Sob Bolsonaro, mortescomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasyanomami por desnutrição cresceram 331%:como apostar em casas de apostas

Criança yanomamicomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas4 anos sentadacomo apostar em casas de apostasrede com o pai é atendida no hospital infantil Santo Antoniocomo apostar em casas de apostasBoa Vista, Roraima, 27como apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasjaneirocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas2023

Crédito, REUTERS/Amanda Perobelli

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Crianças e idosos são os grupos mais afetados por desnutrição na terra yanomami

Nas últimas semanas, o governo federal decretou estadocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasemergência por conta do agravamento das condiçõescomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostassaúde dos yanomami.

A decisão foi tomadacomo apostar em casas de apostasmeio à forte repercussão nacional e internacional gerada por imagenscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasindígenas da etnia visivelmente desnutridos.

Lula observa criança yanomami

Crédito, Ricardo Stuckert

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Presidente Lula durante visita a Roraima para tratar da emergência entre os yanomami

Salto no primeiro anocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasgoverno

Os dados liberados pelo Ministério da Saúde mostram a quantidade e as causas das mortes registradas nos Distrito Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), órgãos responsáveis pela saúde dos povos originários. As informações vãocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas2013 a 2022.

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Em 2013 e 2014, as mortescomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasyanomami por desnutrição totalizaram oito e seis, respectivamente.

Na somatória dos quatro anos seguintes (2015 a 2018), nos governoscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasDilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), o total foicomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas41. Nos quatro anos seguintes, já sob Bolsonaro, o número foicomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas177.

Os dados indicam um salto no númerocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasmortes por desnutrição entre os yanomami já no primeiro ano do governo Bolsonaro, 2019.

Em 2018, foram sete mortes registradas por alguma formacomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasdesnutrição. No ano seguinte, esse número aumentou para 36.

Em 2020, o número saiucomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas36 para 40 e atingiu um picocomo apostar em casas de apostas2021, quando 60 indígenas yanomami morreram por algum tipocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasdesnutrição.

Em 2022, ano cujos dados ainda estão sendo totalizados, o númerocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasmortes por desnutrição chegou a 40.

Aindacomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasacordo com os dados,como apostar em casas de apostas2022, a desnutrição foi a segunda maior causacomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasmortes entre os yanomami, perdendo apenas para as pneumonias, que somaram 70 óbitos e que também estão ligadas a condições precáriascomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostassaúde.

Médico examina indígena deitadocomo apostar em casas de apostasrede

Crédito, Expedicionários da Saúde

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Associação indígena afirma que acesso a serviçoscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostassaúde piorou no governo Bolsonaro

Membros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificaram a situação dos yanomami como um "genocídio" e acusaram a gestão anteriorcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasnão agir para evitar a crise humanitária.

Nas suas redes sociais, o ex-presidente Bolsonaro negou descasocomo apostar em casas de apostasrelação aos yanomami e se referiu ao caso como uma "farsa da esquerda".

No finalcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasjaneiro, o governo federal deu início a uma operação que envolve a transferênciacomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasindígenascomo apostar em casas de apostaspiores situaçõescomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostassaúde para hospitaiscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasBoa Vista, capitalcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasRoraima, Estado onde fica a maior parte da Terra Indígena Yanomami.

Além disso, o governo também deu início a uma operação para retirar aproximadamente 20 mil garimpeiros da área. A ação conta com tropas das Forças Armadas, Força Nacionalcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasSegurança Pública, agentes do Instituto Brasileirocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasMeio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Federal.

Criança com desnutrição

Crédito, AFP

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'A desnutrição que a gente observa entre eles é pela escassezcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasalimento'

Desnutrição e garimpo

O aumento no númerocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasmortes por desnutrição entre os yanomami vem sendo relacionado ao aumento da atividade garimpeira na terra onde eles vivem.

A Terra Indígena Yanomami tem 9,6 milhõescomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostashectares e abriga pouco maiscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas28 mil indígenas. A área é conhecida por suas grandes reservascomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasmetais preciosos como ouro e outros mineraiscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasinteresse industrial como a cassiterita, matéria-prima do estanho.

Dados do Instituto Nacionalcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasPesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o aumento no númerocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasmortes por desnutrição entre os yanomami aconteceu ao mesmo tempocomo apostar em casas de apostasque foi registrado um crescimento no desmatamento da terra indígena.

