Como tino para negóciosmines apostaTaylor Swift está transformando a indústria musical:mines aposta
Swift é conhecida por exigir maismines aposta100% da bilheteria bruta, deixando os promotores ganharem suas margens com a vendamines apostaalimentos, bebidas e extras. É por isso que eles fazem o público entrar mais cedo nos locaismines apostaapresentação.
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Fim do Matérias recomendadas
Agendando diversas noitesmines apostacada local, ela reduz os custosmines apostaviagem, forçando seus fãs a virem até ela. Como aconteceu no Brasil, Edimburgo mostrou que eles vêmmines apostaenormes quantidades, alguns atravessando longas distâncias – e logo será a vezmines apostaLondres recebê-los.
Comenta-se quemines apostainteligência financeira é um dos motivos que atraem os seus fãs.
Ela enfrentou a Apple pelos royaltiesmines apostacanções incluídas no seu streamingmines apostamúsicas – e ganhou. E fez o mesmo com o Spotify, recusando-se a liberar suas músicas para o serviçomines apostauso gratuito da plataforma.
A Faculdademines apostaDireitomines apostaHarvard, nos Estados Unidos, cita a cantora como exemplomines apostapodermines apostanegociação. Seu material didático afirma que "Taylor Swift conseguiu dar as costas para o Spotifymines apostasuas negociações porque tinha outros parceiros ansiosos para negociar e trabalhar com ela."
A artistamines aposta34 anos é esperta. Ela enriqueceu ditando suas condições para os chefões da indústria da música e vendendo para os fãs. E eles a adoram por isso.
Depois que vendeu os direitos das suas primeiras gravações para uma companhiamines apostainvestimentos, Swift se rebelou contra as restrições da empresa àmines apostaliberdade artística.
Embora o investidor tivesse direito àquelas gravações, ela reteve os direitos autorais das composições. Com isso, ela regravou diversos álbuns e convenceu seus fãs a comprar as regravações como itensmines apostacolecionador, preferidos e definitivos. E os fãs, agora, preferem as músicas regravadasmines apostavez das originais,mines apostarazãomines aposta4:1.
E não é só no streaming. O retorno dos discosmines apostavinil trouxe a antiga mídiamines apostavolta à cesta básicamines apostaprodutos incluídos na pesquisamines apostainflação do Escritório Nacionalmines apostaEstatística do Reino Unido.
Taylor Swift detém uma parcela considerável do mercadomines apostavinil. Muitas pessoas que não têm sequer vitrola para tocá-los compram os discos como obrasmines apostaarte colecionáveis.
Seria ela única? Talvez.
Mas o escritor escocês Will Page, ex-economista-chefe do Spotify, avalia que Taylor Swift aproveitou inteligentemente as oportunidades criadas por rupturas fundamentais.
Outras pessoas podem não atingir o mesmo sucesso financeiro, mas ele acredita que a cantora mostra o caminho que os demais devem seguir.
Para Page, "ela fez subir o nívelmines apostatermos do que um artista pode atingir nesta complexa cadeiamines apostavalor, tanto nos streamings quanto na bilheteria".
Mas quais são as tendências da indústria musical representadas por Taylor Swift?
A chegada do streaming
O streaming digital ameaçou destruir o setor musical, já que os downloads podiam ser pirateados. Mas a indústria revidou e o streaming substituiu as vendasmines apostavinil, fitas cassete e, mais recentemente, tambémmines apostaCDs e DVDs.
Este avanço depositou imenso podermines apostamercado nas mãosmines apostaum pequeno númeromines apostaplataformas. O Spotify, por exemplo, concentrou-semines apostamúsica e podcasts, que formam apenas uma parte do modelo comercial da Amazon, Apple e do YouTube.
Mas os custosmines apostadistribuição do streaming são minúsculos,mines apostacomparação com os gastos para embalar a mídia física e despachá-la para as lojas.
Sem estes custos, os artistas podem reivindicar uma proporção muito maior da venda por download do que eles ganhariammines apostaum CD – até 30% contra, no máximo, 15%.
