Agricultura brasileira ficará para trás se não considerar mudança do clima, diz ex-ministro:bilhetes prontos para hoje

  • João Fellet - @joaofellet
  • Da BBC News Brasilbilhetes prontos para hojeSão Paulo
Nuvens se acumulam, mas não produzem chuva e rachaduras são vistasbilhetes prontos para hojeuma represa municipal na África do Sul afetada pela secabilhetes prontos para hojenovembrobilhetes prontos para hoje2019

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Aquecimento causado por humanos causou danos irreparáveis ​​à Terra que podem piorar nas próximas décadas

bilhetes prontos para hoje Apesar do prestígiobilhetes prontos para hojeque Jair Bolsonaro desfrutabilhetes prontos para hojesetores do agronegócio, visível nas manifestações do 7bilhetes prontos para hojeSetembro, falta ao governo uma estratégia para ampliar a produçãobilhetes prontos para hojealimentos no país, diz Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centrobilhetes prontos para hojeAgronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em entrevista à BBC News Brasil, Rodrigues cita a estimativabilhetes prontos para hojeque a produção agrícola brasileira precisaria crescer 40%bilhetes prontos para hojedez anos para que, considerando o aumento projetadobilhetes prontos para hojeoutros países, a fome seja erradicada no mundo.

"As condições que temos agora permitiria que isso acontecesse. Mas vai acontecer? Não vai, porque não há estratégia", diz Rodrigues.

O ex-ministro afirma que falta ao país um plano integrado que promova melhorias logísticas, acordos comerciais com países grandes, seguros para agricultores e incentivos à formaçãobilhetes prontos para hojecooperativas.

Diz ainda que a agricultura brasileira sofrerá se não se adaptar à nova realidade imposta pelas mudanças climáticas - o que implicará mais investimentosbilhetes prontos para hojepesquisa e a adequação a novas regras comerciais que penalizarão atividades mais poluentes.

"Se não tivermos sustentabilidade, vamos ficar para trás", afirma.

Nascidobilhetes prontos para hoje1942bilhetes prontos para hojeCordeirópolis (SP), Rodrigues foi ministro da Agricultura entre 2003 e 2006, no governo Lula.

Floresta Amazônica margeada por terreno desmatado para plantiobilhetes prontos para hojesoja no MT

Crédito, Paulo Whitaker/Reuters

Legenda da foto, Desmatamento afeta o regimebilhetes prontos para hojechuvas e o clima local e no continente como um todo
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Antes, foi secretáriobilhetes prontos para hojeAgricultura no Estadobilhetes prontos para hojeSão Paulo (1993-1994) e presidiu várias organizações setoriais, como a Sociedade Rural Brasileira (SRB), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

A última, que representa grandes empresas e indústrias do setor, ampliou um racha no agronegócio ao divulgar um manifestobilhetes prontos para hojeque cita preocupações com "desafios à harmonia político-institucional e, como consequência, à estabilidade econômica e social".

O manifesto foi lido como uma crítica a Jair Bolsonaro embilhetes prontos para hojeofensiva contra as instituições.

A entrevista com Rodrigues ocorreu na sexta-feira (3/7). Na ocasião, ele disse que via as manifestações pró-governo programadas para o 7bilhetes prontos para hojeSetembro como "pacíficas" e que a adesãobilhetes prontos para hojeagricultores aos atos não mancharia a imagem do setor.

No dia 8, a BBC voltou a contatá-lo para questionar sebilhetes prontos para hojeposição se mantinha. Ele disse que sim, mas que preferia não comentar assuntos políticos.

Confira os principais trechos da entrevista.

bilhetes prontos para hoje BBC News Brasil - Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtoresbilhetes prontos para hojeSoja (Aprosoja), produto que é o carro-chefe do agronegócio brasileiro, está sendo investigado por integrar um grupobilhetes prontos para hojeapoiadores do presidente Jair Bolsonaro que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), estaria tramando ameaças à democracia. Qual abilhetes prontos para hojeavaliação?

bilhetes prontos para hoje Roberto Rodrigues - De certa forma, houve um desmentidobilhetes prontos para hojerelação às ameaças. Não há ameaça nenhuma, o que há é uma movimentação muito grande, englobando vários setoresbilhetes prontos para hojeserviços e da produção no Brasil, para questionar medidas tomadas pelo STF que estariam restringindo a liberdadebilhetes prontos para hojepessoas ou instituições. É uma manifestação.

