Riscoescandalo das apostas futebolgolpe cresceu na América Latina, mas militares brasileiros preferem 'bastidores', diz professorescandalo das apostas futebolHarvard:escandalo das apostas futebol

  • Camilla Veras Mota - @cavmota
  • Da BBC Brasilescandalo das apostas futebolSão Paulo
Bolsonaro com militares

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Para Steven Levitsky, golpe nos moldesescandalo das apostas futebol1964 é hoje 'improvável' no Brasil

escandalo das apostas futebol Em escandalo das apostas futebol Como as Democracias Morrem escandalo das apostas futebol , o cientista político e professor da Universidadeescandalo das apostas futebolHarvard Steven Levitsky e o colega Daniel Ziblatt escreveram que golpes militares "clássicos" como os vistos na América Latina nos anos 1960 e 1970 eram cada vez mais raros.

Em um mundoescandalo das apostas futebolque populistas autoritáriosescandalo das apostas futeboldireita entravam no sistema político pela porta da frente, por meioescandalo das apostas futeboleleições tradicionais, as democracias minguavam lentamente, sem um grande momentoescandalo das apostas futebolruptura como no passado.

Lançadoescandalo das apostas futebol2018, o livro buscava entender o contexto que possibilitou a ascensãoescandalo das apostas futebolDonald Trump nos Estados Unidos, exumando crises no sistema democráticoescandalo das apostas futeboldiversos países, da Alemanha sob Hitler à Venezuelaescandalo das apostas futebolHugo Chávez.

Passados menosescandalo das apostas futebolcinco anos, contudo, o cenário parece diferente. Trump saiuescandalo das apostas futebolcena — e o fantasma da intervenção militar volta a rondar a América Latina.

"Pela primeira vez durante minha carreira, a região começa a 'cheirar' cada vez mais como a América Latina dos anos 1970 [quando foi palcoescandalo das apostas futeboluma sérieescandalo das apostas futebolgolpes militares]", disse Levitsky à BBC News Brasil. "Vejo níveis elevadíssimosescandalo das apostas futebolpolarização no Chile, no Peru, no Brasil, na Bolívia, no México, na Colômbia…"

O Brasil, ele exemplifica, vive um "risco real"escandalo das apostas futebolter eleições marcadas por episódiosescandalo das apostas futebolviolênciaescandalo das apostas futebol2022 caso Bolsonaro se recuse a deixar o poder.

"[Pode ser] Algo semelhante ao que aconteceu nos Estados Unidos [a invasão ao Capitólioescandalo das apostas futebol6escandalo das apostas futeboljaneiro]", diz o cientista político, nomeado no ano passado diretor do Centro David Rockefeller para Estudos Latino-Americanos,escandalo das apostas futebolHarvard.

Ainda assim, o especialista avalia como "improvável" uma escalada que resulteescandalo das apostas futebolum golpe nos moldesescandalo das apostas futebol1964. Nestes anosescandalo das apostas futebolgoverno Bolsonaro, diz Levitsky, os militares viram as vantagensescandalo das apostas futebolatuar nos bastidores, conquistando espaçosescandalo das apostas futebolpoder sem a necessidadeescandalo das apostas futeboluma ruptura institucional.

Assim, o "custo"escandalo das apostas futebolse entrincheirar ao ladoescandalo das apostas futebolBolsonaro para defendê-lo é muito alto, pontua. Especialmente neste momento.

"Se ele [Bolsonaro] fosse popular, como Fujimori no Peruescandalo das apostas futebol1991, ou Hugo Chávez na Venezuela dos anos 1990, talvez. Mas um Bolsonaro com 24%escandalo das apostas futebolaprovação… me surpreenderia. Alguns dos militares têm uma afinidade ideológica com Bolsonaro, mas, olhando a corporação como um todo, acho que é muito arriscado e muito custoso afundar com o navio — e o navio Bolsonaro está afundando."