O streaming também oferece espaço ilimitado para que as pessoas entrem no mercado.
Para Page, "a explosão do lado da oferta está além da imaginaçãomines apostaqualquer pessoa. O Spotify pode ter 120 mil canções carregadasmines apostaum único dia, mais do que todas as músicas lançadasmines aposta1989."
Page afirma que o setor estava ganhando mais dinheiro, mas tinha "mais bocas para alimentar", já que havia 9 milhõesmines apostacriadoresmines apostaconteúdo, somente no Spotify.
Em 2009, a Sociedademines apostaDireitos Autorais do Reino Unido reunia 50 mil compositores. Hoje, são 173 mil.
"A quantidademines apostaartistas e compositores do Reino Unido triplicou desde o lançamento do Spotify", afirma Page. "É uma história positiva. Como você os alimenta? Esta já é outra história."
As tendências do download
Os downloads digitais fizeram com que os lançamentosmines apostaálbunsmines apostaartistas como Taylor Swift passassem a ser eventos globais. Qualquer pessoa pode fazer o download do álbum no mesmo dia do lançamento.
Surgem daí duas tendências. Em primeiro lugar, os cantores conseguem atingirmines apostabasemines apostafãs com facilidade e os ouvintes das novas músicas procuram cada vez mais os artistas que cantam no seu próprio idioma.
A lista das 10 músicas mais ouvidasmines apostacada país europeu, por exemplo, pode ser dominada pelos músicos daqueles próprios países. Por isso, a dominância da língua inglesa está diminuindo, o que dificulta os negócios para as estrelas internacionais.
A outra tendência indica que os ouvintes das músicas e espectadores dos vídeos musicais usam as plataformasmines apostastreaming para observar novas bandas. Eles estão menos dispostos a sair para clubes e bares, na esperançamines apostaconhecer o próximo fenômeno musical antes que ele atinja o sucesso.
Com isso, a quantidademines apostabandas que ensaiam para a fama se apresentandomines apostaeventos menores está diminuindo.
Este é um motivomines apostainquietação para alguns dos responsáveis por casasmines apostashows maiores, principalmente quando observam a faixamines apostaidade dos artistas que conseguem lotar os seus espaços.
Esta tendência nos leva ao percentualmines apostaganhos dos artistas, entre shows e gravações. As bandas costumavam sairmines apostaturnês para promover seu último álbum. Agora, é o contrário – elas produzem um álbum para promovermines apostaturnê.
Depois da pandemia, as turnês passaram a representar uma parcela ainda maior da receita do setor musical. Afinal, depoismines apostamesesmines apostaconfinamento sem poderem ver apresentações ao vivo, os fãsmines apostamúsica aproveitaram a oportunidademines apostamatar a saudade.
Will Page analisou os númerosmines aposta2022 no Reino Unido e eles são surpreendentes.
As gravações renderam maismines aposta2 bilhõesmines apostalibras (cercamines apostaR$ 13,8 bilhões), a maior parte dos serviçosmines apostastreaming e uma pequena parcela da redescoberta do vinil.
No setormines apostamúsica ao vivo, houve menos shows – 26% a menos que o anomines aposta2019, antes da pandemia. Foram 14% menos festivais e showsmines apostaestádios, 22% menos apresentaçõesmines apostaarenas e 43% menos showsmines apostateatros.
Mas as pessoas se dispuseram a pagar muito mais pelos ingressos. Valoresmines aposta100 a 150 libras (cercamines apostaR$ 690 a R$ 1 mil) deixarammines apostaser incomuns,mines apostaforma que a receita aumentoumines aposta22%. O total da bilheteria também ultrapassou 2 bilhõesmines apostalibras (cercamines apostaR$ 13,8 bilhões).
Com isso, somando gravações e apresentações ao vivo, a receita da indústria musical britânica aumentoumines aposta3,2 bilhõesmines apostalibras (cercamines apostaR$ 22,1 bilhões)mines aposta2019 para 4,1 bilhões (cercamines apostaR$ 28,3 bilhões).