O produtor rural brasileiro,bilhetes prontos para hojequalquer Estado,bilhetes prontos para hojequalquer produto, é pacifista. O papel dele é produzir e fazer o país ir para a frente.

Amazônia,bilhetes prontos para hojefotobilhetes prontos para hoje2017

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Floresta Amazônica é questão central no debate ecológico internacional

bilhetes prontos para hoje BBC - O presidente Bolsonaro tem feito várias ameaças às instituições, insuflou a população a comprar fuzis e convocou as pessoas às ruas para o 7bilhetes prontos para hojeSetembro. Essas pessoas do agronegócio não chancelam as posições dele ao estar presente ali, a pedido dele?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Primeiro, não tenho certeza se é a pedido dele. Acho que é uma coisa mais espontânea ligada a vários segmentos: caminhoneiros, serviços e produtoresbilhetes prontos para hojealgumas áreas do país. E também da área urbana.

Mas, por outro lado, como a ideia é muito pacífica, sem nenhuma provocação contra ninguém, a não ser contra açõesbilhetes prontos para hojealguns ministros do STF, não vejo nenhuma violência que possa manchar a imagem do agro brasileiro.

Se houvesse uma grande greve, como foi anunciado no começo, aí seria uma coisa mais preocupante, porque pararia o país, e esse não é o papel do produtor rural brasileiro. Mas esse ponto, parece-me, foi afastado.

(Nota da redação: Em Uberlândia,bilhetes prontos para hoje31bilhetes prontos para hojeagosto, Bolsonaro convocou seus apoiadores a ir às ruas no 7bilhetes prontos para hojeSetembro: "Acho que chegou a hora de, no dia 7, nos tornarmos independentes pra valer e dizer que não aceitamos que uma ou outra pessoabilhetes prontos para hojeBrasília queira imporbilhetes prontos para hojevontade. A vontade que vale é a vontadebilhetes prontos para hojetodos vocês", afirmou.)

bilhetes prontos para hoje BBC - O que explica a identificação tão grande desse setor do agronegócio com o Bolsonaro?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - O presidente escolheu uma ministra da Agricultura muito ligada ao movimento, que conhece os problemas do agro.

Depois,bilhetes prontos para hojealguma forma, ele mitigou processos anteriores muito difíceis para o produtor rural sobre temas ligados à questão trabalhista, fundiária, ambiental.

Instituições que cuidam desses temas, tipo Incra, Ibama, Ministério do Trabalho, ficaram menos agressivas, digamos assim, ao produtor rural, o que deu um conforto maior do que havia no passado. Isso gerou gratidão por parte do produtor ruralbilhetes prontos para hojemaneira geral, sobretudo na fronteira agrícola.

Também houve a trocabilhetes prontos para hojeministros das Relações Exteriores e do Meio Ambiente por pessoas mais alinhadas ao agro. O primeiro chanceler foi um pouco agressivobilhetes prontos para hojerelação à China, nosso principal mercado, criando problemasbilhetes prontos para hojeimagem. A troca dos dois foi muito bem vista.

Desmatamento na floresta amazônica

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Risco para o agronegócio é maior quando altas temperaturas são concomitantes com períodosbilhetes prontos para hojediminuição das chuvas

bilhetes prontos para hoje BBC - Qualbilhetes prontos para hojeavaliação do governo?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Essa é uma questão muito política, sobre a qual não gostobilhetes prontos para hojefalar. Acho que nós precisamos ter atenção a questões estratégicas para o país. Agora mesmo, temos o tema energético, que é central para o crescimento do país. É fundamental que a energia esteja disponível.

Sabia-se que a seca muito grande que aconteceubilhetes prontos para hojemarço até agosto deste ano poderia gerar problemas na ofertabilhetes prontos para hojeenergia, mas só na semana passada veio se falar nesse assunto. São temas dessa natureza, muito estratégicos para o país, que precisam ser tratados com mais antecipação e cuidado.

