Jovenel Moïse: 4 incógnitas sobre o assassinato do presidente do Haiti:bulls nets bet

Cartazbulls nets betmemóriabulls nets betMoïsebulls nets betPríncipe

Crédito, EPA

Legenda da foto, Maisbulls nets betuma semana depois do crime que abalou o país caribenho, há mais dúvidas do que certezas

bulls nets bet Maisbulls nets betuma semana após o crime, ainda há muito mais dúvidas do que certezasbulls nets bettorno do assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse.

O presidente foi encontrado morto embulls nets betresidência nos arredoresbulls nets betPorto Príncipe, capital do Haiti,bulls nets bet7bulls nets betjulho, depois que um grupobulls nets bethomens fortemente armados invadiu a casa ao amanhecer.

Sua esposa, Martine, ficou ferida no atentado e foi levada a um hospitalbulls nets betMiami, nos Estados Unidos, onde está se recuperando.

Imediatamente, as autoridades haitianas iniciaram uma perseguição contra o grupo que supostamente perpetrou o assassinato.

A polícia informou que, após um confronto que durou até a noite, conseguiu prender 18 ex-militares colombianos, os quais acusoubulls nets betcometer o assassinatobulls nets betMoïse.

Três outros supostos mercenários colombianos foram mortos, enquanto cinco conseguiram escapar e ainda foragidos.

Ex-militares colombianos capturados no Haiti

Crédito, STR

Legenda da foto, Papelbulls nets betex-militares colombianos é uma das chaves do caso

O chefe da Polícia Nacional do Haiti, Léon Charles, anunciou que o médico haitiano radicado na Flórida Christian Emmanuel Sanon também foi preso como suposto mentor da conspiração, na qual o senador John Joel Joseph, atualmente foragido, teria tido papel crucial.

O chefebulls nets betsegurançabulls nets betMoïse, Dimitri Herard, e outro haitiano-americano, James Solages, também foram presos.

Porbulls nets betvez, a Polícia colombiana identificou na sexta-feira um ex-funcionário do Ministério da Justiça do Haiti como a pessoa que deu a ordem para que os mercenários cometessem o assassinato.

A mortebulls nets betMoïse chocou o Haiti, um dos países mais pobres da América Latina e cronicamente instável.

O crime agravabulls nets betcrise política e o deixa mergulhadobulls nets betincertezas, enquanto o mundo se pergunta o que realmente aconteceu no dia 7bulls nets betjulho e quem está por trás do assassinato.

Ainda existem muitas incógnitas. Confira quatro delas.

1. Como os assassinos não encontraram resistência ao invadir a casa?

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Um dos aspectos mais surpreendentes do assassinato foi a facilidade com que o grupobulls nets betagressores conseguiu entrar na residência presidencial sem encontrar resistência. Segundo a versão oficial, nenhum deles ficou ferido.

O embaixador do Haiti nos Estados Unidos, Bocchit Edmond, disse que os agressores usavam coletes e capuzes da DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos.

Supostamente, eles invadiram o local gritando que se tratavabulls nets betuma operação daquela agência, que negou qualquer ligação com o assassinato.

Os olhos se voltaram para Dimitri Herard, o chefebulls nets betsegurança do presidente, preso após o crime.

Autoridades querem entender por que nem ele nem ninguémbulls nets betsua equipe interveio para proteger Moïse.

É difícil explicar que um grupobulls nets bethomens armados conseguiu invadir a casa, atirar 12 vezes no presidente, ferir gravementebulls nets betesposa e sair do local sem ser interceptado.

O promotor haitiano Bedford Claude, que está investigando o possível envolvimentobulls nets betHerard no crime, fez as seguintes perguntas à imprensa: "Se você é o responsável pela segurança do presidente, onde estava (no momento do crime)? O que você fez para evitar o que aconteceu?"

A polícia haitiana anunciou dias depois a prisãobulls nets bettrês outros membros da equipebulls nets betsegurançabulls nets betMoïse.

