As mulheres que apoiam vítimasbetnacional aceita cartão de créditoabuso que matam seus agressores:betnacional aceita cartão de crédito

Ela entregou-se imediatamente à polícia e foi presa. Uma investigação foi aberta.

Após dois mesesbetnacional aceita cartão de créditoprisão preventiva, seguidosbetnacional aceita cartão de créditoquase dois anosbetnacional aceita cartão de créditoprisão domiciliar, a promotora finalmente confirmou o que Cynthia mais temia: se condenada, ela poderia enfrentar uma penabetnacional aceita cartão de crédito20 anosbetnacional aceita cartão de créditoprisão.

Apoio inesperado

Mas ela não esperava que uma campanha social nacional defendessebetnacional aceita cartão de créditoliberdade, com o slogan "eu também me defenderia".

O julgamentobetnacional aceita cartão de créditoCynthia ocorreubetnacional aceita cartão de créditoabril deste ano. Como ela tinha provas bem documentadasbetnacional aceita cartão de créditoabuso doméstico, incluindo visitas a hospitais, ordensbetnacional aceita cartão de créditorestrição e boletinsbetnacional aceita cartão de créditoocorrência, os tribunais aceitaram seu pedidobetnacional aceita cartão de créditolegítima defesa e a absolverambetnacional aceita cartão de créditotodas as acusações.

Cynthia diz que se sentiu "impotente" depoisbetnacional aceita cartão de créditoouvir as acusações do promotor, acrescentando que as redes sociais a fizeram se sentir ouvida: "Sou muito grata pelo seu apoio".

Esse é um dos vários casos que ganharam apoio do movimentobetnacional aceita cartão de créditovárias redesbetnacional aceita cartão de créditodireitos das mulheres que se opõem à criminalizaçãobetnacional aceita cartão de créditosobreviventesbetnacional aceita cartão de créditoviolência doméstica que mataram seus agressoresbetnacional aceita cartão de créditolegítima defesa.

"Devo ter feito pelo menos uma centenabetnacional aceita cartão de créditodenúnciasbetnacional aceita cartão de créditoviolência doméstica. Sempre tive olhos roxos e hematomas", disse Cynthia à BBC, exibindo as partes do rosto que foram agredidas.

Ela diz que sofreu exploração econômica, violência sexual e traumas psicológicos.

Organizaçõesbetnacional aceita cartão de créditodireitos das mulheres no Chile comemoram a absolviçãobetnacional aceita cartão de créditoCynthia, mas alertam que há muito mais sobreviventesbetnacional aceita cartão de créditoabuso doméstico que foram injustamente condenadas por se defenderem.

"Muitos casos como esse poderiam ser evitados se o sistemabetnacional aceita cartão de créditojustiça fizesse seu trabalho", diz Loren Leron, uma ativista feminista que ajuda mulheres na prisão onde Cynthia foi mantida.

Leron foi a primeira a alertar as organizaçõesbetnacional aceita cartão de créditodireitos humanos sobre o casobetnacional aceita cartão de créditoCynthia. "Se uma mulher fosse realmente protegida toda vez que denunciasse abuso doméstico, não haveria casos como esse", explica.

Hino viral

Não é a primeira vez que manifestantes no Chile enfrentam a Justiça, Em 2019, o hinobetnacional aceita cartão de créditoprotesto "Um estupradorbetnacional aceita cartão de créditoseu caminho" viralizou no mundo todo.

Naquele ano, durante um períodobetnacional aceita cartão de créditoagitação social, milharesbetnacional aceita cartão de créditomulheresbetnacional aceita cartão de créditoSantiago cantavam as palavras: "O patriarcado é um juiz / que nos julga por nascer". E ao apontar o dedo ao presidente, aos juízes e à polícia, acusados por elasbetnacional aceita cartão de créditopromover a impunidade contra os abusadores, as mulheres gritavam: "o estuprador é você".

A Rede Contra a Violência Contra a Mulher é a maior organização nacional do Chile sobre violênciabetnacional aceita cartão de créditogênero.

Em seu relatório anualbetnacional aceita cartão de crédito2021, foram registradas 23.642 queixasbetnacional aceita cartão de créditoviolência doméstica à polícia no primeiro semestre do ano, mas apenas 5.855 prisões. Para os casosbetnacional aceita cartão de créditoabuso sexual, 74% foram arquivados pelos tribunais e apenas 7% dos casos resultarambetnacional aceita cartão de créditopenasbetnacional aceita cartão de créditoprisão.

