Cinco perguntas para entender as acusações contra ex-assessorcraps back up betfilhocraps back up betBolsonaro:craps back up bet

Flávio e Jair Bolsonaro

Crédito, REUTERS/Adriano Machado

Legenda da foto, Ex-assessorcraps back up betFlávio Bolsonaro movimentou R$ 1,2 milhãocraps back up betum ano, segundo relatório

craps back up bet Na última semana, um relatório do Coaf (Conselhocraps back up betControlecraps back up betAtividades Financeiras) agitou o noticiário político do país.

Conforme foi divulgado na imprensa, o documento, produzido como parte do desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, indica movimentação financeira atípica por partecraps back up betum ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), filho do futuro presidente Jair Bolsonaro.

O caso levou a família Bolsonaro, bem como membros do próximo governo, a se manifestar. Mas o que há, afinal, no relatório? E como esses indícios estão conectados à família do presidente eleito?

A BBC News Brasil traz cinco perguntas para explicar o episódio.

Qual é o caso que envolve o ex-assessor do filhocraps back up betBolsonaro?

Na quinta-feira (6), o jornal Estadocraps back up betS. Paulo revelou que um relatório do Conselhocraps back up betControlecraps back up betAtividades Financeiras, órgão que atua na prevenção e combate à lavagemcraps back up betdinheiro, indicou uma movimentação financeira atípicacraps back up betuma conta no nome do ex-assessorcraps back up betFlávio Bolsonaro e policial militar Fabrício José Carloscraps back up betQueiroz.

De acordo a imprensa, o documento informa que Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeirocraps back up bet2016 e janeirocraps back up bet2017, valor que seria incompatível com seu patrimônio e ocupação.

Exonerado do gabinetecraps back up betFlávio Bolsonarocraps back up betoutubro, Queiroz atuava como motorista e segurança do deputado. Ainda segundo a imprensa, ele era servidor público cadastrado da Assembleia Legislativa do Rio, com saláriocraps back up betR$ 8.517, e acumulava rendimentos mensaiscraps back up betR$ 12,6 mil da Polícia Militar.

O documento foi anexado, segundo o Estadocraps back up betS. Paulo, pelo Ministério Público Federal à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio. O MPF investiga um esquemacraps back up betpagamentocraps back up betpropina a parlamentares para que apoiassem os interesses do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, condenado por corrupção, na Assembleia. Dez deputados estaduais já foram presos. Flávio Bolsonaro não foi alvo da operação.

Bolsonaro

Crédito, EVARISTO SA/AFP/Getty Images

Legenda da foto, Presidente eleito disse que chequecraps back up betQueiroz no valorcraps back up betR$ 24 mil destinado à Michelle Bolsonaro foi pagamentocraps back up betdívida

O jornal informou também que Queiroz foi citado ao ladocraps back up betoutros servidores e ex-servidores da Alerj que fizeram transações financeiras suspeitas. O mapeamento do Coaf foi realizado a pedidocraps back up betprocuradores da República, a fimcraps back up bettraçar um padrão entre as movimentações.

"Esse material foi espontaneamente difundido pelo Coaf, como consequência do processocraps back up betcompartilhamentocraps back up betinformações entre os órgãoscraps back up betinvestigação", afirmou o MPF, conforme reportagem da Folhacraps back up betS.Paulo.

Tambémcraps back up betacordo com a imprensa, o relatório aponta que uma das transações na contacraps back up betQueiroz é um chequecraps back up betR$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Um levantamento feito pela revista Veja com base no relatório mostrou ainda que sete servidores da Alerj que passaram pelo gabinetecraps back up betFlávio Bolsonaro fizeram transferências para a conta mantida por Queiroz. Os servidores teriam transferido um totalcraps back up betR$ 116.556 entre 1ºcraps back up betjaneirocraps back up bet2016 e 31craps back up betjaneirocraps back up bet2017.

Além dos funcionários, o próprio Fabrício, diz a revista, depositou outros R$ 94.812.

Entre esses servidores está a filha do ex-assessor, Nathalia Melocraps back up betQueiroz, que estava lotada no gabinetecraps back up betFlávio até dezembrocraps back up bet2016, e depois foi funcionáriacraps back up betJair Bolsonaro na Câmara.

Fora o volume da movimentação, um pontocraps back up betdestaque do caso é o númerocraps back up betsaques feitos pelo ex-assessor. Uma outra reportagem da Folha, publicada na sexta-feira (7), mostrou que Queiroz fez 176 saquescraps back up betdinheirocraps back up betespéciecraps back up betsua conta ao longocraps back up bet2016. A reportagem informa que aproximadamente um quarto do valor suspeito (R$ 324,8 mil) foi movimentado por meiocraps back up betsaques.

Tuítecraps back up betFlávio Bolsonaro

Crédito, Reprodução/Twitter

Legenda da foto, No Twitter, Flávio Bolsonaro falou sobrecraps back up betconfiança no ex-assessor

Qual a relação do ex-assessor com os Bolsonaro?