Entre 2019 e 2022, durante o governo Bolsonaro, foram desmatados 47 quilômetros quadradoscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasfloresta na área.

A taxa é 222% maior do que a registrada nos quatro anos anteriores, quando o desmatamento foicomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas14,6 quilômetros quadrados. Segundo pesquisadores, a principal fontecomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasdesmatamento na Terra Indígena Yanomami é o garimpo ilegal.

Para Fernanda Simões, coordenadoracomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasnutrição do Instituto Fernando Figueira (IFF), entidade vinculada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a desnutrição observada entre os yanomami tem relação direta com o avanço do garimpo.

Pistacomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostaspousocomo apostar em casas de apostasmeio a floresta

Crédito, Getty Images

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Pistacomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostaspouso usada por garimpeiros dentro do território yanomami

"Os yanomami vivem, basicamente, da caça e da pesca. Os garimpos causam desmatamento e destroem os cursos d'água. Dessa forma, a caça fica mais escassa porque os animais fogem e os rios ficam poluídos, especialmente pelo uso do mercúrio durante o processocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasextraçãocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasouro", afirmou Simões.

"A desnutrição que a gente observa entre eles é pela escassezcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasalimento. Os indígenas precisam passar muito mais tempo na mata atrás da caça e ela não vem na mesma quantidade que vinha antes. Isso afeta toda a comunidade", explicou a nutricionista.

Crianças e idosos entre os mais afetados

Os dados também mostram que os grupos mais afetados pelas mortes por desnutrição foram crianças e idosos.

Em 2022, por exemplo, das 41 mortes por desnutrição, 25 foram entre pessoas acimacomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas60 anos e 11 entre criançascomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostaszero a nove anoscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasidade.

Fernanda Simões explica que esses dois grupos são os mais vulneráveis à escassezcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasalimentos.

"Crianças e idosos são mais afetados porque têm poucas condiçõescomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasbuscar os alimentos por si mesmos e porque, na maioria dos casos, eles já estão com seus corpos fragilizados", disse a especialista.

Fernanda Simões explicou que a desnutrição leva à morte porque a ausênciacomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasnutrientes faz com que o corpo humano use suas reservascomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasgordura e, depois,como apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasmúsculo, para manter as funções básicas do organismo. À medida que nutrientes e sais minerais não chegam às células, o corpo humano começa a "falhar".

"A gente observa falhas renais, hepáticas e uma dificuldade grande do corpo dar respostas imunológicas a infecções. Isso acaba abrindo as portas para diversos tiposcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasagravamentos que levam ao óbito", disse a especialista.

Crianças e mulheres yanomami

Crédito, Getty Images

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Território Yanomami abriga cercacomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas28 mil indígenas e fica nos Estadoscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasRoraima e Amazonas

Desmontecomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostaspolíticas públicas

Para Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), o aumento nas mortes por desnutrição no território yanomami reflete “um desmonte nas políticas indigenistas no governo Bolsonaro”.

Tuxá afirma que, no último governo, os yanomami tiveram mais dificuldades para acessar serviçoscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostassaúde e viram as condições ambientaiscomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasseu território se deteriorarem por conta da presença dos garimpeiros.

“O governo tinha ciência das coisas que estavam acontecendo lá, não dar assistência e apoio ao povo yanomami foi uma decisão política”, afirma.

Para ele, as ações do governo Bolsonaro frente à situação dos yanomami configuram “crimecomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasgenocídio”.

A BBC tentou contato com Marcelo Xavier, que presidiu a Funai entre julhocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostas2019 e o fim do governo Bolsonaro, para ouvi-lo sobre o aumento nas mortes por desnutrição e as críticas àcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasgestão na fundação.

Xavier não respondeu a duas tentativascomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostascontato pelo Twitter.

Em 29como apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasjaneiro, Bolsonaro usou o Twitter para se defendercomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostascríticas às suas políticas para os indígenas.

Ele escreveu que “nunca um governo dispensou tanta atenção e meios aos indígenas” como no dele.

No mesmo tuíte, o ex-presidente sugeriu que a desnutrição entre indígenas é um problema antigo ao publicar a fotocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasuma criança desnutrida que constou do relatóriocomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasuma Comissão Parlamentarcomo apostarcomo apostar em casas de apostascasas de apostasInquérito (CPI) que investigou o temacomo apostar em casas de apostas2008.