Impotência sexual feminina: como identificar e quais são os tratamentos?:slot alano 3
- Cristiane Martins
- De Londres para a BBC News Brasil
slot alano 3 Identificar e compreender a disfunção sexual feminina (conhecida popularmente como impotência) pode parecer simples à primeira vista.
Afinal, talvez bastasse a mulher se perguntar, por exemplo, se está satisfeita com a quantidadeslot alano 3vezes que deseja ou sente prazer ou dor no ato sexual consigo mesma ou acompanhada.
Mas tudo fica complicado se a resposta é não, e ela se pergunta: por que não?
Quatroslot alano 3cada 10 mulheres adultas são impactadas por falta ou dificuldades com desejo, orgasmo ou dor sexualslot alano 3forma esporádica ou permanente, aponta uma estimativa comum entre especialistas.
Mas muitas delas nem sabem que têm um problema, ou quais são as causas e os possíveis tratamentos.
E nem que há um emaranhadoslot alano 3áreas envolvidas com a função e a disfunção sexual feminina, como ginecologia, psiquiatria, sexologia, psicologia, filosofia, sociologia, fisioterapia, educação sexual, cultura e antropologia.
Há dois mecanismos fundamentais por trás da função sexual.
"O aspecto da procriação e o aspecto prazeroso, que são interligados", resumiu à BBC News Brasil a ginecologista Lúcia Alves Lara, presidente da Comissão Nacional Especializadaslot alano 3Sexologia da Federação Brasileira das Associaçõesslot alano 3Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
E ao longo da história, muitos pesquisadores tentaram entender e explicar como o aspecto prazeroso da função se traduzslot alano 3resposta sexual no corpo feminino.
Entre os nomes que se destacam estão o do ginecologista William Master e da psicóloga Virginia Johnson, que investigaram nos anos 1960 as respostas fisiológicas e anatômicas da sexualidade feminina e masculina e depois pensaramslot alano 3tratamentos psicoterapêuticos para disfunções sexuais.
Anos depois, a pesquisadora Helen Singer Kaplan acrescentou à formulaçãoslot alano 3Masters e Johnson a importância do desejo na resposta sexual, algo quase desconsiderado até então.
Mas foi somenteslot alano 32001 que um novo desenhoslot alano 3resposta sexual, mais especificamente da resposta feminina, foi criado pela psiquiatra canadense Rosemary Basson. Agora havia também a fase da intimidade.
Ou seja, se antes ele tinha começo, meio e fim, como a resposta sexual masculina, no modeloslot alano 3Basson passa a ser circular, no qual "a mulher mesmo sem ter desejo sexual, na presençaslot alano 3intimidade com a parceria dela, ao receber estímulo erótico, ela começa a se excitar, a ter desejo, e pode então entrar no compartilhamento sexualslot alano 3relação sexual com aslot alano 3parceria, chegar a sentir uma excitação máxima, podendo ou não ter orgasmo", explica Lara, da Febrasgo. Não se trata, portanto, apenasslot alano 3estímulo visual ou sexual.
O cicloslot alano 3resposta sexual feminino envolve, segundo o consenso científico atual, intimidade emocional, neutralidade sexual, excitação sexual, desejo sexual espontâneo, desejo responsivo e excitação sexual e satisfação emocional e física.
Tudo isso ligado há basicamente três fases, que podem acontecer ao mesmo tempo: desejo, excitação e orgasmo.
E a disfunção, onde surge nesses ciclos e fases? Não há exatamente uma régua universal para medir o que, quando e o quanto algo não está bem.
Então, esta condição começa a ser identificada pela própria mulher quando alguma alteração se torna sofrimento ou dificuldade.
Em geral, 52% das queixas sexuais das pacientes estão ligadas a fatoresslot alano 3origem psíquica e 48%,slot alano 3ordem biológica, explica Lara.
Como identificar a disfunção sexual feminina?
O baixo desejo sexual costuma ser a disfunção sexual feminina mais prevalente. E pode parecer fácil saber que algo na vida sexual está "errado", mas nem tanto quando se busca entender o que está "errado" e por quê?
