Ensino a distância na quarentena esbarra na realidadezebet bonusalunos e professores da rede pública:zebet bonus

Escola

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Legenda da foto, Para os estudantes, dificuldades vãozebet bonusacesso precário à internet a problemas familiares

"Para os professores, que estão na ponta do processo, está claro que esse modelo não funciona. Ele não é inclusivo e aumenta ainda mais as desigualdades", diz Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores da Educação Oficial do Estadozebet bonusSão Paulo) e deputada estadual pelo PT, partidozebet bonusoposição ao governador João Doria (PSDB).

Para ela, não se trata apenaszebet bonusum posicionamento corporativista, que defende o ensinozebet bonussalazebet bonusaula, mas da faltazebet bonusum melhor planejamento para o uso das ferramentas.

Demanda sufocante

Segundo a professora, todos os dias, quase 24 horas por dia, os professores da rede são bombardeados com mensagens que chegam pelas vias digitais - seja o WhatsApp, seja pelos chats da Centralzebet bonusMídias.

"Os professores se queixam que não conseguem dar conta da demanda e isso é angustiante para eles", diz Noronha, compartilhando com a reportagem mensagens da rede WhatsApp recebidaszebet bonusalunos, pais e professores se queixandozebet bonusdificuldades para acessar o novo sistema.

"A cada dia, recebemos mais e mais relatoszebet bonusprofessores que estão extremamente estressados e exaustos. A principal queixa deles é que não estão conseguindo ministrar o ensino a distância por várias questões: acesso à tecnologia, falhas na programação, faltazebet bonusrecursos, seja internet ou celular para dar conta das atividades", explica Neuza Ribeiro, coordenadora a Subsede da Apeoespzebet bonusAraraquara.

Segundo Neuza, há uma grande pressão por parte da SEE e das diretoriaszebet bonusensino para que o processo dê certo, sem levarzebet bonusconta a realidade dos professores e alunos.

"Além da pressão do dia a dia para dar conta do processo, que é novo e trabalhoso, os professores ainda sofrem com ameaçaszebet bonusfaltas e até processos administrativos caso não consigam trabalhar o conteúdo programado", diz. "Toda essa pressão é para tampar o sol com a peneira. Temos visto que isso não funciona nem mesmo na rede particular", completa.

Professor Rodrigo Baglini prepara vídeo aula no Centrozebet bonusMídias

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, Professor Rodrigo Baglini prepara vídeo aula: 'Essa pandemia nos obrigou a apresentar para o mundo um novo modelozebet bonusensino, que deveria ser implantado num processo progressivo'

'Construção conjunta'

Para o secretáriozebet bonusEstado da Educação, Rossieli Soares da Silva, mesmo com os relatos sobre problemaszebet bonusacesso à plataforma, o programa tem tido sucesso entre alunos e professores.

"Temos uma clareza que não será um acessozebet bonus100%. Mas mesmo que o aluno não se conecte no aplicativo, temos dois canais abertos com os conteúdos disponíveis. Isso ajuda resolver bastante a questão da conectividade", diz. "Estamos adaptando o conteúdo, sabemos que esse processo é novo e é difícil."

Rossieli diz que há lives quase diárias com professores para dirimir as dúvidas e dificuldades. "Temos tido conversas muito transparentes. E estamos todos tentando correr atrás. É o momentozebet bonussolidariedade".

Para o secretário, é normal que alguns professores se sintam desconfortáveis com essa nova modalidade num primeiro momento.

"É lógico que dá medo. Eles têm que sair da zonazebet bonusconforto", avalia. Segundo ele, na primeira semana, foram 1,5 milhãozebet bonusalunos conectados às aulas - um pouco menos da metade dos 3,5 milhões inscritos na rede estadual.

Com relação aos problemaszebet bonusconectividade, o secretário ressalta que uma parceria com as operadoraszebet bonustelefonia proporciona aos alunos e professores o usozebet bonusdados patrocinados pelo Estado. "Esse patrocíniozebet bonusdados é feito via aplicativo", diz.

Ilustraçãozebet bonusensino a distância

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Legenda da foto, Professores na rede estadual se queixam do excessozebet bonuscobranças - para eles, burocracia criada para o acompanhamento das aulas faz com que ultrapassem as jornadas diariamente

Dificuldades na forma e no conteúdo

Além das questões técnicaszebet bonusacesso ao Centrozebet bonusMídia criado pela SEE, muitos professores se queixam da qualidade do conteúdo das aulas apresentadas aos alunos e apontam uma desconexão entre esse conteúdo e o currículo.

"Já vi, por exemplo, que teve a mesma aula para três séries diferentes. Parece até que estão gravando aulas com temas aleatórios, então usam a mesma aula para séries diferentes. Nem a grade curricular do Estado está sendo respeitada", diz a professora Mariana (nome fictício), 38 anos,zebet bonusAraraquara.

