Os tesouros arqueológicos que o EI não conseguiu destruir e até 'ajudou' a revelar:pixbet l

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Santuáriopixbet lNebi Yunus
Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, recentemente liberada após uma extensa operação militar, épixbet lgrande importância histórica.
Nos arredores dela está a cidade assíriapixbet lNínive, do século 7 a.C., que no passado abrigou palácios, templos e mansões - e que teve 70%pixbet lsua área destruída pelo EI.

Partespixbet lseus muros foram derrubados por escavadeiras, e portões que haviam sido descobertospixbet lescavações e restaurados, vieram abaixo.
Magníficos touros alados que guardavam a entrada do portãopixbet lNergal foram mutilados e o santuáriopixbet lNebi Yunus (onde está a tumba do profeta Jonas, que teria vividopixbet lNínive após o encontro com a baleia narrado no Velho Testamento) sofreu um dano maior do que o esperado e corre riscopixbet ldesmoronar por causapixbet ltúneis abertos por combatentes.
Apesar dessas notícias horríveis, há algo a se comemorar.
Em Nebi Yunus, parece que o EI foi afastado na hora certa. Forças do Exército iraquiano encontraram uma redepixbet ltúneis que seguiam uma trilhapixbet lesculturas milenares que revestiam os muros do palácio - e que, apesarpixbet lterem sofrido danos nas escavações, o EI não teve tempopixbet ldestruir.

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Os achados nos túneis (relevos, esculturas e placas com inscrições cuneiformes) são espetaculares.
Os relevos são excepcionais, retratando cenas religiosas epixbet lcultos e o que parece ser uma semideusa ou uma suma sacerdotisa.
Barbáriepixbet lNimrud

Na cidade históricapixbet lNimrud, 30 quilômetros ao sulpixbet lMossul, escavações que começarampixbet lmeados do século 19 e continuaram até 1992 revelaram alguns dos mais importantes monumentos da arte assíria.
Desde marçopixbet l2015, o local tem sido sistematicamente destruído pelo Estado Islâmico.
O EI derrubou, usando retroescavadeiras, o monumento Zigurate, uma antiga pirâmide, e agora seus restos estão destruídos ou escondidos sob escombros.
A organização extremista também destruiu os lamassus (esculturaspixbet ltouros alados) e a entrada do templopixbet lNabu junto com as estátuaspixbet lpeixe que a rodeavam.
Escavadeiras e explosivos foram usados para destruir o Paláciopixbet lAssurnasirpal 2º, rei da Assíria entre 883 e 859 a.C..

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O arqueólogo iraquiano Faleh Noman, designado pelo governopixbet lseu país para conduzir a avaliação dos sítios arqueológicos, chamou a destruiçãopixbet l"barbárie".
"A entrada principal do palácio que leva à sala do trono foi totalmente destruída e o lamassu demolido", afirmou. Segundo ele, marretas foram usadas para danificar os relevos.

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Patrimônio vira armamento
Apenas na regiãopixbet lMossul, oficiais iraquianos acreditam que ao menos 66 sítios foram destruídos. Também ocorreram saques, e muitos dos túneis cavados pelos extremistas tinham o propósitopixbet llevar a relíquias que pudessem ser vendidas no mercado negro. É o patrimônio histórico transformadopixbet larmamento.

Essa situação levou o governo iraquiano a apelar por ajuda internacional, o que resultou na criaçãopixbet lum projeto do Museu Britânico para treinar arqueólogos iraquianos.
O treinamento incluiu dois projetospixbet lcampopixbet láreas que nunca foram ocupadas pelo EI - no sul do Iraque na cidadepixbet lTello epixbet luma área curda no norte,pixbet lDarband-i Rania.
Tello, o moderno nome árabe para a antiga cidade sumériapixbet lGirsu, é uma das cidades mais antigas conhecidas no mundo e um megasite arqueológico das dimensõespixbet lNínive e Nimrud.
Ali, após a descoberta das inscrições cuneiformes, foi revelada ao mundo a existência dos sumérios, que inventaram a escrita há 5 mil anos e podem ter desenvolvido a primeira democracia - bem antes dos gregos antigos. Também foram descobertas relíquiaspixbet larquitetura monumental como a da pontepixbet lGirsu - tida como a mais antiga do mundo já encontrada -, que será restaurada.

Escavações realizadas no coração do distrito sagrado, conhecido como Colina do Palácio, no finalpixbet l2016 e iníciopixbet l2017 - maispixbet l80 anos após os pioneiros franceses terem descoberto as ruínaspixbet lum palácio helenístico - foram capazespixbet ldesenterrar milagrosamente uma extensa muralhapixbet ltijolospixbet lbarro pertencente ao templopixbet lNinurta (também chamado Ningirsu).
Dedicado ao deus da tempestade, esse foi um dos lugares sagrados mais importantes da Mesopotâmia.
No entanto, até agora só se sabiapixbet lsua existência atravéspixbet ltextospixbet lescrita cuneiforme; pixbet ldescoberta representa um marco da mais alta importância na história da pesquisa arqueológica no Iraque.

Nesse complexo religiosopixbet lmaispixbet l4 mil anos, descobrimos o que parece ser a parte principalpixbet lum santuário: a entrada decorada, a "cella" - com um altar para oferendas e corredores marcados por colossais pedras incritas, e restospixbet lpavimentos e tijolos.
Ruínas dessa superestrutura revelaram cercapixbet l100 cones, retratando a reconstrução do templo por governantes sumérios.
Outra descoberta rara foram fragmentospixbet luma pedra fundamentalpixbet lmármore do governante sumério Ur-Bau.
Esses objetos e outros artefatos foram levados ao Museu do Iraquepixbet lBagdá.
Por onde passou Alexandre, o Grande
Houve também descobertas importantes no norte do Iraque, com foco na cidade antigapixbet lQalatga Darband, na regiãopixbet lDarband-i Rania, uma passagem no extremo oeste das montanhas Zagros, pela qual Alexandre o Grande passoupixbet l331 a.C..

Uma grande quantidadepixbet lblocospixbet lcalcário esculpidos espalhados pelo local indicam a presença substancialpixbet lruínas, enquanto imagens aéreaspixbet ldrones sugerem a existênciapixbet lgrandes construções enterradas. Também foram descobertas ruínas do que parece ter sido um templopixbet lculto a divindades greco-romanas.