Tempo, frequência e nívelslot alano 3sofrimento ouslot alano 3dificuldade também são importantes sinais no diagnóstico da disfunção sexual feminina. Há quanto tempo e com que frequência isso tudo ocorre? Vale lembrar que cada mulher identifica seus próprios sinais, e algo que leva ao sofrimentoslot alano 3uma não necessariamente levará aoslot alano 3todas.
Alguns tratamentos podem até lidar com sintomas, mas o central nessas abordagens é identificar as causas e daí sim definir como a disfunção será tratada, num processo que envolve diversos profissionais, como médicos, psicólogos e fisioterapeutas.
Segundo especialistas, a disfunção sexual feminina é qualquer reclamação ou problema sexual geralmente decorrente do distúrbio de:
- desejo (transtorno do desejo sexual hipoativo)
- excitação (disfunção da excitação sexual feminina)
- orgasmo (disfunção do orgasmo feminino)
- dor (disfunção da dor genito-pélvica-feminina)
1.Transtorno do desejo sexual hipoativo
Ter desejo sexual é sentir vontadeslot alano 3fazer sexo, mas quando este está relacionado ao bem-estar físico e mental dessa mulher. Há dois tiposslot alano 3desejo: o espontâneo e responsivo.
O primeiro costuma ser aquele que pode ser sentido com um estímulo visual, sóslot alano 3olhar para alguém, por exemplo. O desejo responsivo parteslot alano 3um estímulo que pode ser algo como um contato físico ou uma conversa, levando a mulher da faseslot alano 3neutralidade sexual para o resgate do desejo responsivo, ficando assim excitada.
Especialistas consideram disfunçãoslot alano 3desejo quando a mulher perde parcial ou totalmente o desejo responsivo, e não o espontâneo. Isso pode ser constante ou ocasional. Em geral, para se chegar a um diagnósticoslot alano 3transtornoslot alano 3desejo sexual hipoativo, é importante que a mulher perceba uma redução do desejo sexual por maisslot alano 3seis meses e que ela considere isso um sofrimento (caso contrário, não "configura" um transtorno).
Não há um tratamento específico ou único para tratar essa condição porque ele depende das causas, como efeito adversoslot alano 3medicamentos, problemasslot alano 3saúde mental e hipotireoidismo. Essas razões podem variarslot alano 3uma mulher para outra, e por isso a abordagem dos profissionaisslot alano 3saúde dependerá da avaliaçãoslot alano 3cada paciente.
Há hoje dois medicamentos que podem ser usados para o tratamento do transtorno do desejo sexual hipoativoslot alano 3mulheres antes da menopausa eslot alano 3situações bem específicas, com açãoslot alano 3hormônios ou neuromoduladores e neurotransmissores. Apenas um deles, a Flibanserina, é aprovado para comercialização no Brasil pela Agência Nacionalslot alano 3Vigilância Sanitária (Anvisa).
Este atua nos neurotransmissores dopamina, noradrenalina e serotoninaslot alano 3buscaslot alano 3equilíbrio que leva à uma melhora da libido. Ele foi pensado inicialmente como um antidepressivo, não pode ser usado por grávidas ou lactantes e pode causar efeitos adversos como náusea, sonolência, tontura e sensaçãoslot alano 3desmaio.
O usoslot alano 3medicamentos para esse tiposlot alano 3transtorno costuma ser prescrito para mulheres que não sofremslot alano 3nenhuma doença (que possa ou não afetar a libido), e que tenham um bom relacionamento comslot alano 3parceria. Além disso, por causa da complexidade desse transtorno, a exemplo das causas psicológicas, um tratamento farmacológico nem sempre será prescritoslot alano 3forma isolada.
2. Disfunção da excitação sexual feminina
A excitação sexual é a sensaçãoslot alano 3prazer sexual, sentida principalmente na vulva ou vagina. Quando isso ocorre, há um aumento do fluxoslot alano 3sangue na região da genitália, que "incha" e lubrifica a vagina.
No casoslot alano 3uma disfunção da excitação sexual, a mulher encontra dificuldadeslot alano 3ficar lubrificada e sexualmente excitada. Ela pode também sentir pouca ou nenhuma sensaçãoslot alano 3desejo, ainda que haja estimulação erótica.
Entre as possíveis causas está a sexualidade da própria mulher, influenciada por questões sociais, religiosas, educacionais e psicológicas (como traumas ou abusos e outras formasslot alano 3violência).
