Denúncias fragilizam Bolsonaro, mas impeachment dependesmash apostas sitemais provas e povo nas ruas, dizem deputados:smash apostas site

O "superpedido" apresentado nesta quarta-feira, porém, é resultadosmash apostas siteuma articulação anterior à escaladasmash apostas sitedenúncias contra o governo envolvendo a comprasmash apostas sitevacinas.

Bolsonaro já estava sob forte desgaste após o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda e seu irmão, o deputado Luís Cláudio Miranda (DEM-DF), terem revelado que informaram o presidentesmash apostas sitemarço sobre sinaissmash apostas siteilegalidades no contrato firmadosmash apostas sitefevereiro para comprasmash apostas site20 milhõessmash apostas sitedoses da vacina indiana Covaxin — o negócio, porém, só foi suspenso pelo governo na terça-feira (29/6), depoissmash apostas sitea denúncia se tornar pública.

A pressão sobre o presidente aumentou com duas novas denúncias na noitesmash apostas siteterça-feira (29/6). Segundo reportagem do jornal Folhasmash apostas siteS.Paulo, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representantesmash apostas siteuma empresa que comercializaria vacinas da AstraZeneca, relatou ao jornal que recebeu um pedidosmash apostas sitepagamentosmash apostas sitepropina do diretorsmash apostas siteLogística do Ministério da Saúde, Roberto Dias.

Já a revista Crusoé publicou uma reportagem afirmando que o lobista Silviosmash apostas siteAssis e o líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), participaramsmash apostas siteuma reuniãosmash apostas siteque foi oferecida propina ao deputado federal Luís Miranda para que ele não atrapalhasse a venda da vacina Covaxin ao Ministério da Saúde.

O líder do MDB na Câmara, deputado Isnaldo Bulhões Júnior (AL), disse à BBC News Brasil que as denúncias são graves, mas considera necessário aguardar a conclusão da investigação da CPI para avaliar se há provassmash apostas siteilegalidades. Prevista para durar até o iníciosmash apostas siteagosto, a comissão deve ser prorrogada por mais 90 dias.

"Não é o momento aindasmash apostas sitediscutir isso (impeachment). Tem que ter um ambiente político,smash apostas site(manifestações contra Bolsonaro nas) ruas principalmente. E o ponto principal é a comprovaçãosmash apostas sitecrime. Mas, pelo que me consta até agora, estásmash apostas sitefasesmash apostas sitedenúncia, não é uma conclusãosmash apostas siteinvestigação", ressaltou.

Para o deputado Fábio Trad (PSD-MS), que integra a bancadasmash apostas siteuma dos maiores partidos do Centrão, o "vento virou a favor do impeachment" na sexta-feira (26/6), com o depoimento dos irmãos Miranda na CPI.

"E agora os ventos ficaram mais intensos na minha visão, porque, além das menções dos irmãos Miranda, já surgem mençõessmash apostas siteempresáriosmash apostas sitecorrupção privada com corrupção pública", acrescenta, citando as reportagens do jornal Folhasmash apostas siteS.Paulo e da revista Crusoé.

Apesar disso, ele concorda que ainda não há condições concretas para o processo começar na Câmara. "O que nos resta ver é, primeiro, se a CPI vai emprestar mais consistência a estas provas, aprofundando as investigações. E, segundo, se isso vai motorizar a indignação nas ruas da população. Hoje, a CPI está mais forte que o Centrão, indiscutivelmente. O Centrão está, eu não diria acuado, mas está com um pé atrás", avalia.

Trad é um raro opositor a Bolsonaro no PSD da Câmara. Mas ele diz ver um crescimento dessa posição na bancada. "Eu era minoria isolada (contra Bolsonaro no PSD). Agora sou minoria não isolada. O grosso está com o governo, mas é cedo, porque estamos no meio do terremoto, não sabemos o tamanho do estrago. Se eu era minoria e agora eu sou menos minoria, a tendência é que isso continue crescendo", acredita.

