Combate ao HIV: por que redução nas infecções teve pior número desde 2016:bwin google play

  • Giulia Granchi
  • Da BBC News Brasilbwin google playSão Paulo
Teste rápidobwin google playHIV

Crédito, Yannick Tylle/Getty Images

bwin google play O númerobwin google playnovos casosbwin google playinfecções por HIV mundialmente diminuiu apenas 3,6% entre 2020 e 2021, o menor declínio anualbwin google playnovas infecções desde 2016.

Entre as regiões que viram aumentos nas infecções anuais pelo vírus estão América Latina, Europa Oriental e Ásia Central, Oriente Médio e Norte da África.

Os dados são do relatório "Em Perigo", lançado nesta quarta-feira (27/07) pela Unaids, órgão da ONU para o tema, que expõe falhas na resposta global ao HIV.

Com a pandemia da covid-19 e outras crises globais, nos últimos dois anos, o progresso contra o HIV enfraqueceu, os recursos destinados a contracepção, tratamento e conscientização diminuíram e, como resultado, milhõesbwin google playvidas ficarambwin google playrisco.

"Esses dados mostram que a resposta global à Aids estábwin google playperigo. Se não estamos progredindo rapidamente, isto significa que estamos perdendo terreno, pois a pandemiabwin google playAids acaba avançandobwin google playmeio à covid-19, ao deslocamentobwin google playpopulaçõesbwin google playmassa e outras crises. Não podemos perderbwin google playvista os milhõesbwin google playmortes evitáveis que estamos trabalhando para impedir que aconteçam", diz Winnie Byanyima, diretora-executiva do Unaids.

Pelo enfraquecimento no combate ao HIV,bwin google play2021 houve aproximadamente 1,5 milhãobwin google playnovas infecçõesbwin google playtodo o mundo. Isto é maisbwin google playum milhãobwin google playinfecções além das metas globais estabelecidas para o mesmo período.

Em média, a Aids tirou uma vida a cada minuto, resultandobwin google play650 mil mortes pelo quadro, apesar do tratamento eficaz do HIV e das ferramentas para prevenir, detectar e tratar infecções oportunistas.

comprimidobwin google playPrEP, profilaxia pré-exposição ao HIV

Crédito, nito100/Getty Images

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No Brasil, medicamentosbwin google playprofilaxia pré-exposição e pós-exposição ao HIV estão disponíveis gratuitamente no SUS

Brasil é ponto fora da curva

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Embora o relatório não mostre dados específicos da progressãobwin google playinfecções no Brasil,bwin google playacordo com o Ministério da Saúde, entre 2019 e 2020 (ano do último levantamento), houve uma quedabwin google play20,7% (de 37.731 contra 29.917) nos casosbwin google playAids notificados.

"O Brasil sempre foi considerado um exemplo na resposta ao HIV. O Programabwin google playHIV e Aids [vinculado ao SUS] é uma políticabwin google playEstado e seguiu atuante nos últimos dois anosbwin google playque a crisebwin google playsaúde pública causada pela pandemiabwin google playcovid-19 centralizou a atenção e muitos recursos. O país mantevebwin google playcapacidadebwin google playatenção à prevenção, diagnóstico e tratamento", afirma Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids no Brasil, à BBC News Brasil.

Durante a pandemia, o Brasil foi um dos países pioneiros a estender a distribuiçãobwin google playantirretrovirais para até seis meses para evitar riscos no recolhimento dos medicamentos e a consequente ruptura no tratamento, alémbwin google playter feito doaçãobwin google playmedicamentos antirretrovirais para outros paísesbwin google playnecessidade.

Mas o território nacional é extenso, e as realidades são diferentes a dependerbwin google playcada estado e município. O fatobwin google playque exista uma oferta públicabwin google playserviçosbwin google playprevenção, diagnóstico e tratamento do HIV e Aids não significa que as pessoas efetivamente conseguirão acessar estes serviços.

Um exemplo disso é que 27% das pessoas vivendo com HIV no Brasil ainda não recebem o tratamento antirretroviral que pode salvar suas vidas.

"No Brasil, diferente do contexto global, a epidemiabwin google playAids é mais concentradabwin google playdeterminados grupos sociais, as populações-chave, especialmente homens que fazem sexo com outros homens e travestis e mulheres transsexuais. Alémbwin google playsofrerem todo tipobwin google playviolência física e psicológica por conta da transfobia, no Brasil mulheres trans têm um risco 40 vezes maiorbwin google playse infectar pelo HIV do que a média da população", diz Claudia Velasquez.

Diminuir a desigualdade dentro dos países, melhorando o acesso das populações mais marginalizadas e periféricas aos serviços,bwin google playacordo com o relatório do Unaids, é uma das principais formasbwin google playimpedir a disseminação do vírus.

"As múltiplas desigualdades, potencializadas pela discriminação e pelo estigma, são efetivamente uma barreirabwin google playacesso aos serviçosbwin google playHIV e Aids por parte das populaçõesbwin google playsituaçãobwin google playmaior vulnerabilidade, que encontram dificuldades ou se veem impedidasbwin google playter acesso aos serviçosbwin google playHIV que podem lhes garantir uma vida saudável e produtiva."