3. Disfunção do orgasmo feminino
O orgasmo costuma levar a diversas contrações no órgão sexual feminino, repletoslot alano 3terminações nervosas — o clitóris tem maisslot alano 38 mil terminações nervosas, o dobro que o órgão sexual masculino, por exemplo. A chamada anorgasmia é a dificuldade ou incapacidadeslot alano 3se chegar ao orgasmo mesmo com estímulo sexual.
Nesse caso, o profissionalslot alano 3saúde investigaráslot alano 3primeiro lugar o que pode ter causado essa anorgasmia. Algo bastante comum é que a mulher pode nunca ter tido ou aprendido a ter um orgasmo emslot alano 3vida.
"Quando a gente pensa nas causas das disfunções sexuais femininas, a gente precisa pensar que a ciência ainda não chegou a uma única etiologia, a um único motivo", disseslot alano 3entrevista à BBC News Brasil a psicóloga e especialistaslot alano 3Sexualidade Humana pela FMUSP, Fernanda Bonato.
Ela explica que há muito equívoco e desinformaçãoslot alano 3torno do tema "educaçãoslot alano 3sexualidade" ou "educação sexual", que não é ensinar nas escolas a fazer sexo. Isso se assemelha à transmissão culturalslot alano 3informações que associam o sexo a questões imorais ou ilegais, o que contribui para ampliar o desconhecimento generalizado sobre o próprio corpo e o prazer.
"Então, muitas mulheres não têm, sejaslot alano 3ambiente escolar, familiar ou entre amigos, processosslot alano 3educaçãoslot alano 3sexualidade sadios. A gente observa um silenciamento da sexualidade. E muitas vezes a mulher acaba aprendendo sobre sexualidade, mas sobre o não, sobre o interdito, como 'não transe antes do casamento', 'não engravide', 'não transe com qualquer um'. Mas daí ela não sabe o que fazer dianteslot alano 3uma vivência da sexualidade positiva e sadia", afirma Bonato.
Esse desconhecimento do próprio corpo pode levar, segundo a especialista, muitas mulheres não a saberem como e onde ter prazer e também a enfrentarem disfunção sexual.
4. Disfunção da dor genito-pélvica-feminina
Esta acontece principalmente quando a mulher sente dor durante a relação sexual com penetração, podendo variarslot alano 3incapacidadeslot alano 3experimentar facilmente a penetração ou incapacidade total para experimentar penetração vaginal.
Há três categorias principais dessa disfunção: dispareunia, vaginismo e vulvodínia.
A dispareunia é a dor genital sentida durante a relação sexual, que pode ser superficial ou profunda, sendo a superficial sentida geralmente ao iniciar ou durante a penetração vaginal, com a movimentação do pênis. Dentre as possíveis causas estão as infecções, hipoestrogenismo, infecção urinária e lubrificação vaginal inadequada. No caso da dispareunia profunda, é quando a penetração toca o colo do útero.
O vaginismo inclui espasmos musculares e contrações involuntárias, os quais podem impedir a relação sexual e capacidadeslot alano 3obter prazer, pois causam desconforto e dor, mas também podem dificultar o usoslot alano 3absorventes internos e exames ginecológicos. As causas podem ser físicas ou psicológicas, e se manifestar após abusos ou traumas sexuais, episódiosslot alano 3candidíase, parto, entre outros motivos. Numa consulta, um ginecologista poderá fazer o exame pélvico e encaminhamentos a um fisioterapeuta podem ser feitos, para tratamentos que podem usar gel, hormônios e até botox nos músculos.
A vulvodínia, por fim, é a dor ou desconforto crônico na região da abertura da vagina, a qual dura pelo menos 3 meses. Esta não é causada por infecção ou alguma condição na pele daquela região. Alguns pesquisadores acreditam que dentre as causas estão as reações nervosas e até doenças autoimunes. É uma condição que ainda é estudada e pouco compreendida, e por isso suas definições podem variar.
Há diversos tratamentos possíveis para as disfunçõesslot alano 3dor, inclusive não farmacológicos, como massagem perineal, liberação miofascial, treinamento muscular, biofeedback, dilatadores vaginais, eletroestimulação e radiofrequência. Mas cada um deles só deve ser indicado ou adotado por profissionaisslot alano 3saúde capacitados.