Steven Levitsky

Crédito, divulgação

Legenda da foto, Levitsky é diretor do Centro David Rockefeller para Estudos Latino-Americanos,escandalo das apostas futebolHarvard
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A seguir, os principais trechos da entrevista.

escandalo das apostas futebol BBC News Brasil - escandalo das apostas futebol O senhor escreveuescandalo das apostas futebol escandalo das apostas futebol Como as Democracias Morrem escandalo das apostas futebol que a erosão das democracias acontece muitas vezesescandalo das apostas futebolforma imperceptível para quem olha "de dentro". Olhandoescandalo das apostas futebolfora, como o senhor enxerga a democracia brasileira, ela estariaescandalo das apostas futebolrisco?

escandalo das apostas futebol Steven Levitsky - Ah sim, definitivamente. Sempre que se elege um primeiro-ministro ou um presidente que abertamente não está comprometido com as regras do sistema democrático a democracia é colocadaescandalo das apostas futebolrisco.

Nós vimos isso muito claramente nos Estados Unidos. A democracia americana sobreviveu à criseescandalo das apostas futebol2020/2021, mas sofreu — e estamos falandoescandalo das apostas futeboluma das mais antigas e estáveis democracias do mundo. Um país onde dez anos atrás ninguém acreditaria ser possível que um presidente tentasse um autogolpe, tentasse roubar as eleições, ou que se assistiriam a insurreições violentas.

Nós elegemos um presidente claramente autoritário, o colocamos na Casa Branca, e ele se recusou a aceitar que foi derrotado, tentou roubar as eleições. Nossas instituições, talvez a força da oposição, ajudaram a impedir que Trump lograsse êxito, mas a democracia americana atravessou uma grave crise.

O Brasil tem instituições democráticas bastante sólidas, talvez não tão sólidas quanto as dos Estados Unidos… Um fator que certamente ajudou a salvar a democracia americana foram os fortes controles civis sobre as Forças Armadas. O sonhoescandalo das apostas futebolTrump era mobilizar as Forças Armadas, mas os militares se recusaram.

No Brasil, nós não sabemos. Os brasileiros elegeram alguém ainda mais autoritário do que Donald Trump. Jair Bolsonaro é uma das figuras mais autoritárias eleitas nas últimas décadas nas Américas.

O Brasil tem instituições democráticas sólidas, que podem sobreviver a Bolsonaro, mas há uma boa chanceescandalo das apostas futebolque Bolsonaro tente usar algum tipoescandalo das apostas futebolmedida ilegal ou mesmoescandalo das apostas futebolviolência para tentar evitar que ele deixe o poder nas eleiçõesescandalo das apostas futebol2022. Algo semelhante ao que aconteceu nos Estados Unidos [a invasão ao Capitólioescandalo das apostas futebol6escandalo das apostas futeboljaneiro]. Acho que Bolsonaro é ainda mais autoritário do que Trump, e os militares têm um papel maior do que nos Estados Unidos, então é um risco real.

Manifestantes trumpistas dentro do Capitólio

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Protestoescandalo das apostas futebolapoiadoresescandalo das apostas futebolTrumpescandalo das apostas futebol6escandalo das apostas futeboljaneiro culminouescandalo das apostas futebolviolenta invasão ao Congresso americano

escandalo das apostas futebol BBC News Brasil - Sobre a questão dos militares. No livro, o senhor argumenta que golpes militares "clássicos" como os que varreram a América Latina nos anos 1960 e 1970 são cada vez mais raros. Por outro lado, avalia que o fracasso da tentativaescandalo das apostas futebolautogolpeescandalo das apostas futebolTrump não prosperou porque ele não tinha os militares ao seu lado. Bolsonaro tem apoioescandalo das apostas futebolparte das Forças Armadas. Qual seria o riscoescandalo das apostas futebolo Brasil sofrer um golpe militar "clássico"escandalo das apostas futebol2022, por exemplo?

escandalo das apostas futebol Levitsky - A América Latina tem um longo históricoescandalo das apostas futebolintervenções e golpes militares, então, não podemos simplesmente excluir essa possibilidade.

E o nívelescandalo das apostas futebolpolarização na América Latina é extremamente elevado neste momento. Pela primeira vez durante minha carreira, a região começa a "cheirar" cada vez mais como a América Latina dos anos 1970… Níveis elevadíssimosescandalo das apostas futebolpolarização no Chile, no Peru, no Brasil, na Bolívia, no México, na Colômbia…

Tivemos um golpe militar clássicoescandalo das apostas futebolHondurasescandalo das apostas futebol2009, pouco maisescandalo das apostas futeboluma década atrás. E há uma pressão para algo semelhante a um golpe militar clássico no Peru neste momento. Espero que não vá para frente, mas o Peru não se via na iminênciaescandalo das apostas futebolum golpe militar havia décadas.

