolinha ao Flamengo é um dos episódio mais famosos do histórico no clube. Depois duma carreira instalada sem futebola brasileiro, Cébolinha decidirá sua carreira não flamenco roleta custom {k0} 2024.

Mas antes roleta custom chegar ao Flamengo, Cebolinha passo por vales clubes brasileiros e como Corinthian ntimo encontro foi no Flamingo que ele conseguiu seus melhores resultados dos primeiros jogos da equipe.

Ano Clubes
2024 Corinthians
2024 Palmeiras
2024 2024 _ Santos
2024 Flamengo

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  • Campeonato Carioca roleta custom 2024
  • Campeonato Brasileiro roleta custom 2024
  • Copa Libertadores roleta custom 2024

Ao todo, Cebolinha atuou pelo Flamengo por quatro anos roleta custom 2024 à 2024. Durante esse tempo e ele se rasgado um dos primeiros jogos da equipa o clube uma conquista vales títulos importantes

Curiosidades sobre a carreira roleta custom Cebolinha

  • Cebolinha foi o artilhador do Campeonato Carioca roleta custom 2024, com 14 gols.
  • Ele foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro roleta custom 2024.
  • Cebolinha é o quarto jogador que mais atuou pelo Flamengo, com 167 partes disputadas.

Em resumo, a chegada roleta custom Cebolinha ao Flamengo foi um marco importante na história do clube. Ele se rasgado num dos primeiros jogos da equipa e ajuda o Clube à conquista vales títulos importantes /p>

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Fim do Matérias recomendadas

Trata-se da quina ou quina-quina, que na língua quéchua significa "casca das cascas".

Ela também é conhecida como "árvore" ou "pau da febre". Da casca dessa planta se faz um póroleta customgosto amargo, mas sem cheiro — chamadoroleta customquinina, um alcaloide que tem propriedades analgésicas e antitérmicas (ou seja, combate a febre).

Por séculos, essa substância foi o único tratamento eficaz contra a malária, uma das doenças que mais mataram humanos ao longoroleta custommilharesroleta customanos. Ainda hoje, são registrados entre 300 milhões e 500 milhõesroleta customcasos por ano no mundo, com 2 milhões a 3 milhõesroleta custommortes.

De acordo com o historiador André Felipe Cândido da Silva, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a trajetória da quina é "fabulosa e ao mesmo tempo dramática" porque reflete a história do colonialismo, do capitalismo eroleta customáreas do conhecimento como a botânica, química e farmacologia.

Mas, lembra Silva, essa história "de modo algum se reduz" às ações da ciência europeia.

"Ela envolveu uma complexa interação entre agentes do colonialismo europeu e populações originárias da América do Sul, que utilizavam tradicionalmente cascasroleta customárvores no tratamentoroleta customfebres eroleta customoutros males", explica Silva, doutorroleta customhistória das ciências e da saúde.

Quem descobriu: um nativo, um soldado ou uma condessa?

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Ninguém sabe quando nem quem descobriu as propriedades da quinaroleta customcombater a febre. Há várias histórias a respeito, algumas das quais estão mais para lenda do que para fato.

Uma delas atribui a descoberta aos indígenas sul-americanos.

Esses nativos supostamente teriam notado que leões da montanha (dependendo da região onde vivem, também chamadosroleta custompumas, onças pardas ou suçuaranas) doentes mastigavam a cascaroleta customcertas árvores e ficavam curados. Os pacientes humanos com febre recebiam a mesma casca e melhoravam.

Outra história diz que um soldadoroleta customuma guarnição espanhola-peruana estava sofrendoroleta customuma criseroleta custommalária e foi deixado por seus companheiros para trás para morrer.

Com muita sede, ele se arrastou até um pequeno lago, cercadoroleta customárvores, do qual bebeu muita água e adormeceu. Ao acordar, percebeu que a febre havia passado milagrosamente.

