Bolsonarolietuvos rytas jonavos cbetIsrael: Por que evangélicos pressionam pela mudança da embaixadalietuvos rytas jonavos cbetTel Aviv para Jerusalém:lietuvos rytas jonavos cbet

Com exceção dos dois países, as demais nações mantêm embaixadaslietuvos rytas jonavos cbetTel Aviv, já que Jerusalém é considerada sagrada por judeus, cristãos e islâmicos, e reivindicada como capital também pelos palestinos.

A diplomacia brasileira, historicamente, adota equilíbrio no trato do conflito entre israelenses e palestinos, mas Bolsonaro tem promovido uma aproximação inédita com Israel, motivado,lietuvos rytas jonavos cbetespecial, pela influêncialietuvos rytas jonavos cbetgrupos religiosos. Para lideranças evangélicas, o reconhecimentolietuvos rytas jonavos cbetJerusalém como capitallietuvos rytas jonavos cbetIsrael atende a preceitos bíblicos.

"Grande parte dos evangélicos são favoráveis à mudança da capital. Então, nós estamos atendendo um anseiolietuvos rytas jonavos cbetgrande parte da população, não é da minha cabeça, não é algo pessoal meu", disse o próprio Bolsonarolietuvos rytas jonavos cbetentrevista ao canal SBT logo após tomar posse.

Na ocasião, ele disse também que "a decisão (de mudar a embaixada) está tomada, está faltando apenas definir quando que ela será implementada". No entanto, a oposição dos militares, preocupados com a tradição diplomática brasileira, e do agronegócio, que teme perder mercado nos países árabes, freou os planos do presidente.

Além do aspecto religioso, a aproximaçãolietuvos rytas jonavos cbetBolsonaro com Israel também se insere num alinhamentolietuvos rytas jonavos cbetsua administração com outros lídereslietuvos rytas jonavos cbetdireita no mundo, caso do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Em Israel, porém, a transferência da embaixada extrapola divisões religiosas e políticas e recebe apoio majoritário da população judia - maioria entre os israelenses. Pesquisa do The Israel Democracy Institute realizadalietuvos rytas jonavos cbetmaiolietuvos rytas jonavos cbet2018, ocasião da mudança da representação americana, mostrou que 68% dos judeuslietuvos rytas jonavos cbetIsrael consideravam que a medida atendia aos melhores interesses do país.

Outro levantamento, realizado pela Universidadelietuvos rytas jonavos cbetMaryland (EUA) apontou que 73% dos judeus israelenses eram favoráveis à imediata transferência e apenas 5% eram totalmente contra.

'Israel e o retornolietuvos rytas jonavos cbetCristo'

Estudiosa da relação entre política e religião, a professora da Universidade do Norte do Texas Elizabeth Oldmixon explica que o apoiolietuvos rytas jonavos cbetlideranças evangélicas a Israel decorrelietuvos rytas jonavos cbetsua crençalietuvos rytas jonavos cbetque "a promessa bíblicalietuvos rytas jonavos cbetDeus da Terra Santa ao povo judeu é literal e eterna".

Para esses cristãos, adeptos do "dispensacionalismo", o retorno dos Judeus à Terra Santa - ou seja, o estabelecimentolietuvos rytas jonavos cbetIsrael - é necessário para a voltalietuvos rytas jonavos cbetCristo.

"Quando a segunda vinda (de Cristo) ocorrer, haverá uma atribulação marcada por guerra e desastre natural, durante a qual Cristo derrotará o mal, e o povo judeu aceitará a Cristo como o Messias", ressalta a professora ao explicar a crençalietuvos rytas jonavos cbetparte dos evangélicoslietuvos rytas jonavos cbetartigo sobre o tema.

A questão nos Estados Unidos é especialmente importante para evangélicos brancos, destaca Oldmixon. Segundo o centrolietuvos rytas jonavos cbetpesquisa Pew Research Center, esse grupo perfaz um quinto do eleitorado americano e um terço dos que simpatizam com o Partido Republicano,lietuvos rytas jonavos cbetDonald Trump. Na eleiçãolietuvos rytas jonavos cbet2016, ele recebeu 81% dos votos desse segmento.

Não à toa, a cerimônialietuvos rytas jonavos cbetabertura da embaixada dos Estados Unidoslietuvos rytas jonavos cbetJerusalém,lietuvos rytas jonavos cbet14lietuvos rytas jonavos cbetmaio, aniversáriolietuvos rytas jonavos cbet70 anos da criaçãolietuvos rytas jonavos cbetIsrael, contou com sermõeslietuvos rytas jonavos cbetdois importantes pastores evangélicos americanos. Robert Jeffress, da Primeira Igreja Batistalietuvos rytas jonavos cbetDallas, fez a oraçãolietuvos rytas jonavos cbetabertura, enquanto John Hagee, do ministério Cristãos Unidos por Israel, realizou alietuvos rytas jonavos cbetencerramento.

