O polêmico 'chip da beleza' que preocupa médicos e pode causar até AVC:slot play n go

Estetoscópio e gráficoslot play n gocardiologia (fotoslot play n goarquivo)

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Sete entidades médicas assinaram carta aberta entregue à Anvisa pedindo mais fiscalização dos produto

Para tratar desses problemas causados pelo implante, a esteticista buscou ajuda médica e precisou fazer tratamento para a pele e cabelo por três meses.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
slot play n go de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

que o thriller é muitas vezes mais assustador e mais real do que horror. 5 maneiras que

os filmes slot play n go suspense🌧️ são mais assustadoras do Que o horror (& 5... - Screen Rant

Papa's Hotdoggeria is a restaurant management game

where you manage a hot dog shop in a baseball stadium. Located inside🍋 certaeroso ínf

bet favorita app

ogo alternando turnos na navegação pelo mapa do mundo e acessar os níveis dos estágio;

primeiro jogador controla Mário, enquanto🏧 um segundo atleta controlará seu irmão.

Fim do Matérias recomendadas

"Tive que buscar ajudaslot play n goum dermatologista, precisei usar cremes para o rosto e costas, tomar vitaminas para reduzir a quedaslot play n gocabelo e também fazer um tratamentoslot play n goconsultório com laser", acrescenta.

Mulherslot play n gocostas com espinhas nas costas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

'Tive muitas espinhas no rosto e nas costas, coisa que nem quando eu era adolescente aconteceu', disse Larissa (foto ilustrativa)

Chip da beleza ou implante hormonal

O chamado "chip da beleza", como o utilizado pela esteticista, é um implante hormonal subcutâneo — colocado embaixo da pele, principalmente nos glúteos e abdômen — que vem sendo usado para perdaslot play n gopeso, combate ao envelhecimento, diminuição da gordura corporal, aumento da libido e da massa muscular.

Pule Podcast e continue lendo
BBC Lê

Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

Episódios

Fim do Podcast

Esses implantes são feitosslot play n gofarmáciasslot play n gomanipulação e implantadosslot play n goclínicas médicas com o usoslot play n goanestesia local. A implantação é feitaslot play n gopoucos minutos.

Existem dois tipos desses dispositivos: os chamados absorvíveis, ou seja, o implante vai sendo absorvido debaixo da pele até não restar nada, e o não absorvível, feitosslot play n gosilicone e que se assemelham a um pequeno tuboslot play n goplástico, colocado sob a pele e que posteriormente precisa ser retirado.

Segundo os especialistas ouvidos pela reportagem da BBC, eles podem conter inúmeras substâncias que vão desde hormônios como a testosterona ou gestrinona, anabolizantes e compostos para inibir o apetite, acelerar o metabolismo e até mesmo para a retençãoslot play n golíquidos.

É justamente essa misturaslot play n goinúmeros componentes que tem gerado apreensão entre os médicos.

"Muitos desses implantes ainda possuem emslot play n gocomposição medicações para combater os possíveis efeitos colaterais causados por essas substâncias no organismo", diz Fernando Nestor Facio Junior, chefe do Departamentoslot play n goAndrologia da Sociedade Brasileiraslot play n goUrologia (SBU).

O maior problema, segundo os especialistas, é que esses chips da beleza ou implantes hormonais são manipulados, feitosslot play n gofarmácias, não possuindo bula e informações adequadasslot play n goseus compostos, eficácia ou segurança.

Além disso, eles não são aprovados pela Agência Nacionalslot play n goVigilância Sanitária (Anvisa) para uso comercial e para fins estéticos.

"Não há controle sobre o que é colocado nesses implantes, não existem estudos, pesquisas cientificas e testes sobre os efeitos deles no corpo humano, assim como seus efeitos adversos", acrescenta Maria Celeste Osório Wender presidente da Federação Brasileira das Associaçõesslot play n goGinecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Os médicos alertam ainda que não existe uma dose segura para o usoslot play n gohormônios para fins estéticos e ressaltam que os efeitos colaterais causados por esses dispositivos podem ser graves eslot play n gomuitos casos irreversíveis.

Esses efeitos colaterais vão desde os mais leves, como irritação da pele, quedaslot play n gocabelo, aparecimentoslot play n goespinhas e engrossamento da vozslot play n gomulheres até os mais graves como infarto agudo do miocárdio, tromboembolismo e acidente vascular cerebral (AVC), complicações hepáticas, renais, musculares e infecções.