Policialbulls nets betPorto Príncipe

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Após mortebulls nets betpresidente, perseguição policial foi desencadeada

2. Do que os ex-militares colombianos sabiam?

Tampouco está totalmente claro o papel do grupobulls nets betex-militares colombianos que são considerados os autores do assassinatobulls nets betMoïse.

De acordo com a imprensa colombiana, todos eram especialistas militares aposentados, e o ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano, confirmou que os homens fizeram parte das Forças Armadas.

O Pentágono confirmou na quinta-feira (15/7) que alguns receberam treinamento militar dos Estados Unidos no âmbitobulls nets betprogramasbulls nets betcooperaçãobulls nets betsegurança com o Exército colombiano.

Mas os detalhesbulls nets betsua jornada até o assassinatobulls nets betMoïse ainda não foram completamente esclarecidos.

Antesbulls nets betentrar no Haiti, os ex-militares colombianos passaram alguns dias como turistas na vizinha República Dominicana — alguns deles não hesitarambulls nets betcompartilhar imagens da viagembulls nets betsuas redes sociais.

É esse o comportamentobulls nets betquem pretende assassinar o presidentebulls nets betum país? Por que escolheram se refugiar na embaixadabulls nets betTaiwan, a poucos metros da casabulls nets betMoïse? Eles não tinham um planobulls nets betfuga?

O governo colombiano disse que seus parentes reforçaram que eram pessoas decentes. O presidente Iván Duque declarou à Rádio FM que a maioria deles viajou ao Haiti enganados, mas alguns sabiam do plano criminoso que iam executar.

"Tudo aponta para o fatobulls nets betque um importante grupobulls nets betpessoas que chegou ao Haiti foram enganados, levados com uma suposta missãobulls nets betproteção, e outros, um pequeno grupo, aparentemente tinha conhecimento detalhado da operação criminosa e da intençãobulls nets betmatar o presidentebulls nets betHaiti", disse Duque.

Além disso, a Polícia colombiana informou nesta sexta-feira que os acusados e detidos pelo assassinato receberam a ordembulls nets betassassinar Moïse após um encontro com o ex-funcionário do Ministério da Justiça haitiano Joseph Felix Badio três dias antes do crime.

"Vários dias antes, aparentemente três dias, Joseph Felix Badio, que era um ex-funcionário do Ministério da Justiça que trabalhava na comissãobulls nets betcombate à corrupção do Serviçobulls nets betInteligência Geral, diz a Capador e Rivera que o que eles têm que fazer é matar o Presidente do Haiti", garantiu o diretor da Polícia colombiana, general Jorge Luis Vargas,bulls nets betcomunicado público.

Vargas disse que a informação provémbulls nets betuma investigação do governo haitiano e da comissão formada pela Direção Nacionalbulls nets betInteligência e pela polícia colombiana junto com a Interpol, a polícia internacional.

3. Quem é o mentor do assassinato?

Embaixadabulls nets betTaiwanbulls nets betPorto Príncipe

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Escolha da embaixadabulls nets betTaiwan como refúgio para supostos assassinos do presidente levanta questões

As autoridades prenderam o médico haitiano-americano Christian Emmanuel Sanon,bulls nets bet63 anos, que mora na Flórida. Ele é acusadobulls nets better contratado mercenários para derrubar e substituir o presidente Moïse, que já havia alertadobulls nets betentrevista ao jornal espanhol El País sobre a existênciabulls nets betum plano para acabar combulls nets betvida.

Segundo a investigação, Sanon voou para o Haiti acompanhadobulls nets betseus guarda-costas no iníciobulls nets betjunho com a intençãobulls nets betassumir a presidência do país.

Mas é plausível que o próprio médico desconhecido tenha perpetrado um planobulls nets bettal magnitude e aspirado conquistar o poder graças a ele?

O senador John Joel Joseph, que não tem paradeiro conhecido, foi acusadobulls nets betfornecer as armas com as quais o assassinato foi cometido ebulls nets betorganizar as reuniões para seu planejamento.

Nos últimos dias, mais detalhes foram conhecidos.