O soldado lembrou, então, que a água tinha um gosto amargo. Ao mesmo tempo, ele notou que um grande troncoroleta customuma das plantas, partido por um raio, havia caído no lago. Ao examiná-lo com mais cuidado, o soldado concluiu que a casca tinha a capacidaderoleta customtratar a malária.

Há um terceiro relato que, apesarroleta customter algumas passagens nebulosas, parece serroleta customparte verdadeiro.

Ele envolve a condessaroleta customChinchón, mulher do vice-rei espanhol do Peru que ocupou o cargoroleta custom14roleta customjaneiroroleta custom1629 até 18roleta customdezembroroleta custom1639.

Foto aproximadaroleta customcasca

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Legenda da foto, 'Quina', na língua quéchua, significa 'casca das cascas'

De acordo com o químico Alfredo Ricardo Marquesroleta customOliveira, professor aposentado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), a história registra que a condessaroleta customChinchón foi acometida por uma forte febre, chamada terçã, causada pela malária.

"Ao ingerir uma infusão da cascaroleta customquina feita pelos nativos, a condessa ficou curada", conta.

"Até hoje não sabemos como eles descobriram este efeito e menos ainda sobre como a doença (de origem africana) chegou ao oeste da América do Sul. Certamente, foi bem antes dos espanhóis, pois os indígenas tiveram tempo de, por observação e empirismo, descobrir a cura."

Conforme alguns relatos, entre os quais o do médico italiano Sebastiano Bado, que viveu no século 17, a condessa se chamava Anaroleta customOsório. Depoisroleta customcurada, ela teria distribuído o pó entre os nativos acometidos da maláriaroleta customLima, no Peru, que também se curaram.

Agradecidos, eles passaram a chamar o remédioroleta custom"pó da condessa".

Aindaroleta customacordo com Bado, ao regressar à Espanha, Anaroleta customOsório teria levado consigo uma grande quantidaderoleta customcascaroleta customquina-quina, introduzindo o remédio na Europa, onde a doença era endêmica na época.

Mas um diário descobertoroleta custom1930 desmente o relatoroleta customBado. Segundo os escritos, Anaroleta customOsório morreu pelo menos três anos antesroleta customo rei Filipe 4º nomear o conde como vice-rei do Peru.

O botânico sueco Carl von Linné (1707-1778), o pai da moderna taxonomia (disciplina que classifica gruposroleta customseres vivos), nomeou o gênero a qual pertence a "árvore da febre"roleta customCinchón, da família das rubiáceas, a mesma do café e das gardênias.

O leitor atento deve ter percebido que no nome do gênero falta o “h” antes do “i”, comoroleta custom“Chinchón”. Ele deve ter sido influenciado por Bado, que “italianizou” o nome.

Foto aérearoleta customencostas cobertas por floresta

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Legenda da foto, O parque nacionalroleta customManú, no Peru, é um dos locais onde a 'árvore da febre' ainda pode ser encontrada

Mas, afinal, quem introduziu a cinchona na Europa?

"Padres jesuítas da missão espanhola no Peru levaram o póroleta customquinina para lá", responde o químico Luiz Carlos Dias, da Unicamp.

"Ele ficou conhecido como 'pó dos jesuítas'. A esses religiosos também deve ser creditada a disseminação desse remédio no Velho Continente, já que Roma era a capital mundial da maláriaroleta custommeados do século 17."

Segundo Penny le Couteur e Jay Burreson, no livro Os Botõesroleta customNapoleão - As 17 Moléculas que Mudaram a História, o conclaveroleta custom1655, que foi convocado após a morte do Papa Inocêncio 10º e elegeu Fabio Chigi como Papa Alexandre 7º, "foi o primeiroroleta customque não se registrou nenhuma morte por malária entre os cardeais participantes".

De acordo com os autores, logo os jesuítas começaram a importar grandes quantidadesroleta customquina e a vendê-la por toda a Europa.

Mas nãoroleta customtodos os países, ressalve-se. Apesarroleta customsua excelente reputação no Velho Continente, o "pó dos jesuítas" não era aceito na Inglaterra protestante, por exemplo, por ser considerado um "remédio católico".

