O ex-neonazista que hoje se dedica a 'desconverter' extremistas:brabet gratis

  • Natasha Lipman
  • Do Serviço Mundial da BBC
Christian Picciolinibrabet gratis1991

Crédito, Christian Picciolini

Legenda da foto,

Picciolini foi recrutado aos 14 anos

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brabet gratis Bastou uma conversa para que o americano Christian Picciolini fosse recrutado pelo movimento neonazista. Mas levou anos para que conseguisse se distanciar dele. Hoje, Picciolini se dedica a convencer outras pessoas a abandonar o extremismo.

A história começabrabet gratismeadosbrabet gratis1987, quando Picciolini tinha 14 anos e fumava maconhabrabet gratisum becobrabet gratisChicago. Foi abordado por um homembrabet gratiscabeça raspada e botas pretas.

"Ele tirou o baseado na minha boca, me olhou nos olhos e disse: 'é isso (fumar) que os comunistas e judeus querem que você faça, para te manter dócil'", relembra.

O adolescente sequer sabia o que era um comunista (ou mesmo um judeu). Tampouco conhecia o significado da palavra "dócil".

Quando o estranho perguntou seu nome, Picciolini ficou com medobrabet gratisdizer — seu sobrenome italiano já o havia colocadobrabet gratissituaçõesbrabet gratisbullying —, mas falou.

Em vezbrabet gratistirar sarro do sobrenome, entretanto, o estranho disse que este era um motivobrabet gratisorgulho e que, se Picciolini não tomasse cuidado, alguém poderia tirar dele o orgulhobrabet gratisser italiano e europeu.

Isso tocou o jovem. Seus pais eram imigrantes que haviam se mudado da Itália aos EUA nos anos 1960. Ele se sentia mais italiano do que americano.

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O estranho que abordou Picciolini naquele dia era Clark Martell, e o grupo para o qual o adolescente havia acabadobrabet gratisser recrutado era o primeiro skinhead neonazista dos EUA: o "Chicago Area SkinHeads" — também conhecido como Cash.

Picciolini acha que Martell, então com 28 anos, saíabrabet gratisbuscabrabet gratispessoas vulneráveis.

"Ele viu que eu estava solitário, fazendo algo que me colocava nas margens — fumar baseadobrabet gratisum beco. Ele sabia que eu estavabrabet gratisbuscabrabet gratistrês coisas importantes: um sensobrabet gratisidentidade, uma comunidade e um propósito."

O Chicago Area SkinHeads oferecia tudo isso.

"Foi a primeira vez na minha juventude que eu sentia que alguémbrabet gratisfato prestava atençãobrabet gratismim e me empoderavabrabet gratisalguma forma."

Apesarbrabet gratisele sentir dúvidas quanto à ideologia do grupo, achou na época que a recompensa da inclusão era maior do que qualquer coisa que tivesse experimentado.

Até então, Picciolini sofria bullying e se sentia abandonado por seus pais, que trabalhavam sete dias por semana (às vezes, 14 horas por dia) como donosbrabet gratisum pequeno salãobrabet gratisbeleza.

'Sensobrabet gratispertencimento'

O jovem começou a escutar músicasbrabet gratismovimentos supremacistas brancos europeus e se identificou com as letras.

"Elas falavam da minha angústiabrabet gratisser jovem e invisível. Das minhas frustraçõesbrabet gratistentar fazer algo ou progredir na vida. E essas letras culpavam 'o outro' por esses problemas."

As letras retratavam os supremacistas brancos como guerreiros contra "subraças" e religiões, "parasitas que tentavam destruir a glória e a herança da raça branca".

O uniforme neonazistabrabet gratiscabeça raspada, botas e tatuagens consolidaram seu novo sensobrabet gratispertencimento.

Christian Picciolini in 1992

Crédito, Christian Picciolini

Legenda da foto,

'O que move as pessoasbrabet gratisdireção a esses movimentos não é a ideologia. Ela é o componente final que dá a elas permissão para sentir raiva'

No começo, ele ocultoubrabet gratissua família seu envolvimento no grupo; mas, como o passar do tempo, passou a discutir com os pais.

