Como megavazamentosnovibet cadastrodados acontecem e por que é difícil se proteger deles:novibet cadastro

Crédito, boonchai wedmakawand/Getty Images
Esse megavazamento, que teria atingido inclusive agentes públicos, indica o quão vulnerável é a privacidade dos brasileirosnovibet cadastrogeral.
Mas como é que informações sigilosas podem ser obtidas,novibet cadastromassa, por hackers e criminosos e comercializadas na internet?
Quem têm interessenovibet cadastrocomprar essas informações? E o que fazer para reduzir o risconovibet cadastroter informações vazadas?
Como ocorrem vazamentosnovibet cadastrodados sigilosos
O especialistanovibet cadastrosegurança cibernética Marcos Simplicio, professor da Escola Politécnica da Universidadenovibet cadastroSão Paulo, explica que megavazamentosnovibet cadastrodados ocorrem, normalmente,novibet cadastrotrês formas:
- Invasão por um hacker do banconovibet cadastrodadosnovibet cadastrouma empresa
- Invasão do site usado pela empresa para o consumidor acessar dados pessoais
- Vazamento interno por funcionário que tem acesso a informaçõesnovibet cadastroclientes
O primeiro caso, segundo Simplicio, exige conhecimento sofisticado do hacker, a pontonovibet cadastroele ser capaznovibet cadastroburlar sistemasnovibet cadastrosegurançanovibet cadastrograndes empresas. Isso costuma ocorrer quando a empresa utiliza plataformas ou softwares com vulnerabilidades, ou seja, com poucos mecanismos para bloquear acesso externo suspeito.
"Uma possibilidade, que não é a mais comum, é que alguns dos sistemas que a empresa utiliza tenha uma vulnerabilidade descoberta. Por exemplo, se o site da empresa usa alguma ferramentanovibet cadastroconstrução da plataforma, para facilitar essa construção, e descobre-se que essa ferramenta tem vulnerabilidade", explica.
"O hacker explora essa vulnerabilidade e invade. Esse é o jeito clássico que vem ao nosso imaginário - o hacker habilidoso que descobre coisas novas, mas não é o mais frequente."
No caso do vazamento dos registrosnovibet cadastrocelulares, o vendedor dos dados afirmou ao PSafe que eles seriam da basenovibet cadastrodados das operadoras Vivo e Claro, segundo o site NeoFeed.
Em notas enviadas à BBC News Brasil, a Vivo e a Claro negam que tenha ocorrido vazamentonovibet cadastrodadosnovibet cadastroseus clientes:
"A Vivo reitera a transparência na relação com os seus clientes e ressalta que não teve incidentenovibet cadastrovazamentonovibet cadastrodados. A companhia destaca que possui os mais rígidos controles nos acessos aos dados dos seus consumidores e no combate à práticas que possam ameaçar anovibet cadastroprivacidade."
"A Claro informa que não identificou vazamentonovibet cadastrodados. E, segundo informou a reportagem, a empresa que localizou a base não encontrou evidências que comprovem a alegação dos criminosos. Além disso, como práticanovibet cadastrogovernança, uma investigação também será feita pela operadora. A Claro investe fortementenovibet cadastropolíticas e procedimentosnovibet cadastrosegurança e mantém monitoramento constante, adotando medidas,novibet cadastroacordo com melhores práticas, para identificar fraudes e proteger seus clientes".
O especialistanovibet cadastrosegurança cibernética Luiz Faro, diretornovibet cadastroengenharia para América Latina da Forcepoint, explica por que é tão difícil identificarnovibet cadastroonde saíram as informações.
"É preciso tomar cuidado ao estabelecer a origem dos dadosnovibet cadastromaneira direta, porque os dados pulam. O dado que está numa operadora vai para outro fornecedor, que vai para outro, que é armazenado por um terceiro. Uma das grandes dificuldades é manter a rastreabilidadenovibet cadastrodados preciosos", disse à BBC News Brasil.
Sitenovibet cadastroacesso do usuário com falhasnovibet cadastrosegurança
A segunda hipótese para um vazamentonovibet cadastrograndes proporções é a invasão, por hackers, da plataforma online usada pela empresa para que usuários acessem seus dados pessoais.