Tanto que Oliver Cromwell, líder da guerra civil que culminou na execução do rei Charles 1º (1600-1649), recusou-se a ser tratado com o "remédio papista" e morreu devido à maláriaroleta custom1658.

Mas o rei Charles 2º (1630-1685), filhoroleta customCharles 1º, também foi acometido da febre terçãroleta custom1679 e foi curado pelo "pó dos jesuítas" sem saber.

Contrabandoroleta customsementes

Ao longo dos três séculos seguintes a malária — além da indigestão, febre, perda do cabelo, do câncer eroleta custommuitos outros males— foi tratada comumente com casca dessa planta.

“Até 1820, apenas um pó feito com as cascas e raízes da quina-quina era comercializado”, explica Dias.

“Nesse ano, os químicos franceses Pelletier [Pierre-Joseph Pelletier, 1788-1842] e Caventou [Joseph Bienaimé Caventou, 1795-1877] isolaram este pó, um alcaloide com extrema atividade contra a doença, ao qual deram o nomeroleta customquinina".

"O isolamento permitiu a preparaçãoroleta custompílulas do remédio, mas o sabor desagradável e alguns efeitos colaterais como alterações visuais, zumbidos no ouvido, distúrbios gastrintestinais e icterícia dificultaram seu uso.”

Apesar disso, a substância continuou a ser usada para tratar a malária por maisroleta customum século.

Era preciso um suprimento grande e constante, porque países colonizadores como Inglaterra, França e Holanda queriam ampliar seus impérios nos continentes africano e asiático, onde a doença ocorriaroleta customforma endêmica.

“Isso os levou à tentativaroleta customobter sementes e mudas da quina, praticamente o único recurso terapêutico eficaz então conhecido no tratamento desse mal, mas que dependia do fornecimento provindo da América do Sul”, explica Silva.

A ideia era plantá-lasroleta customsuas colônias, para não depender do suprimento sul-americano.

Até porque, a exploração era tanta — estima-se que, no final do século 18, 25 mil quinas eram cortadas a cada ano — que as cinchonas corriam o riscoroleta customserem extintas emroleta customregiãoroleta customorigem.

Além disso, como a receita gerada pela venda da casca da planta era grande, os governos da Bolívia, Colômbia, Equador e Peru queriam manter o monopólioroleta customprodução e comercialização. Por isso, tais governos proibiram a exportaçãoroleta customárvores vivas eroleta customsuas sementes.

Mas eles não contaram com o contrabando — ou não conseguiram evitá-lo.

Couteur e Burreson relatam que,roleta custom1853, o holandês Justus Hasskarl (1811-1894) conseguiu levar para ilharoleta customJava (Indonésia), então colônia holandesa, um sacoroleta customsementes da espécie Cinchona calisaya.

“Elas foram cultivadas com sucesso, mas, lamentavelmente para Hasskarl e os holandeses, essa espécie tinha um conteúdoroleta customquinina relativamente baixo”, escrevem os autoresroleta customOs Botõesroleta customNapoleão.

Ilustração da planta

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Legenda da foto, Ao longoroleta customtrês séculos, a malária foi tratada comumente com a casca da planta

De acordo com eles, os britânicos tiveram uma experiência parecida com sementes contrabandeadasroleta customCinchona pubescens, que plantaram na Índia e no Ceilão [hoje Sri Lanka]. As árvores cresceram, mas a casca continha menos que os 3% do alcaloide necessários para uma produção minimamente lucrativa.

Uma curiosidade: o hábito inglêsroleta customtomar quinina como precaução contra a malária acabou desenvolvendo o drinque “gin tônica” – o gin era considerado necessário para tornar palatável a amarga quinina.

Nesse cenário surge um contrabandista australiano, que passara muitos anos negociando quina. Em 1861, Charles Ledger conseguiu convencer um indígena peruano (que depois foi torturado e morto por seu povo) a vender sementesroleta customuma espécie da árvore que supostamente tinha um conteúdo muito elevadoroleta customquinina.

