Idosos e crianças primeiro? Como foi distribuída vacina contra H1N1 e quais lições valem para a covid-19:zebet recrutement

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"Não vai ter vacina suficiente no ano que vem para toda a população, então o que a OMS está orientando é que exista uma priorização para profissionaiszebet recrutementsaúde e pessoas acimazebet recrutement65 anos ou que tenham alguma doença associada", disse a especialista.
Atualmente, 213 candidatas à vacina contra a covid-19 estãozebet recrutementdesenvolvimento. Dessas, 36 estão no estágiozebet recrutementpesquisa clínica, que envolve testes com seres humanos — nesse grupo, há nove imunizantes na fase 3 dos estudos, a última etapa antes da aprovação final pelas agências regulatórias dos países.
Apesarzebet recrutementessa corrida contar com muitos concorrentes, os desafios não se limitam aos experimentos científicos: mesmo aquelas vacinas que se saírem bem nos testes passarão por uma longa jornada anteszebet recrutementserem aplicadas nas pessoas. Afinal, é preciso criar uma estrutura gigantesca para fabricar, envasar e distribuir milhões e milhõeszebet recrutementdoses para todo o planeta.

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Considerando que a humanidade não terá a capacidadezebet recrutementproduzir bilhõeszebet recrutementvacinas contra o coronavíruszebet recrutementum dia para o outro, cientistas e autoridadeszebet recrutementsaúde pública trabalham para responder uma pergunta bastante complicada: quem devem ser os primeiros grupos a serem imunizados?
A pandemiazebet recrutementH1N1 que ocorreu entre 2009 e 2010 pode oferecer algumas pistaszebet recrutementcomo a humanidade lidará com essa questão.
Outro vírus, outra história
De acordo com dados do Centrozebet recrutementControle e Prevençãozebet recrutementDoenças dos Estados Unidos (CDC), o vírus influenza H1N1 responsável pela pandemiazebet recrutement2009 causou entre 151 mil e 575 mil mortes nos primeiros doze meses.
A doença surgiuzebet recrutementmeadoszebet recrutementabril no México e logo se espalhou para diversos países — a OMS estabeleceu ápicezebet recrutementpandemia no dia 11zebet recrutementjunho daquele mesmo ano.
A diferença entre passado e presente está justamente na rapidez (ou na demora) para desenvolver uma vacina:zebet recrutement12zebet recrutementjunhozebet recrutement2009, um dia depois do decretozebet recrutementpandemia pela OMS, a farmacêutica suíça Novartis anunciou que tinha desenvolvido uma primeira versão do imunizante contra a nova cepa do H1N1.
Três meses e três dias após essa primeira boa notícia, a Food and Drug Administration (FDA), a agência regulatória americana, aprovou quatro tiposzebet recrutementvacinas contra esse influenza pandêmico. E,zebet recrutementoutubrozebet recrutement2009, uma campanhazebet recrutementimunização massiva já estavazebet recrutementandamento nos Estados Unidos.
Mas como foi possível fazer todo o processo nessa velocidade? "Falamoszebet recrutementuma doença com a qual já tínhamos uma larga experiênciazebet recrutementprevenção e tratamento e havia toda uma estrutura montada para fabricação das vacinas", diz o pediatra infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileirazebet recrutementImunizações (SBIm).
Portanto, como a vacinação contra a gripe já era rotinazebet recrutementmuitos países, os especialistas conseguiram utilizar essa expertise para conter a pandemia com relativa rapidez.
No Brasil, a imunização contra o H1N1 pandêmico se iniciouzebet recrutementmarçozebet recrutement2010 e tinha como principal objetivo conter uma "segunda onda"zebet recrutementcasos no início do outono e no inverno a partirzebet recrutementabril e maio daquele ano.
Em nota técnica, o Ministério da Saúde definiu cinco grupos prioritários para a vacinação: população indígena aldeada; gestantes; pessoas portadoraszebet recrutementdoenças crônicas; crianças maioreszebet recrutementseis meses até dois anoszebet recrutementidade; adultos jovens entre 20 e 39 anos.

