Maischampionship 2024 2395% do lixo nas praias brasileiras é plástico, indica estudo:championship 2024 23

Os 20% restantes têm origem nos próprios oceanos, gerados pelas atividades pesqueiras, mergulho recreativo, pesca submarina e turismo, como os cruzeiros, por exemplo.

No ranking dos países mais poluidores dos mares, o Brasil ocupa a 16ª posição, segundo um estudo realizado por pesquisadores americanos e divulgadochampionship 2024 232015.
Eles estimaram a quantidadechampionship 2024 23resíduos sólidoschampionship 2024 23origem terrestre que entram nos oceanoschampionship 2024 23países costeiroschampionship 2024 23todo o mundo. Aqui, todos os anos são lançados nas praias entre 70 mil e 190 mil toneladaschampionship 2024 23materiais plásticos descartados.
Aindachampionship 2024 23acordo com o mesmo levantamento, a China, a Indonésia e as Filipinas são as nações que mais jogam lixo nos oceanos, com até 3,5 milhõeschampionship 2024 23toneladaschampionship 2024 23plásticos por ano. Esses três países também aparecem nos primeiros lugareschampionship 2024 23outro estudo, realizado pela ONG americana Ocean Conservancy. Ao lado da Tailândia e do Vietnã, são responsáveis pelo descartechampionship 2024 2360% dos resíduos plásticos encontrados nos mares do mundo.

Resultados
O IO-USP e Plastivida realizaram o levantamento no litoral brasileiro para conhecerchampionship 2024 23mais detalhes a situação do Brasil.
Ele foi feitochampionship 2024 23seis praias do Estadochampionship 2024 23São Paulo (Ubatumirim, Boraceia, Itaguaré, do Uma, Jureia e Ilha Comprida), três da Bahia (Taquari, Jauá e Imbassaí) e trêschampionship 2024 23Alagoas (do Francês, Ipioca e do Toco). No total, foram realizadas seis coletas, inicialmente com intervaloschampionship 2024 23seis meses e depoischampionship 2024 23um ano.
"Dessas, as mais poluídas são Boraceia e Itaguaré, Praia do Francês e Taquari", conta o biólogo Alexander Turra, do IO-USP, coordenador do trabalho.
Ele explica que as coletas foram realizadas seguindo um protocolo estabelecido pelo programa das Nações Unidas para o meio ambiente (ONU Meio Ambiente).
"Primeiro, nós limpamos uma áreachampionship 2024 23500 metros da areia seca, onde a maré não alcança, e das dunas ou restinga, atrás da praia", diz. "Depois, voltamos ao localchampionship 2024 23seischampionship 2024 23seischampionship 2024 23seis meses para recolher, identificar e quantificar o lixo nos 100 metros centrais dessa área."
O monitoramento constatou que,championship 2024 23São Paulo, o maior volume se acumula nas dunas ou restingas e é proveniente das atividadeschampionship 2024 23pesca. No Nordeste, o grosso do material é encontrado na areia seca e vem do turismo.
A história que levou à assinatura do convênio entre o IO-USP e a Plastivida começouchampionship 2024 232011, quando foi criado o Compromissochampionship 2024 23Honolulu, para discutir a questãochampionship 2024 23resíduos nos mareschampionship 2024 23nível global.
Dirigido a governos, indústrias, organizações não governamentais e demais interessados, o documento tem como objetivo servir como instrumentochampionship 2024 23gestão para a redução da entradachampionship 2024 23lixo nos oceanos e praias, bem como retirar o que já existe.

Como consequência desse documento, no mesmo ano, foi assinada a Declaração Global Conjunta da Indústria dos Plásticos, da qual a Plastivida é signatária. Foi para implementar aqui esse compromisso mundial que a associação, como uma das entidades representantes da cadeia produtiva dos plásticos no país, e o IO-USP assinaram o convêniochampionship 2024 232012. A meta é se capacitar e desenvolver estudos científicos para embasar as discussões sobre o tema no Brasil.
Desde então, além do levantamento do resíduos nas praias, a parceria resultouchampionship 2024 23vários outros trabalhos. "O convênio é um arranjo inovador, que junta a universidade com a iniciativa privada para resolver questões importantes para a sociedade", diz Turra. "Ele visa entender o problema, ver onde ele é mais crítico e verificar se as medidas para combater o lixo no mar estão surtindo efeito."
Além disso, foi criado o Fórum Setorial dos Plásticos Online - Por Um Mar Limpo, para ampliar os debates sobre os caminhos e as alternativaschampionship 2024 23mitigação para o problema dos resíduos nas praias e nos oceanos.
Trata-sechampionship 2024 23uma plataforma online, que reúne todas as informações e o conhecimento obtidos desde 2012, além das propostaschampionship 2024 23educação ambiental, prevenção, coleta e reciclagem. Desse Fórum resultou a Declaraçãochampionship 2024 23Intenções, um documento que estabelece os compromissos da cadeia produtiva dos plásticos no Brasil sobre o tema.
Combatendo o problema
Os participantes do Fórum pretendem pesquisar alternativas para que o setor industrial e a população possam combater o lixo no mar.
"O Instituto Oceanográfico é um moderador desse diálogo", diz Turra. "Nós auxiliamos as empresas a canalizarem as informações científicas corretas e a realizar as melhores ações concretas possíveis."
De acordo com ele, os principais objetivos do IO-USP nesses projetos são a educação ambientalchampionship 2024 23relação ao consumo consciente e à destinação correta do material descartado. A ideia é que, bem informadas sobre o tema, as pessoas possam ajudar a manter os oceanos e as praias limpas.
Segundo o presidente da Plastivida, Miguel Bahiense, o conhecimento gerado durante os anoschampionship 2024 23existência da parceria échampionship 2024 23que se tratachampionship 2024 23um problema que só será resolvidochampionship 2024 23conjunto pelos vários setores relacionados ao problema.
"Estamos realizando um trabalhochampionship 2024 23educação, informação e coordenaçãochampionship 2024 23ações como campanhaschampionship 2024 23descarte adequado, conscientização, entre outras, que vão demandar o envolvimento compartilhadochampionship 2024 23toda a sociedade - poder público, indústriachampionship 2024 23diversos setores, varejo e a populaçãochampionship 2024 23forma geral -, para o mesmo fim, que é a preservação dos oceanos e do meio ambiente", diz.

"Todo o estudo reunido nos fez entender que a questão do lixo nos mares vai além dos municípios costeiros", avalia Turra.
"Ela envolve todas as cidades, Estados, a gestão dos resíduos sólidos, o saneamento básico, a educação ambiental e toda uma cultura social que deve ser estruturada. Acreditamos que o Fórum será um marco transformador da sociedade, por envolver diferentes setores na busca do desenvolvimento sustentável."