Manifestante no Peru

Crédito, EPA

Legenda da foto, Peru teve ondaescandalo das apostas futebolprotestosescandalo das apostas futebolnovembroescandalo das apostas futebol2020 após impeachment do presidente Martín Vizcarra

No Brasil, acho que é mais provável que os militares se arroguem o velho papelescandalo das apostas futebol"poder moderador", nos bastidores, ajudando a tirar alguém do poder ou a colocar,escandalo das apostas futebolvezescandalo das apostas futeboltomar o poder comoescandalo das apostas futebol1964. Ainda acho que um golpe como oescandalo das apostas futebol1964 é improvável, mas os militares estão mais uma vez na arena política brasileira, o que acho uma tragédia, com sérias consequências negativas para a democracia.

escandalo das apostas futebol BBC News Brasil - E por que o senhor acha que existe essa preferência pelo chamado "poder moderador" aqui?

escandalo das apostas futebol Levitsky - Uma das razões, infelizmente, é o fatoescandalo das apostas futebolas Forças Armadas gozaremescandalo das apostas futebolmuito mais prestígio entre a opinião pública do que qualquer partido político. Cercaescandalo das apostas futebol15% dos brasileiros dizem que confiam nos partidos políticos, enquanto quase 50%, se não estou enganado, afirmam confiar nas Forças Armadas. Essa lacuna é muito perigosa. O fato de,escandalo das apostas futeboluma democracia, as pessoas preferirem os militares aos políticos é perigoso, cria uma tentação para que os políticos se voltem às Forças Armadasescandalo das apostas futebolbuscaescandalo das apostas futebolum aliado.

Mas também acho que tem muito a ver com Bolsonaro. Ele chegou ao poderescandalo das apostas futebolcerta forma sem partido político, nunca foi fiel a uma agremiação política... Ele queria governar sozinho, mas não se governa o Brasil sozinho. Precisavaescandalo das apostas futebolaliados. E, para ele, por causaescandalo das apostas futebolsua ideologia,escandalo das apostas futebolidentificação com as Forças Armadas, os militares eram aliados naturais.

Não consigo te dizer porque militares da ativa e da reserva aceitaram servi-lo, mas foi praticamente um presente o que eles receberam. Se um governo oferece mais prestígio, mais espaçosescandalo das apostas futebolpoder, você aceita, certo? Está dado.

Então, tem sido um bom negócio para os militares, que há décadas não vinham sendo tratados com o mesmo prestígio. Depois da ditadura, houve um movimento sério e real para estabelecer controles civis sobre as Forças Armadas no Brasil, para afastar os militares da política, o que foi uma grande conquista dos anos 1990 e início dos 2000.

Agora, os militares têm uma nova oportunidadeescandalo das apostas futebolse aproximar do poder, mais acesso a recursos. Mas é difícil governar, então, ainda penso que os militares,escandalo das apostas futebolforma geral, têm dúvidas sobre governarescandalo das apostas futebolfato o país. E, agora, Bolsonaro perdeu apoio, perdeu prestígio tanto perante a opinião pública quanto o establishment, a elite econômica e a classe política tradicional. Então me surpreenderia uma intervenção dos militaresescandalo das apostas futebolfavorescandalo das apostas futebolum político tão isolado quanto Bolsonaro.

Se ele fosse popular, como Fujimori no Peruescandalo das apostas futebol1991, ou Hugo Chávez na Venezuela dos anos 1990, talvez. Mas um Bolsonaro com 24%escandalo das apostas futebolaprovação… me surpreenderia. Alguns dos militares têm uma afinidade ideológica com Bolsonaro, mas, olhando a corporação como um todo, acho que é muito arriscado e muito custoso afundar com o navio — e o navio Bolsonaro está afundando.

Manifestante segura cartaz com dizeres 'Fora Bolsovírus'

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Com cada vez menos apoio popular, Bolsonaro deixouescandalo das apostas futebolservirescandalo das apostas futebolmodelo para líderes populistasescandalo das apostas futeboldireita na América Latina, diz cientista político

escandalo das apostas futebol BBC News Brasil - A probabilidade maior então é que eles deixem Bolsonaro derreter sozinho e sigam a vida?

escandalo das apostas futebol Levitsky - Acho que sim. Há muito medoescandalo das apostas futebolrelação a Lula… ainda que meus amigos mais ao centro do espectro político não estejam felizes, parece que Lula vai ser o principal candidato contra Bolsonaro no segundo turno. Parece cada vez mais inevitável.

escandalo das apostas futebol BBC News Brasil - O que não ajuda na questão da polarização...

escandalo das apostas futebol Levitsky - Pois é, e assim é a democracia. Não há nada que se possa fazer sobre isso. Se for isso que os eleitores quiserem, isso é o que vai acontecer.