Precisamos ter resolvidas a reforma tributária e a do Estado. São coisas importantes que estavam anunciadas e não aconteceram ainda. Falta uma estratégia para que possamos avançar.

bilhetes prontos para hoje BBC - Temos visto uma divisão entre alguns setores do agronegócio. De um lado, grupos empresariais encabeçados pela Abag (Associação Brasileira do Agronegócio) têm tido posições mais críticas ao governo e ao desmatamento da Amazônia. De outro, grupos como os sojicultores seguem alinhados ao governo. Como avalia essas divergências?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Não acho que sejam divergências. A Abag, que ajudei a fundar,bilhetes prontos para hoje1993, é uma instituiçãobilhetes prontos para hojerepresentação do agronegócio, não da agropecuária. Ela lida com cadeia produtiva, indústriabilhetes prontos para hojeinsumos, transformação etc. Existem aproximações diferentes, com interesses diferentes.

bilhetes prontos para hoje BBC - Houve ao longo da história do Brasil diferentes setores da agropecuária que foram dominantes politicamente. Houve a época da cana, do café, e hoje temos um setorbilhetes prontos para hojegrãos muito forte. Como é a relação entre esses diferentes setores?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Nós tivemos ciclos anteriores, da borracha, da cana, do café, com uma coincidência entre quase todos eles: eram ciclos fortemente amparados por instituiçõesbilhetes prontos para hojegoverno. Havia uma relação muito íntima entre política pública e o setor produtivo.

Os (setores de) grãos são muito mais livres, cujas regras estão muito mais ligadas a bolsasbilhetes prontos para hojeChicago, Nova York, mercado internacional, preçobilhetes prontos para hojedólar, estoques globais.

Não há dependência desse setorbilhetes prontos para hojerelação ao governo. O que cria uma certa liberdade, uma independência, salvo naqueles temas que têm a ver com a agriculturabilhetes prontos para hojemaneira geral.

Máquina agrícolabilhetes prontos para hojecampo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O agronegócio corresponde a maisbilhetes prontos para hoje20% do PIB brasileiro

bilhetes prontos para hoje BBC - Ebilhetes prontos para hojerelação às agendas defendidas pelo setor? Vemos no Congresso muita ênfasebilhetes prontos para hojepautas como a regularização fundiária, uma pauta que faz mais sentidobilhetes prontos para hojeáreasbilhetes prontos para hojefronteira agrícola, assim como pautas contra a demarcaçãobilhetes prontos para hojeterras indígenas. Há muitas iniciativas para dificultar as demarcações e facilitar o arrendamentobilhetes prontos para hojeterras indígenas. Como o senhor vê o envolvimento do setor com essas pautas?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - São pautas polêmicas, porque interessam a alguns setores do agronegócio, e não a todos. Mas faz parte da história do país.

A questão fundiária da Amazônia é típica. Tem milharesbilhetes prontos para hojefamílias levadas para lá há décadas que até hoje não têm o direito à propriedade.

E, sem o direito à propriedade, não tem como oferecer garantia ao crédito rural. E, sem crédito rural, tem que sobreviverbilhetes prontos para hojealguma forma, até desmatandobilhetes prontos para hojemaneira ilegal. Temos que acabar com as ilegalidades todas.

O importante desse tema é acabar com a ilegalidade: ter todos processos institucionais definidos para que a ilegalidade seja combatida rigorosa e vigorosamente pelo Estado brasileiro. As ilegalidades é que mancham a imagembilhetes prontos para hojeum agro profissional competitivo e sustentável que o Brasil tem.

Esses projetos que circulam hoje têm prerrogativabilhetes prontos para hojecriar um marco legal definitivo para que não haja condiçãobilhetes prontos para hojetransigência nesse processo todo.

bilhetes prontos para hoje BBC - Mas o que se comenta é essas propostas buscam combater a ilegalidade legalizando o que é ilegal. Uma das propostasbilhetes prontos para hojeregularização fundiária, por exemplo, cria a possibilidadebilhetes prontos para hojeregularizar áreas públicas desmatadas até os diasbilhetes prontos para hojehoje.

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Isso é inaceitável. Deve-se legalizar o que é legalizável. O que é ilegalizável, ninguém quer. São injunções eventuaisbilhetes prontos para hojeinteresses específicosbilhetes prontos para hojesetores, mas o agronegócio como um todo não quer isso.

Ninguém quer legalizar grilagembilhetes prontos para hojeterra ou invasãobilhetes prontos para hojeterras públicas. É uma discussão ideológica que está fora dos desejo dos produtores rurais brasileiros profissionais.

Roberto Rodrigues discursando

Crédito, Assembleia Legislativabilhetes prontos para hojeMS

Legenda da foto, Roberto Rodrigues presidiu várias organizações do setor agrícola

bilhetes prontos para hoje BBC - Então haveria uma faltabilhetes prontos para hojeconexão entre os congressistas que defendem essas pautas e o setor como um todo?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Não sei se entre quem defende isso na ponta ou se é dentro do Congresso que há defasagem da discussão. No setor rural profissional, quem vive disso, quem trabalha com isso, ninguém quer nada ilegal.

