Como a poluição do ar pode prejudicar a saúde do seu intestino:x bet sport

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Crédito, Oleg Lastochkin

Legenda da foto, Acredita-se que a poluição do ar provenientex bet sportfontes como a fumaça do carro pode alterar o microbioma intestinal, levando à inflamação

"Imagine ter uma ferida que nunca cicatriza, só que do ladox bet sportdentro do corpo. Toda vez que você come ou bebe, é como esfregar sal na ferida", exemplifica Jaina Shah, gerentex bet sportpublicações e informações da organização Chron's and Colitis, do Reino Unido.

A colite ulcerativa é localizada e afeta o intestino grosso, enquanto a doençax bet sportCrohn pode afetar qualquer parte do intestino. Ambas as condições podem impactar quase todo o corpo, incluindo hormônios, digestão, níveisx bet sportenergia e saúde mental. Eles exigem medicação ao longo da vida e,x bet sportmuitos casos, cirurgiasx bet sportgrande porte.

"Crohn e colite são causados pela herança genética do indivíduo, somada a uma reação anormal do sistema imunológico a certas bactérias no intestino, provavelmente desencadeada por algo no ambiente", explica Shah.

Gatilhos ambientais

Esses gatilhos ambientais incluem a dieta e o estresse. Além deles, a hipótese da higiene argumenta que viverx bet sportambientes assépticos prejudica o desenvolvimento do sistema imunológico.

Tanto genes quanto fatores ambientais podem prejudicar o intestinox bet sportforma semelhante,x bet sportacordo com Gilaad Kaplan, professor associado da Universidadex bet sportCalgary e autorx bet sportvários estudos sobre a relação entre o intestino e a poluição do ar.

"Maisx bet sport200 genes são conhecidos por tornar alguém suscetível às DII. Esses genes estão relacionados à parede intestinal e alguns estão relacionados com a forma como o sistema imunológico combate as bactérias ruins nessa área", afirma Kaplan.

"A barreira intestinal protege contra mutações genéticas, mas a exposição ambiental pode danificar essa barreira. Se um gene danifica o sistema imunológico, isso pode provocar doenças", acrescenta.

Padrões na ocorrênciax bet sportDII têm ajudado pesquisadores a entender a influência da poluição atmosférica nessa condição.

Dados mostram, por exemplo, que a incidência dessas doenças é maiorx bet sportzonas urbanas que do quex bet sportrurais e que nações mais desenvolvidas têm taxas mais altasx bet sportDII. Uma análise constatou que as taxas mais altas estavam na Europa e na América do Norte, enquanto que o númerox bet sportcasosx bet sportpaíses recentemente industrializados na África, Ásia e América do Sul tem aumentado continuamente.

chaminésx bet sportfábrica

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O bioma intestinal muda ao longo da nossa vida, o que significa que ele pode ser afetado pelas mudanças do nosso ambiente

Hoje se acredita que a poluição atmosférica altera o microbioma intestinal, provocando resposta imune e inflamação que levam ao desenvolvimento das DII.

Em 2005, Kaplan participoux bet sportuma aula sobre o mecanismox bet sportcomo a poluição do ar impacta o coração e percebeu que havia cruzamentos com as DII,x bet sportáreax bet sportatuação. "A primeira parte da minha pesquisa foi analisar dados para ver se havia mais casosx bet sportDIIx bet sportáreas com mais poluição", explica Kaplan.

Ele analisou dadosx bet sportmaisx bet sport900 casosx bet sportDII no Reino Unido, abrangendo três anos. Embora não tenha encontrado uma associação entre os casos diagnosticados recentementex bet sportDII e os níveisx bet sportpoluição do arx bet sportgeral, ele descobriu que a doençax bet sportCrohn era mais encontradax bet sportjovens com maior exposição ao dióxidox bet sportnitrogênio.

Kaplan também encontrou ligações semelhantes entre poluição do ar e apendicite e dor abdominal.

O fator complicador desses estudos, no entanto, é que as pessoas talvez não tenham vivido por muito tempox bet sportáreasx bet sportalta poluição. Além disso, a correlação não prova que um conjuntox bet sportdados é causax bet sportoutro, por isso é importante explorar mecanismos por trás das informações, diz Kaplan.

Mortalidade

A poluição atmosférica é compostax bet sportvárias substâncias, incluindo monóxidox bet sportcarbono, óxidox bet sportnitrogênio (produzido por veículos a diesel), ozônio, dióxidox bet sportenxofre e partículas (de poeira, pólen, fuligem e fumaça).

A poluição é uma das principais causasx bet sportdoença e mortalidade e tem sido associada a muitas condiçõesx bet sportsaúde, incluindo doenças pulmonares, ataques cardíacos, derrames, malx bet sportAlzheimer, diabetes e asma. No entanto, os cientistas ainda não sabem quais são os poluentes específicos responsáveis.

"A maioria dos pesquisadores usa dadosx bet sportlocaisx bet sportmonitoramento fixos, que estãox bet sportquase todas as cidades. No entanto, eles ficam limitados a estudar alguns poluentes que representam todos os outros", diz Kaplan.

"O dióxidox bet sportnitrogênio é o principal poluente do trânsito, então estudamos essa substância e a atribuímos à ocorrênciax bet sportdoenças. É como no caso da nicotina do cigarro: ela é o alvox bet sportestudos, embora seja compostax bet sportvários outros produtos químicos. É um desafio restringir a fonte exata."

camundongos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Pesquisas recentes descobriram que camundongos alimentados com material particulado apresentaram sinaisx bet sportexpressão gênica imune alterada

Está bem estabelecido que respirar o ar contaminado pela fumaça do cigarro também é um fatorx bet sportrisco para o desenvolvimento da doençax bet sportCrohn - o fatorx bet sportrisco ambiental mais estudado para as DII. Há, no entanto, questões ainda não respondidas neste campox bet sportpesquisa.