"Eles eram imigrantes, e isso pode ser parte do motivo pelo qual me tornei tão anti-imigração."

Ele hoje entende que não tinha maturidade para pedir mais atenção por partebrabet gratisseus pais.

Logo, a violência seria parte da vidabrabet gratisPicciolini. Skinheads mais velhos começaram a incentivá-lo a brigar, algo que ele achava revigorante.

"A ideia era ser agressivo, entrarbrabet gratisbrigasbrabet gratisrua para aterrorizar as pessoas e demonstrar força", conta. "Mas, acimabrabet gratistudo, era para mostrar a nossa bandeira."

O grupo usava camisetas com slogans como "Poder Branco" e "Orgulho Branco". "Queríamos fortalecer a ideiabrabet gratisque não tinha nadabrabet gratiserradobrabet gratister orgulhobrabet gratisquem você é e lutar por isso."

Até que Picciolini deixoubrabet gratisser um soldado e se tornou líder do Chicago Area SkinHeads.

Em 1989, Clark Martell foi condenado a 11 anosbrabet gratisprisão por espancar uma mulherbrabet gratis20 anos que havia abandonado um grupo neonazista.

Martell e amigos também haviam destruído lojasbrabet gratisjudeus e pintado suásticas por Chicago no aniversário da Noite dos Cristais, episódiobrabet gratis1938 na Alemanha nazista quando um ataque orquestrado destruiu milharesbrabet gratissinagogas, casas e negóciosbrabet gratisjudeus e resultou na mortebrabet gratis91 judeus.

Muitos membros do Cash foram detidos e condenados.

Músicas racistas

Picciolini, com apenas 16 anos, se tornou um dos poucos remanescentes. Ascendeu à liderança e começou a reconstruir o grupo.

Fazia tudobrabet gratisum apartamento decorado com bandeiras nazistas, banners da juventude hitlerista e pôsteresbrabet gratissupremacistas brancos.

"Eu criava pôsteres e panfletosbrabet gratispropaganda. (O local) também viraria o comando central, onde comecei a escrever, cantar e vender músicas racistas."

Ele estima ter recrutado diretamente mais 100 membros. Indiretamente, não tem ideiabrabet gratisqual pode ter sidobrabet gratisinfluência, uma vez que suas canções foram levadas para outros países e ele chegou a fazer shows combrabet gratisbanda na Alemanha.

Christian Picciolini ebrabet gratisbanda na Alemanha

Crédito, Christian Picciolini

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Bandabrabet gratisPicciolini chegou a se apresentar na Alemanha

"A música segue viva ainda hoje, recrutando pessoas e inspirando atosbrabet gratisviolência", diz Picciolini, que passou os últimos 24 anos tentando desfazer esses danos.

"É horrível pensar que eu, tão cegamente, acrediteibrabet gratisalgo e não consegui ver o quanto era danoso às outras pessoas. Não há desculpa para isso. Não consigo explicar o fatobrabet gratisque participeibrabet gratiscoisas que glorificavam a mortebrabet gratisinocentes."

Um caso particular atormenta Picciolini: quando ele tinha 18 anos, depoisbrabet gratisuma noitebrabet gratisbebedeira, ele e seus amigos foram até um McDonald's, onde alguns jovens negros esperavam na fila para serem atendidos.

Bêbado, ameaçou os jovens, que saíram correndo. O grupo neonazista os perseguiu. Um dos jovens negros sacou uma arma e disparou, sem acertar ninguém. Picciolini se atirou sobre ele.

"Lembrobrabet gratisbater nele, chutá-lo, socá-lo até seu rosto inchar. E lembro dele no chão olhando para mim enquanto eu chutava. Seus olhos me imploravam para que eu o deixasse sobreviver."

Pela primeira vez, algo dentro dele fora tocado.

"Por um segundo, pensei que poderia ser meu irmão ou alguém que eu amava. E reconheci que eu estava não apenas causando dor a ele, mas também abrabet gratisfamília e às pessoas que ele amava."

