A origem da práticaesportiva bet entrartribo sul-americanaesportiva bet entrarencolher a cabeçaesportiva bet entrarseus inimigos:esportiva bet entrar
- Laura Plitt
- BBC Mundo

Crédito, Museu Mutter
O "poder espiritual"esportiva bet entraruma cabeça encolhida durava apenas um ano
esportiva bet entrar A tribo indígena Shuar, na região amazônica hoje pertencente a Equador e Peru, foi uma das poucas que os conquistadores espanhóis não conseguiram subjugar quando chegaram à América do Sul, no século 16.
Mas não é o espírito aguerrido desses índios que desperta a curiosidade popular e acadêmica. Os Shuar são mais conhecidos pela tradiçãoesportiva bet entrarencolher cabeças.
Na verdade, embora outras tribos do mundo constumassem decapitar inimigos, os Shuar são uma das únicas comunidades do mundo que a reduziamesportiva bet entrartamanho.
A tribo ainda existe, mas o ritual caiuesportiva bet entrardesuso depoisesportiva bet entrarproibido pelos governos peruano e equatoriano nos anos 50 e 60, respectivamente.
Mas por que os Shuar faziam isso? E que técnica usavam para criar uma tsantsa (o nome que davam às cabeças reuduzidas).
'Vivos depoisesportiva bet entrarmortos'
Um conceito-chave para entender as motivações do Shuar é que eles acreditam na vida depois da morte. Um inimigo morto permanecia vivo dentroesportiva bet entrarsua cabeça.

Crédito, Narayan k28 / Wikipedia
Tsantsas podem ser encontradasesportiva bet entrarvários lugares do mundo, pois foram trocadas por objetos com europeus
Eles acreditavam que, ao decapitar e encolher a cabeça do inimigo, o vencedor se apoderava do espírito do vencido.
"A ideia era aprisionar o espírito para evitar que se vingasse da morte do guerreiro vencido", conta Tobias Houlton, antropólogo da Universidade Witwatersrand,esportiva bet entrarentrevista à BBC Mundo, o serviço da BBCesportiva bet entrarespanhol.
"O objetivo do encolhimento era escravizar o espírito, não destruí-lo".
Receitaesportiva bet entrarencolhimento
Uma vez cortada a cabeça, os Shuar, retiravam a pele do crânio e depois sacavam olhos, músculos e gordura da cabeça.

Crédito, Museu Mutter
Vedar orifícios era crucial para evitar que o espírito do guerreiro derrotado escapasse
O passo seguinte era fechar orifícios e cozinhar a peleesportiva bet entraráguaesportiva bet entrarrioesportiva bet entraruma cabaça durante meia hora. Mas sem deixar que a água fervesse.
"Se isso acontecesse, havia o riscoesportiva bet entrarque a pele partisse e o cabelo se desprendesse", explica Houlton.
"Quando retiravam a pele da cabaça, ela já tinha encolhido a um terçoesportiva bet entrarseu tamanho original".
Dali, recolocavam a pele no crânio e montavam uma espécieesportiva bet entrarforno usando pedras e areia quentes. O calor reduzia a cabeça a um quintoesportiva bet entrarseu tamanho.

Crédito, Divulgação
Processo podia fazer com que cabeça encolhesse para um quinto do tamanho original
Os índios esfregavam cinzas na pele, o que dava uma tonalidade muito mais escura, e decoravam a cabeça com uma sérieesportiva bet entrarobjetos,esportiva bet entrarpenas a carcaçasesportiva bet entrarbesouros e conchas.
"Os orifícios tinham que ficar tapados para evitar que os espíritos fugissem", explica Anna Dhody, curadora do Museu Mütter, na Filadélfia (EUA).
As cabeças ganhavam ainda cordões, para serem usadas como talismãs.
Poder temporário
E todo esse trabalho tinha que ser repetido a cada ano e meio ou dois, pois os Shuaras acreditavam que os talismãs perdiam o efeito após este período.
Os sinaisesportiva bet entrardiminuiçãoesportiva bet entrarpoder do espírito podiam viresportiva bet entrarcolheitas ruins ou da quedaesportiva bet entrarfertilidade das mulheres da tribo.
"Uma vez que os amuletos perdiam o poder espiritual, os Shuar perdiam todo o o interesseesportiva bet entrarconservá-las", contou Houlton.
Por isso é que as cabeças, então, eram trocadasesportiva bet entrartransações com os exploradores europeus.








