A ciência por trás da timidez:betmotion saque mínimo

betmotion saque mínimo A ideiabetmotion saque mínimose enturmarbetmotion saque mínimouma festa te tira a vontadebetmotion saque mínimosairbetmotion saque mínimocasa? Ou sóbetmotion saque mínimopensarbetmotion saque mínimofazer uma apresentação para uma sala cheiabetmotion saque mínimopessoas te faz ficar angustiado dias antes deste eventobetmotion saque mínimofato acontecer?

Se sim, então você não está sozinho.

Akindele Michael era um garoto tímido. Crescendo na Nigéria, ele passou muito tempo no interior da casabetmotion saque mínimoseus pais. Estes, aliás, não são tímidos. Michael acredita quebetmotion saque mínimocriação dentrobetmotion saque mínimocasa explicabetmotion saque mínimotimidez. Ele está certo?

Estábetmotion saque mínimoparte, responde Thalia Eley, professorabetmotion saque mínimogenética do desenvolvimento e do comportamento no King's College London.

"Pensamos na timidez como um traçobetmotion saque mínimotemperamento, e temperamento é uma espéciebetmotion saque mínimoprecursor da personalidade", explica. "Quando crianças muito pequenas começam a se envolver com outras pessoas, você percebe uma variação no conforto que sentem ao falar com um adulto desconhecido."

Eley diz que apenas cercabetmotion saque mínimo30% da timidez como característica se deve à genética; o resto vem como uma resposta ao entorno.

A maior parte do que sabemos sobre a genética da timidez vembetmotion saque mínimoestudos que compararam esta característicabetmotion saque mínimogêmeos idênticos - cópias genéticas perfeitas um do outro - com gêmeos não-idênticos - que compartilham apenas metade dos mesmos genes.

Na última década, cientistas como Eley começaram a examinar o DNAbetmotion saque mínimosi para tentar encontrar variantes genéticas que possam afetar a personalidade e a saúde mental.

Cada variante genética individual tem um efeito minúsculo, mas quando você considera as milharesbetmotion saque mínimocombinações possíveis, o impacto começa a ser mais perceptível. Mesmo assim, a influência dos genes na timidez não pode ser tomada isoladamente.

"Não haverá um, dez ou cem genes envolvidos. Haverá milhares", diz Eley. "Então, se você pensarbetmotion saque mínimotodo o genomabetmotion saque mínimoambos os pais [de uma criança], existem centenasbetmotion saque mínimomilharesbetmotion saque mínimovariantes genéticas relevantes".

Assim, o ambiente é quase mais importante para desenvolver esses tiposbetmotion saque mínimocaracterísticas, ela diz. E uma das coisas interessantes sobre genética é que isso nos leva a nos conectar com aspectos do ambiente que correspondem às nossas predisposições reais.

Por exemplo, uma criança tímida pode ser mais propensa a se isolarbetmotion saque mínimoum playground e assistir aos outrosbetmotion saque mínimovezbetmotion saque mínimose envolver. Isso faz com que crianças assim se sintam mais confortáveis ​​estando sozinhas, porque isso se tornabetmotion saque mínimoexperiência recorrente.

"Não é que seja um ou outro: são ambos [genética e ambiente] trabalhando juntos ", diz a pesquisadora. "É um sistema dinâmico. E por causa disso, é sempre possível mudá-lo atravésbetmotion saque mínimoterapias psicológicas."

A timidez é necessariamente uma coisa ruim?

Chloe Foster, psicóloga clínica do Centrobetmotion saque mínimoTranstornosbetmotion saque mínimoAnsiedade e Traumabetmotion saque mínimoLondres, diz que a timidezbetmotion saque mínimosi é bastante comum, normal e não causa problemas - a menos que se transformebetmotion saque mínimouma ansiedade social maior.

Foster diz que as pessoas que trata buscam ajuda quando "estão começando a evitar coisas que precisam fazer", como falar com outras no trabalho, socializar ou estarbetmotion saque mínimouma situaçãobetmotion saque mínimoque acham que serão julgadas.

Eley acredita que pode haver razões evolucionárias para as pessoas desenvolverem traçosbetmotion saque mínimopersonalidade tímidos.

"Era útil ter pessoas do grupo lá fora, explorando e participandobetmotion saque mínimonovas comunidades; mas também era útil ter pessoas mais avessas ao risco, conscientes das ameaças. Estas faziam um trabalho melhor protegendo os filhotes jovens, por exemplo", diz Eley.

A pesquisadora avalia que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é a mais eficaz para pessoas com timidez e ansiedade social. Essa terapia, baseadabetmotion saque mínimoevidências, funciona tentando mudar padrõesbetmotion saque mínimopensamento e comportamento.

A TCC ajuda, por exemplo, a identificar pensamentos negativos ou comportamentos que acreditamos nos ajudar, mas na verdade podem estar gerando mais ansiedade social - como ensaiar com antecedência uma fala ou evitar o contato visual.

Às vezes, o problema é que pessoas tímidas que sofrem com situações como falarbetmotion saque mínimopúblico muitas vezes estabelecem padrões muito elevados para como essas situações devem se desenrolar, explica Foster.

"Elas podem achar que não podem tropeçar nas palavras... ou que têm que ser tão interessantes que todos devem ficar totalmente fascinados no que estão dizendo o tempo todo."