Apesar desse momentobrabet gratisempatia, Picciolini continuou sendo membro do grupo por mais cinco anos. Ele diz que não tinha coragembrabet gratisabandonar as pessoas que haviam lhe dado uma identidade desde seus 14 anos.

Picciolini posing with other Nazi skinheads

Crédito, Christian Picciolini

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Picciolini se casou aos 19 anos e, aos 22,brabet gratisesposa o deixou

"Tinha medobrabet gratisvoltar ao nada que tinha antes,brabet gratisnão valer nada. Eu achava que, quando estava recebendo atenção e causando medo, estava recebendo respeito."

Hoje ele percebe que respeito não tinha nada a ver com aquilo, mas só depoisbrabet gratisdiversos encontros com as pessoas que ele deveria odiar abrirem seus olhos.

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Picciolini se casou aos 19 anos e, aos 21, já tinha dois filhos.

Ele conta quebrabet gratismulher era gentil e progressista — e odiava que ele estivesse envolvido com supremacistas brancos.

Em casa, com a família, era outra pessoa. "Não queria recrutar minha mulher e meus filhos. Inconscientemente, eu sabia como era ruim, perigoso e violento. E não queria eles envolvidos ou associados a isso."

Para se sustentar, Picciolini abriu uma lojabrabet gratisCDsbrabet gratismúsica, na qual vendia álbunsbrabet gratisdiferentes ritmos — mas tambémbrabet gratisprópria música e abrabet gratisoutros grupos racistas —brabet gratisonde vinham cercabrabet gratis75%brabet gratisseus lucros.

"O que eu não esperava era que pessoasbrabet gratiscor, gays e judeus também entrassem na loja", conta. Picciolini sabe que não era por acaso, uma vez que ele era amplamente conhecido como supremacista branco.

"Aquelas pessoas entravam (na loja) para me desafiar, mas escolhiam fazer isso por meio da compaixãobrabet gratisvez da agressão. Sou grato por isso, porque me permitiu, pela primeira vez, interagirbrabet gratismodo significativo com as pessoas que eu pensava odiar."

Esse contato pessoal se mostraria vital para ele.

O rapaz se lembra especificamentebrabet gratisuma conversa com um adolescente negro que costumava fazer muitas perguntas sobre a música vendida na loja.

"Um dia, ele entrou e estava claramente chateado. Não estava como o adolescente felizbrabet gratiscostume. Perguntei o que tinha acontecido, e ele contou quebrabet gratismãe havia sido diagnosticada com câncerbrabet gratismama naquela manhã."

O mesmo diagnóstico havia sido recebido pela mãebrabet gratisPicciolini pouco antes. De repente, ele viu que conseguia se conectar com o adolescente e, por um momento, esqueceu suas crenças racistas. Os dois tiveram uma conversa longa sobre a vida, o amor e as coisasbrabet gratisque gostavam.

Ao longo do tempo, experiências do tipo se repetiram, à medida que Picciolini começou a se conectar justamente com as pessoas que ele achava que precisava manter distantes dabrabet gratisvida.

"Foram essas pessoas que escolheram me tratar com compaixão, quando eu menos merecia, que tiveram o efeito transformador mais poderosobrabet gratismim. Encontros humanos ainda são a coisa mais poderosa que eu já vi para quebrar o ódio."

Aos 22 anos, Picciolini viu seu casamento desmoronar. "Eu não consegui priorizar minha família ao movimento. E ela (esposa) me deixou."

Foi o gatilho final para Picciolini fechar a lojabrabet gratismúsica e abandonar a supremacia branca.

"Gostariabrabet gratispoder te dizer que houve um grande momento (de ruptura), mas não. Eu fui desaparecendo. Entreguei a liderança a outra pessoa. Usei a desculpabrabet gratisque precisava me dedicar à minha família e a buscar emprego e que voltaria depois. Não tinha a intençãobrabet gratisvoltar, mas naquele momento não tinha coragembrabet gratisdizer a eles."