"Você pode ter uma vulnerabilidade no sitenovibet cadastroacesso ao usuário, na forma como ele foi construído. Por exemplo, ele não estar autenticando direito as pessoas. Então, existe um mecanismonovibet cadastroconsulta, que deveria ser usado somente por usuários legítimos, mas que, por algum motivo, não está bem protegido", exemplifica Marcos Simplicio, professor da USP.
"Com isso, eu consigo entrar no sistema, trocar o CPF disponível na consulta, e ele me entrega os dados. Ele não deveria, mas me entrega os dados."
Vazamento interno
Segundo Marcos Simplício, a terceira possibilidade envolve participação diretanovibet cadastropessoas com acesso a dados confidenciais.
Numa empresanovibet cadastrotelefonia ou internet, por exemplo, operadores que atendem a demandas simples dos usuários conseguem acessar o banconovibet cadastrodados desses, para conseguir iniciar a resoluçãonovibet cadastroproblemas relacionados ao serviço.
"A maneira mais comumnovibet cadastrovazar dados, embora menos reportada, é alguém que tem privilégionovibet cadastroacesso internamente abusar desse direito e vender as informações na deep web ou para um terceiro que vai vender depois", diz o professor.
Para evitar que isso ocorra, empresas costumam recorrer a ferramentasnovibet cadastrosegurança que acendam um alerta quando uma funcionário acessa, por exemplo, número muito grandenovibet cadastrodadosnovibet cadastrousuários num curto espaçonovibet cadastrotempo.

Crédito, SOPA Images/Getty Images
"Existem ferramentas para monitorar usuários por acessos estranhos", diz o especialista.
"Por exemplo, se eu ligo para uma empresanovibet cadastrotelefonia, o operador tem que conseguir acessar meu cadastro. Um desses operadores poderia fazer o downloadnovibet cadastrouma grande quantidadenovibet cadastrodados num curto espaçonovibet cadastrotempo, o que seria um comportamento estranho. Mas se a empresa não monitora, ele consegue fazer."
Luiz Faro, da Forcepoint, destaca que, se a empresa tiver um sistemanovibet cadastrosegurança forte, criminosos interessadosnovibet cadastroobter informações dos consumidores vão focarnovibet cadastroaliciar funcionários com acesso privilegiado,novibet cadastroveznovibet cadastrotentar ataques diretos ao site ou banconovibet cadastrodados.
"O que faz o ladrão é a oportunidade. Numa empresa que tem a rede mais protegida, as pessoas são mais atacadas (assediadas para vendanovibet cadastroinformação). A empresa que tem a rede menos protegida, tem a rede mais atacada."
E quem compra essas informações?
Informações pessoaisnovibet cadastroconsumidores são dados valiosos tanto para operações empresariais lícitas quanto atividades ilegais.
Registros como gastos com celular e bairro onde a pessoa mora ajudam a construir o perfil do consumidor, e uma empresa pode usar esses dados para oferecer produtosnovibet cadastromaneira personalizada.
Outra utilidade menos nobre é para envio maciçonovibet cadastrospam com propagandas, notícias falsas ou mensagensnovibet cadastrocunho político.
Númerosnovibet cadastrocelulares podem ainda ser usados para telemarketing. Há ainda a possibilidadenovibet cadastrodados pessoais serem utilizados por criminosos para fraudes e extorsões.
Pessoas fingindo seremnovibet cadastroempresas com as quais o consumidor mantém contato podem citar dados pessoais para ganhar a confiança e obter informaçõesnovibet cadastrocartõesnovibet cadastrocrédito ou mesmo convencer o interlocutor a fazer transferências bancárias.
Luiz Faro ainda cita outras utilizações ilegais possíveis para esse tiponovibet cadastrodados. "Dados pessoais podem ser usados para cadastronovibet cadastropré-pago no nomenovibet cadastroalguém ou para uma contanovibet cadastrobanco nula criada especificamente para movimentação bancária ilegal."
"Tem gente que trabalha com dado roubado e gente que compranovibet cadastroterceiros e não quer nem saber se o dado énovibet cadastrofonte lícita ou roubado."
