Da escravidão à autonomiareal madrid sponsor bwin50 anos: a históriareal madrid sponsor bwinrenascimento dos índios yawanawá:real madrid sponsor bwin

  • João Fellet - @joaofellet
  • Da BBC News Brasilreal madrid sponsor bwinSão Paulo
Índios Yawanawá

Crédito, Sérgio Vale/Secom-AC

Legenda da foto, Indígenas também se tornaram fornecedoresreal madrid sponsor bwinempresas brasileiras e estrangeiras

real madrid sponsor bwin Há menosreal madrid sponsor bwinmeio século, indígenas do povo Yawanawá viviam praticamente escravizadosreal madrid sponsor bwinseringais do Acre. Homens trabalhavam alcoolizados, jovens fugiam das aldeias, velhos e crianças morriamreal madrid sponsor bwinmalária, tuberculose e sarampo.

Pressionados por missionários evangélicos, muitos abandonaram tradições e a língua materna.

Hoje os Yawanawa são conhecidos por parcerias que mantêm com grandes marcas, porreal madrid sponsor bwinpresençareal madrid sponsor bwinfóruns internacionais e por festivais xamânicosreal madrid sponsor bwinque recebem centenasreal madrid sponsor bwinvisitantes brasileiros e estrangeiros — muitos deles interessadosreal madrid sponsor bwinconsumir ayahuasca, bebida sagrada para o grupo.

Ao longo dessa transformação, conseguiram a demarcaçãoreal madrid sponsor bwinseu território, reinventaram costumes e expulsaram seringueiros e missionários. A trajetória os tornou uma referência para povos indígenas vizinhos, que acabaram por seguir váriosreal madrid sponsor bwinseus passos.

"Quando cheguei para liderar o meu povo,real madrid sponsor bwin2001, os Yawanawá estavam com a autoestima muito baixa", diz à BBC News Brasil Tashka Yawanawá, cacique da aldeia Mutum e um dos responsáveis pelo que chamareal madrid sponsor bwin"renascimento cultural e espiritual" do povo.

Com 46 anos, Tashka nasceu quando os seringueiros ainda ocupavam o território yawanawá, uma trechoreal madrid sponsor bwinFloresta Amazônica cortado pelo rio Gregório, próximo à fronteira com o Peru.

Os forasteiros chegaram à região há cercareal madrid sponsor bwinum século, durante o Ciclo da Borracha. Até então sem contato regular com o mundo exterior, os Yawanawá foram recrutados para extrair látex das seringueiras.

"Muitas pessoas começaram a cortar seringa para trocar por sal, açúcar, gênerosreal madrid sponsor bwinprimeira necessidade. Depois os Yawanawá começaram a perceber que os patrões queriam sempre mais produção", conta Tashka.

Índios Yawanawá

Crédito, Sérgio Vale/Secom-AC

Legenda da foto, Ainda nos anos 1980, índios Yawanawá informaram-se sobre seus direitos e voltaram às aldeias para por fim à exploração que sofriam à época
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Com o tempo, os indígenas foram abandonando as roças e passaram a depender cada vez mais dos donos dos seringais, que cobravam preços exorbitantes por roupas e alimentos. Capangas armados fiscalizavam os locaisreal madrid sponsor bwintrabalho.

Eles acabaram se tornando escravos por dívidas, sujeitos ao alcoolismo, à prostituição e às doenças trazidas pelos seringueiros.

Enquanto os patrões seringalistas os apertavamreal madrid sponsor bwinum lado, missionários evangélicos americanos da News Tribes Mission (Novas Tribos do Brasil) os cercavam do outro.

Líder da aldeia Nova Esperança, Biraci Júnior Yawanawá diz à BBC News Brasil que os patrões e os missionários trabalhavam numa espéciereal madrid sponsor bwinparceria e estimulavam um "sistema individualista" entre os indígenas.

"Um nos explorava fisicamente, e o outro nos explorava espiritualmente, impondoreal madrid sponsor bwinreligião, nos impedindoreal madrid sponsor bwinusar nossas medicinas ereal madrid sponsor bwinfazer cerimônias, porque era 'coisa do demônio'", ele diz.

Demarcação do território

O cenário começou a mudar quando, nos anos 1980, jovens yawanawá enviados à cidade para estudar — entre os quais o paireal madrid sponsor bwinBiraci Júnior, o cacique Biraci Brasil — entraramreal madrid sponsor bwincontato com o incipiente movimento indígena acreano e com ONGs que o assessoravam, como a Comissão Pró-Índio do Acre. Informaram-se sobre seus direitos e voltaram às aldeias para por fim à exploração.

