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Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - É difícil imaginar a vida sem smartphones. Mas, apesarbet365 bonus casinoesses aparelhos terem virado quase uma extensão do corpo humano, o uso excessivo deles vem afetando a saúde física das pessoas. As queixasbet365 bonus casinodor nos polegares ou nos punhos dispararam nos últimos anos nos consultóriosbet365 bonus casinoortopedia e, segundo especialistas, são alavancadas pelo uso excessivo e incorreto do celular. 

Os smartphones estão tão incorporados no nosso cotidiano que ultrapassam o númerobet365 bonus casinohabitantes: são 249 milhõesbet365 bonus casinounidadesbet365 bonus casinouso no Brasil, ou 1,2 por pessoa, segundo a 34ª edição da Pesquisa do Uso da TI, levantamento anual feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para se ter uma ideia, o país tem 203 milhõesbet365 bonus casinohabitantes,bet365 bonus casinoacordo com o Censo 2022, o mais recente feito pelo Instituto Brasileirobet365 bonus casinoGeografia e Estatística (IBGE).A cena é típica: a pessoa segura o smartphone e usa um ou os dois polegares para digitar, numa velocidade que eles não estão preparados para acompanhar, e fazendo movimentos curtíssimosbet365 bonus casinoum lado para o outro. O resultado disso são dores inofensivas num primeiro momento, mas que podem evoluir para sobrecarga muscular, tendinite e até mesmo uma rizartrose – um tipobet365 bonus casinoartrose que afeta a articulação da base do polegar, podendo causar dor, desgaste, rigidez e limitaçõesbet365 bonus casinomovimento.

“O polegar não nasceu para fazer muitos movimentos por segundo. E os jovens fazem milharesbet365 bonus casinomovimentos durante horas para digitar no celular usando os dois polegares. Quando usam um polegar só é pior ainda, porque sobrecarregam uma das mãos”, alerta o cirurgião Antônio Carlos da Costa, presidente da Sociedade Brasileirabet365 bonus casinoCirurgiabet365 bonus casinoMão e professor da Faculdadebet365 bonus casinoCiências Médicas da Santa Casabet365 bonus casinoSão Paulo.

As dores nos polegares e nos punhos acontecem justamente devido ao uso errado do aparelho. De acordo com os especialistas ouvidos pela Agência Einstein isso acontece tanto pela formabet365 bonus casinosegurá-lo quanto pelo númerobet365 bonus casinohoras digitando.

Outro fator que interfere é o tamanho dos smartphones – com os avanços tecnológicos e a maior qualidadebet365 bonus casinoconexão com a internet, as telas ficaram maiores. Isso pode até ser mais confortável para ver vídeos, por exemplo, mas quando se trata do impacto nas mãos o resultado é o contrário: o aparelho ficou maior, mais pesado e muito mais difícilbet365 bonus casinosegurar com uma mão só. 

“Quase ninguém digita usando o dedo indicador ou com o aparelho apoiadobet365 bonus casinouma mesa. A gente nota um aumento considerávelbet365 bonus casinoqueixasbet365 bonus casinodores nas mãos, mas com padrões diferentes, muitas vezes ligadas à idade do paciente. Vemos picos na população mais jovem, que usa o aparelho o dia todo para jogos, entretenimento, trocabet365 bonus casinomensagens, mas tambémbet365 bonus casinoadultos que dependem do aparelho para trabalhar, como vendedores, e na população mais idosa, que aprendeu a usar o celular e entrou na onda das redes sociais”, observa o ortopedista e cirurgião da mão Henrique Bufáiçal, do Serviçobet365 bonus casinoOrtopedia do Hospital Israelita Albert Einsteinbet365 bonus casinoGoiânia. “Temos notado um aumentobet365 bonus casinocasosbet365 bonus casinorizartose [causada pelo desgaste da articulação da mão]bet365 bonus casinopopulações cada vez mais jovens.”

A importância do dedão - O polegar é o principal dedo das mãos – sem ele, esses membros perdem praticamente 50% dabet365 bonus casinofunção. Dependendo da atividade laboral da pessoa, se ela perder o polegar, perde também 100% da função da mão. Foi graças aos polegares opositores, aliás, que o Homo sapiens, a espécie humana, evoluiu para conseguir fazer o movimento finobet365 bonus casinopinça (em que o polegar toca os outros quatro dedos) e, assim, manusear diversas ferramentas com precisão. O problema é que a articulação da base do dedão é mais instávelbet365 bonus casinorelação aos demais dedos da mão, e tem uma tendência maiorbet365 bonus casinose desgastar e desencaixar com mais facilidade. Justamente por isso, essa articulação não está preparada para fazer tantos movimentos curtinhos por segundo, como acontece na digitação rápida. “Se o paciente joga muita carga sobre essa articulação, sobrecarrega a função e isso vai causar dores mais adiante. As pessoas falam o dia inteiro usando o aplicativobet365 bonus casinomensagens no celular e já há estudos falandobet365 bonus casinode “whatsappite” [como uma tendinite causada pelo usobet365 bonus casinoWhatsApp]”, destaca o ortopedista Costa. Dois estudos recentes realizados na Arábia Saudita confirmaram cientificamente o que a prática clínica vem observando:bet365 bonus casinoum deles, feito com 3.057 pessoas entre 18 e 65 anos, 56,5% dos voluntários relataram dor no pulso ou na mão devido ao uso excessivobet365 bonus casinosmartphones. No outro trabalho, feito com 800 voluntários, 40% relataram dores no pulso ou polegar por causa do uso diário e prolongado dos aparelhos – eram maisbet365 bonus casinocinco horas por dia. Em relação à ergonomia, a maioria dos entrevistados relatou segurar o celular com uma mão, na posição descendente e com os pulsos dobrados para baixo. “O fato é que os polegares não foram preparados para absorver toda essa sobrecarga que a sociedade moderna está colocando sobre ele. Talvez daqui a milharesbet365 bonus casinoanos, nossas mãos sofram alguma evolução para se adaptar a isso”, diz o ortopedista do Einstein.

Segundo os médicos entrevistados, os sinaisbet365 bonus casinodesgaste começam com um leve desconforto e, com o passar dos dias, um cansaço nas mãos. Depois, surgem as dores no dedão, que podem irradiar para o braço por causa da sobrecarga no tendão e na musculatura. Também há casosbet365 bonus casinopessoas que sentem dormência ou queimação nos dedos. 

E qual a solução para o problema? “A gente sempre explica para o paciente que não tem outra solução a não ser se adaptar ao uso correto do celular para que a mão trabalhe numa posição menos ruim”, orienta Bufáiçal. Antônio Carlos da Costa vai além e recomenda voltar aos velhos tempos: usar o aparelho para telefonar. “É muito mais gostoso, muito mais íntimo”, opina. 

Mas, como nem sempre isso é possível, o especialista indica reduzir o númerobet365 bonus casinohoras usando o aparelho e, sempre que possível, enviar mensagensbet365 bonus casinovoz ou usar o recursobet365 bonus casinoáudio transcrição (falar e o próprio telefone digitar a mensagem). “Só quando isso não for possível, use os dedos, variando entre os polegares e o uso do indicador. Mas a melhor posição, sem dúvida, é apoiar o celularbet365 bonus casinouma mesa e usar o indicador para digitar as palavras”, ensina Costa.