Christian Picciolini

Crédito, Peter Tsai

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Anos depoisbrabet gratisPicciolini ter deixado o grupo, um episódio embrabet gratisantiga escola o encorajou a contarbrabet gratishistória

Hoje, ele consegue olhar para trás e ver que causou danos tanto a estranhos quanto às pessoas mais próximas.

"Assim que consegui refletir (a respeito), senti o pesobrabet gratistudo o que havia feito", conta.

Durante cinco anos, ele tentou esconder seu passado, fazer novos amigos e achar um emprego, tudo sem contar o que havia feito na juventude.

Mas,brabet gratis1999,brabet gratisdepressão profunda, Picciolini não sabia ao certo quem era ou qual era o seu propósito. Só sabia que queria ser uma pessoa melhor.

"Eu acordava todas as manhãs desejando não ter acordado", lembra.

Um dia, recebeu a visitabrabet gratisuma amiga, que o incentivou a se candidatar a um emprego na multinaiconal IBM, onde ela havia começado a trabalhar recentemente.

"Eu achei que ela estava louca. Eis uma empresabrabet gratistecnologia da lista da Fortune 100, e ela queria que eu me candidatasse, um ex-nazista que havia sido expulsobrabet gratisseis escolas, que sequer tinha um computador ou que havia cursado a universidade. Mas eu a ouvi. Ela era uma amiga, e eu não tinha muitos amigos na época, e prometi a ela que iria à entrevistabrabet gratisemprego."

Picciolini acabou conseguindo um emprego júnior instalando computadoresbrabet gratisuniversidades e pontos comerciais.

Pela primeira vezbrabet gratismuito tempo, ele sentia alguma esperança e ficou animado — até descobrir, no primeiro dia no emprego, que faria um trabalhobrabet gratisuma das escolas das quais fora expulso por brigar e protestar.

"Fiquei aterrorizado. Achei que essa nova esperança cairia por terra assim que alguém me reconhecesse."

Ele se escondeu pelos corredores da escola, tentando evitar ser reconhecido. Passou por John Holmes, chefe da segurança escolar.

Holmes não o reconheceu, mas Picciolini se lembrava dele. Quando adolescente, ele costumava antagonizar com o segurança negro. Naquele dia, porém, a sensaçãobrabet gratisque precisava se redimir foi ainda maior do que seu medobrabet gratisser notado.

Ele então seguiu Holmes até o estacionamento da escola e o tocou no ombro.

"Ele se virou e deu um pulo para trás quando me reconheceu. Estava com medo."

Sem saber muito bem o que fazer, Piccioloni estendeu a mão e disse: "Me desculpe". Holmes o cumprimentou e agradeceu por desculpar-se, mas emendou que, se ele realmente estivesse sendo sincero, precisaria fazer mais.

Os dois sentaram para conversar. O rapaz contou sobre suas experiências e disse que tinha abandonado o grupo. Holmes o abraçou e o fez prometer que seguiria contandobrabet gratishistória.

Esse foi outro momentobrabet gratisinflexão, que ajudou Picciolini a entender que fugir não era uma opção — ele precisava encontrar uma maneirabrabet gratisreparar todo o dano que havia causado e pedir perdão àqueles que tinha magoado.

"Honestamente, Holmes salvou minha vida naquele dia. Não sei se, sem a orientação dele, seu encorajamento e perdão, eu teria encontrado coragem."

No início, ele não estava certo do que devera fazer. Mas então, pouco tempo depois, estava andando pelo shopping quando um homem passou e disse: "Tatuagem bacana, cara. White Power!"

Ele havia reconhecido as runas nórdicas tatuadas no antebraçobrabet gratisPicciolini. Para a grande maioria, esses não são símbolos óbviosbrabet gratisódio — mas foram cooptados por grupos supremacistas brancos.

Essa forabrabet gratisprimeira interpelação informal. Foi a primeira vez, depoisbrabet gratisdeixar o grupo, que ele falou com alguém que ainda acompanhava o movimento.

