Bolsonaro aciona Moro para ouvir porteiro que o associou a suspeitousuario bet365morteusuario bet365Marielle:usuario bet365

Bolsonaro

Crédito, Ricardo Senra/BBC News Brasil

Legenda da foto, Bolsonaro concede entrevistas a jornalistas

Segundo a reportagem do Jornal Nacional, um porteiro do condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, zona oeste do Riousuario bet365Janeiro, disseusuario bet365depoimento à Polícia Civil do Riousuario bet365Janeiro que, no dia do assassinato, um dos suspeitos se dirigiu até o conjuntousuario bet365casas onde vive o presidente, horas antes do crime.

Ao porteiro, o ex-policial-militar Élcio Vieirausuario bet365Queiroz teria dito que iria à casausuario bet365número 58 — que pertence ao presidente.

Marielle Franco discursa no parlatório na Câmara dos Vereadores do Riousuario bet365fotousuario bet3652018

Crédito, RENAN OLAZ/Câmara Municipal do RJ

Legenda da foto, Marielle Francousuario bet365fotousuario bet3652018; ela e o motorista Anderson Gomes foram assassinadosusuario bet365março daquele ano

Ao recebê-lo na guarita, o porteiro teria ligado na casa 58 para confirmar se o visitante poderia entrar, e alguém na residência autorizou a entrada do veículo, um Renault Logan. Em dois depoimentos à Polícia Civil do RJ, o porteiro disse ter reconhecido a vozusuario bet365quem atendeu como sendo a do "Seu Jair", segundo o Jornal Nacional.

Uma vez dentro do condomínio, ele não foi à casausuario bet365Bolsonaro, segundo a testemunha: ele dirigiu até o imóvel 66. É onde mora Ronnie Lessa, acusadousuario bet365fazer os disparos que mataram Marielle e Anderson.

No entanto, na tarde desta quarta-feira, 30usuario bet365outubro, a revista Veja publicou que a procuradora do Ministério Público Simone Sibilio, chefe do Grupousuario bet365Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), afirmou que o porteiro mentiuusuario bet365seu depoimento.

Quem teria autorizado a entradausuario bet365Élcio Queiroz no condomínio do presidente seria Ronnie Lessa, suspeitousuario bet365ter feito os disparos,usuario bet365acordo com a procuradora.

De acordo com a Veja, o porteiro prestou dois depoimentos. No primeiro, teria dito que ligou para casausuario bet365Bolsonaro. No segundo, ao ser confrontado com registrousuario bet365áudio da chamada feita no horário informado, manteveusuario bet365versão, mas os investigadores colocamusuario bet365questãousuario bet365veracidade.

"O porteiro mentiu, e isso está provado por prova técnica", afirmou Simone Sibilio, segundo a revista.

Antes disso, Bolsonaro havia dito a jornalistas na Arábia Saudita que "o porteiro ou se equivocou, ou não leu o que assinou". "Pode o delegado ter escrito o que bem entendeu e o porteiro, uma pessoa humilde, ter assinado embaixo", disse

"Nós sabemos que (porteiros) são pessoas humildes, que quando são tomadas depoimento, sempre ficam preocupadas com algo. O porteiro está sendo usado pelo delegado da Polícia Civil, que segue ordens do Sr. Witzel governador."

O advogado do presidente da República, Frederick Wassef, disse que é impossível Bolsonaro ter falado com Élcio ao interfone — o presidente estariausuario bet365Brasília no dia da morteusuario bet365Marielle, conforme registrousuario bet365votações da Câmara dos Deputados e vídeos postados por Bolsonaro nas redes sociais.

Naquele dia, Bolsonaro também postou vídeosusuario bet365suas redes sociais. Nas gravações, ele aparece dentrousuario bet365seu antigo gabineteusuario bet365deputado federal, na Câmara, eusuario bet365outro local do Congresso,usuario bet365acordo com a reportagem do JN.

Pessoas ligadas à investigação disseram ao Jornal Nacional que Élcio e Ronnie deixaram o condomínio minutos depois da entrada do primeiro; mas estavam no carrousuario bet365Ronnie. Em seguida, embarcaram no carro usado no crime num local próximo ao condomínio, ainda segundo investigações.

Bolsonaro apareceusuario bet365perfil e, atrás, comusuario bet365imagem projetada no telão

Crédito, EPA/ALI HAIDER

Legenda da foto, Citação ao nome do presidente pode levar caso ao STF, já que ele tem foro privilegiado

Bolsonaro acusa Witzelusuario bet365tentar incriminá-lo

Durante a entrevista a jornalistas, Bolsonaro acusou o governador do Riousuario bet365Janeiro, Wilson Witzel,usuario bet365tramar para destruirusuario bet365reputação.

"No dia 9usuario bet365outubro, às 21h, eu estava no Clube Naval do Riousuario bet365Janeiro quando chegou o governador Witzel. Foi uma surpresa para os dois. Ele chegou pertousuario bet365mim e falou o seguinte: 'O processo está no Supremo.' Perguntei que processo. 'O processo da Marielle. O porteiro citou seu nome.', disse o presidente.