Sarah Mendonça, fisioterapeuta e professora da UniFBV e da Uninassau Olinda, explicou à BBC News Brasil essas técnicas que podem reverter ou reduzir as disfunções sexuais da mulher. Segundo ela, é fundamental que a paciente tenha seu assoalho pélvico avaliado por um profissionalslot alano 3saúde especializado e que se compreenda qual é a percepção dessa mulherslot alano 3relação aos seus músculos, se ela tem consciência perineal, se compreende os comandosslot alano 3contrair e relaxar, por exemplo.
Os músculos do assoalho pélvico têm funções importantes na resposta sexual feminina. Treiná-los é deixá-los mais fortes, explica Mendonça, e essa alternativa costuma serslot alano 3custo e complexidade baixos e eficácia elevada. "A massagem perineal [região entre o ânus e a vagina] é uma técnica que, quando associada a outras, promove ótima resposta quando a redução dos transtornos dolorosos."
O biofeedback perineal, por outro lado, é como uma reeducação muscular. O objetivo desse tratamento é obter controle voluntário dos músculos do assoalho pélvico, alémslot alano 3percepção corporal e perineal. Mendonça explica que "é inserido na cavidade vaginal uma sonda própria do equipamento e é solicitado à mulher que contraia os músculos do assoalho pélvico e acompanhe a resposta do que se pede no visor do aparelho ou tela do computador acoplado."
Para a mulher que deseja conhecer mais o seu próprio corpo, ganhar consciência corporal e perineal, a especialista recomenda o feedback visual, "que é muito simples, é observar a própria vulva usando um espelho enquanto contrai e relaxa a musculatura".
As possíveis causas da disfunção sexual feminina
O profissionalslot alano 3saúde que cuida da função sexual humana é o sexologista, com áreaslot alano 3atuaçãoslot alano 3sexologia na ginecologia ou na psiquiatria.
Para fazer os diagnósticos, esses especialistas avaliam a saúde e histórico da paciente durante a consulta, e podem realizar ou requisitar exames ou encaminhar o caso para outros especialistas.
Durante a consulta ginecológica pode ser avaliada também a possibilidadeslot alano 3outras doenças ginecológicas, infecções, corrimentosslot alano 3repetição, endometriose (inflamação do tecido que reveste o útero), aderências pélvicas (que podem unir tecidos diferentes), doenças no colo do útero, fissuras e feridas, por exemplo.
Como citado no texto, uma das principais causasslot alano 3disfunção sexual feminina é o usoslot alano 3medicamentos (como anticoncepcionais, antidepressivos, antipsicóticos e remédios para tratamentoslot alano 3tireoide ou para emagrecimento). "Os medicamentos mais relacionados com desejo sexual hipoativo e anorgasmia (dificuldade ou incapacidadeslot alano 3orgasmo), disfunção da excitação, são os psicoativos, entre eles os inibidores seletivos da recaptaçãoslot alano 3serotonina (ISRSs), bastante utilizados na populaçãoslot alano 3geral. Eles interferem muito na função sexual e podem reduzir o desejo sexual com muita frequência", explica Lara, da Febrasgo.
Há também o impactoslot alano 3outras condiçõesslot alano 3saúde, como depressão, transtornosslot alano 3ansiedade, hipertensão arterial e diabetes.
"O diabetes pode interferir se estiver descontrolada, o aumento do triglicerídeos, aumento do colesterol, alterações no colesterol também podem alterar a vascularização da genital masculina e feminina. E ainda na percepção da excitação sexual, porque esse dano vascular pode ocorrer centralmente no sistema nervoso central também. As tireoidopatias (distúrbios na tireoide) também podem interferir", afirma a ginecologista especializadaslot alano 3sexologia.
Outras possibilidades passam ainda por problemas psicológicos, questões financeiras, relações abusivas, desconhecimento do próprio corpo, históricoslot alano 3abuso sexual, traumas, alterações significativas nos hormônios, gravidez, proximidade do climatério, usoslot alano 3álcool e outras drogas e fatores ambientais como repressão familiar, social, cultural ou religiosa.
