Como EUA identificaram invasores do Capitólio e prenderam maisgoogle betano950:google betano

google betano Dois anos depois da invasão do Capitólio, o edifício que abriga o Congresso na capital dos Estados Unidos, maisgoogle betano950 pessoas, das maisgoogle betano3 mil que participaram da ação, foram presas nos 50 Estados do país.

O Departamentogoogle betanoJustiça divulgou um balanço das investigações até o momento. E a estratégia da apuração e punição dos responsáveis revela que houve a preocupaçãogoogle betanopartir dos envolvidos diretamente com o ataque para, aos poucos, alcançar os possíveis coordenadores e mandantes.

Por isso, as primeiras condenações foram leves, e as sentenças mais graves egoogle betanoprazo mais longo ainda não foram anunciadas.

No dia 6google betanojaneirogoogle betano2021, manifestantes furaram o bloqueio da polícia do Capitólio, do ladogoogle betanofora do Congresso, por volta da 1 hora da tarde. Meia hora depois eles já estavam na porta do Capitólio.

Às 14 horas manifestantes quebraram a primeira janela do edifício e a invasão começou. Foram quatro horasgoogle betanoquebra-quebra e vandalismo. Somente às 18 horas a polícia começou a varredura e assegurou controle do Capitólio.

Nos primeiros seis meses após a invasão, 535 pessoas foram presas. Uma médiagoogle betanotrês por dia. No fim do anogoogle betano2021, 725 cidadãos tinham sido acusados por crimes federais.

Mas no dia da invasão, a polícia do Capitólio prendeu apenas 14 pessoas. O Departamentogoogle betanoPolícia do Distrito Federal prendeu outras seis.

O trabalho do Departamentogoogle betanoJustiça tem sido cuidadoso e cumulativo, levado a cabo por um grupogoogle betano20 promotores públicos que também têm o apoiogoogle betanoagentes do FBI, a polícia federal americana.

Os primeiros acusados, julgados e sentenciados foram pessoas que agiram no dia 6google betanojaneirogoogle betano2021. Essas pessoas foram filmadas, fotografadas e flagradas cometendo crimes dentro do Capitólio.

O governo também investiga as perdas materiais, um trabalho que ainda não terminou, mas já identificou danos no valorgoogle betanoUS$ 2,7 milhões (R$ 14,3 milhões).

A investigação tem outras linhasgoogle betanotrabalho: busca os responsáveis que planejaram e organizaram a invasão e ações que ao longo dos mesesgoogle betanonovembro e dezembro tentaram reverter o resultado das eleiçõesgoogle betano2020 nos Estados onde a disputa foi mais acirrada.

Com relação a possíveis mandantes do crime, assessores do ex-presidente Donald Trump, derrotado nas urnas por Joe Biden, já prestaram depoimento à Justiça. Marc Short, chefegoogle betanogabinete do ex-vice-presidente Mike Pence, também já foi ouvido.

Na outra linhagoogle betanoinvestigação, sobre a tentativagoogle betanoreverter o resultado das eleições, os promotores públicos reuniram dados a respeito da criaçãogoogle betanolistas falsasgoogle betanodelegados do colégio eleitoralgoogle betanosete Estados do país.

A suposta lista dos eleitores falsos seria enviada e entreguegoogle betanoWashington, e eles votariamgoogle betanoDonald Trump, apesar do resultado da eleição nesses Estados ter dado vitória a Joe Biden.

As imagens do ataque aos prédios públicosgoogle betanoBrasília no domingo (8/1) têm semelhanças fortes com o que se viu nos Estados Unidos. Outro aspecto das investigações americanas, que pode se repetir no Brasil, é a possível conivênciagoogle betanoalgumas autoridades.

A Comissãogoogle betanoInquérito da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos apontou que agentes federais detectaram os planos dos invasores com antecedência. Sabiam que integrantes do grupo extremista Proud Boys tinham a intençãogoogle betanocometer atos violentosgoogle betanoWashington.

Mas o chefegoogle betanopolícia da capital não se preparou para conter os manifestantes e, agora, está sob investigação e suspeitagoogle betanoter relações estreitas com os líderes do Proud Boys.

Além da equipegoogle betanopromotores e dos agentes do FBI, a investigação, que entra agora no terceiro anogoogle betanotrabalho, também conta com a ajudagoogle betanoinvestigadores voluntários que reviram a internetgoogle betanobuscagoogle betanoprovas.

São organizações e indivíduos que vasculharam maisgoogle betano5,1 mil perfis do Facebook, 1,4 mil contas do YouTube, 600 perfis do Instagram, 1,6 mil contas do Twitter, outras 200 do Rumble e mais 900 do TikTok.

Maisgoogle betano100 pessoas que estavam na listagoogle betanoagentes violentos da invasão do Capitólio, compilada pelo FBI, foram identificadas por esses voluntários.

O FBI está analisando maisgoogle betano30 mil vídeosgoogle betanocâmerasgoogle betanopoliciais egoogle betanosegurança. Ao todo, são maisgoogle betano9 terabytesgoogle betanoinformação.

No Brasil, o influenciador Felipe Neto tomou a iniciativagoogle betanousar a conta que tem no Twitter para convidar outros brasileiros a ajudar a identificar as pessoas que participaram da invasão e do quebra-quebra nos prédios públicosgoogle betanoBrasília.

Enquanto 860 detidos nos Estados Unidos foram indiciados por entrar e permanecergoogle betanouma área restrita do governo federal, 50 foram acusados por conspiração.

