Vitamina D protege contra coronavírus? Especialistas explicam por que é cedo para afirmar:como apostar na lampionsbet

Essas recomendações já foram refutadas pelo Ministério da Saúde, que afirmou: "Até o momento, não há nenhum medicamento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus."

Em linhas gerais, as recomendações do ministériocomo apostar na lampionsbetrelação ao novo coronavírus seguem o que vem sendo divulgado internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS): lavar recorrentemente as mãos; usar lenço descartável na higiene nasal; cobrir nariz e boca ao espirrar e tossir; evitar tocar mucosascomo apostar na lampionsbetolhos, nariz e boca; evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas ou que apresentem sintomas da doença; entre outros.

A Sociedade Brasileiracomo apostar na lampionsbetInfectologia também publicou uma nota no último dia 7 sobre fake news referentes à vitamina D, afirmando que "jamais" a entidade publicou que "preconiza o reforçocomo apostar na lampionsbetimunidade como a única estratégia preventiva contra a infecção pelo coronavírus", tampouco a recomendaçãocomo apostar na lampionsbet"imunomodulação usando vitamina Dcomo apostar na lampionsbetdose alta e injetável", conforme indicaram alguns boatos.

Hoje, no Brasil, a recomendação para usocomo apostar na lampionsbetsuplementocomo apostar na lampionsbetvitamina D,como apostar na lampionsbetformacomo apostar na lampionsbetcomprimidos por exemplo, é feita apenas para gruposcomo apostar na lampionsbetriscocomo apostar na lampionsbetdeficiência desta substância, e, mesmo assim, após exames, consultas e prescrição médica. A recomendação é motivada principalmente por aquele que é o papel mais conhecido e essencial da vitamina D: ela participa da absorção do cálcio pelo organismo, contribuindo assim para a saúde dos ossos.

Estão incluídos nos gruposcomo apostar na lampionsbetrisco para carência da vitamina D, segundo o mais recente posicionamento das sociedades brasileirascomo apostar na lampionsbetPatologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e da Sociedade Brasileiracomo apostar na lampionsbetEndocrinologia e Metabologia (SBEM), idosos com maiscomo apostar na lampionsbet60 anos; gestantes e lactantes; pessoas com osteoporose; pessoas com as chamadas doenças osteometabólicas, como raquitismo; entre outros.

"Cientificamente, a gente não está autorizado a usar vitamina D fora da prevençãocomo apostar na lampionsbetdoenças ósseas,como apostar na lampionsbetquedascomo apostar na lampionsbetidosos e na populaçãocomo apostar na lampionsbetrisco. Se não tem evidência científicacomo apostar na lampionsbetque há benefícios (para o públicocomo apostar na lampionsbetgeral), não está autorizado", resumiu à BBC News Brasil José Antonio Miguel Marcondes, endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês,como apostar na lampionsbetSão Paulo.

Mas se, para alguns grupos, a ingestãocomo apostar na lampionsbetsuplementos é recomendada, não se pode esquecer que a vitamina D também pode — e deve — chegar a todos através das vias "naturais": principalmente a partir da pele exposta ao sol e,como apostar na lampionsbetmenor medida, através da alimentação.

Durante a quarentena, porém, nem todos têm a opçãocomo apostar na lampionsbetse expor ao sol. Foi pensando nisso que o sistemacomo apostar na lampionsbetsaúde público na Inglaterra recomendou que as pessoas considerem tomar doses diáriascomo apostar na lampionsbetvitamina D para compensar a faltacomo apostar na lampionsbetexposição ao sol durante o isolamento.

Na Inglaterra, já há uma recomendação para que as pessoas tomem dez microgramascomo apostar na lampionsbetvitamina D por dia nos mesescomo apostar na lampionsbetinverno, entre outubrocomo apostar na lampionsbetmarço, ou ao longo do ano inteiro se não tiverem o hábitocomo apostar na lampionsbetse expor ao sol.

"Infelizmente, como os efeitos do coronavírus continuam, muitoscomo apostar na lampionsbetnós estão enfrentando restrições no tempo que podemos passar foracomo apostar na lampionsbetcasa", diz Sara Stanner, da Fundação Britânicacomo apostar na lampionsbetNutrição.

Nesse cenário, ela diz que a suplementação é uma alternativa para que as pessoas mantenham níveis saudáveiscomo apostar na lampionsbetvitamina Dcomo apostar na lampionsbetseus corpos.

As doses recomendadas por faixa etária pelo sistemacomo apostar na lampionsbetsaúde pública inglês são:

- Até 25 microgramas/dia para bebês com menoscomo apostar na lampionsbet12 meses;

- Até 50 microgramas/dia para crianças entre um e dez anos;

- Até 100 microgramas/dia para adultos com deficiência da vitamina, mas a dose padrão recomendada para adultos écomo apostar na lampionsbet10 microgramas/dia.

A vitamina D fortalece o sistema imunológico?

Mas, afinal, a vitamina D pode ajudar no fortalecimento do sistema imunológico — inclusive diantecomo apostar na lampionsbetdoenças respiratórias virais, como o novo coronavírus?

Pelos especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, a ciência ainda não encontrou uma resposta clara a essa pergunta — e, por isso mesmo, não veem evidências para recomendar seu uso no reforço do sistema imunológico.

Marcondes explica que, apesar do nome, a vitamina D é um hormônio. Ela se liga a receptores próprios para estes hormônios dentro das células — "como se fosse um interruptor: uma vez que há esta ligação (hormônio e receptor), dispara-se uma sériecomo apostar na lampionsbeteventos", explica o endocrinologista.

