Por que e como o ser humano perdeu o rabo na evolução?:slots gratis casino
- Daniel Gonzalez Cappa
- BBC News Mundo

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Os macacos têm rabo, ao contrário dos humanos e dos grandes símios
slots gratis casino Por acaso, alguma vez você já olhou para a parte traseira do seu corpo e se perguntou onde estáslots gratis casinocauda?
Isso parece uma piada ou um tiposlots gratis casinopregunta que uma criança faria inocentemente. Mas, para os cientistas, isso é um assunto sério.
Afinal, se nós, seres humanos, somos tão parecidos com os macacos, biologicamente falando, por que eles têm caudas e nós não temos?
"Essa é uma boa questão", reconhece Bo Xia, estudanteslots gratis casinopós-graduaçãoslots gratis casinobiologiaslots gratis casinocélulas-mãe na Escolaslots gratis casinoMedicina Grossman, da Universidadeslots gratis casinoNova York.
A verdade é que a cauda - no Brasil também chamadaslots gratis casino"rabo" - pode ter múltiplos benefícios no mundo animal.

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A cauda traz muitas vantagens no mundo animal. Em alguns mamíferos, como os gatos, ajuda no equilíbrio
Desde que surgiram nos primeiros seres vivos, há maisslots gratis casino500 milhõesslots gratis casinoanos, as caudas - ou os rabos - assumiram vários papéis.
Nos peixes, elas ajudam na propulsão dentro d'água. Nos pássaros, ajudam na realização do voo. Nos mamíferos, colaboram para o equilíbrio dos animais.
Pode ser também uma armaslots gratis casinodefesa, como no caso dos escorpiões. Ou usado como um sinalslots gratis casinoadvertência, como fazem as serpentes do tipo cascavel.
Nos primatas, a cauda adapta-se a uma variedadeslots gratis casinoambientes. Os macacos-uivadores, nativos das Américas do Sul e Central, por exemplo, têm uma cauda larga e preênsil (adaptada a prender e segurar coisas) que os ajuda a agarrar galhos ou alimentos quando estão sobre as árvores.
Mas os hominídeos, a famíliaslots gratis casinoprimatas que inclui os seres humanos e os grandes símios, como orangotangos, chimpanzés e gorilas, não têm caudas.
Por que e como ocorreu o desaparecimento das caudas na evolução dos hominídeos são perguntas que têm intrigado cientistas há décadas.
A resposta parece estarslots gratis casinouma mutação genética recém-descoberta que afetouslots gratis casinoalguma maneira os genes que davam forma à cauda dos hominídeos, uns 25 milhõesslots gratis casinoanos atrás.

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Humanos e macacos têm ancestrais comuns
A mutação sobreviveu ao longo do tempo e foi passandoslots gratis casinogeração para geração, mudando a locomoção dos hominídeos, o que pode estar relacionado ao fatoslots gratis casinoque nós humanos caminhamos sobre duas pernas.
"Tudo isso parece estar relacionado e ocorreuslots gratis casinotorno do mesmo período evolutivo. Mas não sabíamos nada da genética que atua nesse processoslots gratis casinodesenvolvimento e, logicamente, na evolução", acrescenta Xia.
"Como se pode imaginar, esse é um dos pontos evolutivos cruciais, o que nos faz humanos." E, para comprová-lo, Xia aplicou a mesma mutaçãoslots gratis casinocamundongos.
O que se observou foi que os camundongos desenvolveram formas diferentesslots gratis casinocaudas. Alguns tinham caudas mais curtas, enquantoslots gratis casinooutros não cresceu cauda alguma.
O enigma humano
Charles Darwin já havia dito isso. O Homo sapiens (a espécie humana atual) tinha parentesco com os macacos com cauda.
O naturalista britânico publicou A Origem do Homem em 1871, obraslots gratis casinoque explicava queslots gratis casinoteoria da evolução era completamente aplicável à espécie humana.