O relatório também revelou que 81% das mulheres tiveram uma experiência negativabetnacional aceita cartão de créditosuas tentativasbetnacional aceita cartão de créditodenunciar violência doméstica à polícia.

Myrna Villegas Díaz, professorabetnacional aceita cartão de créditociências criminais da Universidade do Chile, diz que o sistema legal do país fracassa no tratamento das sobreviventesbetnacional aceita cartão de créditoabuso.

"O patriarcado, mais do que juiz, é legislador", diz ela. Ela também questiona a abordagem do Ministério Públicobetnacional aceita cartão de créditocasosbetnacional aceita cartão de créditolegítima defesa: "Eles têm que ser objetivos, não só olhar para os elementos para incriminar, mas também para o que pode exonerar".

De acordo com a documentação enviada à BBC pela promotoria, houve 224 casosbetnacional aceita cartão de créditomulheres que mataram ou tentaram matar seus parceiros entre 2011 e 2022. No total, 86 casos resultarambetnacional aceita cartão de créditocondenações criminais e maisbetnacional aceita cartão de crédito50 ainda estão abertos.

Ativistas reivindicam a liberdade das mulheres que estão presas por matarem seus parceirosbetnacional aceita cartão de créditocontextosbetnacional aceita cartão de créditoviolência doméstica.

Embora as estatísticas não revelem se cada caso ocorreubetnacional aceita cartão de créditocontextosbetnacional aceita cartão de créditoprópria defesa, a Rede Contra a Violência Contra a Mulher acredita que isso provavelmente aconteceubetnacional aceita cartão de créditomuitos casos.

"São mulheres que sofreram violência sistemática. Muitas têm medidas cautelares contra seus agressores, mas o Estado não as protegeu e as criminalizou", diz Lorena Astullido, porta-voz da organização.

"Eu também me defenderia se minha vida estivessebetnacional aceita cartão de créditoperigo. Não é violência, é defesa."

Ymay Ortiz, diretora da Unidade Especializadabetnacional aceita cartão de créditoDireitos Humanos, Violênciabetnacional aceita cartão de créditoGênero e Crimes Sexuais do Ministério Público Nacional, ressaltou que a instituição investiga cada caso sob uma rigorosa políticabetnacional aceita cartão de créditogênero que inclui treinamento obrigatório sobre violência doméstica.

Embora Ortiz acolha os comentários e críticas, ela desconfia da campanha do movimento e diz que essa mensagem pode ser perigosa.

"Toda pessoa tem direito à defesa, mas isso deve ser considerado proporcionalmente", diz. "Não pode ser usado como um passe livre,betnacional aceita cartão de créditoimpunidade, ou para conceder proteções especiais."

Ataques LGBTQ+

O grito "eu também me defenderia" também se espalhou pela comunidade LGBTQ+.

Ativistas dos direitos gays no Chile fizeram campanha pela libertaçãobetnacional aceita cartão de créditoum homem trans que foi preso depoisbetnacional aceita cartão de créditomatar seu agressor no início deste ano. Ativistas argumentam que ele estava se defendendo durante um ataque transfóbico com riscobetnacional aceita cartão de créditomorte.

Na Argentina, o movimento também mobilizou muita gente.

Neste ano, grandes multidões se reuniram para exigir a absolviçãobetnacional aceita cartão de créditoEva Analía Dejesús, mais conhecida como Higui, uma lésbica que matou seu agressor enquanto se defendia durante uma tentativabetnacional aceita cartão de créditoestupro "corretivo"betnacional aceita cartão de créditogrupo. Ela foi absolvidabetnacional aceita cartão de créditomarço.

Cynthia é uma das poucas acusadas no Chile que foram absolvidas ou cujos casos foram arquivados nos últimos 10 anos.

Ela recentemente encontrou um emprego e se mudou para outra cidade para reconstruirbetnacional aceita cartão de créditovida. Embora esteja aliviada por ter sido absolvida, acredita que a violência doméstica não é levada suficientemente a sério.

"Quando você denuncia violência, a polícia olha para você e diz que 'você está bem, parebetnacional aceita cartão de créditochorar por nada'", diz ela. Ela faz uma pausa por um momento, antesbetnacional aceita cartão de créditoencerrar o telefonema com um apelo emocionado:

"Se você vir uma mulher sofrendo violência, ajude-a como puder. Não a abandone."

- Este texto foi publicadobetnacional aceita cartão de créditohttp://www.mi-rob.com/internacional-62345136

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