COP26: paísesnsf eco-cbetdesenvolvimento acusam nações ricasnsf eco-cbetcobrar resultados sem entregar dinheiro:nsf eco-cbet

O objetivo da COP26 é chegar a um entendimento para garantir a meta do Acordonsf eco-cbetParisnsf eco-cbetlimitar o aquecimento da Terra a 1,5°C até 2100.

Um rascunho do acordo final foi divulgado e prevê que países apresentem até o finalnsf eco-cbet2022 metas mais ambiciosasnsf eco-cbetcortesnsf eco-cbetemissões, alémnsf eco-cbetsuas estratégiasnsf eco-cbetlongo prazo para alcançar a chamada neutralidade climática- quando todas as emissões são compensadas por reflorestamento ou tecnologiansf eco-cbetcapturansf eco-cbetcarbono da atmosfera.

Outro ponto do texto diz que será que necessário que países ricos contribuam com "bem mais" do que os US$ 100 bilhões por ano que eles haviam prometido pagar a paísesnsf eco-cbetdesenvolvimento entre 2020 e 2025. Mas o rascunho do acordo não estabelece uma cifra. E os US$ 100 bilhões prometidos não foram cumpridos até agora pelos países desenvolvidos.

Paísesnsf eco-cbetdesenvolvimento faziam pressão por uma versão do acordo que previa até US$ 1,3 trilhãonsf eco-cbetfinanciamento anual até 2030. Mas há pouca expectativansf eco-cbetque isso avance.

O rascunho do acordo final também pede que os países acelerem a eliminaçãonsf eco-cbetenergia à carvão e "subsídios ineficientes para combustíveis fósseis".

O texto cobra que as nações signatárias acelerem a adoçãonsf eco-cbettecnologias necessárias a uma "transição para sistemasnsf eco-cbetenergiansf eco-cbetbaixa emissão, escalonando rapidamente para a geraçãonsf eco-cbetenergia limpa".

Faltansf eco-cbetmeta e data para fimnsf eco-cbetenergia suja

Negociadoresnsf eco-cbetum paísnsf eco-cbetdesenvolvimento ouvidos pela BBC News Brasil dizem que o fatonsf eco-cbethaver menção à "transição" para energia limpa e à eliminaçãonsf eco-cbetsubsídios a combustíveis fósseis é um "avanço". Mas eles questionam a ausênciansf eco-cbetdatas e metas claras.

Na primeira semana da cúpula do clima, foram assinados compromissos paralelos sobre zerar desmatamento até 2030 e reduzir a emissãonsf eco-cbetmetanonsf eco-cbet30% até 2030, mas um acordo semelhante não foi feito sobre transiçãonsf eco-cbetenergiansf eco-cbetfontes poluidoras para energia limpa.

"Teria sido interessante que houvesse um compromisso como o que assinamos sobre florestas, mas alcançando a áreansf eco-cbetenergia e combustíveis fósseis, as maiores fontesnsf eco-cbetpoluição. E o termo 'ineficiente' é vago. O que seria um subsídio ineficiente para combustível fóssil? Tinha que ser eliminar subsídio", criticou um negociador.

O acordo sobre fim do desmatamento afeta especialmente Brasil, Indonésia e Congo, que possuem as maiores florestas tropicais intactas do mundo. Já um eventual acordo impondo prazonsf eco-cbettransição para energia limpa atingiria países europeus e Estados Unidos, que ainda dependemnsf eco-cbetenergia movida a petróleo e carvão.

Alguns dos grandes países emergentes também não têm interessensf eco-cbetreduzir fontes sujasnsf eco-cbetenergia, como China, Índia e Rússia, que possuem grandes investimentos na área.

Mais dinheiro e mais controle

Um ponto comum entre todos os paísesnsf eco-cbetdesenvolvimento é exigir mais dinheironsf eco-cbetpaíses ricos para financiar seus projetosnsf eco-cbetcombate ao aquecimento global.

Eles dizem que as nações ricas cobram, nas negociações, a criaçãonsf eco-cbetum sistema criterioso para monitorar o cumprimento das metasnsf eco-cbetreduçãonsf eco-cbetemissões, mas não aceitam fazer o mesmo para averiguar se os US$ 100 bilhões prometidos por ano aos paísesnsf eco-cbetdesenvolvimento estão sendo pagos.