"Existem algumas células do sistema imunológico que têm receptorcomo apostar na lampionsbetvitamina D. Então, ela pode ter algum papel na defesa, mas qual papel é esse, se é significativo ou não, não há evidências suficientes. É um assunto bastante discutido."

"A questão do coronavírus, pode ser que no futuro a gente venha a conhecer (um papel), mas no momento não tem dados para sugerir dosecomo apostar na lampionsbetvitamina D."

Portanto, mais uma vez: não havendo comprovação científicacomo apostar na lampionsbetbenefícios oucomo apostar na lampionsbetdosagem segura (há efeitos colaterais com a ingestão excessivacomo apostar na lampionsbetvitamina D, como náusea e cálculo renal), não há recomendação médica.

Lúciacomo apostar na lampionsbetFátima Campos Pedrosa, nutricionista e professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), explicou à BBC News Brasil que, além da saúde óssea e do sistemacomo apostar na lampionsbetdefesa, pesquisadores vêm testando as fronteiras da vitamina Dcomo apostar na lampionsbetvárias outras áreas. A própria professora coordena há alguns anos um projetocomo apostar na lampionsbetpesquisa que acompanha níveiscomo apostar na lampionsbetvitamina Dcomo apostar na lampionsbetpacientes com síndrome metabólica.

"A função clássica da vitamina D era relacionada ao metabolismo ósseo. Com a evolução das pesquisas, percebeu-se quecomo apostar na lampionsbetatuação não está somente nisso: existem receptorescomo apostar na lampionsbetoutros tecidos, no cérebro, músculos, nos adipócitos...", exemplifica.

"Era como se nosso organismo,como apostar na lampionsbetmodo geral, estivesse preparado para acatar essa vitamina D. E no nosso organismo, tudo tem uma explicação. Se eu tenho um receptor para vitamina D, é porque aquele tecido precisa desse nutriente", diz, apontando que há pesquisas investigando o papel da vitamina D na diabetes, doenças neurológicas, cardiovasculares, alguns tiposcomo apostar na lampionsbetcâncer, entre outras condições.

A questão é que, por motivos também aindacomo apostar na lampionsbetestudo, a deficiênciacomo apostar na lampionsbetvitamina D (ou hipovitaminose) é um problema no Brasil e no mundo — ainda maiscomo apostar na lampionsbetpaísescomo apostar na lampionsbetmaior latitude e com invernos severos, pois há menos exposição ao sol.

"Existe uma estimativa geralcomo apostar na lampionsbet20 a 59% (da população com deficiênciacomo apostar na lampionsbetvitamina D) na América do Sul. Já fizemoscomo apostar na lampionsbetNatal (RN) pesquisa com idososcomo apostar na lampionsbetinstituiçõescomo apostar na lampionsbetlonga permanência, o valor foi pertocomo apostar na lampionsbet70%; com adolescentes, 45%. Já houve percentuais altos detectados tambémcomo apostar na lampionsbetSão Paulo e outras partes do Nordeste", aponta a pesquisadora da UFRN.

"De 80 a 90% da fontecomo apostar na lampionsbetvitamina D que a gente tem circulante vem da exposição solar. A vitamina D é um hormônio pré-sintetizado na pele que precisa do estímulo, liberando uma enzima que é catalisada pela radiação UV", explica.

"Mas o estilocomo apostar na lampionsbetvida mudou muito: já saímoscomo apostar na lampionsbetcasa com filtro solar; passamos o diacomo apostar na lampionsbetambientes fechados; e a alimentação,como apostar na lampionsbetmaneira geral, é deficiente. Na minha experiência (com diferentes grupos), a deficiênciacomo apostar na lampionsbetvitamina D na dieta é altíssima."

No entanto, a exposição ao sol coloca uma encruzilhada: ela precisa chegar diretamente à pele, sem protetor solar ou camisas feitas para bloquear raios ultravioleta B. Como fazer isso sem desproteger a pele demais?

"O que deve ser feito tantocomo apostar na lampionsbetcrianças quanto adultos é ir ao sol nos horários adequados (costuma-se recomendarcomo apostar na lampionsbet10h-16h); deixar o corpo exposto ao sol por mais ou menos 20 minutos (por dia); e após esse período, aplica-se o protetor. Mas no primeiro momento, é importante dar a oportunidade para a síntesecomo apostar na lampionsbetvitamina D", sugere a nutróloga Nívea Bordin, da clínica Leger,como apostar na lampionsbetSão Paulo.

De qualquer forma, aí vai mais um pontocomo apostar na lampionsbetque não há consenso científico: o tempocomo apostar na lampionsbetexposição ao sol recomendado, já que podem influenciar fatores como a pigmentação da pele e a quantidadecomo apostar na lampionsbetgordura no corpo.

Já na dieta, Bordin explica que as principais fontes da vitamina D são os peixes gordurosos (arenque, cavala, salmão, atum, etc); leites e derivados; e ovos.

"A maioria das dietas modernas são pobrescomo apostar na lampionsbetvitamina D, e poucos são os países que possuem programascomo apostar na lampionsbetfortificação com essa vitamina (o Brasil não tem, por exemplo, como faz por outro lado com o iodo no sal). Nos Estados Unidos, há óleocomo apostar na lampionsbetfígadocomo apostar na lampionsbetbacalhau, ovo, leite, sucocomo apostar na lampionsbetlaranja, cereais matinais fortificados."

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