A mobilização levou à demarcação da Terra Indígena Rio Gregório,real madrid sponsor bwin1983. Na época com 983 mil hectares, o equivalente a um terço do Estadoreal madrid sponsor bwinAlagoas, ela foi a primeira terra indígena demarcada do Acre. Em 2007, o território dobroureal madrid sponsor bwintamanho.

Com a terra assegurada, os indígenas invadiram os barracões dos seringueiros para expulsá-los. Depois, foram atrás dos missionários.

Naquela altura, conta Biraci Júnior, os Yawanawá estavam tão habituados à presença dos religiosos que alguns protestaram, argumentando que os missionários haviam construído escolas e distribuíam remédios às comunidades. Coube a Biraci Brasil convencê-losreal madrid sponsor bwinque tudo ficaria bem.

"Ele explicou que nós vivíamos antes dos missionários, tínhamos nossas medicinas, nossas plantas. Dizia que tínhamos que acreditar no poder delas, e a partir daí começou o trabalhoreal madrid sponsor bwinperguntar aos mais velhos, aos pajés, que estavam há tanto tempo adormecidos, para fazê-los puxar da lembrança o conhecimento, as rezasreal madrid sponsor bwincura, os cantos cerimoniais, e reavivar toda a espiritualidade", diz o indígena.

Depois que os Yawanawá expulsaram os missionários, outras comunidades nativas acreanas fizeram o mesmo.

Índios Yawanawá

Crédito, Sérgio Vale/Secom-AC

Legenda da foto, Trajetória dos índios Yawanawá se tornou referência para povos vizinhos

Retomada da ayahuasca

Desse movimentoreal madrid sponsor bwinresgate também participaram sertanistas — servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio) que trabalhavam junto às comunidades indígenas.

No artigo "Os outros da festa: um sobrevoo por festivais yawanawá e huni kuin", publicadoreal madrid sponsor bwin2018 pela revista Horizontes Antropológicos, a doutorandareal madrid sponsor bwinAntropologia na USP Aline Ferreira Oliveira descreve como indígenas acreanos retomaram o consumo da ayahuasca.

A bebida, feita com duas plantas amazônicas, tem propriedades psicodélicas e havia sido proibida por misionários que viviam entre entre os nativos grupos. Nos anos 1990, indígenas que viviam nas cidades próximas às aldeias, como Rio Branco, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, foram reapresentados a elareal madrid sponsor bwinencontros com sertanistas e adeptosreal madrid sponsor bwindoutrinas associadas à ayahuasca, das quais a mais conhecida é o Santo Daime.

O Santo Daime foi fundado por um seringueiro negro, o migrante maranhense Raimundo Irineu Serra (1890-1971). Após conhecer a bebida por intermédioreal madrid sponsor bwinindígenas acreanos no início do século 20, Irineu formulou uma corrente religiosa que mescla elementos cristãos, africanos, nordestinos e ameríndios.

Oliveira diz que os encontrosreal madrid sponsor bwinque os indígenas retomaram o contato com o chá tinham clima festivo e instrumentos musicais, duas características das religiões daimistas que acabaram absorvidas pelos indígenas emreal madrid sponsor bwinreapropriação da substância. Hoje muitos grupos indígenas romperam os laços com essas religiões e passaram a seguir ritos própriosreal madrid sponsor bwinrelação à bebida, à qual atribuem propriedadesreal madrid sponsor bwincura e o poderreal madrid sponsor bwinconectar os mundos físico e espiritual.

Trabalhos mais animados

Os líderes Yawanawá dizem que a absorçãoreal madrid sponsor bwinelementos externos teve papel central na consolidaçãoreal madrid sponsor bwinseus rituais ligados à ayahuasca, bebida que eles chamamreal madrid sponsor bwin"uni".

Biraci Júnior afirma que, no passado, os trabalhos xamânicos do povo eram restritos aos homens mais velhos. "Era uma coisa muito focada na medicina (tradicional), com cantos fortesreal madrid sponsor bwincura, e aquilo se tornou monótono para a juventude, era muito sem graça", ele diz.

Conforme os rituais incorporaram instrumentos antes inexistentes entre o povo, como o violão, o tambor e o maracá, "os trabalhos foram ficando mais animados, e com isso a juventude se despertoureal madrid sponsor bwinquerer aprender a língua,real madrid sponsor bwinquerer cantar."