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Charles Darwin, naturalista inglês e autorslots gratis casino'A Origem das Espécies' e 'A Origem do Homem'
Foi uma grande revelação para a época. Afinal, os humanos sempre estabelecemos uma distância entre a sociedade moderna e o mundo animal: vivemosslots gratis casinocasas, nossa pele é diferente, e fazemos uso do nosso cérebro para resolver dilemas complexos.
Darwin já havia balançado as estruturas da ciência da época com a publicaçãoslots gratis casinoA Origem das Espécies,slots gratis casino1859. Sua explicação sobre a origem do ser humano foi revolucionária, já que até então a maioria dos cientistas ocidentais compartilhava a ideiaslots gratis casinoque Deus havia concebido todas as criaturas do planeta.
Entretanto, nós humanos compartilhamos maisslots gratis casino98%slots gratis casinonosso DNA com os chimpanzés, com quem temos ancestraisslots gratis casinocomum.
Os primeiros hominídeos, surgidos há 20 milhõesslots gratis casinoanos, já não tinham caudas. Então, se a cauda está relacionada à evoluçãoslots gratis casinosímios e humanos e influenciou na locomoção e na formaslots gratis casinoandar, cabe a pergunta: o que ocorreu primeiro, o desaparecimento da cauda ou a locomoção sobre duas pernas?
"É como a pregunta do ovo e a galinha", afirma Xia. "E, como pode imaginar, não é uma pergunta fácilslots gratis casinoresponder."
A resposta curta éslots gratis casinoque é virtualmente impossível conhecer com exatidão os acontecimentos iniciais que fizeram com que nossos antepassados ficassemslots gratis casinopé, sobre duas patas, e saber se isso estava relacionado com o fatoslots gratis casinoque não tinham cauda.
Ou, ao contrário, se não temos cauda porque ficamosslots gratis casinopé, e com isso é mais fácil para nós manter o equilíbrio sobre nossas pernas - e, por isso, não precisamos maisslots gratis casinocauda.

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"Precisaríamosslots gratis casinouma máquina do tempo para saber tudo isso. Poderíamos regressar no tempo e observar os acontecimentos iniciais. Mas, como não a temos, eu poderia dizer que não sabemos, e isso seria o fim da discussão. Então alguém poderia perguntar por que estamos falando disso tudo."
"A verdadeira resposta é que esses dois processos sempre são discutidos conjuntamente ou interferem um no outro."
Ou seja, não podemos falar da evolução humana sem fazer referência à cauda ou à locomoção bípede (sobre duas pernas), independentemente do que veio (ou aconteceu) primeiro.
A resposta está na genética
Xia mergulhou no tema da cauda nos seres humanos desde que machucou o cóccix - osso da parte inferior da coluna - numa viagemslots gratis casinocarro, dois anos atrás.
O cóccix, do latim coccyx, é a última peça da nossa coluna vertebral, formado por quatro vértebras fundidas, e representa o vestígio do que foi uma cauda milhõesslots gratis casinoanos atrás.
Em imagensslots gratis casinoembriões humanos, é possível ver uma cauda, que é absorvida pelo embrião após algumas semanas para dar forma à coluna vertebral.

