Vacina contra poliomielite: entenda os riscosblaze apostas onlinenão imunizar crianças contra a doença:blaze apostas online
- Giulia Granchi
- Da BBC News Brasilblaze apostas onlineSão Paulo

Crédito, Fernando Frazão/Agência Brasil
blaze apostas online Diante da baixa adesão, o Ministério da Saúde decidiu prorrogar a campanhablaze apostas onlinevacinação contra a doença poliomielite até o dia 30blaze apostas onlinesetembro.
Até a última sexta-feira, dados do Ministério da Saúde indicavam que apenas 30% do público-alvo havia recebido a imunização - cercablaze apostas online3,5 milhõesblaze apostas onlinecrianças - quando o número esperado erablaze apostas online11,5 milhões. Roraima, Acre e Rioblaze apostas onlineJaneiro registraram apenas 12%blaze apostas onlinecobertura na campanha.
A doença tem consequências graves e é considerada erradicada no Brasil desde 1989, mas há riscoblaze apostas onlinesurgimentoblaze apostas onlinenovos casos devido à baixa adesão vacinal.
Na campanha, crianças com menosblaze apostas onlinecinco anos poderão se vacinar e,blaze apostas onlineparalelo, menoresblaze apostas online15 anos também têm a chanceblaze apostas onlineatualizar a caderneta vacinal. As imunizações são feitas gratuitamente pelo SUS (Sistema Únicoblaze apostas onlineSaúde).
A faixablaze apostas onlinecobertura vacinal recomendada para a poliomielite,blaze apostas onlineacordo com a Fiocruz, éblaze apostas online80%. Em 2021, a imunização contra a poliomielite foiblaze apostas onlineapenas 67,1%.
"Um dos motivos prováveis dessa queda vacinal é a falsa sensaçãoblaze apostas onlineproteçãoblaze apostas onlinedoenças que não conhecem. A pólio, junto com sarampo, já foi uma das principais doenças da infânciablaze apostas onlineíndiceblaze apostas onlinesequelas eblaze apostas onlinemortes, mas os pais e tutoresblaze apostas onlinehojeblaze apostas onlinedia sãoblaze apostas onlineuma geração que foi muito vacinada, e por isso, não têm experiência com a doença", aponta Juarez Cunha, presidente da SBIm (Sociedade Brasileirablaze apostas onlineImunizações).
O que pode acontecer com quem não é vacinado contra a poliomielite
A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus (existente nos sorotipos 1, 2 e 3). O agente é capazblaze apostas onlineinfectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas.
Quando se tratablaze apostas onlineuma pessoa sem históricoblaze apostas onlinevacinação, ou seja, sem a proteção imunológica contra o poliovírus, após uma infecção, o agente começa a se multiplicar livremente na garganta ou nos intestinos.
Em seguida, o vírus chega à corrente sanguínea e, se o quadro não for tratado a tempo, pode atingir o cérebro, causando a chamada "infecção paralítica".
Nesses casos, mais raros, mas que podem causar sequelas irreversíveis, o vírus ataca o sistema nervoso destruindo os neurônios motores e provoca paralisia nos membros inferiores.
Foi o que aconteceu com a célebre artista mexicana Frida Kahlo, que teve pólio aos seis anosblaze apostas onlineidade e acabou com sequelas permanentes nos movimentos das pernas. Posteriormente, por complicações da doença, a pintora ainda precisou amputar os dedos do pé e, depois, uma das pernas.

Crédito, Marcelo Camargo/Agência Brasil
Outra possibilidade é que o vírus, depoisblaze apostas onlinechegar ao cérebro, cause meningite, inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, que tem como principais sintomas a febre, rigidez da nuca e náuseas.
Se não for tratado adequadamente, o quadroblaze apostas onlinemeningite também pode causar sequelas. Entre elas, a perdablaze apostas onlineaudição e visão parcial ou total, epilepsia e paralisiablaze apostas onlineum ou ambos os lados do corpo.
Já se forem infectadas as células dos centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição, a doença pode afetar a capacidade da pessoablaze apostas onlinerespirarblaze apostas onlineforma normal e se alimentar, podendo levar à morte.
"As consequências da doença eram muito importantes e impactaram a vidablaze apostas onlinemuitos brasileiros no passado, já que praticamente todo mundo tinha alguém na família que sofreu com a doença ou pelo menos conhecia alguém que foi infectado antes da erradicação da doença", indica o presidente da SBIm.
Por que a pólio pode voltar se a doença já estava erradicada?
O Brasil é um dos oito países sul-americanos que apresentam alto riscoblaze apostas onlinevolta da poliomielite, segundo relatório divulgado pela Opas (Organização Pan-Americanablaze apostas onlineSaúde)blaze apostas online2021.
Hoje, a doença só existeblaze apostas onlineforma endêmica (circulando o ano todo), no Afeganistão e no Paquistão países vizinhos na Ásia Meridional.
Mas a poliomielite tem aparecido na formablaze apostas online"derivado vacinal" nos Estados Unidos, Israel, Inglaterra e outros países, o que acende um alerta para o mundo todo.
São chamadosblaze apostas online"derivados da vacina" os vírus que circulam a partirblaze apostas onlineuma forma modificada do vírus originalmente contido na VOP (a vacina oral da poliomielite).