Nem desmatamento, nem incêndio, nem grilagem, nem descumprimento dos contratos. Todos querem a legalização dos processos, sem que legalizar processos facilite a vidabilhetes prontos para hojebandido oubilhetes prontos para hojeinvasor.

bilhetes prontos para hoje BBC - Existe um discurso forte entre aliados do Bolsonarobilhetes prontos para hojeque uma vitória do Lulabilhetes prontos para hoje2022 poderia levar o Brasil ao socialismo. O que o senhor, que foi ministro no governo Lula, acha desse discurso?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Eu fui ministro dele e não sou socialista. Sou cooperativista. A vida inteira trabalhei com cooperativas, com associaçõesbilhetes prontos para hojeclasse, mecanismosbilhetes prontos para hojeintegração regional, setorial etc.

Se ele me levou ao ministério da Agricultura e depois trouxe outros ministros que não eram socialistas, não eram comunistas, acho que não há nenhuma acusaçãobilhetes prontos para hojeradicalização contra ele.

Não vejo no Lula essa visão ideológicabilhetes prontos para hojeesquerda radical.

bilhetes prontos para hoje BBC - O senhor tem dialogado com ele?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Há muitos anos não o vejo. A última vez foi há quatro, cinco anos, num grande eventobilhetes prontos para hojeMilão, quando ele fez uma fala e eu dei alguns dados para ele.

bilhetes prontos para hoje BBC - Fala-se muito do papel que o Brasil tem para alimentar uma crescente população global. Mas temos visto que, mesmo com crescimento das exportações agrícolas do Brasil, tem havido no país um aumento da fome e um encarecimentobilhetes prontos para hojeprodutos que fazem parte da dieta brasileira. Por quê?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - O que existe é a lei universal da oferta e da procura. Quando a oferta é menor que a demanda, os preços crescem.

Com a pandemia, os estoques mundiaisbilhetes prontos para hojegrãos, particularmente, eram baixos. Muitos países foram afetados pela pandemia na medidabilhetes prontos para hojeque houve colapsobilhetes prontos para hojetransporte, faltou contêiner, faltou navio.

Por outro lado, tínhamos um problemabilhetes prontos para hojedesemprego, agravado pela pandemia.

Nós produzimos, tivemos safras poderosas. A oferta cresceu aqui, mas não cresceu no mundo por circunstâncias climáticas. Os preços subirambilhetes prontos para hojedólar.

E nós tivemos aqui um adicional: como o dólar ficou valorizado aqui, os preços aumentaram mais ainda, gerando uma inflaçãobilhetes prontos para hojealimentos.

Só tem um jeitobilhetes prontos para hojeresolver isso aí: com uma safra grande, que aumente os estoques globais, para que os preços caiam.

bilhetes prontos para hoje BBC - Alguns setores defendem que o governo restrinja exportaçõesbilhetes prontos para hojealimentos para baixar os preços internos. O que o senhor acha?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Acho que o mercado tembilhetes prontos para hojefuncionar. Se você exporta e falta comida, que importe. Tem que ter uma política liberal. Cada vez que você interfere no comércio ou cria um tipobilhetes prontos para hojesubvenção oubilhetes prontos para hojeproteção, distorce o mercado.

Há um tema discutidobilhetes prontos para hojeformaçãobilhetes prontos para hojeestoques. O Estado não deve ter o estoque dele, mas pode financiar estoques privados. Isso pode ajudar muitobilhetes prontos para hojecrises como a deste ano.

Soja

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Maior associaçãobilhetes prontos para hojeprodutoresbilhetes prontos para hojesoja é próximabilhetes prontos para hojeBolsonaro e deixou a Abag por discordarbilhetes prontos para hojecarta com sugestões para frear o desmatamento

bilhetes prontos para hoje BBC - Há vários anos o senhor deu uma entrevista dizendo que o Brasil poderia colaborar com a faltabilhetes prontos para hojealimentos no mundo ampliando a produtividade e também abrindo novas áreas para a agricultura. O senhor continua defendendo a aberturabilhetes prontos para hojenovas áreas?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - A legislação brasileira ficou muito mais restritiva e rigorosa. Por outro lado, não vejo a necessidadebilhetes prontos para hojeabrir novas áreas. Estamos com tecnologias, como a integração lavoura-pecuária-floresta, que hoje tem milhõesbilhetes prontos para hojehectares no Brasil, e reduziu a demanda por áreas novas.

