O que foi o massacre10 reais freebetarmênios que Biden definiu como 'genocídio':10 reais freebet

"O povo americano honra todos os armênios que pereceram no genocídio que começou 106 anos atrás", concluiu Biden.

O que é genocídio

Com as declarações, feitas na data marcada pela comunidade armênia ao redor do mundo como o início do que consideram o genocídio, Biden cumpriu uma10 reais freebetsuas promessas10 reais freebetcampanha e atende a uma reivindicação antiga dos armênios-americanos e10 reais freebetdefensores10 reais freebetdireitos humanos.

O último presidente americano a se referir ao episódio como "genocídio" havia sido Ronald Reagan,10 reais freebet1981. Nas décadas seguintes, os ocupantes da Casa Branca costumavam mencionar as "atrocidades" cometidas contra os armênios no território que hoje é a Turquia sem usar a palavra "genocídio",10 reais freebetuma tentativa10 reais freebetevitar reações do governo turco.

A Turquia, um importante aliado da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)10 reais freebetuma localização estratégica entre a Europa e o Oriente Médio, rejeita o uso do termo "genocídio" para descrever os acontecimentos no período da derrocada do Império Otomano.

"Genocídio" é definido pelo artigo número 2 da Convenção10 reais freebetViena sobre Genocídio,10 reais freebetdezembro10 reais freebet1948, como atos com o objetivo10 reais freebet"destruir, parcial ou totalmente, um grupo étnico, racial, religioso ou nacional".

O termo descreve o extermínio sistemático10 reais freebetum grupo étnico e a tentativa10 reais freebetdestruição10 reais freebetsua cultura e é usado para se referir a episódios como o extermínio10 reais freebetjudeus na Alemanha nazista ou o massacre10 reais freebettutsis10 reais freebetRuanda nos anos 1990.

O governo turco não nega as atrocidades cometidas na época, mas rejeita a noção10 reais freebetque houve premeditação ou tentativa sistemática10 reais freebetdestruir o povo armênio e ressalta que muitos muçulmanos inocentes também foram mortos durante o conflito.

O que aconteceu?

No início do século 20, os cristãos armênios eram uma entre várias comunidades religiosas minoritárias dentro do Império Otomano. O império, comandado pelos muçulmanos, incluía diversos grupos étnicos e religiosos diferentes.

Em 1908, um movimento encabeçado por oficiais das Forças Armadas chamados10 reais freebet"Jovens Turcos" tomou o poder prometendo modernizar e fortalecer o império. Seu grupo, chamado Comitê10 reais freebetUnidade e Progresso (CUP), passou a implementar uma série10 reais freebetmedidas nacionalistas, muitas delas afetando os armênios.

Em março10 reais freebet1914, o CUP entrou na Primeira Guerra Mundial ao lado da Alemanha. Os armênios foram convocados pelo governo otomano a lutar. Mas também havia armênios nacionalistas cooperando com os inimigos russos.

Depois10 reais freebetderrotas10 reais freebetuma campanha contra as forças russas, os Jovens Turcos passaram a culpar os armênios da região e a descrevê-los como uma "quinta coluna" pró-Rússia e uma ameaça.

No dia 2410 reais freebetabril10 reais freebet1915, mais10 reais freebet200 intelectuais e líderes comunitários armênios foram presos pelo governo otomano e posteriormente executados. Essa data é marcada como o início do que a comunidade armênia considera o genocídio, apesar10 reais freebetoutros massacres contra essa população terem ocorrido na região deste os anos 1890.

No período que se seguiu à prisão dos intelectuais, centenas10 reais freebetmilhares10 reais freebethomens, mulheres e crianças armênias foram mortos. Muitos morreram massacrados10 reais freebetsuas cidades,10 reais freebetexaustão, fome e sede10 reais freebetmarchas forçadas ao longo10 reais freebetregiões desérticas no que hoje é a Síria e10 reais freebetcampos10 reais freebetconcentração.

As propriedades dos armênios foram confiscadas e oferecidas a muçulmanos, e muitos órfãos foram adotados por famílias muçulmanas.

Polêmica

Os cálculos sobre o número exato10 reais freebetvítimas variam, mas historiadores estimam que entre 600 mil e 1,5 milhão10 reais freebetarmênios tenham perecido.

Mas enquanto muitos historiadores e governos concordam que houve,10 reais freebetfato, um extermínio calculado dos armênios, outros questionam o uso do termo "genocídio" para se referir ao episódio e dizem que não há evidências10 reais freebetpremeditação.

Quando o massacre ocorreu, termo "genocídio" ainda não havia sido cunhado. Foi10 reais freebet1944 que o advogado judeu polonês Raphael Lemkin usou a palavra pela primeira vez.

Mas Lemkin disse que foi a matança10 reais freebetarmênios pelos otomanos que o levou, anos antes10 reais freebetcunhar o termo, a refletir sobre maneiras10 reais freebetimpedir a destruição intencional10 reais freebetgrupos nacionais, étnicos, raciais ou religiosos.

Mais10 reais freebet20 países reconhecem formalmente o massacre10 reais freebetarmênios como um "genocídio", mas o tema costuma provocar condenações da Turquia.

Em 2015, às vésperas do centenário do episódio, o governo turco convocou seu embaixador no Vaticano para consultas depois que o papa Francisco classificou o episódio como "o primeiro genocídio do século 20".

Na época, o governo turco afirmou que o Papa "negligenciou as atrocidades que os turcos e os muçulmanos sofreram na Primeira Guerra Mundial e somente chamou atenção para o sofrimento dos cristãos, especialmente o do povo armênio".

No mesmo ano, o governo turco também convocou para consultas seu então embaixador10 reais freebetBrasília depois que o Senado brasileiro aprovou uma moção10 reais freebetsolidariedade ao povo armênio que reconhecia o "genocídio" e, na prática, pressionava o governo federal brasileiro a fazer o mesmo.

"Condenamos a resolução do Senado brasileiro sobre os eventos10 reais freebet1915, que distorce as verdades históricas e ignora a lei, e a consideramos um exemplo10 reais freebetirresponsabilidade", dizia um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Turquia.

Uma década antes,10 reais freebet2006, o país chegou a suspender relações militares com a França depois que o Parlamento francês votou um projeto que tornaria crime negar que os armênios sofreram "genocídio".

Como reagiu a Turquia?

O tema do massacre dos armênios continua sendo tabu na Turquia, onde o código penal prevê pena10 reais freebetaté dois anos10 reais freebetprisão para quem insultar "a qualidade do ser turco". Vários intelectuais turcos10 reais freebetrenome que chamaram a atenção para o extermínio já foram processados com base na lei.

Mas, até o momento, a Turquia não respondeu às declarações10 reais freebetBiden. Na quinta-feira (22/4), quando ficou sabendo dos planos do líder americano, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que seu país iria "defender a verdade contra a mentira do suposto genocídio armênio".

Um dia depois, na sexta-feira, Biden conversou por telefone com Erdogan e, segundo a imprensa americana, comunicou o líder turco sobre a declaração que faria neste sábado.

Mas,10 reais freebetnota divulgada após a conversa, o governo turco disse apenas que ambos os líderes concordaram com a "importância10 reais freebettrabalhar juntos". Em10 reais freebetversão sobre a conversa, a Casa Branca disse que Biden e Erdogan concordaram com "uma gestão efetiva10 reais freebetdiscordâncias".

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