"A crise econômica impacta mais fortemente as pessoas vivendobwin google playsituaçãobwin google playpobreza extrema ou miséria. Muitas vezes elas se veem forçadas a tomar decisões difíceis, entre se alimentar ou cuidar da saúde, por exemplo. O resultado é que veem diminuída drasticamentebwin google playcapacidadebwin google playbuscar o diagnóstico ou dar continuidade ao tratamento do HIV. As populações-chave para o HIV têm, ainda,bwin google playlidar com o estigma e discriminação, os quais amplificambwin google playsituaçãobwin google playvulnerabilidade."

Por essas razões, Velasquez aponta que os programasbwin google playatenção ao HIV e à Aids precisam ser baseadosbwin google playuma perspectiva multisetorial, abrangendo não apenas os aspectos biomédicos, mas envolvendo também outros serviçosbwin google playproteção social ebwin google playdesenvolvimento e sustentação econômica das populações mais vulneráveis.

O relatório também mostra que os esforços para garantir que todas as pessoas vivendo com HIV tenham acesso ao tratamento antirretroviral que salva vidas estão falhando. O númerobwin google playpessoasbwin google playtratamentobwin google playHIV cresceu mais lentamentebwin google play2021 do que nos 10 anos anteriores.

Enquanto três quartosbwin google playtodas as pessoas que vivem com HIV têm acesso ao tratamento antirretroviral, ainda há aproximadamente 10 milhõesbwin google playpessoas sem acesso aos medicamentos. Apenas metade (52%) das crianças que vivem com HIVbwin google playtodo o mundo têm acesso a medicamentos que salvam vidas. A lacuna na cobertura do tratamento do HIV entre crianças e adultos está aumentandobwin google playvezbwin google playdiminuir.

O intuito do levantamento,bwin google playacordo com o Unaids, é chamar a atenção dos governos para a urgênciabwin google playdar uma resposta corajosa às desigualdades, ao estigma e à discriminação.

Pote pequeno com sangue

Crédito, Douglas Sacha/Getty Images

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Se a trajetória atual persistir, o númerobwin google playnovas infecçõesbwin google playHIV pode chegar a 1,2 milhãobwin google play2025, ano no qual os estados membros da ONU estabeleceram uma metabwin google playmenosbwin google play370 mil novas infecções por HIV

Desafios para o futuro do cenário global

O relatório expõe as consequências devastadoras que podem resultar da faltabwin google playação imediata para combater as desigualdades que impulsionam a pandemia.

Se a trajetória atual persistir, o númerobwin google playnovas infecçõesbwin google playHIV pode chegar a 1,2 milhãobwin google play2025, ano no qual os estados membros da ONU estabeleceram uma metabwin google playmenosbwin google play370 mil novas infecções por HIV.

Isto significaria não apenas perder a meta, mas ultrapassá-labwin google playmaisbwin google playtrês vezes.

De acordo com a Unaids, o momento pede solidariedade internacional e um novo fluxobwin google playfinanciamento, mas muitos paísesbwin google playalta renda estão cortando a ajuda.

O documento também aponta que o financiamento doméstico para a resposta ao HIVbwin google playpaísesbwin google playbaixa e média renda caiu por dois anos consecutivos. Os choques globais, incluindo a pandemiabwin google playcovid-19 e a guerra na Ucrânia, exacerbaram ainda mais os riscos para a resposta ao HIV.

O pagamento da dívida dos países mais pobres do mundo atingiu 171%bwin google playtodos os gastos com saúde, educação e proteção social combinados, sufocando suas capacidadesbwin google playresponder à Aids.

A guerra na Ucrânia aumentou drasticamente os preços globais dos alimentos, amplificando os efeitos negativos da faltabwin google playsegurança alimentar das pessoas que vivem com HIVbwin google playtodo o mundo, tornando-as muito mais propensas a sofrer interrupções no tratamento do HIV.

Com isso, os recursos para a saúde global estão sob séria ameaça. Em 2021, os recursos internacionais disponíveis para o HIV foram 6% menores do quebwin google play2010. A assistência ao desenvolvimento no exterior para o HIV provenientebwin google playdoadores bilaterais, que não os Estados Unidos, despencou 57% na última década.

Os passos para acabar com a Aids até 2030,bwin google playacordo com a organização, incluem: serviços liderados e centrados nas comunidades; a defesa dos direitos humanos e a eliminaçãobwin google playleis punitivas e discriminatórias e o combate ao estigma e à discriminação; o empoderamentobwin google playmeninas e mulheres; igualdadebwin google playacesso aos serviçosbwin google playprevenção, diagnóstico e tratamento, incluindo às novas tecnologiasbwin google playsaúde; e serviçosbwin google playsaúde, educação e proteção social para todas as pessoas, especialmente as afetadas ou vivendo com HIV e Aidsbwin google playsituaçãobwin google playmaior vulnerabilidade.

- Este texto foi publicado originalmentebwin google playhttp://roberthost1.accountsupport.com/internacional-62313331

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