Virgínia Leone Bicudo: quem foi a psicanalista negra pioneira homenageada pelo Google:cassino na blaze
cassino na blaze Nascidacassino na blaze21cassino na blazenovembrocassino na blaze1910, a paulistana Virgínia Leone Bicudo foi pioneira nas várias áreascassino na blazeque atuou.
Ela foi a primeira não-médica a ser reconhecida como psicanalista. Fundou sociedadescassino na blazeespecialistas no temacassino na blazeSão Paulo ecassino na blazeBrasília. Se tornou uma das primeiras professoras universitárias negras do país. E publicou alguns dos artigos fundadores sobre as relações raciais e o racismo.
No que seria o aniversáriocassino na blaze112 anos da pesquisadora, o Google fez uma homenagem a ela na página principal do buscador.
Primeiros anos e formação
Bicudo nasceu na cidadecassino na blazeSão Paulo, filhacassino na blazeTheofilo Bicudo, descendentecassino na blazeafricanos escravizados que sonhavacassino na blazeser médico, e Giovanna Leone, imigrante italiana que trabalhava como empregada doméstica.
Estudou na Escola Normal Caetanocassino na blazeCampos, também na capital paulista, e foi a única mulher a obter o bachareladocassino na blazeciências sociais na Escola Livrecassino na blazeSociologia e Política,cassino na blaze1938, segundo a Folhacassino na blazeS.Paulo
Em 1945, ela defendeu uma tesecassino na blazemestrado sobre as questões raciais do Brasil, um dos primeiros trabalhos acadêmicos sobre o assunto do qual se tem notícia.
Já formada, Bicudo fez parte dos gruposcassino na blazeestudos que deram origem à Sociedade Brasileiracassino na blazePsicanálisecassino na blazeSão Paulo, entidade da qual ela foi diretora nos anos 1960 e 1970.
Ela também foi a primeira não-médica a ser reconhecida como psicanalista no país e se tornou uma das primeiras professoras universitárias negras, com aulas ministradas na Universidadecassino na blazeSão Paulo, na Santa Casa e na Escola Livrecassino na blazeSociologia e Política.
Numa entrevista à Folhacassino na blaze1994, a especialista disse que escolheu estudar psicologia para se proteger do preconceito.
A mistura entre sociologia e psicanálise, inclusive, deu o tomcassino na blazetodo o trabalhocassino na blazeBicudo.
A tesecassino na blazemestrado que ela escreveu, intitulada Estudocassino na blazeAtitudes Raciaiscassino na blazePretos e Mulatoscassino na blazeSão Paulo, levacassino na blazeconta as noçõescassino na blazesubjetividade e inconsciente, inauguradas nos escritoscassino na blazeSigmund Freud.
No caminho inverso, ela sempre tentou demonstrar como o racismo impactava a vida psíquica e a saúde mental das pessoas.
Difusãocassino na blazeconhecimento
No final dos anos 1940, Bicudo também integrou a equipecassino na blazepesquisadores do "Projeto Unescocassino na blazeRelações Raciais",cassino na blazeacordo com um texto publicado no site da Sociedade Brasileiracassino na blazeSociologia (SBS).
A iniciativa reuniu grandes acadêmicos do país, como Oracy Nogueira, Florestan Fernandes, Roger Bastide, Aniela Ginsberg, Luizcassino na blazeAguiar Costa Pinto e Rene Ribeiro, "no contexto da definiçãocassino na blazeuma agenda antirracista, sob o impacto do nazismo, da persistência do racismo e do processocassino na blazedescolonização africano e asiático".
"O Brasil era considerado um contra-exemplocassino na blazematériacassino na blazeracismo,cassino na blazeperspectiva comparada com a experiência internacional, notadamente os EUA e a África do Sul do pós-2ª Guerra", contextualiza a SBS.
Bicudo desafiou a tesecassino na blazevoga à épocacassino na blazeque o Brasil seria uma "democracia racial", ou seja, um país mais tolerante e sem preconceitos.
A psicanalista também se notabilizou pelo esforçocassino na blazeexplicar conceitos da área para o público geral e para as pessoas que não eram especialistas.
No início da décadacassino na blaze1950, ela idealizou um programa transmitido pela Rádio Excelsior que fez muito sucesso.
Pouco tempo depois, ela assinou uma sériecassino na blaze22 textos no jornal Folha da Manhã.
A coluna, que ganhou o nomecassino na blazeNosso Mundo Mental, tentava levar a psicanálise aos debates públicos — e ganhou destaque até nas manchetescassino na blazecapa das ediçõescassino na blazeque foi publicada.
De acordo com a Folhacassino na blazeS.Paulo, tanto os episódios transmitidos pela rádio quanto os artigos da professora falavam sobre temas como maternidade, educação das crianças, amor, ciúme e medos.
Em 1955, Bicudo mudou-se para a Inglaterra, onde foi estudar a psicanálise infantil.
De acordo com o site Google Discovery, durante o período no exterior ela chegou a transmitir pela BBC palestras para divulgar entre os brasileiros o trabalho que estava fazendo.
De volta ao Brasil nos anos 1960, Bicudo foi morarcassino na blazeBrasília, que havia se tornado a capital do país há pouco tempo.
Ela estava interessadacassino na blazeestudar as relações entre psicanálise e poder — e chegou a atender e ter reuniões com muitos políticos.
No Distrito Federal, a psicanalista ainda ajudou a fundar a Sociedadecassino na blazePsicanálisecassino na blazeBrasília.
Bicudo morreucassino na blaze2003, aos 93 anos, na cidadecassino na blazeSão Paulo.
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