Como saber se você teve dados vazados
Infelizmente, segundo os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, um indivíduo dificilmente terá condiçõesnovibet cadastroverificar por si só se teve os dados vazados.
A única maneiranovibet cadastrofazer isso seria conversar diretamente com o criminoso que está negociando os registrosnovibet cadastrocelulares na deep web, o que, evidentemente, não é aconselhável.
Empresasnovibet cadastrosegurança, como a PSafe, vasculham a internet e chegam a conversar com os vendedoresnovibet cadastroprodutos ilícitos para identificar vazamentos e aconselhar empresas clientes.
Mas quem faz isso são profissionais treinados para evitar, por exemplo, cair numa nova armadilha ao fazer download dos dados.
Normalmente, os hackers oferecem uma "amostra grátis" do produto oferecido, para que o comprador possa checar a veracidade dos dados. Revelam, por exemplo o registronovibet cadastroalgumas pessoas, para que o interessado possa checar se as informações são verdadeiras.
Se há opção pela compra, o pagamento é feitonovibet cadastroBitcoins, por dificultar o rastreamento do dinheiro. Mas mesmo no download da amostra grátis pode haver armadilhas, como softwares - chamadosnovibet cadastromalwares - que invadem o computador da pessoa e exigem dinheiro pela devolução dos dados obtidos na máquina.
O especialistanovibet cadastrosegurança cibernética Luiz Faro destaca que, logo após um amplo vazamentonovibet cadastrodados, é importante que toda a população fique atenta para fraudes e esquemasnovibet cadastroextorsão.
"Adote a postura pessimista. Foram vazados 100 milhõesnovibet cadastroregistrosnovibet cadastrocelulares, então, na prática, você tem quase 50%novibet cadastrochancesnovibet cadastroter seus dados ali, é quase metade da população do Brasil, assumindo que cada registro diga respeito a uma única pessoa", destaca.

Crédito, OZAN KOSE
Faro recomenda que, se contatadas por uma empresa que requer dados pessoais, as pessoas desconfiem sempre e liguem para verificar se a chamada veio mesmonovibet cadastrouma empresa com que elas mantêm contrato.
"Toda vez que você recebe uma ligaçãonovibet cadastroalguém dizendo que énovibet cadastrouma empresa, cheque, assuma que é uma fraude, verifique. Não faça verificaçãonovibet cadastrodados com quem você não sabe quem é", recomenda.
E como impedir que dados pessoais vazem?
Quanto a medidasnovibet cadastroproteção, elas também são limitadas quando se trata do vazamentonovibet cadastroinformações armazenadas por grandes empresas ou órgãos públicos. Para abrir uma contanovibet cadastrotelefone, luz ou internet, invariavelmente o consumidor terá que informar dados pessoais.
A segurança desses dados fica a cargo dessas empresas. O que o consumidor pode fazer, eventualmente, é pedir indenização, se as investigações identificaremnovibet cadastroonde saíram os dados.
Uma medida possível para mitigar riscosnovibet cadastroter dados pessoais circulando por aí é só fornecê-los quando estritamente necessário.
Marcos Simplicio aconselha não dar o verdadeiro númeronovibet cadastrocelular ou e-mail ao conectar, por exemplo,novibet cadastrow-fi disponibilizado por estabelecimentos comerciais.
O mesmo vale para conexãonovibet cadastroaplicativos ou registrosnovibet cadastrolojas e jogos online.
"Se você tem como evitar entregar seus dados, não entregue. Para registrosnovibet cadastrointernet e jogos online, sugiro não fornecer númeronovibet cadastrotelefone e dados verdadeiros. Se não está clara a necessidadenovibet cadastrouma empresa ter seus dados, é porque possivelmente ela não deveria ter", afirma o professor da USP.
Num mundonovibet cadastroque dados pessoais circulam aos milhõesnovibet cadastromercados ilegais, a principal recomendação dos especialistas é agir com desconfiança.
"Viva como se seus dados tivessem sido vazados. Tem grande chancenovibet cadastrovocê estar certo", diz Faro.

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