Da pujança ao escândalo: a ascensão dos irmãos Batista, pivôs do escândalo que ameaça Temer:betesporte pagina

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betesporte pagina A crise detonadabetesporte paginaBrasília pela gravação suspostamente implicando o presidente Michel Temer está diretamente ligada à históriabetesporte paginaascensão dos irmãos Wesley e Joesley Batista, símbolos da pujança econômica brasileira da última década.
À frente da holding J&F, que controla várias empresas, mas especialmente o frigorífico JBS - uma das maiores companhias brasileirasbetesporte paginafaturamento -, os irmãos viram negócios modestos se transformarembetesporte paginapotência global. Mas agora se veem no centrobetesporte paginaum escândalo que ameaça o governo Temer, acusadobetesporte paginadar aval a pagamento para silenciar o ex-deputado Eduardo Cunha, presobetesporte paginaCuritiba.
Wesley e Joesley fecharam delação premiada após a realizaçãobetesporte paginauma sériebetesporte paginaoperações da Polícia Federal que tinham a J&F como um dos alvos - envolvendo, inclusive, denúnciasbetesporte paginairregularidades na aprovaçãobetesporte paginaempréstimos do BNDES (banco nacionalbetesporte paginafomento ao setor produtivo).
Os irmãos Batista envolveram-se profundamente no cenário político brasileiro: a JBS foi a maior doadora para a campanha eleitoralbetesporte pagina2014, gastando R$ 391 milhões, apoiando a vitória 164 deputados federais, seis governadores e da chapa formada pela ex-presidente Dilma Rousseff e por Temer.
O grupo também doou para a campanhabetesporte paginaAécio Neves (PSDB-MG), senador que ficoubetesporte paginasegundo lugar na disputa presidencial e que hoje é um dos principais alvos da operação Patmos, desdobramento da Lava Jato deflagrada nesta quinta para dar sequência às investigações sobre as acusações dos empresários - segundo os relatos, ele recentemente foi gravado pedindo dinheiro a Joesley.
"Por que a JBS participabetesporte paginadoaçõesbetesporte paginacampanha? Porque acredita que, participando, tem condiçõesbetesporte paginaapoiar partidos e pessoas que, se ganham, podem contribuir para a gente ter um país melhor. E com um país melhor, automaticamente, a JBS tem um ganhobetesporte paginavalor extraordinário", disse Wesley à BBC Brasil,betesporte paginajulhobetesporte pagina2015.

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A empresa terminou 2014 com um faturamentobetesporte paginaR$ 120 bilhões, um salto espetacularbetesporte paginarelação aos R$ 3,5 bilhões registradosbetesporte pagina2003.
E, sobretudo,betesporte paginacomparação com o início humilde dos negócios da família: uma pequena casabetesporte paginacarnesbetesporte paginaAnápolis, no interiorbetesporte paginaGoiás.
Mas os irmãos também ficaram famosa pela estratégia agressivabetesporte paginaaquisições, como a compra,betesporte pagina2015, da Alpargatas, fabricante das sandálias Havaianas, por R$ 2,67 bilhões, e tambémbetesporte paginanegócios no exterior, como o frigorífico Swift - a JBS têm fábricasbetesporte pagina20 países, incluindo os EUA e clientesbetesporte paginatodos os continentes.
O conjunto dessa obra fez com que, aindabetesporte pagina2015, a JBS se tornasse a maior empresa privada do Brasilbetesporte paginatermosbetesporte paginareceita.
E agora?
Tamanha pujança agora será testada duramente, segundo analistasbetesporte paginamercado. Investidores e credores da empresa estão à espera do impacto que a delação dos irmãos Batista terá no valor da JBS.

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Notíciasbetesporte paginaações policiais anteriores causaram abalos nos preços das ações da empresa, que desde o picobetesporte paginaR$ 17,2betesporte paginasetembrobetesporte pagina2015 vêm caindo vertiginosamente e atingiram R$ 8,10 nesta quinta-feira.
Já é certo que o estrago institucional será maior, já que possíveis procedimentos escusos da cúpula da JBS serão revelados, e há ainda o riscobetesporte paginaque o grupo J&E seja alvobetesporte paginainvestigações no exterior.
Os irmãos sempre negaram que tivessem cometido irregularidades na obtençãobetesporte paginarecursos públicos.
À BBC Brasil, Wesley chegou a se dizer injustiçado diantebetesporte paginaalegaçõesbetesporte paginaque a JBS teria conluios com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teriam facilitado a ascensão da empresa por meiobetesporte paginaapoio da políticabetesporte paginacampeões nacionais do BNDES.
"Parece que no Brasil há uma dificuldadebetesporte paginase reconhecer que alguém pode crescer por ser competente ou por força do seu trabalho - e não por sorte ou porque é testabetesporte paginaferro ou sóciobetesporte paginaalguém."
Algo agora contradito pela delação,betesporte paginaque ele e o irmão admitem, pelo menos do que sabe até agora, o pagamentobetesporte paginapropina para políticos e o usobetesporte paginafavores para a obtençãobetesporte paginadecisões favoráveisbetesporte paginaprocessos administrativos.




