Após maisbonusbonus em apostasapostas20 anos, policiais são julgados por massacre do Carandiru:bonus em apostas

Extinta Casabonusbonus em apostasapostasDetençãobonusbonus em apostasapostasSão Paulo
Legenda da foto,

Julgamento começa com maisbonusbonus em apostasapostas20 anosbonusbonus em apostasapostasatraso após recursos e conflitobonusbonus em apostasapostascompetências

bonus em apostas Maisbonusbonus em apostasapostas20 anos após o massacre do Carandiru, 26 policiais militares acusadosbonusbonus em apostasapostasassassinato começam a ser julgados nesta segunda-feira, no Tribunal do Júri.

O processo demorou tanto para ir a julgamento devido a um conflitobonusbonus em apostasapostascompetências - as Justiças Comum e Militar não se entendiam sobre quem deveria julgar os acusados.

Além disso, advogadosbonusbonus em apostasapostaspoliciais entraram na Justiça com uma sériebonusbonus em apostasapostasrecursos que atrasaram ainda mais o processo.

O magistrado da Justiça Comum escolhido para atuar no caso, José Augusto Nardy Marzagão, só começou a analisá-lobonus em apostasjulhobonusbonus em apostasapostas2012.

Serão julgados a partirbonusbonus em apostasapostashoje 26 policiais militaresbonusbonus em apostasapostasum grupobonusbonus em apostasapostas28 (dois acusados já morreram). Eles respondem por 15 assassinatos ocorridos no segundo pavimento do pavilhão nove.

Desse grupo, cercabonusbonus em apostasapostasum terço permanece trabalhando na polícia. A maioria já está aposentada.

Outros 57 policiais acusados devem ser julgadosbonus em apostasoutros três blocos ao longobonusbonus em apostasapostas2013.

Pule Podcast e continue lendo
BBC Lê

Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

Episódios

Fim do Podcast

O julgamento foi divididobonus em apostasquatro com a finalidadebonusbonus em apostasapostasnão confundir os jurados, segundo o Tribunalbonusbonus em apostasapostasJustiçabonusbonus em apostasapostasSão Paulo. Além disso, o Códigobonusbonus em apostasapostasProcesso Penal brasileiro não prevê o julgamentobonusbonus em apostasapostastantos acusados simultaneamente.

Os gruposbonusbonus em apostasapostasacusados foram divididosbonusbonus em apostasapostasacordo com o númerobonusbonus em apostasapostasandares do pavilhão nove.

O massacre do Carandiru ocorreu no dia 2bonusbonus em apostasapostasoutubro,bonusbonus em apostasapostas1992, quando detentos do pavilhão nove da Casabonusbonus em apostasapostasDetenção fizeram uma rebelião.

A Tropabonusbonus em apostasapostasChoque da polícia invadiu o edifício com armas letais. O resultado foram os assassinatosbonusbonus em apostasapostas111 presos.

Ao todo cinco acusados já morreram, inclusive o comandante da ação, o coronel Ubiratan Guimarães, que já havia sido julgado e inocentado.

Todos os acusados estão respondendo ao processobonus em apostasliberdade.

O massacre na Casabonusbonus em apostasapostasDetenção é apontado por analistas como uma dos fatores determinantes para a fundação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

O grupo criminoso se organizou inicialmente como o objetivobonusbonus em apostasapostaslutar pelos direitos dos detentos e contra os abusos dos agentes do Estado.

Contudo, a facção também passou a realizar uma sériebonusbonus em apostasapostasoperações criminosas, tais como assassinatos, roubos, aluguelbonusbonus em apostasapostasarmas e tráficobonusbonus em apostasapostasdrogas.

Argumentos

Segundo membros do Ministério Público e analistas, o resultado do julgamento será também um peso simbólico – na medidabonus em apostasque poderá ser interpretado como um indicadorbonusbonus em apostasapostasque tipobonusbonus em apostasapostaspolícia a sociedade paulistana quer ter.

A Promotoria disse ter muitas provas que mostrariam a culpa dos policiais militares. Porém, os promotores se dizem preocupados com a suposta tendência no paísbonusbonus em apostasapostasjurados absolverem policiais que matam criminosos - independente das circunstâncias dos homicídios.

"Uma parcela da sociedade ainda entende que bandido bom é bandido morto. Um conjunto probatório vasto e cristalino como a gente tem nada vai adiantar se o jurado julgar com base nessa ideia", afirmou o promotor Márcio Friggibonus em apostasentrevista á imprensa na última sexta-feira.

Já a advogadabonusbonus em apostasapostasdefesa, Ieda Ribeirobonusbonus em apostasapostasSouza, disse que os integrantes do júri podem ser influenciados pela repercussão negativa que o massacre teve no exterior.

"Não quero dar uma conotação política para esse julgamento. Quero um julgamento jurídico", disse ela.

A advogada afirmou que a principal estratégiabonusbonus em apostasapostasdefesa será argumentar que - como não foram feitos examesbonusbonus em apostasapostasbalística conclusivos nas armas dos policiais - não seria possível provar quem matou quem.

Sem a individualização das condutas a lei brasileira não permitiria uma espéciebonusbonus em apostasapostascondenação genérica. Para dificultar o debate soma-se o fatobonusbonus em apostasapostasnão haver nenhuma testemunha ocular dos crimes.

O Ministério Público, porém, afirma ter provas suficientes para individualizar as condutas.

"Se 286 policiais entraram no Carandiru naquele dia, por que nem todos estão sendo julgados?", disse Souza à BBC Brasil.

Segundo a Promotoria e o Tribunalbonusbonus em apostasapostasJustiça, essa primeira fasebonusbonus em apostasapostasjulgamento deve durar aproximadamente 10 dias. Caso condenados, os acusados ainda devem poder apelarbonus em apostasliberdade.