Mas é muito importante para a democracia brasileira garantir que não haja ruptura democrática, que Lula construa uma grande coalizão democrática que inclua o centro e mesmo a centro-direita. Não deve ser apenas o PT como oposição, deve ser uma grande coalizão democrática como nos anos 1980, por exemplo, com o MDB. E eles não deveriam cometer o erroescandalo das apostas futebolesperar pelo segundo turno, deveriam fazê-lo no primeiro turno.

Isso não vai resolver os problemasescandalo das apostas futebollongo prazo do Brasil, claro. Uma grande coalizão permitiria que os brasileiros pudessem começar a confrontar seus outros problemas. Evitaria que as eleições fossem roubadas, evitaria um golpe ou uma ruptura democrática. Os brasileiros não vão conseguir começar a resolver seus problemas com Bolsonaro no poder. Ele cria novos problemas. Veja a questão trágica da saúde pública.

escandalo das apostas futebol BBC News Brasil - O senhor comentou sobre o fatoescandalo das apostas futebolBolsonaro estar perdendo apoio. O que acontece quando um político eleito com a promessaescandalo das apostas futebol"consertar" o sistema se vêescandalo das apostas futebolmeio a denúnciasescandalo das apostas futebolcorrupção? É mais difícil para um líder autoritário se manter no poder nesse cenário?

escandalo das apostas futebol Levitsky - Sim, com certeza. Políticos autoritários têm mais facilidade para se manter no poder se têm sucesso — ou, pelo menos, se passam a imagemescandalo das apostas futebolserem bem-sucedidos.

Alberto Fujimori conseguiu porque acabou com a hiperinflação, capturou Abimael Guzmán [líder do grupo maoísta Sendero Luminoso] e derrotou o Sendero Luminoso. As coisas correram muito bem na Venezuela por pelo menos uma década com Hugo Chávez. Ele teve a sorteescandalo das apostas futebolse deparar com um cicloescandalo das apostas futebolvalorização nos preços do petróleo a partirescandalo das apostas futebol2002, então, a Venezuela viveu um boom em 2004, 2005, 2006, 2007, 2008. E Chávez tirou proveito disso, conseguiu redistribuir bilhõesescandalo das apostas futeboldólares aos pobres.

Evo Morales [presidente da Bolívia entre 2006 e 2019] e Rafael Correa [presidente do Equador entre 2007 e 2017] por muitos anos durante suas respectivas presidências tiveram êxitos que permitiram que eles consolidassem poder.

Quando as coisas não vão bem, é mais difícil dar certo. Isso foiescandalo das apostas futebolparte o problemaescandalo das apostas futebolTrump, que não conseguiu responder à pandemia à altura. Lucio Gutiérrez no Equador [presidenteescandalo das apostas futebol2003 a 2005, quando renunciou] é outro exemplo. Nada é garantido, mas os políticos outsiders que têm um desempenho ruim, que não cumprem o que prometem, que se veem implicados no meio da velha corrupção, ou mesmoescandalo das apostas futebolnovas denúncias, eles geralmente se veem bastante enfraquecidos.

escandalo das apostas futebol BBC News Brasil - No começo da nossa conversa o senhor disse avaliar que a democracia brasileira estáescandalo das apostas futebolrisco. A quais sinais devemos estar atentos nesse sentido?

escandalo das apostas futebol Levitsky - Eles não são difíceisescandalo das apostas futebolse encontrar, já que Bolsonaro os emite praticamente todos os dias. Um "sinal vermelho" clássico, por exemplo, é qualquer discurso sobre fraude no sistema eleitoral. Quando você tem um paísescandalo das apostas futebolque o processo eleitoral é sabida e tradicionalmente confiável,escandalo das apostas futebolque qualquer especialista, doméstico ou estrangeiro, sabe que o sistema é confiável e o presidenteescandalo das apostas futebolexercício começa a falarescandalo das apostas futebolfraude… você sabe que ele está tentando enfraquecer o processo eleitoral. Esse é o "sinal vermelho" número um.