Quando a filósofa Simoneslot alano 3Beauvoir afirmaslot alano 3seu livro O Segundo Sexo (1949) que as mulheres não nascem, mas tornam-se mulheres, ela quer dizer, entre outras questões, que elas nascemslot alano 3um mundo que já formatou seu padrãoslot alano 3comportamento, desejo, sexualidade e reprodução.
Quem elabora e estabelece o gênero da mulher, portanto, é a civilização, e então ela vai se comportar como mulher, amar como mulher, desejar como mulher.
Então, a sexualidade humana feminina, principalmente, não é só física, mas composta tambémslot alano 3linguagem, ideias, experimentações e do conhecimentoslot alano 3si mesmo, do próprio corpo e das próprias fantasias.
Em meio a isso há a redução tradicional do sexo à função reprodutiva (e afastada do prazer) e, por extensão, numa relação heterossexual com a imagem da mulherslot alano 3torno das figuras da mãe e da esposa "normal" e submissa no contexto familiar, social e religioso.
As especialistas entrevistadas pela BBC News Brasil compartilham uma preocupação a respeito da ideiaslot alano 3"normalidade" acerca das mulheres, com demandas para explicações ou estratégias únicas, que hipoteticamente serviriam para todas as idades e nacionalidades, por exemplo.
Um sinal disso no Brasil é que o país figura no topo globalslot alano 3procedimentos cirúrgicosslot alano 3estética íntima.
"Não existe parâmetroslot alano 3normalidade para a aparência das genitálias. As vulvas têm aspectos diversos e isso não deveria ser um fatorslot alano 3interferência na saúde sexual", afirma a fisioterapeuta e professora Sarah Mendonça.
Segundo ela, a Autoimagem Genital Negativa (AIGN) pode também ser uma causaslot alano 3disfunção sexual feminina.
"O mercado pornográfico contribuiuslot alano 3sobremaneira para que a exigência por genitálias com uma aparência específica fosse a considerada ideal. Com base nisso, a indústriaslot alano 3produtos cosméticos, da estética e a sociedade como um todo induzem o pensamentoslot alano 3que para ser aceitas as mulheres precisam ter corpos (e genitálias) 'perfeitos' e disponíveis."
Mendonça compara procedimentos estéticos que modificam genitálias saudáveis, como redução dos lábios vaginais à semelhança do mercado pornográfico, a uma mutilação genitalslot alano 3termos anatômicos.
Outro fator importante ligado às causas da disfunção sexual feminina é o relacionamentoslot alano 3que a paciente está.
"A gente percebeslot alano 3consultório que a mulher começa, por exemplo, a ter uma queda do desejo porque o relacionamento não está bom.(...) Muitas pessoas estãoslot alano 3relacionamentos abusivos, violentos, e não conseguem se perceber desta forma. Elas não conseguem perceber a violência e agressão inclusive por conta dessa estrutura machista e patriarcal que a gente vive e que muitas vezes naturaliza relacionamentos que não são mais funcionais", explica a psicóloga e sexóloga Fernanda Bonato.
Em alguns casos, especialistas podem realizar atendimentos para disfunção sexual feminina e masculina com a participação do parceiro ou da parceira dos pacientes, pois isso terá um efeito significativo caso as raízes da condiçãoslot alano 3saúde estejam ligadas ao relacionamento.
Segundo Bonato, muitas pessoas não foram educadas para ter esse tiposlot alano 3conversa com a pessoa com quem se relaciona. Ou mesmo com os profissionaisslot alano 3saúde.
"Maisslot alano 380% das mulheres gostariam que a ginecologista perguntasse a respeito daslot alano 3vida sexual", afirma Lara, da Febrasgo. Ela enfatiza quão importante é a mulher, durante uma consulta ginecológica, dividirslot alano 3saúde sexual com esse profissional e peça ajuda para alémslot alano 3questõesslot alano 3reprodução, mesmo que ela sinta vergonha ou enfrente algum outro tiposlot alano 3obstáculo.
"Não estamos aqui apenas para reproduzir. Estamos aqui para sentir prazer. Aliás, nós vivemos muito mais o prazer sexual do que a nossa função reprodutiva. Isso éslot alano 3extrema importância para todo ser humano. Isso éslot alano 3extrema importância para a autoestima das pessoas e para as relações interpessoais."
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