5 achadosbaixar aposta esportivaestudo sobre saúdebaixar aposta esportivacachorros grandes e pequenos:baixar aposta esportiva

Um novo estudo, conduzido por biólogos, veterinários e estatísticosbaixar aposta esportivasete instituições americanas oferece evidências sobre essa percepção.

O artigo, com título Dog size and patterns of disease history across the canine age spectrum ("Tamanho do cão e padrõesbaixar aposta esportivahistóricobaixar aposta esportivadoençasbaixar aposta esportivatodo o espectrobaixar aposta esportivaidade canina"), concluiu que o porte do cão certamente afetabaixar aposta esportivaexpectativabaixar aposta esportivavida.

As doenças com maior riscobaixar aposta esportivaóbito, por exemplo, são mais predominantes nos cachorrosbaixar aposta esportivamaior porte.

"Cachorros maiores tendem a viver menos. Adicionalmente, diferentes tamanhosbaixar aposta esportivacães tendem a manifestar diferentes doenças (...) por exemplo, raças grandes morrem mais frequentementebaixar aposta esportivaconsequênciabaixar aposta esportivaproblemas musculoesqueléticos e gastrointestinais", escreveram os cientistas no estudo.

Enquanto outros fatores não afetaram a expectativabaixar aposta esportivavida dos animais, como se os cães erambaixar aposta esportivaraças puras ou vira-latas, o peso foi tido como determinante para diminuir ou aumentar riscosbaixar aposta esportivamales diversos.

Os cachorros grandes tendem a desenvolver doenças ósseas, gastrointestinais, infecciosas, endócrinas, neurológicas, cânceres e problemasbaixar aposta esportivanariz, garganta e orelha.

Já os menores, com menosbaixar aposta esportiva10 kg, são mais propensos a apresentar males oculares, cardíacos, respiratórios e relacionados ao pâncreas.

Há também um número menorbaixar aposta esportivadoenças, como as urinárias e as renais, cuja ocorrência não variabaixar aposta esportivaacordo com o peso.

A pesquisa, publicada no periódico científico Plos One nesta quarta-feira (17/01), teve como base um compiladobaixar aposta esportivainformaçõesbaixar aposta esportiva27.541 cachorrosbaixar aposta esportiva238 raças que moram com seus donos nos Estados Unidos.

Os dados vierambaixar aposta esportivaum banco aberto alimentado por donosbaixar aposta esportivapets e usado para pesquisas científicas, o Dog Aging Project.

Os pesquisadores, liderados pela bioestatística Yunbi Nam, da Universidadebaixar aposta esportivaWashington, identificaram quais doenças se apresentaram como mais comuns dentre todos esses cães.

Depois, cruzaram as informações com asbaixar aposta esportivasexo, tamanho (dividindo-osbaixar aposta esportivacinco categoriasbaixar aposta esportivapeso), local onde vivem e se sãobaixar aposta esportivaraças puras ou vira-latas.

Para a veterinária Carla Alice Berl, da rede Pet Care, o estudo teria um deslize.

"Senti faltabaixar aposta esportivainformaçõesbaixar aposta esportivaraças específicas, pois a situação varia demais dentre cães do mesmo peso", aponta.

"Cães braquicefálicos [conhecidos pela cabeçabaixar aposta esportivaformato achatado e o focinho encurtado], como os buldogues, nascem já com muito sofrimento, com vários problemas, como os respiratórios."

Por isso, segundo a especialista, essas raças, mesmo quebaixar aposta esportivapequeno porte, têm expectativabaixar aposta esportivavida similar à das maiores.

Por que cães grandes morrem mais cedo?

O estudo publicado na Plos One é dataísta. Ou seja, restringe-se a apresentar os dados encontrados, sem procurar razões, biológicas ou não, para a diferençabaixar aposta esportivaexpectativabaixar aposta esportivavidabaixar aposta esportivacães maiores e menores.

"O que ocorre com os cachorros é estranho. Entre mamíferos, usualmente os maiores animais [como os elefantes, que morrem por volta dos 60 anosbaixar aposta esportivaidade, seis vezes mais que os cães], vivem mais, e isso tem a ver com a taxabaixar aposta esportivaseus metabolismos. Em tese, o mesmo deveria ocorrer com os cães", diz à BBC News Brasil a bióloga Frietson Galis, do Centrobaixar aposta esportivaBiodiversidade Natural, museubaixar aposta esportivahistória natural localizadobaixar aposta esportivaLeiden, na Holanda.

Galis é autorabaixar aposta esportivaum estudo publicadobaixar aposta esportiva2006 e que se tornou referência na área. No título do artigo, que é também uma das bases teóricas da nova pesquisa publicada na Plos One, pergunta-se: "Cachorros grandes morrem novos?"

Ao longobaixar aposta esportivasua investigação, a cientista utilizou uma basebaixar aposta esportivadados veterinários para rastrear quais raças vivem mais ou menos. Chegou à seguinte conclusão, segundo ela própria: "Tem ligação com a seleção artificial feita por humanos para obtermos cachorros maiores".

De acordo com suas conclusões, os cruzamentosbaixar aposta esportivaraças feitos por criadores ao longo dos últimos séculos privilegiaram animais que crescem rápido, obtendo grande porte.

"Como resultado da extrema rapidez do crescimento dessas raças, os animais desenvolveram doenças como cânceres", afirma Galis.

O que os donos podem fazer?

O rápido crescimento dos ossos dos cães grandes faz com que o peso seja prejudicial a elesbaixar aposta esportivadiversos aspectos, como ao pressionar as juntas.

"Por isso, é recomendado aos donos desses cachorros que não os alimentembaixar aposta esportivaforma excessiva, para não forçar o crescimento dos filhotes", propõe a bióloga Frietson Galis.

A veterinária Carla Alice Berl sugere que os tutoresbaixar aposta esportivapets, particularmente daqueles com porte grande, controlem a alimentação e o peso dos animais — e isso vale para cãesbaixar aposta esportivatodos os tamanhos.

"O ideal é manter sempre 15% abaixo do peso médio da raça", indica ela.

Segundo Berl calcula, baseadabaixar aposta esportivaseus próprios estudos e leituras, que um animal mais magro chega a viver quase 20% a mais.

"Isso pode representar dois anos a mais na vidabaixar aposta esportivaum golden retriever, ou um ano a mais nabaixar aposta esportivaum pastor", afirma ela.

Mas a veterinária avisa quebaixar aposta esportivanada adianta seguir apenas essa dica, se outras precauções não estiverembaixar aposta esportivadia.

"Caso queira que seu cachorro viva mais, é essencial vacinar, cuidar da saúde oral, protegê-lobaixar aposta esportivacarrapatos e mantê-lo ativo, com exercícios físicos frequentes", recomenda.