Crédito, Bettmann/Getty Images
Conforme explica Juarez Cunha, quando uma criança recebe a vacina oral (usada no Brasil somente para as dosesblaze apostas onlinereforço), que utiliza o vírus atenuado (vivo, mas enfraquecido), parte desse vírus pode sair nas fezes e acabar no esgoto, como foi observado em Londres no último mêsblaze apostas onlinejunho, aumentando o riscoblaze apostas onlineinfecção para quem não foi vacinado.
De acordo com um documento da "Polio Global Eradication Initiative", uma iniciativa da OMS para a erradicação da doença,blaze apostas onlineraras ocasiões, quando se replicam no intestino humano, as estirpes da VOP sofrem mutações genéticas e podem propagar-se nas comunidades que não estejam totalmente vacinadas contra a pólio, especialmente nas zonas onde não haja uma boa higiene, onde o saneamento seja deficiente ou onde exista sobrepovoamento.
"Outras mutações ocorrem à medida que estes vírus se propagamblaze apostas onlinepessoa para pessoa e, se um deles conseguir continuar a propagar-se numa população subvacinada, poderá, com o tempo, sofrer mutação genética até o pontoblaze apostas onlinerecuperar a capacidadeblaze apostas onlinecausar paralisia", diz o documento.
A experiência demonstra que uma baixa cobertura vacinal contra a pólio é o principal fatorblaze apostas onlinerisco para a emergência e propagaçãoblaze apostas onlineum surto por derivados da vacina.
Se a vacina oral for administrada apenas a algumas pessoas numa grande população suscetível, o vírus da vacina pode continuar a se multiplicar, mudar geneticamente e infectar não vacinadas. Já uma população que tenha sido amplamente vacinada estará protegida contra a mutação e propagação do vírus.

Crédito, Brazil Photos/Getty Images
"Para isso, a cobertura vacinal precisa ser melhorblaze apostas onlinemuitos países, inclusive o Brasil, que antesblaze apostas online2015 era considerado um exemplo a ser seguidoblaze apostas onlinetermosblaze apostas onlineimunização contra a pólio", aponta Gislayne Castro e Souzablaze apostas onlineNieto, pediatra e neonatologista e professora do cursoblaze apostas onlineMedicina da Universidade Positivo,blaze apostas onlineCuritiba, no Paraná.
Ambos os especialistas consultados pela BBC News Brasil apontam que, no futuro, a tendência é que somente vacinasblaze apostas onlinevírus inativados sejam usadas — no Brasil eblaze apostas onlinetodos os outros países.
Mas essa é uma mudança que deve acontecerblaze apostas onlineforma gradual, e enquanto não é concluída, todos os locais onde há baixa cobertura vacinal estãoblaze apostas onlinerisco. "Nos EUA, só o imunizante com vírus inativado é usado, mas ainda assim foi notificado um casoblaze apostas onlineinfecção por derivado da vacina. Provavelmente se deu por alguém que viajou", aponta Cunha.
Além da necessidadeblaze apostas onlinealta cobertura vacinal, outro ponto importante no combateblaze apostas onlinenovos surtos é vigilância das "paralisias flácidas", como são chamados os casosblaze apostas onlineperdablaze apostas onlinemovimentos causados pela pólio. "É importante checar se são motivados pela doença, mas essa é uma vigilância que não estamos conseguimos fazer no Brasil", indica.
Por fim, a faltablaze apostas onlineuma vigilância ambiental ativa que verifique constantemente se há poliovírus circulando nos esgotos também contribui para que o Brasil fique mais suscetível a novos casos.
Como receber a vacina contra a poliomielite e outras doenças
A vacinação é a única formablaze apostas onlineprevenção da poliomielite. Para que a criança receba o imunizante, basta que seu responsável legal a leve até um postoblaze apostas onlinevacinação.
A campanha nacional contra a pólio busca alcançar crianças menoresblaze apostas onlinecinco anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante (que é aplicado aos 2, 4 e 6 mesesblaze apostas onlineidade por meioblaze apostas onlineinjeção intramuscular) ou que ainda não tomaram as dosesblaze apostas onlinereforço com a vacina oral bivalente - VOP (gotinha).
Para adolescentes menoresblaze apostas online15 anos, os imunizantes disponíveis nos postosblaze apostas onlinevacinação são contra a hepatite, pneumonia, rotavírus, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, HPV, difteria, meningite, entre outras.
- Este texto foi publicadoblaze apostas onlinehttp://www.mi-rob.com/brasil-62471680
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