Hoje o que está impulsionado a produçãobilhetes prontos para hojecomida (no Brasil) é pasto que está virando alimento.

A liberaçãobilhetes prontos para hojeáreasbilhetes prontos para hojepastagem é suficiente pra plantar alimento, fibras, energia, madeira, sem precisar desmatar mais nada.

O que acho é que nós no Brasil temosbilhetes prontos para hojenos preocupar não apenasbilhetes prontos para hojeexportar alimentos, masbilhetes prontos para hojeensinar países tropicais com tecnologias e instituições que nós fizemos para que eles também sejam mais capazesbilhetes prontos para hojese autoalimentar.

bilhetes prontos para hoje BBC - O senhor vê a agricultura brasileira preparada, consciente e se planejando para lidar com as mudanças climáticas?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - A questão das mudanças climáticas é um dado da realidade e já preocupa muita gente. Até porque vai implicar tecnologias inovadoras que permitam cultivarbilhetes prontos para hojeáreas que se tornarão improdutivas.

Mas, mais do que isso, tem a ver com regrasbilhetes prontos para hojecomércio que estão sendo criadas na Europa e evoluindo para EUA, China e outros grandes compradores do mundo tendobilhetes prontos para hojevista a inibição da emissãobilhetes prontos para hojecarbono. É um tema determinante para a competitividade.

Se não tivermos sustentabilidade, vamos ficar para trás. Essa questão já está muito clara na cabeça dos produtores rurais brasileiros, sobretudo as lideranças, e o processo está avançando. Estaremos na COP-26 (conferência climática da ONU),bilhetes prontos para hojeGlasgow (Escócia),bilhetes prontos para hojenovembro, para tratar das mudanças climáticas e regrasbilhetes prontos para hojecomércio.

O pessoal está acordado para o processo esperando que o governo faça a parte dele nas negociações e não engula qualquer métrica que seja impostabilhetes prontos para hojefora para dentro. Temosbilhetes prontos para hojeter nossas métricas também para avaliar qual o tamanho da emissão associada às nossas exportações.

Carnes penduradas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Grandes empresas brasileiras do setorbilhetes prontos para hojefrigoríficos anunciaram recentemente metas para equilibrar emissões e absorçãobilhetes prontos para hojegases causadores do efeito estufa

bilhetes prontos para hoje BBC - Quais os temas centrais para a agricultura brasileira hoje?

bilhetes prontos para hoje Rodrigues - Tem um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) dizendo que,bilhetes prontos para hojedez anos, a oferta mundialbilhetes prontos para hojealimento precisa crescer 20% para que não haja fome no mundo.

Para que isso ocorra, a produção do Brasil precisaria crescer 40%. As condições que temos agora permitiria que isso acontecesse. Mas vai acontecer? Não vai, porque não há estratégia. Falta-nos estratégia.

Não existe logística e infraestrutura, o que só vai ser resolvido com parceria público-privada. O setor privado só vai investir com segurança jurídica. E a segurança jurídica só vai existir com reformas: tributária, reforma política, do Estado.

O segundo ponto é o comércio. Hoje 40% do comércio globalbilhetes prontos para hojealimentos acontece no âmbitobilhetes prontos para hojeacordos bilaterais e multilaterais. Não temos nenhum acordo importante.

O acordo do Mercosul com a União Europeia, que é crucial para nós, está patinando até hoje por errosbilhetes prontos para hojeconduta do Brasil ebilhetes prontos para hojeoutros países do Mercosul.

O terceiro ponto é tecnologia. Tem que investir mais do que estamos investindo, porque os países desenvolvidos estão investindo, inclusivebilhetes prontos para hojepaíses tropicais, para plantar lá.

Um quarto ponto é a políticabilhetes prontos para hojerenda. Basicamente, temosbilhetes prontos para hojeestabilizar quem está produzindo no campo com seguro rural. Hoje só tem 10% da produção agrícola segurada porque o governo não faz a parte dele nos orçamentos do seguro rural.

Falta uma estratégia que considere logística, políticabilhetes prontos para hojecomércio, política tecnológica, políticabilhetes prontos para hojerenda no campo, sustentabilidade na área sanitária, rastreabilidade, certificaçãobilhetes prontos para hojeprodutos e organização rural.

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