3 razões que explicam por que o ataquesosapostasOrlando foi tão letal:sosapostas

Homem chorando

Crédito, Joe Raedle

Legenda da foto, Um dos sobreviventes do ataque chora junto dos familiaressosapostasvítimas
Omar Marteen
Legenda da foto, Omar Mateen é acusadososapostasser responsável pelo ataque perpetrado na nboatesosapostasOrlando

"A principal diferença é que ocorreusosapostasum local fechado e barulhento, o que impediu que muitas pessoas se dessem conta do que estava acontecendo. E, quando perceberam, não havia por onde escapar", diz à BBC Mundo o especialistasosapostassegurança antiterrorista Anthony C. Roman.

Mas esta não é a única razão. A duração do ataquesosapostasmaissosapostastrês horas e a arma usada por Mateen, um fuzil AR-15, também contribuíram para o alto númerososapostasvítimas, segundo Roman e outros analistas consultados para esta reportagem.

"Ainda que a polícia tenha reagido imediatamente, o atirador só foi neutralizado três horas depoissosapostaster disparado pela primeira vez, o que permitu que recarregassesosapostasarma e tivesse tempososapostasir atrássosapostasmais vítimas, que foram mortassosapostasetapas", explica Roman.

A seguir, analisamos melhor os três aspectos que ajudaram a fazer deste o pior tiroteio já registrado no país.

sosapostas 1. Um lugar sosapostas fechado e barulhento

Em 13sosapostasnovembrososapostas2015, três atiradores entraram da casa noturna Bataclan, no sulsosapostasParis, na França, e abriram fogo contra a plateiasosapostasum show, deixando 83 mortos, a maioria deles espectadores que não conseguiram escapar do local.

Ao comparar este caso com o que se sabe até agorasosapostasOrlando, a investidasosapostasMateen parece bem similar: ele entrou pela porta principal e começou a disparar contra quem estava dentro do estabelecimento,sosapostasuma festa.

Muitas das testemunhas que sobreviveram ao ataque afirmaram ter confundido por algum tempo os disparos com a batida da música.

Homenagem

Crédito, Drew Angerer

Legenda da foto, Homenagem às vítimas do ataque foram realizadassosapostasdiversos países do mundo

"Pensei que era uma canção dos Ying Yang Twins", disse Christopher Hansen, um dos presentes no clube, à rádio NPR, fazendo uma referência a uma duplasosapostaship-hop americana.

Essa confusão permitiu que Mateen disparasse por quase um minuto sem que a música parasse.

"Quase comecei a dançar junto com o ritmo", disse Hansen. Mas, quando a música se silenciou e os disparos continuaram, a diversão se transformousosapostasterror.

"A maioria dos tiroteios nos Estados Unidos ocorremsosapostasespaços abertos, e aquelessosapostaslugares fechados sempre são colégios e universidades, onde há rotassosapostasfuga mais acessíveis", diz à BBC Mundo Natasha Esrow, especialistasosapostasterrorismo e professora da UniversidadesosapostasEssex, no Reino Unido.

No caso da Pulse, as únicas formassosapostassair eram pela portasosapostasacesso ao pátio e uma porta traseira. A saída principal estava bloqueada pelo atirador.

"As pessoas ficaram dentro do clube sem proteção e se tornaram alvos fáceis", destaca Ezrow.

Mulher chorando

Crédito, Joe Raedle

Legenda da foto, Muitas das vítimas enviaram mensagenssosapostastexto a seus familiares enquanto ocorria o ataque

sosapostas 2. sosapostas A potência da arma

Tanto Ezrow quanto Roman dizem que o principal fator por trás da quantidadesosapostasmortossosapostasOrlando é o podersosapostasataque do fuzil AR-15 usado por Mateen.

"É uma versão do M-16 usado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos", explica Ezrow. É uma arma semiautomática, que permite que o atirador dispare toda vez que acionar o gatilho sem precisar recarregar.

De acordo com a polícia e o FBI, fuzissosapostasassalto como o AR-15 foram usados nos massacres nos cinemassosapostasAurora, no Colorado (20sosapostasjulhososapostas2012), na escola Sandy HooksosapostasNewton, Connecticut (14sosapostasdezembrososapostas2012) e, mais recentemente,sosapostasSan Bernardino, na Califórnia, onde morreram 12 pessoassosapostas2sosapostasdezembro passado.

A agilidade da arma permitiu a Mateen não só ser mais eficazsosapostasseu ataque como também gerar caos e pânico, o que ele usou como proteção.

"É uma arma que funciona com grande velocidade, e o atacante aproveitou isso para criar confusão,sosapostasforma que nenhuma das pessoas dentro da boate se atreveu a neutralizá-lo", explica Roman.

A polícia disse que um dos seguranças do local reagiu, mas Mateen repeliu seu ataque.

Rifle

Crédito, Joe Raedle

Legenda da foto, O AR-15 é considerado pela Associação Nacional do Rifle dos EUA como o fuzil 'favorito' no país

Além disso,sosapostasacordo com a Associação Nacional do Rifle (NRA, na siglasosapostasinglês), o AR-15 é o "fuzil mais popular" do país.

"Com todos esses antecedentes, o acesso a uma arma deste calibre deveria ter restrições, massosapostasvenda é permitida no Estado da Flórida. Mateen a comprou legalmente comsosapostaslicençasosapostasportesosapostasarma", explica Ezrow.

3. Três longas horassosapostasoperação policial

Segundo a políciasosapostasOrlando, o ataque começousosapostasplena madrugada, por volta das 02h00sosapostasdomingo. Nesta hora, Marteen disparou contra o segurança da entrada e começousosapostasviolenta incursão dentro da Pulse.

Agentes do FBI

Crédito, Joe Raedle

Legenda da foto, Agentes do FBI investigam o local do ataque para compreender como tudo aconteceu

Tudo acabou só às 05h00, três horas depois, com a morte do atirador, abatido pela polícia. "Não há dúvidas que esse tempo foi suficiente para causar o maior dano possível, mas não foi por causasosapostasuma faltasosapostasreação da polícia. Foi necessário para lidar com uma situação difícil", explica Roman.

Dois minutos depoissosapostaso ataque começar, Mateen foi interceptado por um policial, que, após uma trocasosapostastiros, se viu obrigado a sair da boate.

O chefe da polícia local, John Mina, relatou que logo quando suas equipes chegaram e entraram no estabelecimento, Mateen se fechousosapostasdois banheiros e fez as pessoas que estavam alisosapostasreféns.

A polícia aproveitou para retirar os feridos e os sobreviventes do salão principal.

"Foi um momento difícil: Mateen ameaçou não só detonar uma bomba que dizia levar consigo, mas também disse que o lugar estava cheiososapostasexplosivos. Passaram-se alguns minutos até ser determinado não haver riscososapostasexplosão dentro do bar", diz Roman.

A polícia tentou negociar com o atirador. Às 05h00, decidiu usar uma equipe da unidade especial Swat para invadir a boate e acabar com o ataque.

"Quando foram feitos reféns, a situação se complicou muito. Não creio que pudesse ter acabado antes. A polícia tem como princípio tentar salvar a maior quantidadesosapostaspessoas. E assim o fez", esclarece Roman.

Ao final, muitos dos clientes da boate escaparam por buracos que as forças policiais abriram com um veículo blindadososapostasuma das paredes do local. Foi por ali que também saiu o atirador, que foi morto pela polícia.