Cientistas anunciam 'transplantebetnacional paga antecipadomemória' entre caracóis com sucesso:betnacional paga antecipado

  • Shivani Dave
  • Da BBC News
Caracol

Crédito, David Glanzman

Legenda da foto, Apesar das diferenças óbvias, há semelhanças entre o funcionamento das células cerebrais dos caracois e humanos

betnacional paga antecipado A transferênciabetnacional paga antecipadomemória já vinha aparecendo, há décadas,betnacional paga antecipadolivros e filmesbetnacional paga antecipadoficção científica. Agora, parece estar mais pertobetnacional paga antecipadose tornar um fato científico.

Uma equipebetnacional paga antecipadocientistas conseguiu, com sucesso, fazer uma espéciebetnacional paga antecipado"transplantebetnacional paga antecipadomemória" - transferindo material genético conhecido como RNAbetnacional paga antecipadoum caracol marinho para outro.

Alguns dos animais envolvidos foram treinados para desenvolver uma resposta defensiva diantebetnacional paga antecipadochoques elétricosbetnacional paga antecipadolaboratório.

Quando o RNA destes caracóis foi transferido a outros que não haviam sido treinados, estas reagiram da mesma forma que aqueles que haviam recebido choques moderados.

A pesquisa, publicada no periódico eNeuro, ajuda no conhecimento sobre as base fisiológicas da memória.

RNA significa ácido ribonucleico; trata-sebetnacional paga antecipadouma molécula ligada a funções essenciaisbetnacional paga antecipadoorganismos vivos - incluindo a síntesebetnacional paga antecipadoproteínas no corpo que definirá a expressão dos genesbetnacional paga antecipadouma forma mais geral.

Os cientistas administraram uma sériebetnacional paga antecipadochoques elétricos leves na cauda dos caracóis da espécie marinhos Aplysia californica.

Os animais reagem a adversidades contraindo o corpo. Com os choques, eles passaram a ter contrações que duravam 50 segundos - uma espéciebetnacional paga antecipadoreação defensiva extrema.

Depois, quando tocavam levemente os animais que receberam os choques, estes reagiam com a mesma contraçãobetnacional paga antecipado50 segundos, enquanto caracóis que não tinham recebido choques reagiam com uma contraçãobetnacional paga antecipadoapenas um segundo.

O próximo passo foi extrair RNAbetnacional paga antecipadocélulas nervosasbetnacional paga antecipadoambos os tiposbetnacional paga antecipadocaracóis, os condicionados e os não-condicionados. As moléculas foram depois injetadasbetnacional paga antecipadodois gruposbetnacional paga antecipadocaracóis não treinados.

Os cientistas observaram, surpresos, que os caracóis que receberam o RNAbetnacional paga antecipadoanimais condicionados, quando tocados, reagiam com contraçõesbetnacional paga antecipadocercabetnacional paga antecipado40 segundos. Os caracóis que receberam o RNAbetnacional paga antecipadoanimais não-condicionados não demonstraram nenhuma mudançabetnacional paga antecipadoseu comportamento defensivo.

Tinta roxa

Cientistas notaram um efeito parecidobetnacional paga antecipadocélulas sensoriais que estavam sendo analisadasbetnacional paga antecipadoplacasbetnacional paga antecipadoPetri.

Professor da Universidade da Califórniabetnacional paga antecipadoLos Angeles (UCLA), David Glanzman, um dos autores do estudo, afirmou que os resultados indicam algo como "uma transferênciabetnacional paga antecipadomemória".

Ilustração representa sinapses no cérebro

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Pesquisa questiona armazenamento da memória nas sinapses
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Ele também destacou que os caracóis usados no experimento não foram feridos.

"Estes são caracóis marinhos. Quando percebem ameaças, soltam uma bela coloração roxa e se escondem dos predadores. Estes caracóis (usados no estudo) se assustaram e soltaram tinta, mas não foram fisicamente afetados pelos choques", defende Glanzman.

Tradicionalmente, pensava-se que as memóriasbetnacional paga antecipadolongo prazo ficavam armazenadas nas sinapses do cérebro, as junções entre os neurônios. Cada neurônio tem milharesbetnacional paga antecipadosinapses.

"Se as memórias ficassem nas sinapses, nosso experimento não funcionariabetnacional paga antecipadojeito nenhum", diz o cientista.

Para Glanzman, as memórias estão alocadas nos núcleos dos neurônios. O estudo vai ao encontrobetnacional paga antecipadoalgumas hipóteses levantadas algumas décadas atrás, segundo as quais o RNA estaria relacionado à memória.

De acordo com os pesquisadores, os processos celulares e moleculares nos caracóis são similares aos dos humanos, apesarbetnacional paga antecipadoo sistema nervoso dos animais marinhos ter apenas 20 mil neurônios - comparados aos cercabetnacional paga antecipado100 bilhõesbetnacional paga antecipadoneurônios que o homem tem.

Acredita-se que os resultados publicados no eNeuro podem contribuir na busca por tratamentos para atenuar efeitosbetnacional paga antecipadodoenças como o Alzheimer e a Perturbaçãobetnacional paga antecipadoEstresse Pós-Traumático (PTSD, na siglabetnacional paga antecipadoinglês).

Perguntado se este processo poderia levar a um eventual transplantebetnacional paga antecipadomemórias adquiridasbetnacional paga antecipadoexperiênciasbetnacional paga antecipadovida, Glanzman se disse incerto, mas expressou otimismobetnacional paga antecipadoque uma maior compreensão sobre o mecanismobetnacional paga antecipadoarmazenamento da memória pode levar a mais oportunidades para explorar diferentes aspectos da memória.