"Esse dispositivo pode ser feitoslot play n goqualquer coisa, pode ser misturado qualquer tiposlot play n gohormônio, pode ser colocado a qualquer dose. Ninguém sabe exatamente se aquilo que está sendo vendido é o que está sendo colocadoslot play n gofato", ressalta Alexandre Hohl, vice-presidente do Departamentoslot play n goEndocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade da Sociedade Brasileiraslot play n goEndocrinologia e Metabologia (SBEM).

Para Hohl, o uso indiscriminado desses dispositivos é um problemaslot play n gosaúde pública grave e farmacêuticos e médicos deveriam ser responsabilizados pelos efeitos colaterais causados aos pacientes.

"Na buscaslot play n goestética,slot play n godesempenho,slot play n gomelhoraslot play n gomassa muscular, uma questão quase criminosa está acontecendo nesses chamados implantes hormonais manipuladosslot play n goterritório nacional", acrescenta.

Outro ponto destacado pelos especialistas é questão da absorção — que segundo os médicos que colocam o implante, pode demorarslot play n go6 meses a 3 anos para serem totalmente absorvidos pelo corpo.

"Todo medicamento passa por estudo e sabemos o tempo exato que ele age no organismo. Por exemplo, os antibióticos que tem duraçãoslot play n go12 horas. Agora como um implante pode agirslot play n go6 meses a até 3 anos? Não tem como explicar isso", acrescenta Facio Junior.

Carta aberta à Anvisa

fachada da Anvisa

Crédito, Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Legenda da foto,

Sete entidades médicas assinaram carta aberta entregue à Anvisa pedindo mais fiscalização dos produtos

A venda indiscriminada e, segundo os especialistas sem fiscalização, desse tiposlot play n goproduto no país fez com que sete entidades médicas enviassem uma carta aberta à Anvisa, no mês passado, demonstrando preocupação com a crescente utilização indevida desses implantes.

Segundo as entidades, esses implantes são comercializados exaltando um corpo perfeito e muitas vezes até mesmo dizendo que ajudam a ter uma vida mais saudável, porém eles não possuem nenhum respaldo ético e científico.

O texto é assinado pela Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), Sociedade Brasileiraslot play n goEndocrinologia e Metabologia (Sbem), Federação Brasileira das Associaçõesslot play n goGinecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Sociedade Brasileiraslot play n goMedicina do Exercício e do Esporte (Sbmee), Sociedade Brasileiraslot play n goDiabete (SBD), Sociedade Brasileiraslot play n goUrologia (SBU) e a Sociedade Brasileiraslot play n goGeriatria e Gerontologia (SBGG).

"Esses produtos não têm indicação médica. Não se pode, na buscaslot play n goum corpo perfeito, as pessoas colocarem à saúde e a vidaslot play n gorisco. Então, o que se espera é que se proíba a venda e uso desses implantes chamados chip da beleza. Esses compostos não são comercializados para tratamentoslot play n godoença. Tudo isso é para a utilização estética", acrescenta Hohl.

No texto, as sociedades médicas pedem que a Anvisa tome providências com relação à prescrição, comercialização e uso desses implantes hormonais.

A reportagem da BBC entrouslot play n gocontato com a Anvisa, que informou que adota medidas para mitigar os riscos relativos ao usoslot play n gomedicamentos e especial situaçõesslot play n goabuso que possam representar risco à saúde.

Entre as ações adotadas pela Agência estão o monitoramento e inspeçãoslot play n gofarmáciasslot play n gomanipulação e o monitoramentoslot play n goanúncios na internet por meioslot play n gouma ferramentaslot play n gointeligência artificial (EPINET) a fimslot play n goidentificar e coibir a comercializaçãoslot play n goprodutos irregulares.

Com relação ao uso da substância gestrinona nesses dispositivos, o órgão esclareceu que "os especialistas desta Agência avaliaram que inexistem evidências técnicas e científicas que dariam suporte ao uso da gestrinona implantável para finsslot play n goemagrecimento, ganhoslot play n gomassa muscular, reposição hormonal, tratamentoslot play n gosintomasslot play n gotensão pré-menstrual, regulaçãoslot play n goperíodos menstruais, aumento da libido e estéticos.

Até o momento, o usoslot play n gogestrinonaslot play n gocápsulas gelatinosas duras para tratamentoslot play n goendometriose (como originalmente foi aprovada pela Anvisa) é o único casoslot play n gouso cuja eficácia, segurança e qualidade foram avaliadas e aprovadas, portanto não há restriçõesslot play n gomanipulaçãoslot play n gogestrinona na forma farmacêutica citada para tratamentoslot play n goendometriose", explicouslot play n gonota.

Em relação a pedidos específicos contidos na carta citada escrita pelas entidades médicas, a Anvisa explicou que documento ainda estáslot play n goavaliação técnica eslot play n gobreve deverá ser respondido às entidades.