Por dentro da prisãobetpt casinoEvin, no Irã: 'não posso imaginar o que os presos estão passando':betpt casino
Ana Diamond, uma iraniana-britânica, tinha apenas 21 anos quando foi forçada a entrarbetpt casinouma van por oficiais armados da Guarda Revolucionária do Irã e presabetpt casinojaneirobetpt casino2016. Ela foi acusadabetpt casinoespionagem, o que negou.
Mas, como era dentro da prisão?
"Evin é um labirinto", diz Diamond.
Depoisbetpt casinoser libertada sob fiançabetpt casinoagostobetpt casino2016, Ana foi conduzida por um guarda para fora da prisão atravésbetpt casinoseus corredores estreitos.
"E então,betpt casinorepente, uma porta se abriu e eu estava Teerã. Bastou uma porta para me colocar bem no meio da cidade", lembra Diamond.
A prisão foi originalmente construída nos arredores da capital iraniana, mas à medida que a cidade cresceu, a prisão tornou-se parte do movimentado nortebetpt casinoTeerã.
'Violação dos direitos humanos'
A prisãobetpt casinoEvin foi construídabetpt casino1972, sob o reinado do xá Mohammad Reza Pahlevi. Seu propósito inicial era abrigar maisbetpt casino300 detentos, masbetpt casinopopulação carcerária acabou se expandindo para 15 mil sob a República Islâmica do Irã.
Na décadabetpt casino1980, a prisãobetpt casinoEvin se tornou conhecida porbetpt casinonotoriedade. De acordo com relatórios da Anistia Internacional e relatos coletados pela ONG Human Rights Watch, tortura e morte, execuções, enforcamentos, desaparecimentobetpt casinonumerosos detidos políticos e brutalidade eram práticas comuns ali.
A prisão foi apelidadabetpt casino"Universidade Evin" devido ao grande númerobetpt casinointelectuais, ativistas estudantis e jornalistas detidos no local.
As práticas na prisão foram criticadas por gruposbetpt casinodireitos humanos; a organização que administra as prisõesbetpt casinoTeerã e seu chefe Sohrab Soleimani (irmão do general Qasem Soleimani, morto pelos EUAbetpt casino2020), foram colocados,betpt casino2018, na listabetpt casinopessoas e instituições que sofrem sanções impostas pelo governo americanobetpt casino2018, por causa dos "graves abusosbetpt casinodireitos humanos".
No ano passado, a Anistia Internacional disse que imagensbetpt casinovigilância vazadas da prisão mostravam prisioneiros sendo abusados, espancados e assediados.
Ana Diamond diz que seu corpo jamais esquecerá o frio que sentiu quando esteve presa.
"Sempre que estoubetpt casinoum lugar frio hoje, fico com a frequência cardíaca acelerada e preciso sair. Mesmo que na minha mente eu esteja calma, meu corpo não gostabetpt casinosentir essa sensação."
Mas o frio não é a pior coisa que ela experimentoubetpt casinoEvin.
"Eles estavam tentando me humilharbetpt casinomaneiras muito específicas para o meu gênero", diz Diamond.
'Testebetpt casinovirgindade'
Ana Diamond diz que também foi obrigada a fazer o chamado testebetpt casinovirgindade.
É um examebetpt casinoque o médico insere dois dedos na vagina da mulher para verificar se o hímen está intacto. O teste não tem base científica.
"Minha pena inicial, quando fui condenada por espionagem e quando eles sugeriram que eu havia usado intimidade ou sedução durante meu suposto trabalhobetpt casinoespiã, foi a penabetpt casinomorte", explica Diamond.
Hoje ela acredita que isso foi "parte da longa e elaborada peçabetpt casinotortura psicológica deles". E afirma: "Foi uma maneirabetpt casinome humilharbetpt casinomaneiras muito específicas ao meu gênero".
"Foi apenas um mecanismo para reduzir minha identidade e experiências ao que eles definiriam como indigno e vergonhoso, até criminoso, e semear medobetpt casinomim pelo que eles poderiam ser capazesbetpt casinofazer a seguir", diz Diamond.
Após passar mesesbetpt casinoconfinamento solitário, Ana Diamond foi transferida para a enfermaria pública onde conheceu outras mulheres que eram prisioneiras políticas.
Ela se lembrabetpt casinocomo a enfermaria estava lotada.
"Se agora centenasbetpt casinomanifestantes foram presos e alguns levados a Evin, suponho que muitos deles teriam que dormir no chão".
"Não consigo imaginar o que as prisioneiras estão passando agora", diz Diamond.
O que aconteceu no sábado à noite?
O incêndio na noite do dia 15betpt casinooutubro ocorreu após semanasbetpt casinoprotestos contra o governobetpt casinotodo o Irã depois da mortebetpt casinoMahsa Amini,betpt casino22 anos, sob custódia policial.
Centenasbetpt casinomanifestantes foram enviados para a prisãobetpt casinoEvin.
"A prisão era como uma zonabetpt casinoguerra", diz uma fonte próxima à famíliabetpt casinoum dos prisioneiros ao serviço persa da BBC, ao descrever o que aconteceu dentro dos muros da prisão.
Mas há relatos conflitantes sobre o incidente.
A Justiça do país diz que o incêndio começoubetpt casinouma oficina da prisão após uma briga entre detentos e, segundo a imprensa estatal, foi um planobetpt casinofuga "premeditado", que o chefe das prisõesbetpt casinoTeerã disse ter sido frustrado pelas forçasbetpt casinosegurança.
É difícil saber o que aconteceu exatamente naquela noite.
Mas,betpt casinoentrevista ao serviço persa da BBC, um prisioneiro negou a versão oficial e disse que a tensão começou quando alguns detentos protestaram contra a transferênciabetpt casinoseus companheirosbetpt casinocela para outra prisão.
Quando os prisioneiros das outras alas ouviram brigas e gritos, eles invadiram o pátio principal. Os guardas responderam com gás lacrimogêneo, acrescentou o detento.
Em seguida, a tensão escalou para outras alas.
"Os prisioneiros correram para as portas e os derrubaram. Os guardas antimotim atacaram e lançaram gás lacrimogêneobetpt casinotodos os lugares. Muitosbetpt casinonós passaram mal."
*Com reportagem adicionalbetpt casinoFarnoosh Amirshahi, do Serviço Persa da BBC.
- Este texto foi publicado originalmentebetpt casinohttp://www.mi-rob.com/internacional-63327331