Segundo Couteur e Burreson, o governo britânico não quis comprar as sementesroleta customLedger, talvez porque experiências anteriores com o cultivoroleta customcinchona os levaram a avaliar que o caminho não era economicamente viável.

O governo holandês, no entanto, comprou cercaroleta custom450 gramas delas, por cercaroleta custom20 dólares. Elas foram plantadasroleta customJava e cuidadosamente cultivadas. À medida que as árvores cresciam eroleta customcasca ricaroleta customquinina era retirada, a exportação nativa da América do Sul declinava.

“Essa compraroleta custom20 dólares foi considerada o melhor investimento da história, pois se verificou que os níveis do alcaloide na planta chegavam a nada menos que 13%”, contam Couteur e Burreson.

Devido ao feitoroleta customLedger, a espécie foi batizada com seu nome, Cinchona ledgeriana.

Em 1930, maisroleta custom95% do quinina do mundo vinharoleta customplantações dos holandesesroleta customJava.

“Diferentemente dos espanhóis, ingleses e holandeses lograram, depoisroleta custommuitos estudos, desenvolver variedadesroleta customcinchona com maior teor do alcaloide e otimizar os métodosroleta customextração e isolamento, ampliando consideravelmente a capacidaderoleta customprodução do quinino, utilizado no formatoroleta customsaisroleta customcomprimidos”, explica Silva.

De acordo com ele, a comercialização do quinino (sulfatoroleta customquinina), dominada pelos holandeses desde o século 19, levou à formação do que se pode chamarroleta customo primeiro cartel farmacêutico global,roleta custom1913.

Fonte para a indústria farmacêutica

A situação iria mudar drasticamente com a Segunda Guerra Mundial. De acordo com os autoresroleta customOs Botõesroleta customNapoleão, o monopólio do cultivo da quinina quase rompeu o equilíbrio entre as partes na guerra.

Em 1940, a Alemanha invadiu a Bélgica e a Holanda e confiscou todo o estoque europeu do remédio armazenadoroleta customAmsterdã.

Em seguida,roleta custom1942, a conquistaroleta customJava pelos japoneses colocou ainda maisroleta customrisco o fornecimento desse antimalárico essencial.

Botânicos norte-americanos foram então enviados aos Andes para obter cascas da árvore, que ainda cresciam espontaneamente na área, mas nunca encontraram nenhum espécime da Cinchona ledgeriana que valera aos holandeses um sucesso tão espetacular.

A dependência desse mercado cartelizado, o impacto da maláriaroleta customconflitos bélicos (sobretudo nas duas guerras mundiais) e a observaçãoroleta customcasosroleta customresistência à quinina levaram à buscaroleta customformas alternativasroleta customtratamento.

Silva, da Fiocruz, explica que os laboratórios passaram a usar apenas partes da quinina, que servem como “modelos” para a fabricaçãoroleta customnovos compostos, totalmente sintéticos.

“De certa forma, é como se os pesquisadores ‘montassem’ e ‘desmontassem’ partes das moléculas e testassem o seu potencial terapêutico e toxicidade”, explica o pesquisador da Fiocruz.

Desse tiporoleta custompesquisa vão surgir, a partir dos anos 1920, milharesroleta customfórmulas, como da plasmoquina (1925), da atebrina (1930), da ressochina (1934) e da sontoquina (1939), que se tornaram efetivamente medicamentos comercializados.

De acordo com o físico Peter Schulz, da Universidade Estadualroleta customCampinas (Unicamp), a busca pela quinina sintética foi uma aventura científica com muitos passos e contribuiçõesroleta customdiversos cientistas ao longoroleta custommaisroleta customum século a partir do isolamentoroleta customlaboratório.

“Primeiro foi descoberta a fórmula química, depois a estrutura da molécula”, explica. “Com isso, foi possível aos químicos alemães Paul Rabe (1869-1952) e Karl Kindler (1891-1967) propor,roleta custom1918,roleta customsíntese por meioroleta customum processoroleta custom17 etapas.”

