3 fatores que explicam por que Ucrânia é tão importante para Rússia:onabet indicação

Passeata dos "Defensores da Ucrânia"

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Rússia está preocupada com ascensão do nacionalismo na Ucrânia

Por outro lado, o governo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, argumenta que essa crise começou com a invasão russa da península da Crimeia e a ocupação por grupos pró-russos na regiãoonabet indicaçãoDonbass, no leste da Ucrânia, onde desde 2014 quase 14 mil pessoas morreram.

Passeata com bandeira da Rússia na Crimeia

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Legenda da foto, Em 2014, a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia

Essas ações levaram a sanções contra Moscou eonabet indicaçãocrescente alienação do Ocidente. Mas por que a Rússia dá tanta importância à Ucrânia?

A BBC News Mundo, serviçoonabet indicaçãonotíciasonabet indicaçãoespanhol da BBC, explica três fatores para isso.

1. Zonaonabet indicaçãosegurança

"A Rússia está seguindo essas políticas no momento porque percebe que um país que está pertoonabet indicaçãosua fronteira está se tornando uma plataforma para uma aliança militar ameaçadora. Portanto, tem a ver com a possibilidadeonabet indicaçãoa Ucrânia se tornar membro da Otan e assim passar a armazenar mísseis e tropas dessa aliança", afirmou no fimonabet indicaçãojaneiro Gerald Toal, professoronabet indicaçãoRelações Internacionais da Universidade Virginia Tech, nos EUA, à BBC News Mundo.

George Friedman, da Geopolitical Futures, lembra que o território da Ucrânia serviu como "zona tampão" para Moscou desde a época da invasão napoleônicaonabet indicação1812.

"A Ucrânia é a fronteira ocidental da Rússia. Quando os russos foram atacados pelo oeste durante a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, foi o território da Ucrânia que os salvou. Inimigos tinham que percorrer maisonabet indicação1,6 mil quilômetros para chegar a Moscou. Se a Ucrânia cair nas mãos da OTAN, Moscou estaria a apenas 640 quilômetros deles. Foi a Ucrânia que salvou os russosonabet indicaçãoNapoleão. Portanto, se trataonabet indicaçãouma zonaonabet indicaçãosegurança que eles querem manter", ressalta.

Na visãoonabet indicaçãoToal, há uma percepção por parteonabet indicaçãoMoscouonabet indicaçãoque a Rússia está sendo cercada por uma aliança inimiga, algo que gera preocupação nas grandes potências.

Ele lembra que, no início dessa crise, o vice-chanceler russo se referiu à crise dos mísseisonabet indicação1962 e que posteriormente Moscou chegou a aventar a possibilidadeonabet indicaçãoimplantar forças militaresonabet indicaçãoCuba e na Venezuela.

"Eles fizeram alusão a isso para enfatizar que os Estados Unidos têmonabet indicaçãoprópria Doutrina Monroe, suas próprias ansiedades sobre a presençaonabet indicaçãoforças hostis pertoonabet indicaçãoseu território e, nesse sentido, é um argumento válido", diz ele.

"Mas a resposta para Moscou é que isso acontece porque a Rússia está ameaçando a Ucrânia e tomou parteonabet indicaçãoseu território. Do pontoonabet indicaçãovista da segurança nacional da Ucrânia, eles buscam ajuda, buscam aliados contra um Estado que veem como muito perigoso e que já lhes tomou parteonabet indicaçãoseus territórios reconhecidos internacionalmente", acrescenta.

2. Ligações históricas, religiosas e culturais

Em 12onabet indicaçãojulhoonabet indicação2021,onabet indicaçãoum longo artigo sobre as relações com a Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, denunciou que a nação vizinha estava caindoonabet indicaçãoum jogo perigoso destinado a transformá-laonabet indicaçãouma barreira entre a Europa e a Rússia,onabet indicaçãoum trampolim contra Moscou.

Putin não se referia apenas à dimensãoonabet indicaçãosegurança e geopolítica, mas sobretudo aos laços históricos, culturais e religiosos entre a Rússia e a Ucrânia, e sobre os quais escreveu extensivamente.

Estátuaonabet indicaçãoSanta Olgaonabet indicaçãoKiev

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Legenda da foto, Princesa Santa Olgaonabet indicaçãoKiev foi a primeira mulher a governar a Rússia e o primeiro membro da família governanteonabet indicaçãoKiev a adotar o cristianismo

O presidente russo relembrou, entre outras coisas, o antigo povo rus, considerado o ancestral comumonabet indicaçãorussos, bielorrussos e ucranianos, e destacou os muitos marcos da história comum para defenderonabet indicaçãovisãoonabet indicaçãoque russos e ucranianos são "um só povo".

