Soldados israelenses postam fotosbodog saque mínimopresos palestinos sendo humilhados:bodog saque mínimo

Pelo direito internacional, detidos não devem ser expostos a humilhações desnecessárias ou à curiosidade pública, mas especialistasbodog saque mínimodireitos humanos afirmam que a publicação das imagens faz exatamente isso.

Em fevereiro, a BBC denunciou a má conduta dos soldados das FDI nas redes sociais durante a guerrabodog saque mínimoGaza, que começou após um ataque do Hamas a Israelbodog saque mínimo7bodog saque mínimooutubro, que matou cercabodog saque mínimo1,2 mil pessoas. Maisbodog saque mínimo252 outras pessoas foram feitas reféns.

Desde então, maisbodog saque mínimo34 mil pessoas foram mortas pela ofensivabodog saque mínimoIsraelbodog saque mínimoGaza, afirma o Ministério da Saúde do território, administrado pelo Hamas.

Em nossa investigação anterior, a BBC percebeu um padrãobodog saque mínimocomportamento semelhante na Cisjordânia, que registrou um aumento da violência no mesmo período.

Apesar das reportagens anteriores da BBC revelando a má conduta dos soldados israelenses nas redes sociais, e da subsequente promessa dos militaresbodog saque mínimoagirembodog saque mínimoacordo com as nossas descobertas, um ex-soldado israelense, Ori Givati, diz que não está nem um pouco surpresobodog saque mínimover tudo se repetindo.

Ele é porta-voz da Breaking The Silence — uma organização para soldados israelenses que trabalha para expor supostas irregularidades nas FDI. Givati afirma que a atual "retórica políticabodog saque mínimoextrema direita" no país encoraja esse tipobodog saque mínimoatitude dos soldados.

"Não há repercussões. Eles [soldados israelenses] são encorajados e apoiados pelos mais altos ministros do governo", disse ele.

"A cultura dos militares, quando se trata dos palestinos, é que eles são apenas alvos. Eles não são seres humanos. É assim que os militares ensinam você a se comportar."

Israel construiu cercabodog saque mínimo160 assentamentos que abrigam cercabodog saque mínimo700 mil judeus desde que ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental — terra que os palestinos reivindicam como partebodog saque mínimoum futuro Estado – na guerrabodog saque mínimo1967 no Oriente Médio.

A maioria da comunidade internacional considera os assentamentos ilegais pelo direito internacional, embora Israel conteste isto.

A nossa análise concluiu que os 45 vídeos e fotografias nas redes sociais que examinamos foram publicados por 11 soldados da Brigada Kfir, que é a maior brigadabodog saque mínimoinfantaria das FDI e opera principalmente na Cisjordânia.

Todos os 11 soldados estiveram ou ainda estão na ativa e não esconderam abodog saque mínimoidentidade nas redes sociais.

Quatro sãobodog saque mínimoum batalhão reservista da Brigada Kfir – o 9213 – cuja áreabodog saque mínimooperação parece estar localizada na parte norte da Cisjordânia,bodog saque mínimoacordo com a nossa análise dos seus vídeos nas redes sociais.

Perguntamos às FDI sobre as ações dos soldados individuais que identificamos e se eles foram punidos, mas não recebemos resposta.

Também tentamos entrarbodog saque mínimocontato com esses soldados por meiobodog saque mínimosuas contas públicas nas redes sociais. Um deles parece ter nos bloqueado e os outros não responderam até agora.

O mais prolífico dos soldados posta sob o nomebodog saque mínimoYohai Vazana.

Muitosbodog saque mínimoseus vídeos mostram seu batalhão entrandobodog saque mínimocasas à noite e detendo palestinos – muitas vezes amarrando suas mãos e vendando-os. Mulheres são vistasbodog saque mínimopânico ao serem filmadas sem o lenço na cabeça.

Vazana – que se diz "criador digital" e exibe tatuagens que dizem "Nunca esqueça, nunca perdoe, 7/10" – muitas vezes se refere às suas operações como "caça". Sua insígnia militar, visível nos vídeos, sugere que ele ocupa o postobodog saque mínimosargento-mor.

Ele postou 22 vídeos e fotos no Facebook e no TikTok, do que parecem ser imagensbodog saque mínimopatrulhas, mostrando a detençãobodog saque mínimopalestinos.