Lideranças pediam mudança até abril

Líderes evangélicos ouvidos pela BBC News Brasil no início do ano defendiam a transferência da embaixada brasileira até abril, mêslietuvos rytas jonavos cbetque se iniciam as celebrações pela independêncialietuvos rytas jonavos cbetIsrael. Sem qualquer perspectivalietuvos rytas jonavos cbetdata, intensificaram a cobrança agora lembrando do peso do seu rebanho nas eleições.

"Eu acho que vai ficar chato para ele se ele não cumprir. Os evangélicos tiveram um peso forte emlietuvos rytas jonavos cbeteleição. É uma comunidade para ele pensar direitinho", disse à BBC News Brasil o pastor Silas Malafaia, ligado à Assembleialietuvos rytas jonavos cbetDeus.

"Ele (Bolsonaro) falou para mim que vai fazer por etapas. Ele não está abrindo o escritório dizendo que esta é a decisão final. Ele vai fazer paulatinamente", afirmou também.

Já o pastor e deputado federal Marcos Feliciano cobrou uma mudança rápidalietuvos rytas jonavos cbetseu Twitter: "Respeito a abertura do escritório, porém o segmento evangélico, 1/3 do eleitorado brasileiro, q deu uma vantagemlietuvos rytas jonavos cbet11 milhõeslietuvos rytas jonavos cbetvotos ao presidente @jairbolsonaro garantindolietuvos rytas jonavos cbeteleição, confia q ele cumprirálietuvos rytas jonavos cbetpalavra elietuvos rytas jonavos cbetbreve mudará a embaixada brasileira para Jerusalém", postou.

Divergências entre evangélicos

A proximidade com Israel e a defesa da trocalietuvos rytas jonavos cbetembaixada, porém, não é consenso entre todos os grupos evangélicos do Brasil. Magno Paganelli, que acabalietuvos rytas jonavos cbetconcluir uma teselietuvos rytas jonavos cbetdoutorado na USP sobre o turismo pentecostallietuvos rytas jonavos cbetIsrael, ressalta que "essa atenção a tudo quanto envolva Israel é mais pronunciada entre as igrejas que chamamos neopentecostais, surgidas desde o final da décadalietuvos rytas jonavos cbet1970".

Nesse grupo, ele destacalietuvos rytas jonavos cbetespecial a Universal do Reinolietuvos rytas jonavos cbetDeus, Plenitude do Tronolietuvos rytas jonavos cbetDeus, e Renascerlietuvos rytas jonavos cbetCristo. Já as mais antigas, como metodistas, presbiterianas e batistas, dão "atenção moderada" a essa questão.

Segundo Paganelli, o "evangélico médio" não entende quais as razões atuais que para que a embaixada não fiquelietuvos rytas jonavos cbetJerusalém.

"Há uma confusão generalizada sobre o moderno Estadolietuvos rytas jonavos cbetIsrael e os judeus dos tempos bíblicos, e esses evangélicoslietuvos rytas jonavos cbethoje não conseguem distinguir uma coisalietuvos rytas jonavos cbetoutra", afirma.

"O que grande número desses evangélicos sabe, e ainda parcial e enviesadamente, é que Israel foi escolhido por Deus no passado e que há promessas para se cumprirem na vida do Israel étnico, ou seja, os judeus que creem no Messias. Quantos judeus messiânicos hálietuvos rytas jonavos cbetIsrael hoje? Não se sabe porque o número é pequeníssimo. Aí está, a meu ver, parte da confusão feita por evangélicos brasileiros e norte-americanos que se encantam por tudo o que tem a marca judaica acriticamente", acrescenta.

Entraves econômicos

Na avaliação do professor Arie Kacowicz, especialistalietuvos rytas jonavos cbetAmérica Latina do Departamentolietuvos rytas jonavos cbetRelações Internacionais da Universidade Hebraicalietuvos rytas jonavos cbetJerusalém, a transferência da embaixada não ocorrerá porque o Brasil tem interesses econômicos e relações com os países árabes e com o Irã.

Historicamente, governos brasileiros têm sucessivamente renovado seu apoio por negociações que estabeleçam dois Estados, um israelense e um palestino. Durante a administraçãolietuvos rytas jonavos cbetMichel Temer, o país apoiou resolução da ONU contra a transferência da embaixada americana.

"O Brasil se manteve equidistante entre Israel e seus vizinhos. Acho que isso (o reconhecimentolietuvos rytas jonavos cbetJerusalém como capital israelense) não vai acontecer. Será uma mudança radical na política externa brasileira (caso ocorra)", respondeu Kacowicz à reportagem, por email, no início do ano.

Países árabes e muçulmanos são grandes compradoreslietuvos rytas jonavos cbetprodutos agropecuários, sobretudo açúcar, milho e carneslietuvos rytas jonavos cbetfrango e bovina produzida conforme os preceitos islâmicos - o método halal.

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