Toal, da Universidade Virginia Tech, destaca que vários elementos que misturam história, cultura e identidade estão envolvidos nessa ideia.

"A Rússia não vê a Ucrânia como apenas mais um país. A visão dominante do nacionalismo russo é que a Ucrânia é uma nação eslava irmã e, além disso, o coração da nação russa. Essa é uma ideologia muito poderosa, que faz da Ucrânia um elemento central da identidade russa", diz ele.

"Portanto, há sentimentos muito fortes quando a Ucrânia como nação se defineonabet indicaçãooposição à Rússia. Isso causa muita raiva e frustração na Rússia, que se sente traída por um irmão. E isso tem a ver com a incapacidade da visão dominante entre os russosonabet indicaçãoreconhecer a identidade nacional ucraniana como algo separado da Rússia", acrescenta.

Mapa mostra expansão da Otan desde 1997

George Friedman, da Geopolitical Futures, descarta a importância que a Ucrânia poderia ter para a Rússia do pontoonabet indicaçãovista cultural ou histórico e garante que a real preocupaçãoonabet indicaçãoMoscou é geopolítica.

"Sim, os dois países compartilham uma história comum. Historicamente, a Ucrânia foi dominada e oprimida pelos russos. Durante o período soviético, eles sofreram uma grande fome,onabet indicaçãoque milhõesonabet indicaçãopessoas morreram, porque a Rússia queria exportar os grãos que produziam. A grande unidade entre o povo russo e ucraniano é um absurdo", argumenta ele.

3. O legadoonabet indicaçãoPutin

Em entrevista à BBC News Mundoonabet indicaçãodezembro passado, Kadri Liik, analista-chefe do Conselho Europeuonabet indicaçãoRelações Exteriores especializado na Rússia, disse que, emonabet indicaçãoopinião, a questão da Ucrânia é aquelaonabet indicaçãoque as próprias emoçõesonabet indicaçãoPutin entramonabet indicaçãojogo, então, às vezes, suas posições podem não parecer muito racionais.

Gerard Toal aponta haver um argumento segundo o qual Putin foi pessoalmente humilhado pelo que aconteceu com a Ucrânia durante seu mandato, quando seus esforços recorrentes para instalar líderes pró-russosonabet indicaçãoKiev não renderam os frutos esperados.

Vladimir Putin

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Legenda da foto, De acordo com visão e discursoonabet indicaçãoPutin, Rússia e Ucrânia são 'um só povo'

"O argumento geral é que ele está lutando com esse problema há algum tempo, sente que é um negócio inacabado que faz parteonabet indicaçãoseu legado e precisa ser corrigidoonabet indicaçãouma vez por todas", destaca.

"Putin acredita que o Ocidente transformou a Ucrâniaonabet indicaçãouma plataforma antirrussa e que isso é algo que ele precisa resolver", acrescenta.

Toal, no entanto, considera arriscado analisar a crise na Ucrâniaonabet indicaçãouma perspectiva emocional.

"Muitos analistas fazem isso e penso que é uma abordagem perigosa. Quando olhamos para os argumentos emotivos da crise na Ucrânia, tendemos a reduzi-los a ideias como aonabet indicaçãoque Putin está chateado e zangado. Nós o transformamosonabet indicaçãouma espécieonabet indicaçãolouco, que toma decisões irracionais. Isso é um erro. Essas emoções são genuínas e fazem parte da cultura geopolítica da Rússia, então qualquer líder daquele país teria que lidar com elas e decidir se afirmá-las ou deixá-lasonabet indicaçãolado", explica.

"Acredito que as políticasonabet indicaçãoPutin têm muito a ver comonabet indicaçãopersonalidade eonabet indicaçãohistória como ex-agente da KGB (agênciaonabet indicaçãointeligência da URSS) que foi treinado na era soviética e que tem um anseio particular por um Estado forte. Todas essas coisas são extremamente importantes. Um líder da geração mais jovem provavelmente abordaria essas questõesonabet indicaçãomaneira diferente, mas essas emoções são genuínas e não podemos dizer que são apenas elementos da personalidadeonabet indicaçãoPutin."

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