Após um diálogo breve, pareceu que o homem havia entendido porque Picciolini havia decidido sair e, mais importante, que havia um caminho para que ele tomasse o mesmo caminho se assim quisesse.

"Não sei o que ele fez, mas saí pensando que compartilhar minhas experiências poderia ajudar outras pessoas a entender que existe uma rotabrabet gratissaída."

E foi aí que ele passou a usarbrabet gratishistória para tentar convencer outras pessoas a abandonar grupos extremistas.

Já foram maisbrabet gratismil desde então — dos quais, ele acredita, quase 400 tenham decidido sair dos grupos dos quais faziam parte,brabet gratissupremacistas brancos a estrangeiros que haviam viajado para a Síria para se juntar ao Estado Islâmico.

Christian Picciolini

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Christian Picciolini calcula já ter 'desconvertido' cercabrabet gratis400 pessoas antes ligadas a grupos extremistas

"O que move as pessoasbrabet gratisdireção a esses movimentos não é a ideologia", defende. "A ideologia é o componente final que dá a elas permissão para sentir raiva."

Picciolini acredita que são alguns "buracos" que aparecerembrabet gratisnossas vidas — incidentes que geram trauma ou sensação agudabrabet gratisabandono — que leva algumas pessoas a se juntarem a grupos extremistas,brabet gratisbuscabrabet gratisidentidade, propósito ebrabet gratisum sensobrabet gratiscomunidade.

"Quando converso com essas pessoas sobre deixar esses movimentos, nunca discuto ideologia com elas. Não digo que estão erradas, ainda que, claro, eu saiba que elas estão. O que eu faço é escutar, escutar e tentar identificar aqueles 'buracos', para encontrar maneirasbrabet gratispreenchê-los ."

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Picciolini sabe, entretanto, que suas ações do passado continuam reverberando até hoje — e causando danos.

Em uma conversa com um jornalista dois anos atrás, ele descobriu que o supremacista branco Dylann Roof, que matou nove pessoasbrabet gratisum ataquebrabet gratisuma igrejabrabet gratisCharlestonbrabet gratis2015, era fã da música que ele fazia muitos anos atrás.

Quatro meses antes do atentado, Roof escreveubrabet gratisum site quebrabet gratisconteúdo racista que havia assistido a um documentário sobre skinheads e que procurava mais informações sobre a banda que aparecia nas imagens.

Quando o repórter confrontou Picciolini com os versos, ele olhou com horror para os versos que havia escrito quando era adolescente.

"Fiquei arrasado por saber que posso ter tido alguma influência no que ele fez. Ele entroubrabet gratisum lugarbrabet gratisadoração e matou nove pessoas que achavam que eram sub-humanos, quebrabet gratisminhas letras eu tratava como alguém que estava destruindo nosso país."

Além da músicabrabet gratisPicciolini, Roof também consumia notíciasbrabet gratissitesbrabet gratisextrema direita que disseminam estatísticas falsas sobre crimes perpetrados por negros contra brancos.

"Assim como essas estatísticas, minhas músicas também promoviam a ideiabrabet gratisque negros era responsáveis por todo crime que acontecia nos Estados Unidos, todo estupro. Essas foram as ideias que o levaram àquela igreja e a assassinar nove pessoas inocentes — e me sinto muito responsável por isso."

Ele sabe que não há como voltar no tempo e fazer com que as letras que já inspiraram tanto ódio desapareçam. Mas está comprometidobrabet gratisexpor as mentiras racistas nas quais um dia acreditou e tentar evitar que outras pessoas sigam o mesmo caminho.

"Não há nada que eu possa falar ou fazer que leve embora toda a dor que eu causei."

"Meu objetivo no futuro, alémbrabet gratisir às comunidades às quais fiz mal e tentar reparar o dano que causei, é eliminar que estragos semelhantes aconteçam com gerações futuras."

Ouça aqui a entrevista (em inglês)brabet gratisChristian Picciolini no programa Outlook da BBC World Service

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