O TikTok confirmou que dois vídeos que destacamos, que não haviam sido retiradosbodog saque mínimosua plataforma, foram agora removidos por violarem suas diretrizes que "deixam claro que não toleramos conteúdo que procure degradar vítimasbodog saque mínimotragédias violentas".

A Meta, empresa dona do Facebook, explicou que está revisando o conteúdo e removerá quaisquer vídeos que violem suas políticas.

Esta foto — uma capturabodog saque mínimotelabodog saque mínimoum dos vídeosbodog saque mínimoYohai Vazana — mostra membrosbodog saque mínimoseu batalhão entrando à forçabodog saque mínimouma casa e posando na frentebodog saque mínimouma mulher palestina com uma criança.

O soldado Ofer Bobrov aparecebodog saque mínimovárias fotos com Vazana. As legendasbodog saque mínimoseus vídeos costumam incluir a hashtag 9213, sugerindo que ele pertence ao batalhãobodog saque mínimoVazana.

Os vídeosbodog saque mínimoBobrov sobre suas operações militares são postados junto com clipesbodog saque mínimosoldados dançando e festejando, se preparando para patrulhas e outros trechosbodog saque mínimosua vida cotidiana.

Um vídeo postadobodog saque mínimo12bodog saque mínimofevereiro no TikTok inclui várias fotosbodog saque mínimoum detido vendado e amarrado no chão enquanto um soldado posa com a bandeira israelense atrás dele.

Outro soldado do mesmo batalhão, conhecido online como Sammy Ben, postou oito vídeos e uma fotobodog saque mínimodetidos palestinos no Instagram.

Os palestinos detidos são frequentemente mostrados vendados e contidos, tendo sido forçados a se deitar no chão ou a se agachar, com as mãos amarradas nas costas,bodog saque mínimochamadas "posiçõesbodog saque mínimostress" — que são cansativas e dolorosas.

Ben diz nos posts que ele e os seus colegas soldados detiveram "terroristas" e afirmam ter encontrado bandeiras do Hamas nos locais. Israel – tal como o Reino Unido, os EUA e outros países – classifica o Hamas como organização terrorista.

Em um vídeo, Ben — que também serviu nas forças das FDIbodog saque mínimoGaza — zombabodog saque mínimodois palestinos detidos, obrigando eles a dizer: "Am Yisrael Chai", que significa "O povobodog saque mínimoIsrael vive".

Ori Dahbash é outro membro do mesmo batalhão que publicou imagensbodog saque mínimooperações militares na Cisjordânia, incluindo uma fotografiabodog saque mínimoum detido que também foi compartilhada por Vazana.

Especialistas disseram que as imagens postadas pelos soldados podem ser violações do direito internacional.

Mark Ellis, presidentebodog saque mínimoum painel consultivo criado pela ONU sobre tribunais criminais internacionais, pediu uma investigação sobre os incidentes nas filmagens e recomendou que as FDI punam os soldados envolvidos.

O advogado internacionalbodog saque mínimodireitos humanos Geoffrey Nice, que trabalhou no Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPIJ) entre 1998 e 2006, concorda com Ellis, mas se disse cético sobre a possibilidadebodog saque mínimoalguém ser responsabilizado.

Em resposta à nossa investigação, as FDI responderam: "As FDI impõem aos seus soldados um padrão profissional... e investigam quando o comportamento não estábodog saque mínimoacordo com os valores das FDI. Em casobodog saque mínimocomportamento inaceitável, os soldados foram disciplinados e até suspensos do serviço."

"Além disso, os soldados são instruídos a evitar publicaçãobodog saque mínimoimagensbodog saque mínimoatividades operacionais nas redes sociais."

A resposta das FDI não reconheceu que ela tinha se comprometido a agir após nossa investigação anterior, semelhante, nas redes sociais sobre má condutabodog saque mínimoGaza.

Givati, antigo comandante israelense na Cisjordânia, disse estar envergonhado e enojado com o tratamento dado pelos soldados aos detidos.

"Devemos tratá-los com a mesma dignidade com que gostaríamosbodog saque mínimoser tratados", disse ele à BBC.

Ele disse que o comportamento reflete a forma como ele sentia que a sociedade israelense vê os palestinos e questionou a alegaçãobodog saque mínimoIsraelbodog saque mínimoque o país respeita o direito internacional.

"Não teremos futuro como sociedade se continuarmos nos comportando desta forma", disse ele.