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Ao contrário do que acontece normalmente nas campanhas regulares contra a gripe, os idosos não integraram os grupos prioritárioszebet recrutementvacinação para esse influenza específico.
"Acredita-se que os indivíduos mais velhos tiveram algum contato com uma variante desse H1N1zebet recrutementdécadas passadas, o que conferiu maior proteção a eles naquele 2009", explica Kfouri.
Os dados indicam que essa cepazebet recrutementinfluenza acometia os jovens com mais frequência: dados do período calculam que adultoszebet recrutement20 a 29 anos representaram 24% dos casoszebet recrutementSíndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG), uma das manifestações mais graves da gripe. Já os indivíduos entre 30 e 39 anos foram o grupo etário com maior mortalidade pela doença naquele momento — daí a necessidadezebet recrutementproteger essa faixa etária o mais rápido possível.
De volta ao presente
Enquanto as vacinas contra a covid-19 não são aprovadas, as autoridadeszebet recrutementsaúde pública já discutem como definir quem serão os grupos prioritários das campanhas. Por ora, há muitas propostas e ideias, mas poucas definições.
Uma reportagem publicada no jornal O Globo no dia 10zebet recrutementagosto aponta que o secretáriozebet recrutementVigilânciazebet recrutementSaúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, havia proposto que o governo usasse a mesma estratégia das campanhaszebet recrutementimunização contra a gripe na pandemia atual.
A ideia suscitou muitas críticas, uma vez que os gruposzebet recrutementrisco para gripe e covid-19 apresentam muitas diferenças. As crianças, por exemplo, fazem parte do público-alvo da imunização contra o influenza. No entanto, as evidências indicam que elas são pouco acometidas pelo coronavírus que estázebet recrutementcirculação no momento.

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No Estadozebet recrutementSão Paulo, o secretário da saúde Jean Gorinchteyn anunciouzebet recrutemententrevista coletiva no dia 5zebet recrutementoutubro que a primeira fasezebet recrutementvacinação no estado incluirá os profissionais da saúde. Na sequência, seriam contemplados os educadores e as pessoas com doenças crônicas.
Há até um projetozebet recrutementleizebet recrutementtramitação na Câmara dos Deputadoszebet recrutementBrasília que procura estabelecer uma ordemzebet recrutementacesso à vacina contra a covid-19.
De autoriazebet recrutementWolney Queiroz (PDT-PE), o documento defende que os primeiros contemplados sejam os profissionais essenciais ao controlezebet recrutementdoenças e à manutenção da ordem pública, seguidos por pessoas com maiszebet recrutement60 anos, indivíduos com doenças crônicas, professores e profissionaiszebet recrutementapoiozebet recrutementescolas públicas e privadas, trabalhadores que fazem atendimento ao público, jornalistas e, por fim, a população saudável com menoszebet recrutement60 anos.
Por mais que existam muitas ideiaszebet recrutementdiscussão, quem vai bater o martelo é o Ministério da Saúde. "O cenário será desenhado não por governadores ou deputados, mas pelos integranteszebet recrutementcâmaras técnicas, com experiência no programa nacionalzebet recrutementimunizações", completa Kfouri.
E no exterior?
As propostas sobre os grupos prioritários parecem estar um pouco mais adiantadaszebet recrutementórgãos internacionais e alguns países do Hemisfério Norte.
Em comunicado publicado no dia 14zebet recrutementsetembro, o Grupo Consultivo Estratégicozebet recrutementEspecialistaszebet recrutementImunização (Sage), da OMS, afirma que os imunizantes são um bem público. "O objetivo geral é que as vacinas contra a covid-19 contribuam significativamente para proteção e promoção equitativas do bem-estar humano entre todos os povos", escrevem os especialistas.
Nessa linha, existem iniciativas para que as vacinas sejam ofertadaszebet recrutementprimeiro lugar aos grupos prioritários do mundo todo anteszebet recrutementserem disponibilizadas à população geral dos países com melhores condições para fabricar ou comprar as doses.
Na prática, profissionaiszebet recrutementsaúde e idososzebet recrutementtodas as nações seriam imunizados antes dos outros. "Isso exigiria uma grande discussão global, com acordos multilaterais, parcerias e quebraszebet recrutementpatentes", prevê Kfouri.