O delegado Léon Charles contou que o assassinato do presidente foi planejado na vizinha República Dominicana,bulls nets betuma reunião na qual participaram o médico Sanon, James Solages, outro haitiano-americano que foi preso, e o senador Joseph.

"Eles se encontrarambulls nets betum hotelbulls nets betSanto Domingo. À mesa estavam os arquitetos do complô, uma equipe técnicabulls nets betrecrutamento e um grupo financeiro", disse o delegado.

Investigadores haitianos acreditam que o crime foi perpetradobulls nets betcoordenação com a CTU, uma empresabulls nets betserviçosbulls nets betsegurança com sedebulls nets betMiami liderada pelo venezuelano Antonio Emmanuel Intriago, que está foragido.

Claude Joseph

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Joseph era primeiro-ministro quando Moïse morreu, mas presidente acabarabulls nets betnomear um substituto para ele

O papel exato que ele desempenhou na conspiração para matar Moïse ainda não foi revelado.

Jorge Rodríguez, ex-vice-presidente da Venezuela e atualmente presidente da Assembleia Nacional daquele país, disse ter "indícios" que vinculam Intriago ao ataque com drones perpetrado contra o presidente venezuelano Nicolás Madurobulls nets betagostobulls nets bet2018, mas não apresentou nenhuma prova.

Quem é realmente Intriago e qual foibulls nets betparticipação no assassinato será a chave para o esclarecimento do caso.

No entanto, a especulação continua.

Embulls nets betentrevista ao El País, Moïse apontou os setores econômicos insatisfeitos com suas políticas como os interessadosbulls nets betacabar combulls nets betvida e na quinta-feira (15/7) a emissora colombiana Caracol Radio apontou o primeiro-ministro Claude Joseph como o mentor por trás do assassinato. Mas a emissora não apresentou evidências para apoiar essa versão.

Um dia antesbulls nets betseu assassinato, Moïse havia nomeado um novo primeiro-ministro que não chegou a ser empossado.

A isso se soma o que foi afirmado pelo general Vargas, da Polícia colombiana, sobre o papel fundamental desempenhado pelo ex-funcionário do Ministério da Justiça haitiano Joseph Felix Badio.

4. Como a luta pelo poder será resolvida?

Jovenel Moïse

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Jovenel Moïse tinha 53 anos e era presidente do Haiti desde 2017

A mortebulls nets betMoïse agrava a crise institucionalbulls nets betque o Haiti está imerso.

A oposição haitiana alegou que o mandatobulls nets betMoïse deveria ter terminadobulls nets bet7bulls nets betfevereiro, cinco anos após a renúnciabulls nets betseu antecessor, Michel Martelly.

Mas a saída deste último foi adiada por um ano e Moïse insistia que deveria permanecer no poder até 2022 porque só tomou possebulls nets betfevereirobulls nets bet2017.

O país deveria ter realizado as eleições parlamentaresbulls nets betoutubrobulls nets bet2019, mas a faltabulls nets betacordo as atrasou e Moïse passou a governar por decreto.

Em seus quatro anosbulls nets betmandato, o presidente Moïse teve seis primeiros-ministros. Um dia antesbulls nets betmorrer, ele nomeou o sétimo, Ariel Henry.

Mas Henry não teve tempobulls nets bettomar posse e Claude Joseph permanece no cargobulls nets betmeio à incerteza sobre quem vai governar o país.

Joseph declarou que permanecerá no controle até que novas eleições possam ser realizadas, mas Henry repetiubulls nets betuma entrevista ao jornal haitiano Le Nouvelliste na quarta-feira (14/7) que ele é o primeiro-ministro.

A Constituição haitiana estabelece que, na ausência do presidente, é o presidente do Supremo Tribunal Federal quem assume temporariamente o comando do país, mas, para complicar ainda mais as coisas, o juiz René Sylvestre morreubulls nets betcovid-19 há algumas semanas.

Os Estados Unidos defendem eleições 'neste ano que permitam uma transição pacífica no poder, mas não está claro se isso acontecerá.

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