É um belo retorno da pandemia, mas concentrado cada vez mais nos grandes artistas,mines apostagrandes eventos.
Em 2012, o público gastou 1,3 bilhãomines apostalibras (cercamines apostaR$ 9 bilhões)mines apostamúsica ao vivo – e os festivais e concertosmines apostaestádios levaram 23% deste valor. Dez anos depois, do total arrecadadomines aposta2,1 bilhõesmines apostalibras (cercamines apostaR$ 14,5 bilhões), a participação dos festivais e estádios mais do que dobrou, atingindo 49%.
Para Page, "é uma fatia muito maiormines apostaum bolo imensamente maior".
Investimentomines apostacatálogos
Sobre a redução da quantidademines apostanovos artistas se apresentandomines apostaespaços pequenos, existe uma questão pendente na indústria musical: se os aumentosmines apostapreços dos grandes eventos após a pandemia não estariam absorvendo todo o dinheiro disponível – impossibilitando que o público compre os ingressos mais baratos para eventos menores.
Page logo irá atualizar os números para 2023. Eles irão mostrar se a inflação dos preços dos shows terá causado redução dos orçamentos familiares.
É possível que a volta da pandemia não tenha se sustentado após o primeiro ano sem usar máscaras.
Outra tendência importante no setor é a grande movimentação financeira para a compramines apostapatrimônios musicais.
Taylor Swift aproveitou esta oportunidade, mas descobriu os inconvenientes enfrentados por uma artista que continua produzindo e deseja ter controle sobre o uso das suas canções e gravações. Mas, para os artistas mais idosos e já falecidos, existe um grande mercadomines apostacompramines apostacatálogos antigos.
O website Music Business Worldwide (MBW) acompanha a indústria e observou que,mines aposta2020, um dos maiores participantes do setor, o Universal Music Group, investiu maismines apostaUS$ 1 bilhão (cercamines apostaR$ 5,4 bilhões)mines apostacatálogos antigos. Grande parte deste valor foi usado para adquirir canções e gravaçõesmines apostaBob Dylan.
No ano seguinte, o valor caiu para US$ 459 milhões (cercamines apostaR$ 2,48 bilhões).
Os números raramente são publicados, mas estimativas do setor indicam que a Sony teria pago US$ 550 milhões (cercamines apostaR$ 2,97 bilhões) pelas músicas gravadas e publicadasmines apostaBruce Springsteen.
Os direitos autoraismines apostaPaul Simon trocarammines apostadono pelo valor declaradomines apostaUS$ 200 milhões (cercamines apostaR$ 1,08 bilhão). E o catálogomines apostacançõesmines apostaDavid Bowie (1947-2016) foi vendido por cercamines apostaUS$ 250 milhões (cercamines apostaR$ 1,35 bilhão).
A vantagem para os artistas e seus herdeiros é que o imposto sobre a vendamines apostapatrimônio é percentualmente menor que o cobrado sobre os ganhos decorrentes daquele patrimônio.
E outra vantagem é que uma grande empresa irá assumir a responsabilidade financeira sobre aquele ativo. E ela pode esperar a chegadamines apostagrandes lucros.
A música pop e o rock podem parecer efêmeros ou descartáveis, mas as pessoas costumam retornar continuamente às músicas que apreciavam no passado,mines apostavezmines apostaprocurar o sucesso mais recente.
Os dados do streaming mostram que as músicas são classificadas como "catálogo" quando têm maismines aposta18 meses, o que representa até 80% do mercado.
Depoismines apostatantos anos atribuladosmines apostaturnês e estúdiosmines apostagravação, Taylor Swift hoje tem condiçõesmines apostaparar e relaxar, com seus ganhos monstruosos.
Mas ela parece motivada financeira e criativamente. Por isso, parece improvável que se desfaça dos seus direitos autorais no futuro próximo.