Uma das mais intrigantes é por que fumar tem, na verdade, efeito protetor contra a colite ulcerativa.

Os poluentes chegam no corpo tanto pela respiração quanto pela ingestãox bet sportalimentos contaminados com material particulado. Kaplan e seus colegas mostraram que a exposição ao material particulado pode desencadear doenças gastrointestinais. Em laboratório, camundongos os inalaram por até 14 dias e se alimentaramx bet sportração contaminada por 35 dias.

Exposição contínua

Os pesquisadores queriam simular a exposição contínua a altos níveisx bet sportmaterial particulado e a comida contaminada, usando 18 mcg m3 (microgramas por metro cúbicox bet sportar) por dia. Níveisx bet sportmaterial particuladox bet sportcidades podem variarx bet sport20 a milx bet sportpicosx bet sportconcentração, o que significa que a dose total inalada é maior que 20 milx bet sport24 horas.

Eles descobriram que os camundongos que inalaram o material por um curto períodox bet sporttempo sofreram alteração no gene imunológico, inflamação, tiveram aumento da resposta imune no intestino delgado e da permeabilidade do intestino. Os impactos da permeabilidade do intestino na barreirax bet sportrevestimento da parede intestinal são considerados uma das causas das DII.

"O revestimento do intestino é projetado para servir como uma barreira, mantendo as bactérias ruins fora do corpo e permitindo que as boas façam seu trabalho", diz Kaplan. "Se algo afeta a integridade do revestimento da parede, isso provoca pequenos buracos, por onde micróbios patogênicos entram, o que pode desencadear a resposta imune".

Os camundongos expostos por 35 dias mostraram sinaisx bet sportinflamação no cólon e alterações no microbioma intestinal.

Mirtilos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Poluentes também podem ser ingeridos por meiox bet sportalimentos contaminados

Mas a poluição pode não apenas desempenhar um papel no desencadeamento das DII, mas também alterar a natureza da doença através das mudanças que ela provoca no microbioma intestinal. Em outro estudo, Kaplan comparou casosx bet sportapendicite não-perfurada e perfuradax bet sport13 cidades, e descobriu que a apendicite perfurada, que é mais perigosa, estava ligada a uma maior exposição à poluição do ar. Ele concluiu que a exposição à poluição pode modificar o tipox bet sportdoença intestinal.

"Se você vivessex bet sportuma área com boa qualidade do ar, você poderia ter tido uma apendicite moderada. A poluição do ar pode agravá-la para uma apendicite perfurada", conclui.

Kaplan acredita que isto também ocorre com outros distúrbios relacionados ao intestino, mas são necessárias pesquisas para testar essa hipótese. As pesquisas também não explicaram por que as DII são mais comunsx bet sportáreas urbanas; e, embora seja evidente que a urbanização desempenhe um papel, não se sabe quais características subjacentes da urbanização causam as DII.

"Essas condições não eram encontradas na última geração nesses países. Conheço gastroenterologistas que não tinham visto DII até muito recentemente, e agora veem casos diariamente", comenta Simon Travis, professor clínico e gastroenterologista consultor do John Radcliffe Hospital,x bet sportOxford, cujo trabalho envolve a pesquisa das DIIx bet sportpaíses recentemente industrializados.

Mas esta não é a história toda. Alguns trabalhos associaram o aumento das DII à revolução industrial, uma vez que a doençax bet sportCrohn foi identificada nos anos 1930, durante o advento da era automobilística. No entanto, os primeiros casosx bet sportcolite ulcerativa surgiram no final do século 19.

"Há algo na industrialização, mas também temos que refletir sobre por quex bet sportalgumas regiões do mundo até mais poluídas, como na China urbana e na Rússia, por exemplo, as DII são incomuns até hoje", pondera Travis.

Ele descobriu que essas doenças ocorrem nas principais cidades da Índia, como Déli e Mumbai, mas são rarasx bet sportoutras cidades. Ainda assim, ele está convencidox bet sportque as DII são doenças da urbanização,x bet sportuma forma oux bet sportoutra.

Nas circunstâncias atuais, o consenso é que a poluição do ar não é uma das principais causas da doença intestinal, mas pode ser um dos vários fatores desencadeantes.

microrganismos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Embora a poluição do ar possa não ser a única causa da síndrome do intestino irritável (SII), é um dos fatores desencadeantes

"As DII são complexas e multicausais, e uma sériex bet sportfatores ambientais influenciam seu desenvolvimento, incluindo a exposição a antibióticos na infância, amamentação e exposição à fumaça do cigarro", afirma Kaplan.

Segundo o pesquisador, esses fatores vão se acumulando no corpo até ele desmoronar: "É difícil dizer que há um único responsável pela avalanche, já que cada um contribuix bet sportcerto nível".

"Alterar o microbioma intestinal é uma das principais causas da colite ulcerativa e da doençax bet sportCrohn. Muitas coisas causam isso. A poluição do ar é uma delas, mas sem a qual ainda veríamos casos da doença", acrescenta.

Mais pesquisas devem se concentrarx bet sportpaíses recém-industrializados, argumenta Travis.

"Se buscarmos as causas das DII, elas provavelmente serão encontradasx bet sportáreas do mundo onde as condições estão evoluindo e ocorrendo, porque no Ocidente, especialmente na América do Norte, as condições já evoluíram quase completamente."

x bet sport Leia a versão original x bet sport desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

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