Frasco antigo com rótulo contendo a palavra "Quinina"

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Legenda da foto, Países europeus correram para garantir a produçãoroleta customquinina

Mesmo com a síntese da quininaroleta custom1918, continuou sendo mais barato e eficiente extraí-las das árvores. Em 1934, tudo mudou, no entanto. Foi quando o pesquisador alemão Hans Andersag, a serviço da Bayer, desenvolveu a resochina.

“Dela, ele sintetizou um derivado com toxicidade ainda menor e ação terapêutica igualmente eficaz, a sontoquina”, conta Silva.

“No contexto da Segunda Guerra Mundial, a sontoquina chegou às mãos dos norte-americanos,roleta customum momento que a malária comprometia o movimento das tropas aliadasroleta customdiversas áreasroleta customcombate. Os japoneses haviam ocupado as zonas do sudeste asiático que cultivavam a quina, impedindo o acesso ao quinino.”

Diante disso, os americanos fizeram alguns ajustes pontuais na sontoquina, comprovaram que ela era eficiente no tratamento da malária humana e a rebatizaramroleta customcloroquina.

“Uma ligeira modificação na cloroquina resultou na hidroxicloroquina, amplamente empregada contra a doença no pós-Segunda Guerra”, explica o pesquisador da Fiocruz.

“Mais tarde, apresentaram capacidaderoleta customtratamentoroleta customoutros males, como artrite reumatoide e lúpus, por exemplo.”

Essa capacidade não foi comprovada, porroleta customvez, para a covid-19, como recomendou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Dias, da Unicamp, nem a cloroquina nem a hidroxicloroquina são usadas atualmente contra a malária causada pelo parasita Plasmodium falciparum, que começou a desenvolver resistência aos medicamentos.

Essa é a forma mais letal da doença, a que acomete principalmente populaçõesroleta custombaixa rendaroleta custompaíses africanos.

“A cloroquina só é empregada hoje para tratar a malária causada pelo Plasmodium vivax, menos letal e responsável por 92% dos casos da doença no Brasil”, conta Dias.

A planta existe no Brasil?

No Brasil, também chamamos algumas plantasroleta custom"quina", mas a farmacêutica Maria das Graças Lins Brandão explica que elas não são a quina verdadeira, do do gênero Cinchona.

As plantas brasileiras são consideradas sucedâneas, “ou seja, usadas como se fosse a quina verdadeira, que não ocorre no Brasil”.

A pesquisadora diz que dados históricos revelam que a coroa portuguesa chegou a oferecer, no século 18, um prêmioroleta customdinheiro para quem encontrasse a quina verdadeira no Brasil.

“Foi daí que surgiu este monteroleta customfalsas quinas”, diz Brandão, doutoraroleta customquímicaroleta customprodutos naturais, professora aposentadaroleta customfarmacognosia e fitoterapia da Universidade Federalroleta customMinas Gerais (UFMG).

“Encontrava-se uma árvore semelhante, com cascas amargas, e nomeava-se como ‘quina’.”

A farmacêutica é também fundadora do Instituto Cayapiá e do Dataplamt, uma baseroleta customdados bibliográfica sobre as plantas usadas pelos brasileiros.

“Quando se pesquisa nessa base por ‘quina’ se obtém referênciasroleta custom54 diferentes espéciesroleta customplantas brasileiras sucedâneas, como se fosse a verdadeira”, diz.

De acordo com ela, as "falsas quinas" brasileiras não tiveram papel algum no desenvolvimento das moléculas sintéticas da cloroquina e da hidroxicloroquina.

“Somente as quinas verdadeiras (as cinchonas peruanas), que produzem o quinino”, explica. “As falsas quinas começaram a ser usadas devido à intensa demanda que havia por essas cascas para tratar a malária no Brasil nos séculos 16 até o 20, e o monopólio comercial era da Espanha (a planta é nativa do Peru).”