Se estas pessoas forem capazesbetmotion saque mínimoaliviar um pouco da pressão sobre si mesmos,betmotion saque mínimofazer curtas pausas para respirar, a ansiedade pode ser um pouco aliviada.

Outra coisa que pode ajudar é se concentrar externamente no que está acontecendo ao redor,betmotion saque mínimovezbetmotion saque mínimointernamentebetmotion saque mínimocomo a ansiedade está fazendo você se sentir fisicamente. Concentrar-se no público,betmotion saque mínimovezbetmotion saque mínimoem si mesmo, pode contribuir.

Desafiar-se a estar mais aberto a novas situações também pode ajudar: "Quanto mais você puder se envolverbetmotion saque mínimosituações sociais, mais confiante ficará. Mas lembre-sebetmotion saque mínimoabordar estas situações sociaisbetmotion saque mínimouma maneira nova também".

Ou seja: é importante mudar o script (roteiro). Pergunte a si mesmo o que mais teme sobre situações sociais. Você está preocupadobetmotion saque mínimoparecer chato? Ou ficar sem coisas para dizer? Quanto mais você conhecerbetmotion saque mínimoansiedade, mais poderá começar a desafiá-la.

Qual é a diferença entre timidez e introversão?

Jessie Sun, doutoranda na Universidade da Califórniabetmotion saque mínimoDavis que pesquisa a psicologia por trás da personalidade, destaca que a timidez e a introversão não são a mesma coisa.

Enquanto para muitas pessoas a introversão tem a ver com o interessebetmotion saque mínimoexplorar pensamentos, para os psicólogos ela faz partebetmotion saque mínimouma dimensão diferente da personalidade: a abertura a experiências.

Pessoas tímidas são comumente introvertidas, mas elas também podem ser extrovertidos cuja ansiedade atrapalhou a sociabilidade. E os introvertidos não-tímidos podem ser socialmente hábeis, mas que preferem a própria companhia.

Sun diz que "a personalidade é consistentemente um dos mais fortes indicadores da felicidade, e a extroversão tem associações especialmente consistentes com o bem-estar".

"As pessoas que são extrovertidas tendem a experimentar mais sentimentosbetmotion saque mínimoentusiasmo e alegria, enquanto as introvertidas tendem a sentir essas coisas com menos frequência", explica.

Mas os introvertidos poderiam absorver um pouco dessa alegria e entusiasmo simplesmente agindobetmotion saque mínimoforma extrovertida?

Sun e seus colegas fizeram um experimento. Eles pediram para as pessoas agirem com extroversão por uma semana inteira - um tempo demorado para quem é tímido.

"Pedimos a elas que agissembetmotion saque mínimoforma ousada, falante, ativa e assertiva o máximo possível", lembra.

A equipe descobriu que, para pessoas normalmente extrovertidas, agir consistentemente desse jeito ao longobetmotion saque mínimouma semana significou que elas experimentaram mais emoções positivas e se sentiram mais "autênticas".

Mas as mais introvertidas não experimentaram essa "injeção"betmotion saque mínimoemoções positivas. Aquelas extremamente introvertidas chegaram a se sentir cansadas e experimentaram mais emoções negativas.

"Eu acho que a principal lição é: provavelmente é demais pedir a pessoas introvertidas ou muito tímidas que ajambetmotion saque mínimoforma extrovertida por uma semana inteira. Mas elas podem considerar 'atuar' extrovertidamentebetmotion saque mínimoalgumas poucas ocasiões", diz Sun.

E a cultura?

Vimos como o ambiente desempenha um papel importante no fatobetmotion saque mínimosermos tímidos ou não. Mas a cultura também pode influenciar?

Diz-se que os Estados Unidos valorizam o comportamento confiante e extrovertidobetmotion saque mínimodetrimento da introversão, enquanto estudos descobriram quebetmotion saque mínimopartes da Ásia, como no Japão e na China, é mais desejável ser quieto e reservado.

Atitudesbetmotion saque mínimorelação ao contato visual também variam enormementebetmotion saque mínimopaís para país.

Kris Rugsaken, professor aposentadobetmotion saque mínimoestudos asiáticos na Ball State University, diz que "enquanto um bom contato visual é esperado e valorizado no Ocidente, é visto como sinalbetmotion saque mínimodesrespeito e desafiobetmotion saque mínimooutras culturas, incluindo asiáticas e africanas".

"Quanto menos contato visual esses grupos tiverem com um indivíduo, mais respeito eles demonstram."

Apesar dessas diferenças culturais, Sun diz que a pesquisa parece mostrar que os extrovertidos tendem a ser mais felizes mesmo nos países onde a introversão é mais respeitada, mas o graubetmotion saque mínimofelicidade é menos acentuado nesses lugares.

Assim, embora a pesquisa sugira que os extrovertidos acabam sendo mais felizes onde quer que estejam no mundo, ser introvertido não é necessariamente negativo - assim como ser extrovertido nem sempre é positivo.

"Não pense na introversão como algo a ser curado", escreve Susan Cainbetmotion saque mínimoseu livro O poder dos quietos. "Há uma correlação zero entre ser o mais falante e ter as melhores ideias".

Este artigo foi adaptadobetmotion saque mínimo'Why am I shy ?', um episódio do programa radiofônico CrowdScience, do serviço mundial da BBC, apresentado por Datshiane Navanayagam e produzido por Cathy Edwards. Para ouvir mais episódios do CrowdScience (em inglês), clique aqui.

Você também pode ler a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

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