'Não vamos permitir interferências políticas': policiais federais reagem a declaraçõeswin at online casinoMoro:win at online casino
- Vinícius Lemos
- Da BBC News Brasilwin at online casinoSão Paulo

Crédito, FLICKR FAMÍLIA BOLSONARO
PF apura um suposto esquemawin at online casinofake news para atacar autoridades, que seria promovido por grupos ligados ao presidente
win at online casino Muitos servidores da Polícia Federal reagiram com perplexidade às declarações do agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na manhã desta sexta-feira (24/04).
Moro disse,win at online casinopronunciamento, que deixaria o ministério,win at online casinovirtude da exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. O agora ex-ministro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) queria que o comando da Polícia Federal fosse assumido por uma indicação política.
Para Moro, a interferência proposta por Bolsonaro claramente seria prejudicial à autonomia da Polícia Federal e abalaria a credibilidade do governo. "Isso (interferência política sobre a PF) não aconteceu durante a Lava Jato, apesarwin at online casinotodos os problemaswin at online casinocorrupção dos governos anteriores", declarou.
Segundo o ex-ministro, Bolsonaro disse que queria alguém do contato pessoal dele no comando da Polícia Federal para que pudesse "colher informações e relatórioswin at online casinointeligência". Moro criticou o presidente e disse que "não é papel da PF prestar esse tipowin at online casinoinformação", porque "as investigações têm que ser preservadas".
As afirmaçõeswin at online casinoMoro causaram preocupaçãowin at online casinomembros da Polícia Federal. Em comunicado, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) lamentou o pedidowin at online casinodemissão do ex-ministro e a exoneraçãowin at online casinoValeixo. A entidade, que representa quase 15 mil policiais federaiswin at online casinotodo o Brasil, defende que a PF "jamais deve ser atingida por interferências políticas".

Crédito, PF
Presidente da Fenapef, policial federal Luís Antônio Boudens afirma que não haverá interferênciaswin at online casinoinvestigações após mudançawin at online casinodiretoria
A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) também se pronunciou sobre o caso. Em comunicado, lamentou a exoneraçãowin at online casinoValeixo e disse que recebeu a notícia com surpresa.
"É preocupante que o Executivo lance mãowin at online casinosua prerrogativawin at online casinotrocar o comando da PF sem apresentar motivos claros para isso. Trata-sewin at online casinoum episódio que gera perigoso precedente e cria instabilidade para a atividade do órgão. A Polícia Federal é uma instituiçãowin at online casinoEstado e deve seguir, com autonomia e rigor científico, emwin at online casinomissãowin at online casinocombater o crime doa a quem doer", diz nota, assinada pelo presidente da APCF, Marcos Camargo.
'Vamos ficar atentos a inquéritos'
Presidente da Fenapef, o policial federal Luís Antônio Boudens afirma que Bolsonaro tem prerrogativa para fazer alterações na equipe da PF. Segundo ele, até o momento nenhuma tentativawin at online casinoprejudicar investigações foi identificada na instituição.
Porém, Boudens ressalta que após as declaraçõeswin at online casinoMoro, os servidores da instituição estarão atentos a qualquer possível interferênciawin at online casinoinvestigações após a chegada da nova diretoria, que será definida por Bolsonaro.
"Vamos ficar vigilantes. Quando o novo diretor assumir, vai ter esse peso nas costas. A notícia do ministrowin at online casinoque a escolha foi por interferência política tem um peso muito grande para que a gente fique atento a isso", declara.
"O novo diretor vai ser muito vigiado na nossa instituição. Não vamos permitir interferências políticas nas investigações. Manter a Polícia Federal sem qualquer interferência política é sagrado", afirma à BBC News Brasil.

Crédito, AFP
Para Moro, a interferência proposta por Bolsonaro claramente traria uma interferência na Polícia Federal
Boudens cita que os principais inquéritos para os quais os membros da Polícia Federal ficarão atentos são os que envolvem pessoas ligadas a Bolsonaro, como os filhos dele.
A Polícia Federal apura um suposto esquemawin at online casinofake news para atacar autoridades, que seria promovido por grupos ligados ao presidente. Uma das suspeitas éwin at online casinoque dois filhoswin at online casinoBolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, participemwin at online casinoum grupo supostamente criado para atacar adversários políticos do presidente.
As apurações sobre as fake news foram abertas a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Uma Comissão Parlamentar Mistawin at online casinoInquérito, a chamada CPMI das Fake News, também apura o caso. Depoimentos à comissão apontaram a participaçãowin at online casinoCarlos ewin at online casinoseu irmão Eduardo Bolsonarowin at online casinocampanhas na internet para atacar adversários políticos, com uso frequentewin at online casinonotícias falsas.
"Há esses inquéritos sobre os filhos delewin at online casinotramitação no Supremo. Ficaremos atentos a todas as questões que estão cercando os assuntos e as nossas apurações. Vamos ficar vigilanteswin at online casinorelação a isso e cobrando postura da PGR", afirma Boudens.
Logo que o novo responsável pela PF assuma o cargo, os membros da Fenapef planejam uma reunião com o novo diretor-geral. "Vamos colocar o nosso posicionamento e a nossa preocupação para que as investigações não sofram interferências políticas", declara.
Caso seja identificada qualquer tipowin at online casinointerferência nas apurações, Boudens promete que a PF tomará as medidas cabíveis. "Se for preciso, vamos à PGR", afirma.
Sobre as investigações envolvendo os filhoswin at online casinoBolsonaro, Boudens afirma que elas seguem normalmente. "Essas apurações estão no ritmo normal, sem celeridade ou freio. Acredito que assim que tivermos os resultados, eles serão relatados. A lei é para todos, doa a quem doer. Não vamos nos furtarwin at online casinoapresentar resultado sobre culpawin at online casinoum dos filhos do presidente, caso isso fique comprovado", assevera.
A reportagem procurou a Polícia Federal para comentar as declaraçõeswin at online casinoMoro, mas a assessoriawin at online casinoimprensa da entidade se limitou a dizer que não se manifesta sobre o assunto.

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