Hoje Biraci Júnior diz que vários adolescentes Yawanawá falam fluentemente a língua nativa e estão se preparando para se tornar pajés (líderes espirituais) — cenário impensável há algumas décadas.

Índios Yawanawá

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Legenda da foto, Rituais xamânicos têm ajudado a atrair turistas para as aldeias, atividade que se tornou a principal fontereal madrid sponsor bwinreceitas da comunidade

Turismo xamânico

A animação dos rituais também tem ajudado a atrair turistas para as aldeias, atividade que se tornou a principal fontereal madrid sponsor bwinreceitas da comunidade.

Desde o início dos anos 2000, os Yawanawá passaram a abrir seus festivais xamânicos para o público externo, no que foram seguidos por outros grupos indígenas acreanos. Hoje o povo realiza dois grandes eventos anuais, o Mariri e o Yawá.

Os visitantes vão às aldeias para uma semanareal madrid sponsor bwin"canto, dança, cura, arte, expressão artística, manifestação cultural e espiritual, num atoreal madrid sponsor bwinagradecimentos aos espíritos da floresta pelos bens que ela oferece", segundo a descrição no site da agência Gruposreal madrid sponsor bwinViagem, que organiza expedições a comunidades indígenasreal madrid sponsor bwinvários países das Américas.

Nas cerimônias, eles têm acesso à ayahuasca e a outros remédios tradicionais, como o rapé (tabaco moído com cinzareal madrid sponsor bwinárvores, assoprado pelas narinas), a sepa (resina usadareal madrid sponsor bwindefumações para purificar o corpo) e a sananga (colírio para limpar a visão feito com raízes). O consumoreal madrid sponsor bwinálcool e drogas ilícitas é proibido.

Biraci Júnior diz que, emreal madrid sponsor bwinmaior edição, o festival Yawá reuniu 600 visitantesreal madrid sponsor bwin19 países na aldeia Nova Esperança. Cada um temreal madrid sponsor bwindesembolar R$ 2 mil pela experiência — dos quais, segundo o líder, R$ 1.400 cobrem custos com comida, transporte e serviços para os visitantes.

O fluxoreal madrid sponsor bwingente foi grande demais para a aldeia, que hoje tem 380 habitantes. Desde então, os organizadores têm limitado o númeroreal madrid sponsor bwinparticipantes.

Nem todos os visitantes se adaptam às condições na aldeia. Tashka Yawanawá cita o casoreal madrid sponsor bwinuma senhora que não conseguia defecar nas fossas usadas pela comunidade. "Tive que mandar buscar um assentoreal madrid sponsor bwinprivadareal madrid sponsor bwinTarauacá", ele diz.

Outro caso envolveu um casal francês que viajou à aldeiareal madrid sponsor bwinluareal madrid sponsor bwinmel. "Eles não conseguiam transar na rede e caíam no chão o tempo todo", conta, aos risos.

Melhorias das aldeias

Tashka diz que hoje a atividade economicamente mais vantajosa para a comunidade são vivências que agregam entre 20 e 40 visitantes nas aldeias por até três semanas. Há várias edições por ano, e cada uma gera até R$ 150 milreal madrid sponsor bwinreceitas, segundo ele. O grupo também realiza rituais e vivênciasreal madrid sponsor bwincidades.

Os líderes dizem que o dinheiro do turismo é investidoreal madrid sponsor bwinmelhorias físicas para a comunidade, como novas construções e poços d'água, ereal madrid sponsor bwinsistemasreal madrid sponsor bwincriaçãoreal madrid sponsor bwinporcos, galinhas e peixes. Os gastos são decididosreal madrid sponsor bwinassembleia.

Segundo Biraci Júnior, antes dos festivais, os Yawanawá se deslocavam à cidadereal madrid sponsor bwinpequenas canoasreal madrid sponsor bwinviagens que levavam até cinco dias. "Hoje temos a possibilidadereal madrid sponsor bwincomprar barcos com motor e levamos oito horas", diz.

Contato com indígenas nos EUA

Além dos instrumentos musicais, os festivais Yawanawá incorporaram outros elementos que o grupo conheceureal madrid sponsor bwinandanças fora das aldeias.

Tashka Yawanawá diz que os eventos foram inspiradosreal madrid sponsor bwincelebrações realizadas por outros povos nativos das Américas, como o "pow-wow", cerimôniareal madrid sponsor bwinque indígenas norte-americanos recebem visitantes para cantar, dançar e celebrar a cultura local.