Esse dinheiro deveria servir para financiar regiões mais pobres a se adaptar às mudanças climáticas já ocorridas e a adotar projetos para reduzir suas emissões. Os U$ 100 bilhões deveriam ser pagos anualmente entre 2020 e 2025, mas esse valor não foi cumprido até agora.

"Há um desequilíbrio nas negociações. Os países ricos querem um grande controle das metas, mas não aceitam um grande controle do financiamento", disse à BBC News Brasil um negociador brasileiro.

Uma proposta conjuntansf eco-cbetBrasil, Argentina, Paraguai e Uruguai é a criaçãonsf eco-cbetum comitê permanente para monitorar se a metansf eco-cbetUS$ 100 bilhões por ano está sendo cumprida- e quanto cada país rico está pagando. Mas a ideia não está, por enquanto, contemplada no rascunho do acordo final.

Paísesnsf eco-cbetrisconsf eco-cbetdesaparecer com as mudanças climáticas, como Tuvalu, foram ainda mais enfáticos e,nsf eco-cbetentrevista coletiva, seus representantes acusaram os Estados Unidos e a gestãonsf eco-cbetJoe Bidennsf eco-cbet"bloquear" qualquer avançonsf eco-cbetajuda econômica e financiamentonsf eco-cbetpaíses ricos a nações pobres.

Mesmo assim deve sair acordo

Apesar da sensaçãonsf eco-cbetpaísesnsf eco-cbetdesenvolvimentonsf eco-cbetque haveria um "desequilíbrio" nas negociações, a expectativa geral énsf eco-cbetque isso não impedirá a assinaturansf eco-cbetum acordo final. A caminhonsf eco-cbetuma salansf eco-cbetnegociação, o negociador-chefe pelos Estados Unidos, John Kerry, disse que "não está preocupado" com o impasse sobre financiamento e que "as coisas estão evoluindo bem".

Um negociador brasileiro também disse à BBC News Brasil que o acordo deve sair até sábado (13). "Não acho que haja risconsf eco-cbetterminar sem acordo", disse. Mas o país ainda pressiona por avanços na áreansf eco-cbetfinanciamento.

Ao longo da COP26, o Brasil assinou um acordo sobre proteçãonsf eco-cbetflorestas que prevê zerar o desmatamento no mundo até 2030. Também aderiu a um acordo para reduzir emissõesnsf eco-cbetmetanonsf eco-cbet30% até 2030 - entendimento que afeta a agropecuária brasileira, já que bois emitem esse gás do efeito estufa pela fermentação gástrica durantensf eco-cbetdigestão.

Paralelamente, anunciou que vai reduzir as emissõesnsf eco-cbetgases do efeito estufansf eco-cbet50%nsf eco-cbet2030, na comparação com 2005, e alcançar a neutralidadensf eco-cbetcarbono até 2050 - quando as emissões são reduzidas ao máximo e as restantes são totalmente compensadas com reflorestamento ou tecnologiansf eco-cbetcapturansf eco-cbetcarbono da atmosfera.

Mas os compromissos assumidos pelo Brasil foram recebidos com reserva pelos outros países, diante da pioransf eco-cbettodos os indicadores ambientais nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro.

Em 2020, o desmatamento na Amazônia foi o piornsf eco-cbet12 anos; o númeronsf eco-cbetfocosnsf eco-cbetincêndio foi o maiornsf eco-cbet10 anos; e o volumensf eco-cbetemissões foi a mais altansf eco-cbet14 anos.

nsf eco-cbet Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal usando o link nsf eco-cbet abaixo

nsf eco-cbet telegram.me/bbcbrasil

nsf eco-cbet Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube nsf eco-cbet ? Inscreva-se no nosso canal!

nsf eco-cbet Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal usando o link nsf eco-cbet abaixo

nsf eco-cbet telegram.me/bbcbrasil

nsf eco-cbet Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube nsf eco-cbet ? Inscreva-se no nosso canal!