Até outubro, Queiroz foi assessorcraps back up betFlávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velhocraps back up betJair Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio.

Ao manifestar-se no Twitter na quinta-feira (6), Flávio disse que Queiroz trabalhou com ele por maiscraps back up betdez anos e "sempre foi da minha confiança".

Em nota divulgada para a imprensa, a assessoria do deputado informou que ambos construíram uma "relaçãocraps back up betamizade e confiança" e que Flávio não possuía "informaçãocraps back up betqualquer fato que desabone" a condutacraps back up betQueiroz.

Em entrevista ao site O Antagonista na sexta-feira (7), o presidente eleito Jair Bolsonaro disse que Queiroz é seu amigo. De acordo com o site, eles se conheceramcraps back up bet1984, na Brigada Paraquedista, quando o ex-motorista era soldado, antescraps back up betpassar no concurso da Polícia Militar e tornar-se assessorcraps back up betFlávio.

Há alguma ilegalidade nas movimentações?

Não necessariamente.

Flávio Bolsonaro não estava entre os alvos da Operação Furnacraps back up betOnça, deflagradacraps back up betnovembro, ecraps back up betcujo contexto o relatório do Coaf foi produzido.

Além disso, segundo a imprensa,craps back up betnota divulgada na quinta-feira, o Ministério Público Federal esclareceu que nem todos os nomes citados no relatório foram incluídos nas apurações e que nem todas as movimentações suspeitas são,craps back up betfato, ilícitas.

O que diz o ex-assessor e a família Bolsonaro?

Em entrevista coletiva na sexta-feira,craps back up betfrente à casacraps back up betseu pai, no Riocraps back up betJaneiro, Flávio Bolsonaro disse que o ex-assessor prestará esclarecimentos ao MPF sobre as movimentações. Ele acrescentou que Queiroz deu explicações satisfatórias sobre o caso.

"A versão que ele me coloca é bastante plausível", disse. "Até que se prove o contrário, eu confio nele."

Para o deputado, as explicações dadas pelo ex-assessor foram suficientes. Ele disse que não divulgaria detalhes a pedido dos advogadoscraps back up betQueiroz.

Flávio ressaltou que não está sob acusação. "Não tenho nada para escondercraps back up betninguém", afirmou. "O acusado é ele; não sou eu."

Porcraps back up betvez, na entrevista ao O Antagonista, Jair Bolsonaro falou sobre o chequecraps back up betR$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Ele disse que o valor foi transferido para pagar uma dívida.

"Emprestei dinheiro para ele [Queiroz]craps back up betoutras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai chegar nos R$ 40 mil."

O presidente eleito disse ainda que Queiroz fez dez chequescraps back up betR$ 4 mil e que o valor foi para a contacraps back up betMichelle porque ele não tinha "tempocraps back up betsair".

Em entrevista à imprensa após formaturacraps back up betoficiais na Escola Naval do Riocraps back up betJaneiro neste sábado, Bolsonaro reiterou que os R$ 24 mil se referiam ao pagamentocraps back up betuma dívida, mas evitou defender o ex-assessor.

"Eu espero que esse processo, uma vez instaurado, ele se explique. Nada além disso", disse.

"São indícios que a Justiça vai somar a outros possíveis indícios para analisar se ele é culpado ou não", acrescentou.

Jair Bolsonaro afirmou não ter conversado com o amigo e que um diálogo agora "não seria prudente".

Eduardo Bolsonaro

Crédito, Valter Campanato/Agência Brasil

Legenda da foto, Ao falar sobre o caso, Eduardo Bolsonaro disse que ninguém sabe "o que ocorreu ali"

Também no sábado, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou tom semelhante ao do pai para falar sobre a acusação.

Durante a primeira Cúpula Conversadora das Américas, evento que sedioucraps back up betFoz do Iguaçu (PR), Eduardo disse a jornalistas: "a gente tem que trabalhar pra não haver interferência na investigação", mas ressaltou que "o que ocorreu ali ninguém sabe".

"Ocorreu uma movimentação suspeita que está sendo investigada. A gente tem que trabalhar é para não permitir interferência na investigação. Fora isso, o que que eu vou falar? Ninguém sabe. Você sabecraps back up betonde é que veio esse dinheiro? Você já viu alguma alegação do Queiroz?", questionou o deputado.

Ainda comentando o caso, o filho do presidente eleito falou que amizade e política podem se misturar e "às vezes ocorrecraps back up betemprestar dinheiro".

Em nova declaração pelo Twitter, no fim da tardecraps back up betsábado, Flávio Bolsonaro disse estar com a "consciência tranquila" e insistiu que Queiroz deve prestar os "esclarecimentos necessários" ao MPF.

O ex-assessor ainda não falou à imprensa.

O que acontece agora?

Ainda não se sabe se Queiroz ou Flávio Bolsonaro serão investigados.

Em nota divulgada a veículos da imprensa, o MPF disse "não ter por política" confirmar ou negar se deputados que não estão entre os alvos da Furnacraps back up betOnça estão sendo investigados ou se poderão vir a ser.