Número dois seria a tentativaescandalo das apostas futebolenfraquecer, atacar ou controlar o Judiciário. Outro sinal, e que já vimos Bolsonaro fazer, é a tentativaescandalo das apostas futebolpolitizar as Forças Armadas. O fatoescandalo das apostas futeboloficiais agiremescandalo das apostas futebolnomeescandalo das apostas futebolBolsonaro deveria ser considerado um duplo "sinal vermelho".

E, finalmente, eu mencionaria a incitação à violência ou a ameaçaescandalo das apostas futebolviolência. A retórica da violência já é por si só um "sinal vermelho".

escandalo das apostas futebol BBC News Brasil - Então nem é preciso chegar às viasescandalo das apostas futebolfato, digamos assim. A ameaçaescandalo das apostas futebolviolência já deveria ser preocupante?

escandalo das apostas futebol Levitsky - Sim, e essa foi uma das questões nos Estados Unidos. Por quatro anos, Trump aplaudiu gruposescandalo das apostas futebolmilícias, e o Partido Republicano meio que se recusou a condená-los publicamente. Bom, esses caras tentaram invadir o Capitólio no dia 6escandalo das apostas futeboljaneiro [de 2021], promovendo violência. Recusar-se a condenar violência política ou a atividadeescandalo das apostas futebolmilícias armadas é muito, muito perigoso.

Eu me preocupo muito com o Brasilescandalo das apostas futebolrelação a isso, porque há muita gente armada. Militares da reserva, da ativa, alguns policiais, talvez algumas milícias. Tem muita gente armada no Brasil que Bolsonaro poderia mobilizar.

Bolsonaro com Mourão, Braga Neto e André Mendonça

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Bolsonaro permitiu que militares entrassem novamente na arena política, com 'sérias consequências negativas' para a democracia brasileira, diz Levitsky

escandalo das apostas futebol BBC News Brasil - Quando o senhor escreveu escandalo das apostas futebol Como as Democracias Morrem escandalo das apostas futebol o mundo temia pelo futuro da democracia ante a ascensão do populismoescandalo das apostas futeboldireita. Hoje, com Trump fora da equação, qualescandalo das apostas futebolvisão sobre o cenário? Ele ainda é preocupante?

escandalo das apostas futebol Levitsky - É parecido. Mas poderia ser muito pior, se Trump tivesse sido reeleito e Bolsonaro, mais bem-sucedido. Eu teria ficado muito mais preocupado. Acho que é boa notícia para o Brasil o fatoescandalo das apostas futebolTrump ter perdido as eleições.

E Bolsonaro, quando foi eleito, fez surgir inúmeros "imitadores" pela América Latina, políticosescandalo das apostas futeboldireita que aspiravam ser o "Bolsonaro do Peru", o "Bolsonaro do Chile"... Felizmente, Bolsonaro tem cada vez menos servidoescandalo das apostas futebolmodelo, porque não tem sido bem-sucedido. Então, o fracasso dessas figuras autoritáriasescandalo das apostas futebolduas grandes democracias, os Estados Unidos e o Brasil, eu diria que são bons sinais.

Dito isso, o nívelescandalo das apostas futebolpolarização segue altoescandalo das apostas futebolpraticamente todo o mundo, mas especialmente nos Estados Unidos e na América Latina. A democracia americana segue ameaçada. O Partido Republicano continua se distanciandoescandalo das apostas futebolseu antigo papelescandalo das apostas futebolpartido tradicionalescandalo das apostas futebolcentro e se aproximandoescandalo das apostas futebolum perfil autoritário.

No Brasil, no Chile, na Colômbia, no Peru, apareceram recentemente elementos à esquerda e à direita, mas mais majoritariamente à direita, que são abertamente autoritários.

Enquanto o nívelescandalo das apostas futebolpolarização estiver nos níveis que estamos vendo hoje,escandalo das apostas futebolcerta medida semelhante ao que vimos nos anos 1970, a democracia estaráescandalo das apostas futebolrisco. Há muitas maneiras pelas quais uma democracia pode morrer, mas,escandalo das apostas futebolum contextoescandalo das apostas futebolextrema polarização, as chancesescandalo das apostas futebolcrise na democracia são sempre muito altas.

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