Ele participou da festa durante um intercâmbioreal madrid sponsor bwinestudos na Califórnia, seguido por uma longa expedição do Canadá ao Chile, quando conheceu dezenasreal madrid sponsor bwincomunidades nativas. Emreal madrid sponsor bwinúltima viagem ao exterior,real madrid sponsor bwinsetembro, acompanhou a Marcha pelo Climareal madrid sponsor bwinNova York junto da ativista sueca Greta Thunberg.

Parcerias com empresas

A primeira experiência internacional do líder foi financiada pela Aveda, empresa americanareal madrid sponsor bwincosméticos que há 27 anos compra sementesreal madrid sponsor bwinurucum dos Yawanawá, usando-asreal madrid sponsor bwinprodutos para cabelo.

O grupo também já teve uma parceria com o designer Marcelo Rosenbaum, com quem desenvolveram uma linhareal madrid sponsor bwinluminárias apresentada no Salão Internacional do Móvel do Milão,real madrid sponsor bwin2013.

Em 2015, a grife Cavalera levou os indígenas à São Paulo Fashion Week, exibindo roupas com estampas inspiradas na arte do grupo. E,real madrid sponsor bwin2018, foi a vezreal madrid sponsor bwina grife Farm lançar uma coleçãoreal madrid sponsor bwincolares, brincos e bolsas com miçangas trabalhadas por mulheres Yawanawá.

Índios Yawanawá

Crédito, Sérgio Vale/Secom-AC

Legenda da foto, "Hoje os Yawanawá estão nessa tão sonhada jornada da nossa autonomia"

As parcerias com empresas possibilitaram que vários membros do grupo fossem enviados a universidades brasileiras e estrangeiras. Segundo Biraci Júnior, hoje o povo tem 18 membros com ensino superior. Há duas médicas, uma cirurgiã dentista, alémreal madrid sponsor bwingraduadosreal madrid sponsor bwinMatemática, Biologia e Letras, entre outras carreiras. O próprio Biraci Júnior estudou Administração Agrícola no Havaí (EUA).

O líder diz que, quando enviam um jovem à cidade para estudar, os Yawanawá esperam que ele retorne e use os ensinamentos para o bem da comunidade, sem sobrepujar o conhecimento tradicional.

Segundo ele, quase todos os que se formaram voltaram e hoje dão aulas nas escolas indígenas, o que motiva os jovens a permanecer nas aldeias. As médicas atendem os pacientesreal madrid sponsor bwinparceria com os pajés, aproveitando o conhecimento sobre remédios naturais.

Conquistareal madrid sponsor bwinautonomia

Quase 40 anos após se livrarem dos missionários e dos seringalistas, os Yawanawá celebram as transformaçõesreal madrid sponsor bwinsuas vidas. Antes sob o riscoreal madrid sponsor bwindesaparecer, eles agora somam cercareal madrid sponsor bwin1.300 integrantes, dos quais 324 vivem no Peru e 132, na Bolívia.

"Hoje os Yawanawá estão nessa tão sonhada jornada da nossa autonomia", diz Tashka. Ele reconhece que, para chegar onde chegaram, contaram com o apoioreal madrid sponsor bwinONGs, sertanistas e parcerias que lhes permitiram capacitar seus integrantes.

Hoje, porém, diz que o grupo não dependereal madrid sponsor bwinninguém — nemreal madrid sponsor bwininstituições privadas, nemreal madrid sponsor bwinórgãos públicos. "Se a Funai acabar, seria o fim do mundo para muitos povos. Para nós, não faria a mínima diferença."

Isso, porém, não o impedereal madrid sponsor bwinse preocupar com a situação dos outros grupos ereal madrid sponsor bwincriticar o presidente Jair Bolsonaro. "Nenhum outro governo desrespeitou tanto os povos indígenas com o atual", afirma.

Tashka condena a promessareal madrid sponsor bwinBolsonaroreal madrid sponsor bwinque não demarcaria novas terras indígenas e a posiçãoreal madrid sponsor bwinque os índios devem ser inseridos na sociedade para que deixemreal madrid sponsor bwinser "miseráveis".

"Uma pessoa dessas não consegue ver a beleza, a arte, a ciência, a medicina que os povos indígenas carregam com eles. Só consegue ver pobreza", diz o líder.

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