São dois crimesgoogle betanogravidade distinta com penas também diferentes. O julgamento do líder do grupogoogle betanoextrema direita Oath Keepers foi observadogoogle betanoperto por promotores públicos e por advogadosgoogle betanooutras lideranças e organizações radicais.

Stewart Rhodes, o homemgoogle betano57 anos que usa um tapa olho e lidera o Oath Keepers, já foi condenado por sedição. Outros quatro membros do Oath Keepers estão no banco dos réus no momentogoogle betanoWashington.

O promotor Troy Edwards abriu o julgamento deles acusando os quatrogoogle betanoterem aceitado o convitegoogle betanoRhodes para perverter a ordem constitucional e tentar barrar a transição pacíficagoogle betanopoder à força.

Segundo Edwards, eles estavamgoogle betanocontato direto com o líder Stewart Rhodes e tinham a intençãogoogle betanopromover uma guerra civil para manter Trump no poder.

Stewart Rhodes e o braço direito dele, Kelly Meggs, líder do grupo na Flórida, foram condenados por um júri popular, no dia 29google betanonovembro, depoisgoogle betanodois mesesgoogle betanojulgamento.

A acusação que pesou contra eles é a mais séria já apresentada na Justiça até o momento nos processos ligados à invasão do Capitólio. Eles foram condenados por conspirar e organizar a sedição.

Outros três membros do grupo também foram julgados com eles, mas não foram condenados por tentativagoogle betanosedição e, sim por conspirar para obstruir o trabalho do Congresso que confirmava a vitória eleitoral do presidente Joe Biden. Eles podem ser condenados a até 20 anosgoogle betanoprisão.

Ataque à democracia

A Justiça ainda não marcou a audiência na qual a sentençagoogle betanotodos eles será anunciada, mas Rhodes ainda tem a chancegoogle betanonegociar uma penagoogle betanotrocagoogle betanoinformações que levem à condenaçãogoogle betanooutros responsáveis. Se ele não aproveitar essa oportunidade, pode passar o resto da vida na cadeia.

Durante o julgamentogoogle betanoRhodes, os jurados viram imagensgoogle betanomembros do grupo desembarcandogoogle betanoum hotel da Virgínia e estocando ali um arsenalgoogle betanoarmas e munições que, diziam, poderiam ser usados e levadosgoogle betanobarco para a capital do país.

Membros do Proud Boys também estão sendo julgados. O líder da organização, Henry Tarrio, não estavagoogle betanoWashington quando a invasão do Capitólio aconteceu. Mas observava tudogoogle betanoum quartogoogle betanohotelgoogle betanoBaltimore,google betanoMaryland. Ele também é acusadogoogle betanoconspirar para cometer sedição.

O trabalho da promotoria é, novamente, convencer os 12 membros do júri popular que não houve uma explosão espontânea no dia 6google betanojaneirogoogle betano2021 e, sim, um ataque premeditado à democracia.

A seleção do júri popular levou duas semanas e os primeiros depoimentos do caso serão ouvidos na terça-feira (10/1).

Eles são acusadosgoogle betanocoordenar a movimentaçãogoogle betano200 a 300 pessoas dentro e fora do Capitólio no dia 6. Até agora, 48 integrantes do Proud Boys já foram indiciados, 16 admitiram culpa e alguns estão colaborando com as investigações, fornecendo informações.

O Departamentogoogle betanoJustiça americano designou Jack Smith como promotor especial para supervisionar as investigações, e ele escolheu dois assessores diretos para dar continuidade ao trabalho que agora tem como foco chegar aos possíveis mandantes do crime e determinar até que ponto se pode responsabilizar Trump pelo que aconteceu.

No dia da invasão, o ex-presidente convocou manifestantes para uma concentração chamada Stop the Steal (Parar o Roubo,google betanotradução livre), uma referência às fraudes nas eleições, que não aconteceram. Advogadosgoogle betanoTrump moveram 60 ações na Justiça questionando o resultado das urnas e perderam todas elas.

A Comissão da Câmara dos Deputados que investigou o 6google betanoJaneiro divulgou um relatóriogoogle betano800 páginas com as conclusões do trabalho que descreve um planogoogle betanovárias etapas para barrar a transferência pacíficagoogle betanopoder e responsabilizar Donald Trump. "Sem ele", diz o relatório, "nada disso teria acontecido".

Invasõesgoogle betanoBrasília

O Ministério da Justiça brasileiro disse que cercagoogle betano1,2 mil pessoas foram detidas e levadas para a sede da Polícia Federal (PF)google betanoBrasília depois que palácios do governo foram invadidos.

A maioria das prisões aconteceugoogle betanofrente ao quartel-general do Exército na segunda-feira (9/1), onde apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estavam acampados desde dezembro. De acordo com a polícia, dezenasgoogle betanoônibus foram usados na operação.

Na noitegoogle betanodomingo, o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou que 200 pessoas foram presasgoogle betanoconexão com atosgoogle betanovandalismo na capital do Brasil. Dino afirmou que 40 ônibus foram apreendidos após serem usados para transportar manifestantesgoogle betanooutras regiões do país para Brasília.

A investigação agora está tentando estabelecer quem financiou os protestos. Em mensagens enviadas ao longo da semana no Telegram, os organizadores ofereciam vagasgoogle betano"ônibus gratuitos" com "tudogoogle betanograça: água, café, almoço, jantar".

As inspeções dentro dos palácios do governo incluem a coletagoogle betanovestígiosgoogle betanoDNA deixadosgoogle betanosuperfícies e itens pessoais deixados para trás. Imagensgoogle betanodrone coletadas pela PF durante os ataques também estão sendo usadas para ajudar a identificar os manifestantes.