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Algumas mutações trazem vantagens para os indivíduos. No caso dos humanos, a perda da cauda pode ter mudado a maneira como andamos
Esse cóccix, que serveslots gratis casinosuporte para os glúteos, está localizado no mesmo ponto onde outros animais possuem suas caudas.
"Nós levantamos todos esses temas porque a ciência nos interessa e buscamos respostas nela. Eslots gratis casinociência temos conseguido, nos últimos cem anos, grandes avançosslots gratis casinogenética", diz Itai Yanai, pesquisador e diretor do Institutoslots gratis casinoMedicina Computacional da Universidadeslots gratis casinoNova York.
"Realmente é preciso conhecer muitos conceitos sobre desenvolvimento, sobre emendas alternativas, genômica comparada. E Bo demonstrou que, se você entende esses conceitos, pode mirar o genoma, dar-lhe sentido e ver o que existe nele."
A mutação identificada por Xia consisteslots gratis casino300 letras genéticas no meioslots gratis casinoum gene conhecido como TBXT, uma seção do DNA que é praticamente igualslots gratis casinohumanos e símios.
Para provar a relação entre essa mutação e a cauda, Xia manipulou geneticamente camundongos com a mesma mutação.
Eureca! Xia e seus colegas observaram que a cauda não crescia nos camundongos manipulados, como aconteceria normalmente com o animal.
Essa descoberta, porém, é apenas a primeiraslots gratis casinotalvez muitas outras para que se possa entender o papel das mutações genéticasslots gratis casinonossos ancestrais. Os cientistas dizem que há maisslots gratis casino30 genes envolvidos na formação da caudaslots gratis casinoanimais, e os pesquisadoresslots gratis casinoNova York estão falandoslots gratis casinoapenas um deles.
Como disse Xia, todos nós humanos temos cóccix muito semelhantes entre si, mas no caso dos camundongos do experimento, as caudas tinham tamanhos diferentes ou estavam completamente ausentes.
Sua conclusão é que houve uma sérieslots gratis casinomutações, e não apenas uma, que afetou diferentes genes nos hominídeos 25 milhõesslots gratis casinoanos atrás - e foi alterando nossa evolução.
"Essa pode ter sido uma mutação crucial, mas cremos que não tenha sido a única responsável", afirma.
Mutações que sobrevivem
Os cientistas sabem como o ancestral do ser humano perdeu a cauda milhõesslots gratis casinoanos atrás, mas ainda não estão claras as verdadeiras razões pelas quais essa mutação sobreviveu por tanto tempo.
Para Xia e Yanai, essa é uma pergunta sem resposta, pelo menos por enquanto. "As mutações ocorrem o tempo todo", explica Yanai.
Algumas mutações podem ser positivas, outras negativas, dependendo do ambiente, como diz Xia.
Normalmente, se uma mutação é negativa, ela pode ser prejudicial para o hóspede, fazendo com que este adoeça ou morra. Por isso, essa mutação não sobrevive ao longo do tempo.
Mas, se uma mutação traz vantagens evolutivas, então ela é mantida presente nos indivíduos mais bem adaptados, fazendo com que seja passadaslots gratis casinogeração a geração.
O que Xia quer dizer é que a perdaslots gratis casinocauda pode ter trazido vantagens evolutivas significativas aos hominídeos, o que explicaslots gratis casinopermanência ao longo do tempo.
A vantagem pode não ter sido manter o equilíbrio sobre as árvores, mas sim uma melhor locomoção sobre duas pernas ou a utilização das mãos para a manipulaçãoslots gratis casinoobjetos.
Isso não quer dizer que a perda da causa tenha trazido apenas coisas boas. Xia eslots gratis casinoequipe observaram que os camundongos do experimento exibiram má formações na coluna vertebral muitos semelhantes aos defeitos no tubo neural que afetam umslots gratis casinocada mil recém-nascidos humanos.

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Os cientistas já sabem como perdemos nossa cauda. Agora está faltando o 'motivo'
Essas má formações estão relacionadas com uma espinha dorsal bífica - partidaslots gratis casinoduas -, o que significa que a coluna vertebral do feto não se fecha completamente, o que traz danos aos nervos e uma possível paralisia.
"Então eu não diria que as mutações são boas ou más. São algo que simplesmente ocorrem", afirma Xia.
"Creio que isto seja muito importante", diz. "Temos que apenas mirar no genoma. E por isso espero que esta seja uma contribuição duradoura."
Yanai indica que esse trabalho pode contribuir para a compreensão, por meio do genoma,slots gratis casinooutros eventos que ocorreram no nosso passado biológico.
"Acredito que isso esteja nos ensinando a usar nossos programasslots gratis casinocomputadoresslots gratis casinouma forma diferente. Temos o genoma há anos. O que Bo encontrou poderia ter sido encontrado anos atrás", afirma. "Então eu acredito que a comunidade científica se inspirará nesse trabalho."

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