Ele continuou: "Ou seja: Witzel sabia do processo que estavausuario bet365segredousuario bet365Justiça e comentou comigo. No meu entendimento, o sr. Witzel estava conduzindo o processo com o delegado da Polícia Civil para tentar me incriminar ou ao menos manchar o meu nome com esta falsa acusação."

O presidente da República disse que o governador do Riousuario bet365Janeiro era uma pessoa desconhecida que teria usado a popularidade da familia Bolsonaro para se eleger.

"Colou no Flávio Bolsonaro eusuario bet365mim para poder se eleger governador do Riousuario bet365Janeiro. Depoisusuario bet365eleito, elegeu Flávio e eu como inimigos."

"Por que ele tem essa tarausuario bet365cimausuario bet365mim e do Flávio? Porque ele quer destriuir a minha reputação atacando o queusuario bet365mais sagrado eu tenho que é o combate à corrupção e a honestidade."

Em nota, divulgada ontem, o governador do Riousuario bet365Janeiro, Wilson Witzel, afirmou não transitar "no terreno da ilegalidade", negou ter vazado qualquer informação da investigação à TV Globo e disse ter sido atacado injustamente.

"Lamento profundamente a manifestação intempestiva do presidente Jair Bolsonaro. Ressalto que jamais houve qualquer tipousuario bet365interferência política nas investigações conduzidas pelo Ministério Público e a cargo da Polícia Civil."

E acrescentou: "Não farei como fizeram comigo, prejulgar e condenar sem provas".

Em live, Bolsonaro ataca Globo, Witzel e Polícia Civil do Rio

Pouco depois da divulgação da reportagem, o presidente da República transmitiu um vídeo ao vivo emusuario bet365conta no Facebook. A transmissão foi ao ar pouco antes das 22husuario bet365Brasília, ou cercausuario bet3654h da manhãusuario bet365Riade, na Arábia Saudita, onde Bolsonaro se encontra.

Na transmissão, Bolsonaro acusou Witzelusuario bet365ter vazado as informações para a TV Globo — o processo correusuario bet365sigilo.

"Digo mais, seu governador Witzel... Também diz aqui na (revista) Veja que o senhor teria vazado esse processo, que estáusuario bet365segredousuario bet365Justiça, para a Globo. O senhor só se elegeu governador porque o senhor ficou o tempo todo colado com o Flávio Bolsonaro, meu filho. Ao chegar ao governo, a primeira coisa que o senhor fez foi transformar-seusuario bet365inimigo dele", disse Bolsonaro na transmissão.

A transmissão durou cercausuario bet36520 minutos. Ao fim, o presidente pediu desculpas por ter se exaltado.

"Qual é a intenção disso tudo? A intenção é sempre a mesma: o tempo todo ficamusuario bet365cima da minha vida, dos meus filhos, quem está próximousuario bet365mim. O processo correusuario bet365segredousuario bet365Justiça eusuario bet365repente vaza. Vaza pra quem? Pra Globo. É sempre a Globo dar o furo (de reportagem)!", disseusuario bet365outro momento o presidente.

"TV Globo, vocês tiveram acesso a um processo sigiloso. Vocês têm que ser investigados no tocante a isso", disse.

O presidente também acusou a Polícia Civil do Riousuario bet365ter orquestrado uma "farsa" e disse acreditar que o porteiro pode ter sido levado a assinar algo que não correspondia ao seu verdadeiro depoimento. "Ou o porteiro mentiu, ou induziram o porteiro a cometer o falso testemunho, ou escreveram algo que o porteiro depois assinou embaixo (sem checar o teor)", disse.

Caso pode subir para o STF

A menção ao nomeusuario bet365Bolsonaro pode fazer com que a investigação sobre as mortesusuario bet365Marielle Franco e Anderson Gomes deixe a Justiça do Estado do Rio e vá para o Supremo Tribunal Federal (STF). Isto porque o presidente da República possui o chamado "foro privilegiado".

Neste caso, quem tocaria a investigação seria a Procuradoria-Geral da República (PGR), hoje comandada por Augusto Aras.

Os investigadores do Ministério Público do Rio que cuidam do caso chegaram a se encontrar com o presidente do STF, o ministro Dias Toffoli, para saber se deveriam continuar nas investigações ou se o caso iria para Brasília. Toffoli ainda não respondeu, segundo a apuração do Jornal Nacional.

A nota emitida pelo governador Wilson Witzel na íntegra

"Lamento profundamente a manifestação intempestiva do presidente Jair Bolsonaro. Ressalto que jamais houve qualquer tipousuario bet365interferência política nas investigações conduzidas pelo Ministério Público e a cargo da Polícia Civil. Em meu governo as instituições funcionam plenamente e o respeito à lei rege todas as nossas ações. Não transitamos no terreno da ilegalidade, não compactuo com vazamentos à imprensa.

Não farei como fizeram comigo, prejulgar e condenar sem provas. Hoje, fui atacado injustamente. Ainda assim, defenderei, como fiz durante os anosusuario bet365que exerci a Magistratura, o equilíbrio e o bom senso nas relações pessoais e institucionais. Fui eleito sob a bandeira da ética, da moralidade e do combate à corrupção. E deste caminho jamais me afastarei."

(Colaboraram André Shalders e Mariana Alvim, da BBC News Brasilusuario bet365Brasília eusuario bet365São Paulo)

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