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No Reino Unido, o Comitê Conjuntozebet recrutementVacinação e Imunização, que reúne especialistaszebet recrutementdiversas universidades, divulgou um parecerzebet recrutement25zebet recrutementsetembro que define a seguinte ordemzebet recrutementprioridade:
- Idosos que necessitamzebet recrutementcuidadoszebet recrutementcasa e seus cuidadores;
- Todos com maiszebet recrutement80 anos e profissionaiszebet recrutementsaúde ezebet recrutementserviço social;
- Todos com 75 anos ou mais;
- Todos com 70 anos ou mais;
- Todos com 65 anos ou mais;
- Adultoszebet recrutementalto risco com menoszebet recrutement65 anos;
- Adultoszebet recrutementrisco moderado com menoszebet recrutement65 anos;
- Todos com 60 anos ou menos;
- Todos com 55 anos ou menos;
- Todos com 50 anos ou menos;
- O restante da população.
No documento, os próprios especialistas admitem que essa estratégia pode ser completamente modificadazebet recrutementacordo com os resultados dos estudoszebet recrutementfase 3 das candidatas à vacina, que devem ser divulgados nos próximos meses.
Caso os primeiros imunizantes aprovados se mostrem pouco efetivos nos mais idosos e funcionem bemzebet recrutementadultos jovens, os esquemas serão alterados.
Nos Estados Unidos, as Academias Nacionaiszebet recrutementCiências, Engenharia e Medicina também traçaram um planozebet recrutementvacinação contra o coronavírus. A proposta tem modificações importantes quando comparada à versão do Reino Unido:
- Fase 1a: trabalhadoreszebet recrutementalto riscozebet recrutementunidadeszebet recrutementsaúde e serviçoszebet recrutementemergência;
- Fase 1b: pessoaszebet recrutementtodas as idades com doenças crônicas com alto riscozebet recrutementcomplicações e idosos que vivem com outras pessoas ouzebet recrutementlocais com alta concentração populacional;
- Fase 2: trabalhadoreszebet recrutementindústrias e serviços essenciais à economia com alto riscozebet recrutementexposição ao vírus; professores e funcionárioszebet recrutementescolas; pessoaszebet recrutementtodas as idades com doenças crônicas com risco moderadozebet recrutementcomplicações; idosos não contemplados na fase 1; indivíduos que vivemzebet recrutementalbergues ouzebet recrutementsituaçãozebet recrutementrua; pacientes com deficiência física ou mental; pessoaszebet recrutementprisões e centroszebet recrutementdetenção; funcionárioszebet recrutementpenitenciárias;
- Fase 3: adultos jovens; crianças; trabalhadoreszebet recrutementindústrias e serviços essenciais à economia com risco altozebet recrutementexposição ao vírus que não foram incluídos na fase 1 ou 2;
- Fase 4: todos os residentes nos Estados Unidos que não receberam as doses nas fases anteriores.
Dá pra copiar?
Por mais que os modelos estrangeiros sirvamzebet recrutementinspiração, Renato Kfouri não acredita que seja possível adotar um caminho único para todos os países.
"É preciso levarzebet recrutementconta as particularidadeszebet recrutementcada local, como a pirâmide etária, a quantidadezebet recrutementidosos e o tamanho da população", aponta o diretor da SBIm.
As previsões sobre se a vacinaçãozebet recrutementmassa ocorrerázebet recrutement2021 ou 2022 também dependem do tipozebet recrutementvacina que será aprovada pelas agências regulatórias. "Alguns imunizantes sintéticos podem ser produzidoszebet recrutementlarga escala num curto espaçozebet recrutementtempo, enquanto outros, que necessitamzebet recrutementorganismos vivos e laboratórios mais complexos, podem demorar", diz Kfouri.
Tampouco, no atual cenário, é possível se basearzebet recrutementalguma política adotada para conter a pandemiazebet recrutementH1N1, há cercazebet recrutement11 anos. "Naquele momento, não aprendemos a usar máscaras. Os países pouco cooperaramzebet recrutementrelação às vacinas. Poderíamos ter aprendido mais com essa experiênciazebet recrutement2009 e desenvolvido estratégias melhores para lidar agora com a pandemiazebet recrutementCovid-19", lamenta o médico.


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