Docente há 16 anos, ela discorda da forma como o processo vem acontecendo. Quando veio a notícia das aulas online, os professores ficaram preocupados com possibilidadezebet bonusterem, eles mesmos, que gravar as aulas. Mas esse, no entanto não foi o caminho do projeto. O que trouxe alívio, mas também preocupação.

"Perdemos nossa autonomiazebet bonussalazebet bonusaula. Não é nosso planejamento pedagógico que está sendo passado. E, pior, as aulas, genéricas, não levamzebet bonusconsideração as diferenças entre as cidades, as escolas", diz Mariana.

"O professor faz um diagnóstico para planejar as suas aulas. Essa forma não respeita o ritmo dos alunos, da turma. Acaba, também, sendo uma aula superficial para o aluno, o que não é suficiente para fazê-lo entender", avalia.

Para a professora Marisa Borges, coordenadora pedagógicazebet bonusSorocaba, o fatozebet bonustudo ser um processo novo pesa bastante, mas é preciso ter paciência. "Os professores estão tentando se adaptar a essa realidade. Nós estamos aprendendo a mexer com todas as ferramentas", explica.

Apesar das dificuldades, alguns professores têm se dado bem com o processo.

É o casozebet bonusRodrigo Ferrari Baglini, 32 anos, docente há 10 anos na capital. Ele concorda com a professora Marisa sobre a necessidadezebet bonuspaciência. "Essa pandemia nos obrigou a apresentar para o mundo um novo modelozebet bonusensino, que deveria ser implantado num processo progressivo. As crianças estão no mundo digital, mas não têm a cultura digital do aprendizado. E isso é um processo que precisazebet bonustempo", diz.

zebet bonus Cobranças excessivas para que o E zebet bonus a zebet bonus D emplaque

Os professores na rede estadual também vêm se queixando do excessozebet bonuscobranças na implantação do EaD. Para eles, a burocracia criada para o acompanhamento das aulas faz com que ultrapassem as jornadas diariamente.

"Temos sido obrigados a fazer um montezebet bonusrelatórios para provar que o professor está,zebet bonusfato trabalhando", diz a professora Mariana. "Eu fiquei sem recursos para fazer as aulas online, porque a fonte do meu computador queimou. Faz duas semanas que estou falando isso e que não tenho como fazer. E a resposta da coordenação é dizer que então vou ficar com falta."

O professor Samuel Augusto Alves Lima, 39 anos, docente da rede estadual há seis anos, também vem enfrentando problemas parecidos. "Temos dispendidozebet bonusrecursos próprios. De equipamentos,zebet bonusinternet. Mas isso às vezes não é suficiente. A equipe gestora pressiona para que façamos as atividades e há uma sériezebet bonusconfusões sobre as orientações do planejamento", conta.

Segundo Samuel, apesarzebet bonusa Secretaria anunciar o patrocíniozebet bonusdados para o acesso ao aplicativo, essa não é a única ferramenta usada pelos professores que acabam, sim, dependendo do usozebet bonusdados próprios para acesso à internet.

Para o professor, outro entrave está relacionado a uma grande quantidadezebet bonusinformações desencontradas. "Cada escola tem dado as suas orientações sobre como isso deve acontecer. E há muitas idas e vindas, dificultando ainda mais a vida dos professores", diz.

zebet bonus Ensino a zebet bonus distância x educação presencial

A realidade da implantaçãozebet bonusEaD na rede estadualzebet bonusensino levanta a discussão sobre as possibilidadeszebet bonussubstituição da educação presencial pelo ensino a distância no ensino fundamental.

Mas mesmo quem defende o processo remoto é taxativozebet bonusdizer que o modelo atual não funcionazebet bonusforma definitiva.

Para o secretáriozebet bonusEducação, durante as conversas com professores da rede, muitos colocaram essa questão. "No início, o maior receio era que o EaD fosse substituir os professores. Mas não é disso que se trata. E não temos como fazer com que a EaD substituía a educação presencial na educação básica. O que estamos fazendo agora é um esforçozebet bonustentar conectar as pessoas com a educação", diz. Segundo ele, ao colocarzebet bonusprática o EaD, a Secretaria tenta manter o vínculo educacional dos estudantes.

Para Fabio Fonseca, Diretor Acadêmico da Faculdade FAEL, uma das pioneiras no processozebet bonusEaD no país, o ensino a distância é uma ferramenta valiosa, mas é preciso tempo e organização para que os professores possam aprender a usar essa ferramenta.

"Viemoszebet bonusum modelo presencial, numa mudança abrupta. Mas certamente é uma mudança sem volta. O processo online veio para ser uma ferramenta importante" ele conta. Para auxiliar nesse processo, a FAEL disponibilizou para os docentes um curso gratuito sobre ensino a distância.

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