'Turbilhões' no Ártico trazem calor das profundezas e aceleram derretimento, diz pesquisa:aposta longo prazo betano

Navio passou um mêsaposta longo prazo betanoexpedição no Oceano Ártico

Crédito, Thomas Moore

Legenda da foto, Navio passou um mêsaposta longo prazo betanoexpedição no Oceano Ártico

aposta longo prazo betano Uma equipeaposta longo prazo betanooceanógrafos conseguiu evidênciasaposta longo prazo betanoque turbulências no oceano Ártico – provocadas pelo vento – estariam trazendo mais calor das profundezas do mar para a superfície.

Segundo a descoberta dos pesquisadores, o derretimento das geleiras expõe mais água ao vento, e a turbulência acaba fechando um círculo viciosoaposta longo prazo betanocalor, acelerando ainda mais esse derretimento.

A equipe mediu o calor subindo das profundezas e ele equivale ao calor que chega à superfície do sol do outono.

"O calor que vem debaixo da superfície tem sido tão forte quanto o que vem do sol", disse à BBC a cientista-chefe da missão, Jennifer MacKinnon, do Institutoaposta longo prazo betanoOceanografia da Universidade da Califórniaaposta longo prazo betanoSan Diego.

"É certo que os dias estão ficando mais curtos aqui (no Ártico), então a luz do sol não é extremamente forte nessa latitude. Mas ainda assim, isso é algo que raramente acontece e que nos surpreendeu bastante."

A fonte desse calor das profundezas é uma camadaaposta longo prazo betanoágua quente que é mais salgada – e consequentemente mais densa – do que a água na superfície.

"Há um reservatórioaposta longo prazo betanocalor no oceano Ártico, bem embaixo da superfície, que historicamente – quando havia muitas geleiras – costumava ficar parado por ali mesmo", explicou MacKinnon. "Ele só estava lá 'quietinho' como uma poçaaposta longo prazo betanoágua quente e salgada abaixo da superfície."

Agora que o "encolhimento" das geleiras está expondo mais água ao vento, os cientistas estão preocupados que essa "poçaaposta longo prazo betanoágua salgada e quente" possa subir à superfície.

Além disso, a equipeaposta longo prazo betanoMacKinnon identificou que esse calor estava sendo trazido à superfície por fortes e surpreendentes turbilhões no oceano – que eles estudaramaposta longo prazo betanodetalhes por eles com o usoaposta longo prazo betanoum instrumento que parece um "canhão com uma agulha com gravador na frente".

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Equipe identificou que correntes vindas das profundezas do oceano traziam calor para a superfície

Crédito, Thomas Moore

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Medições

Matthew Alford, pesquisador e líder do projeto, explicou como esse instrumento, desenvolvido na Universidadeaposta longo prazo betanoWashington, funciona quando é jogado no mar.

"Quando ele encontra correntesaposta longo prazo betanoturbulência muito pequenas, a agulha fica levemente inclinada", disse Alford.

"Essas ferramentas estão nos ajudando a ter uma visão mais clara não só da estrutura dessas correntes, mas também a medir diretamente o fluxoaposta longo prazo betanocalor no topo delas e na superfície das geleiras."

Algumas dessas correntes estão trazendo água a uma temperaturaaposta longo prazo betano6°C para profundidades menores que 50 metros; essas são mudanças tão drásticas que nem a equipe esperava.

"A força dessas correntes é impressionante", disse MacKinnon. "Nós agora precisamos decifrar qual é a contribuição disso para o processoaposta longo prazo betanoderretimento das geleiras a longo prazo."

A expedição chegou ao fim no sábado, quando o navio da Fundação Nacionalaposta longo prazo betanoCiência dos Estados Unidos retornou ao porto no Alasca.

Entre os outros instrumentos utilizados pela equipe estava um "Swims" (Sistemaaposta longo prazo betanomapeamentoaposta longo prazo betanoágua) que poderia ser arrastado atrás do barco para medir continuamente a temperatura, a profundidade e a condutividade.

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Jen MacKinnon, a cientista chefe da expedição

Crédito, Thomas Moore

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"A ideia é balançar os sensores na frente do navio e ter uma amostra do oceano 'impertubável'. Isso tem nos mostrado algumas estruturas interessantes nos primeiros 20 metros do oceano."

Os pesquisadores encontraram morsas, papagaios-do-mar e um urso polar durante as semanas que passaram no oceano. Mas MacKinnon alerta que a vida selvagem na região tem aparecido com menos frequência do que antes. "Está parecendo bastante tranquilo aqui, mais do que era."

Cientistas encontraram morsas na região, alémaposta longo prazo betanooutros animais que compunham a vida selvagem ali

Crédito, Thomas Moore

Legenda da foto, Cientistas encontraram morsas na região, alémaposta longo prazo betanooutros animais que compunham a vida selvagem ali

A temperatura, porém, se manteve bem baixa. "Estava bastante frio. Por várias noites, trabalhamos lá fora, no convés, quando estava nevando e ventando bastante. Fazia -5°C no barco."

Julienne Stroeve, especialistaaposta longo prazo betanoÁrtico no National Snow and Ice Data Centre dos EUA, disse que os novos resultados são interessantes e muito valiosos.

"Acho que é bem importante entender essa mistura das águas quentes das profundezas do oceano com as geleiras", disse à BBC.

Será crucial quantificar exatamente quanto desse calor chega às geleiras e o quanto ele está influenciando no derretimento delas, segundo Stroeve.

Papagaio-do-mar apareceu para 'visitar' a equipe

Crédito, Thomas Moore

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Expedição também flagrou belas paisagens no período

Crédito, Thomas Moore

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