Até o momento, Bolsonaro não comentou diretamente as notícias sobre supostas propinas nas negociações das vacinas. Sobre as suspeitas levantadas no contrato da Covaxin, o presidente disse que a CPI inventou "corrupção virtual", já que até o momento não houve pagamento e entregasmash apostas sitedoses.

"Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI integrada por sete bandidos que vão nos tirar daqui", disse Bolsonaro nesta quarta-feira, durante eventosmash apostas sitePonta Porã (MS).

Os "sete bandidos" são uma referência aos sete senadores que têm uma postura crítica ao governo na comissão.

'Arthur Lira não pula na cova com Bolsonaro', diz deputado do PP

Após um começosmash apostas sitegovernosmash apostas siteque se recusou a negociar cargossmash apostas sitetrocasmash apostas siteapoio político, Bolsonaro iniciou uma relação com partidos do Centrão há cercasmash apostas siteum ano, depois da prisãosmash apostas siteFabrício Queiroz, acusadosmash apostas siteser o operadorsmash apostas siteum esquemasmash apostas siterachadinha (desviosmash apostas siterecursos) do antigo gabinetesmash apostas sitedeputado estadualsmash apostas siteumsmash apostas siteseus filhos, o hoje senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

A aproximação visousmash apostas siteproteção contra um processosmash apostas siteimpeachment e a construçãosmash apostas siteuma base que permitisse aprovar propostassmash apostas siteinteresse do governo no Congresso.

A partir da distribuiçãosmash apostas sitecargos na máquina federal entre indicadossmash apostas siteparlamentares e do aumento da liberaçãosmash apostas siteverbas para redutos eleitoraissmash apostas sitecongressistas aliados, a situaçãosmash apostas siteBolsonaro ficou mais confortável no Parlamento, processo que culminou com a eleiçãosmash apostas siteArthur Lira (PP-AL) para presidir a Câmara.

A vitória do aliado foi crucial para Bolsonaro porque é Lira que tem o podersmash apostas siteiniciar ou barrar a aberturasmash apostas siteprocessossmash apostas siteimpeachment na Câmara.

"Aqui seguimos a pauta do Brasil, das reformas e dos avanços. Respeito a manifestação democrática da minoria. Mas um processosmash apostas siteimpedimento exige mais que palavras. Exige materialidade", afirmou ao portal G1 o presidente da Câmara, após a entrega do "superpedido"smash apostas siteimpeachment.

Embora a aliança entre Lira e Bolsonaro ainda pareça sólida, nos bastidores do Congresso entende-se que ela pode se quebrar se a conjuntura seguir se agravando.

Embora essa aliança ainda pareça sólida, nos bastidores do Congresso entende-se que ela pode se quebrar se a conjuntura contra Bolsonaro seguir se agravando.

"Se chegar a uma situação insustentável, ele (Arthur Lira) vai até a cova, mas não vai pular na cova com Bolsonaro", disse à BBC News Brasil um deputado do PP, que pediu para ter seu nome preservado.

O analista político Antônio Augustosmash apostas siteQueiroz, do Departamento Intersindicalsmash apostas siteAssessoria Parlamentar (Diap), também considera que o apoio do Centrão pode ser abalado caso a crise se degringole.

Ele ressalta que o escândalo das vacinas criou fissuras dentro do grupo, tendosmash apostas siteum lado um antigo apoiadorsmash apostas siteBolsonaro como denunciante, o deputado Luís Miranda (DEM-DF), esmash apostas siteoutro o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-AL), apontado como protagonista no suposto esquema - o que ele nega.

O resultado prático, por enquanto, é que o Centrão deve "aumentar o preço"smash apostas sitemanter o mandatosmash apostas siteBolsonaro protegido, acredita Queiroz.

"O Centrão vai sugar (vantagenssmash apostas sitetrocasmash apostas siteapoio ao governo) até onde não comprometer a sobrevivência política dele. Vai ficar aliado, mas aumenta o preço", afirma.

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